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v. 1, n. 1, janeiro-junho 2015
2015 by RDL doi:
A LBERTO V ESPAZIANI 1
T RAD . DE A NDR K ARAM TRINDADE
RESUMO: O texto questiona a ambivalente relao que liga o poder da
linguagem linguagem do poder. Explora, portanto, o conceito de
narrao em sua dupla dimenso, tanto de narrao no processo como
de narrao como processo. A narratividade discutida com referncia
seja jurisprudncia constitucional, seja prpria Constituio,
entendida como um processo pblico. O estudo cultural do direito
considera a linguagem jurdica no como instrumento, mas como
conjunto de signos que exigem interpretaes plurais.
PALAVRAS-CHAVE: linguagem;
jurisprudncia; processo.
poder;
narrao;
constituio;
71
contemporneas
de
se
reconhecerem
em
histrias
73
do
direito
jurisprudencial:
enquanto
primeira
visa
constituio apresentam minitratados de histria das doutrinas polticoconstitucionais. Mas, alm do desacordo interpretativo sobre o alcance e o
significado da palavra constituio, as lnguas romnicas, mediante o
artigo determinativo, tendem a reificar as construes conceituais. A
reflexo do jurista constantemente reduz e traduz a experincia em um
mundo
de
palavras,
verbalizao
romnica
da
experincia
expressa
uma
modalidade
narrativa
de
experincias
As
narrativas
constitucionais
no
so,
portanto,
discursos
normatividade
paideica produz
novos
significados
interpretativas
elas
oferecidas
pelos
grupos.
pluralidade
de
vises,
de
interpretaes
de
lutas
pelo
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precisamente,
na
constante
reabertura
de
discursos,
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Submetido: 20/02/15
Aceito: 21/04/15
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