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A palavra silncio derivada do latim silentiu e significa interrupo de rudo ou estado de quem se cala.
Na Maonaria, o silncio tem um rico significado e sobre este aspecto que
ns o estudaremos.
I ASPECTOS HISTRICOS DO SILNCIO
Desde as primeiras civilizaes, notadamente as que tinham sociedades iniciticas, o silncio um importante elemento cultural, imposto drasticamente
para salvaguardar seus segredos.
Em quase todas, representado por uma criana com o dedo sobre os lbios.
Constitui-se uma exceo o antigo Egito, onde existia um "Deus" do silncio,
chamado Harpcrates, com a mesma posio j descrita.
Entre os magos e sacerdotes egpcios, os iniciados assumiam um estado de
silncio total, a fim de se manterem os segredos e incit-los meditao, regra que seria adotada por todas as sociedades iniciticas posteriormente.
Buda, em 500 a. C., tambm valorizava o silncio como condio para a contemplao.
Os Essnios tinham como principais smbolos um tringulo contendo uma orelha e outro contendo um olho, significando que a tudo viam e ouviam, mas
no podiam falar, por no terem boca.
Dentre os mistrios gregos, encontramos o de Orfeu, que com a magia de seu
canto e de sua msica executada numa lira, silenciava a natureza e a tudo
magnetizava.
Eurpides, no verso 470 de sua obra "Os Bacantes" diz que verdadeiros so os
mistrios submetidos lei do segredo. A palavra mistrio deriva de "myein"
que significa "boca fechada".
Pitgoras criou a escola Itlica e seus discpulos se distinguiam em 3 graus,
sendo o 1 o "acstico", assim chamado porque era destinado aos aprendizes
que s deviam ouvir e abster-se de manifestao.
Para os Talhadores de Pedras, o segredo e o silncio sobre sua arte era uma
questo de sobrevivncia, constituindo-se inclusive num salvo-conduto.
Os monges da Ordem de Cster tinham como uma de suas principais regras o
silncio para a reflexo.
A G.'. L.'.U.'. da Inglaterra adotou, aps sua unificao, a legenda "AUDI, VIDE, TACE", ou seja, "Oua, Veja, Cale".
Como pudemos perceber, temos inmeros exemplos da importncia do silncio ao longo da histria.
II ASPECTOS CONSTITUCIONAIS
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Especialmente
no
julgar
a
priori
o
que
se
est
ouvindo
(Pucci).