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problemticas que o envolviam. A esposa exercia sobre ele um poder tpico das
mulheres das tradies banto-africanas. A presena de dona Zefa, dentro do lar de
Segunda, significava a permanncia de valores da tradio. Mesmo depois de morta, ela
continuou a exercer um papel decisivo, dentro da sua famlia e junto ao marido.
Alm da presena de dona Zefa, a existncia da cabra Tulumba corrobora a
caracterizao de Joo Segunda, como personagem escorregadia e oblqua, refletindo,
provavelmente, as obscuridades da dissidncia. Esse animal chama a ateno por
apresentar aes e reaes prprias de um ser humano, tais como indcios de
inteligncia, sentimentos e memria, conforme atesta o trecho a seguir:
Referncias bibliogrficas:
Angola: a tentativa de golpe de estado maio/77. Luanda: Edies Avante, 1977.
CARDOSO, Boaventura. Maio, ms de Maria. Porto: Campo das Letras, 1997.
MATA, Inocncia. A condio ps-colonial das literaturas africanas de lngua
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OLIVEIRA, Jurema Jos de. Violncia e violao: uma leitura triangular do
autoritarismo em 3 narrativas contemporneas. Tese de Doutorado. UFF,
Niteri, RJ, 2005. (policopiada)
SANTOS, Olmpia Maria dos. A alegrica materna me angolana: uma reescrita da
histria e das tradies pelos romances de Boaventura Cardoso. Tese de
Doutorado. UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 2007. (policopiada)
SECCO, Carmen Lucia Tind Ribeiro. Boaventura Cardoso: os alegricos mais e
desmaios. In: ______. A magia das letras africanas: ensaios escolhidos sobre
as literaturas de Angola e Moambique e alguns outros dilogos. Rio de
Janeiro: ABE Graph Editora/Barroso Produes Editoriais, 2003.
i
Parte dos estudos deste texto fazem parte da tese de doutorado A alegrica materna me angolana
uma reescrita da histria e das tradies pelos romances de Boaventura Cardoso. Cf. SANTOS, 2007,
pp. 86-116.
ii
MATA, 2003, p. 49.
iii
Angola: a tentativa de golpe de estado de maio/77, p. 11.
iv
Apud OLIVEIRA, 2005, p. 91.
v
SECCO, 2003, p. 108.
vi
CARDOSO, 1997, p. 44.
vii
Idem, ibidem, p. 66.
viii
Idem, ibidem., p. 44.
ix
Idem, ibidem, p. 61.
x
SECCO, op. cit., p. 104.
xi
CARDOSO, op. cit., p. 15.
xii
Idem, ibidem.
xiii
Idem, ibidem, p. 39.
xiv
Idem, ibidem, p. 139.