Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
digital
Os questionamentos vo alm de como se deve agir com os usurios que
fazem downloads de diversos sites e chegam pergunta se realmente
necessrio buscar formas de punio
Branco, avalia que o problema da atual lei que ela foi pensada para
processos fsicos, como livros impressos, CDs e DVDs. A grande
diferena da internet a falta de materialidade. O problema manter a
eficcia de uma lei pensada para uma poca de suportes fsicos em um
mundo em que os suportes fsicos se tornaram dispensveis.
A reproduo integral de obras proibida. O artigo 46 da Lei 9.610 define
que a reproduo, em um s exemplar de pequenos trechos, para uso
privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro no
constitui ofensa aos direitos autorais. Branco considera, contudo, que
essa norma tem eficcia nula, j que qualquer pessoa pode fazer a cpia
de uma obra em casa e a lei no tem meios para interferir no mbito
privado.
Alternativas
O professor da UFPR defende que organizaes estatais e no-estatais
devem dividir a responsabilidade pela fiscalizao. Para ele, assim como
as entidades associativas atuam, o Ministrio da Cultura deve ter um
departamento de fiscalizao e de regulamentao do tema. Nessa
matria, preciso ter uma interveno pblica para que o mercado no
dite as regras do jogo. Ele cita pases como a Alemanha, onde uma
porcentagem do faturamento bruto dos meios de comunicao utilizada
para fomentar as produes culturais de autores independentes.
Diante da impossibilidade de fiscalizar os milhes de usurios da
internet, os pesquisadores sobre assunto entrevistados concluem que os
autores devem buscar na internet mais um espao para troca de
informao do que para lucro. Staut cita os artistas do tecnobrega,
msica pop do Norte do Brasil, que no se preocupam com os direitos
autorais, mas em divulgar udios e vdeos das suas msicas na rede
para se tornarem conhecidos. O objetivo fazer show e vender os CDs
pessoalmente durante os eventos.
Branco, da FGV, observa que os escritores ganham, em mdia, 10% do
valor de venda dos livros. Ele cita a conversa recente que teve com um
autor, que disse que quer ver seu trabalho divulgado na internet e no
vive da venda de suas obras, mas das palestras e aulas que ministra.
O diretor relator da Associao Brasileira de Propriedade Intelectual
(ABPI), Cludio Lins de Vasconcelos, defende que os direitos autorais