Sunteți pe pagina 1din 28

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA

RELATÓRIO FINAL

Elaborado por Fernando Junior Magalhães


Carneiro como exigência para a conclusão
da graduação em Engenharia Agrícola e
Ambiental na Universidade Federal de
Viçosa

BOM JESUS DA LAPA - BA


AGOSTO
2007
ÍNDICE

1 – LISTA DE FIGURAS 03
2 – LISTA DE TABELAS 04
3 – INTRODUÇÃO 05
4 – CODEVASF 06
5 – PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO 10
6 – DISTRITO DE IRRIGAÇÃO FORMOSO 12
7 – SETORES 21
8 – DIMENSIONAMENTOS DE ORIFÍCIOS PARA O SETOR 07 22
9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 26
10 – AGRADECIMENTOS 26
11 – BIBLIOGRAFIA 26
3
LISTA DE FIGURAS

Figuras 1 – Área de instalação do experimento sobre reutilização da água da 05


suinocultura no cultivo da mamona e algodão.
Figuras 2 – Preparação do solo para plantio de mamona utilizada no experimento 05
de reutilização da água de suinocultura
Figura 3 – Localização da bacia hidrográfica do rio São Francisco 07
Figura 4 – Nomes das sub-bacias que compõem a bacia do rio São Francisco 08
Figura 5 – Região semi-árida 09
Figura 6 – Casal que mora em um lote irrigado criado pela CODEVASF 09
Figura 7 – Localização dos Perímetros Públicos de Irrigação construídos pela 2ª 10
SR da CODEVASF
Figura 8 – Estações de bombeamento principais do projeto Formoso 11
Figura 9 – Canal Principal 11
Figura 10 – Ponto de captação de água da EB do setor 07 11
Figura 11 – Vista aérea da vila 33 onde se localiza o DIF 13
Figura 12 – Entrada do DIF 13
Figura 13 – Área externa da estação de bombeamento principal do Formoso A 14
Figura 14 – Área da estação de pressurização do Formoso H 14
Figura 15 – Bombas da estação pressurizada 10 do Formoso A com vazamentos 15
Figura 16 – Bomba da estação pressurizada 7 do Formoso H com vazamento 15
Figuras 17 – Obstrução da captação de água de estação pressurizada do 16
Formoso A
Figuras 18 – Detalhe da obstrução 16
Figuras 19 – Vista aérea do setor 07 22
Figuras 20 – Malha hidráulica e curvas de nível do setor 07 22
Figura 21 – Escoamento através de uma placa – orifício 23
4
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Competitividade da agricultura irrigável entre o nordeste brasileiro e a 06


Califórnia - EUA
Tabela 2 – Características da bacia hidrográfica do Rio São Francisco 07
Tabela 3 – Barragens construídas pela CODEVASF 09
Tabela 4 – Área irrigável dos perímetros construídos pela 2ª SR da CODEVASF 09
Tabela 5 - Distribuição dos produtores e suas respectivas áreas 12
Tabela 6 – Valores totais das contas de energia elétricas para as estações de 18
bombeamento do Formoso A para o ano de 2006
Tabela 7 – Valores totais das perdas nas contas de energia elétricas para as 19
estações de bombeamento do Formoso A para o ano de 2006
Tabela 8 – Valores totais das contas de energia elétricas para as estações de 20
bombeamento do Formoso H para o ano de 2006
Tabela 9 – Valores totais das perdas nas contas de energia elétrica para as 20
estações de bombeamento do Formoso H para o ano de 2006
Tabela 10 – Diâmetros dos orifícios reguladores de pressão na entrada dos lotes 25
do setor 07 do Perímetro Irrigado Formoso A
5
1 – INTRODUÇÃO

Este relatório de estágio foi elaborado pelo estudante Fernando Junior


Magalhães Carneiro e apresentado aos estudantes e ao coordenador da disciplina
Estágio Supervisionado, Ricardo Capúcio, como exigência para a conclusão da
graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental, na Universidade Federal de
Viçosa. O estágio ocorreu no primeiro semestre de 2007, na 2ª Superintendência,
SR, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios São Francisco e
Parnaíba, CODEVASF, localizada em Bom Jesus da Lapa, BA. Inicialmente se
deu na gerência regional de revitalização, GRR, que a empresa indicou como área
de maior demanda relacionada com o perfil de formação profissional apresentado
e posteriormente mudou para a gerência regional de desenvolvimento, GRD, na
unidade de apoio hidroagrícola, UAH, da empresa.
O trabalho na área de revitalização consistiu basicamente em acompanhar
a avaliação e fiscalização dos processos de liberação de recursos para
empreendimentos condizentes com a premissa conceitual do programa:
“Implantar uma Política de Desenvolvimento na Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco com sustentabilidade socioambiental, econômica, política, cultural e
ética”. A demanda inicial para este setor aconteceu principalmente devido ao
programa de aceleração do crescimento do Governo Federal, PAC, que destinou
recursos para a realização de obras, tais como: qualidade e saneamento
ambiental, gestão e monitoramento da bacia, elaboração de agenda sócio-
ambiental, programas de proteção e uso sustentável dos recursos naturais da
bacia e desenvolvimento de economias sustentáveis.
Com a melhor definição da área de atuação do Engenheiro Agrícola e
Ambiental para a empresa, após duas semanas, a SR transferiu a atuação para a
GRD/UAH, para que os problemas, principalmente referentes ao desenvolvimento
da agricultura irrigada, desenvolvimento integrado e sustentável do semi-árido e
transferência de gestão de perímetros públicos de irrigação, fossem trabalhados.
Iniciou-se tabulando dados de alguns perímetros públicos inseridos na área de
atuação da 2ª SR, referentes à área irrigada, tipo de cultura, tipo de sistema de
irrigação e energia elétrica. Depois se acompanhou a fase de implantação de um
experimento sobre reutilização da água proveniente de suinocultura para a
irrigação de mamona e algodão (Figuras 1 e 2), coordenado pelo engenheiro da
UAH, Salomão de Sousa Medeiros.

Figura 1 – Área de instalação do Figura 2 – Preparação do solo para


experimento sobre reutilização da plantio de mamona utilizada no
água de suinocultura no cultivo da experimento de reutilização da água
mamona e algodão de suinocultura
6

Esta experiência, somada ao convívio com os engenheiros que trabalhavam


na unidade, mostrou que a irrigação constitui-se em uma das mais importantes
tecnologias para o aumento da produtividade agrícola no nordeste brasileiro
(Tabela 1) e que, para se obter resultados favoráveis com esta tecnologia, é
essencial considerar uma série de práticas agronômicas e ambientais, durante
todas as fases do projeto, ou seja, na concepção, na implantação e na operação.
É necessário observar principalmente a: salinização do solo, contaminação dos
recursos hídricos, consumo exagerado de água e o surgimento de problemas de
saúde pública. Devido a diversos fatores, a observação de muitas destas práticas
ainda estão aquém das necessidades da região, principalmente porque as
soluções encontradas para mitigar os impactos ambientais vêm geralmente
associadas a um novo problema.

Tabela 1 – Competitividade da agricultura irrigável entre o nordeste brasileiro e a


Califórnia – EUA.

Fator de Competitividade Nordeste do Brasil Califórnia – USA


Insolação (horas de sol por
3.000 2.200
ano)
Preço da mão-de-obra
0,75 5,0 a 10,0
(hora de trabalho – US$)
Preço da Terra Irrigável
200 37.500
(hectare - US$)
Custo de Implantação
7 a 10 50
(hectare irrigado – US$ mil)
Produtividade da Terra
Até 2,5 1 a 1,5
(safras por ano)
EUA, Europa, Japão e
Mercado (exportação) Só mercado interno (USA)
mercado interno

2 – CODEVASF

A CODEVASF nasceu em 1948 com o nome Comissão do Vale do São


Francisco, CVSF, com 1% do orçamento da união garantido por 20 anos.
Passados os 20 anos, criou-se em 1967 a Superintendência do Vale do Rio São
Francisco, SUVALE, para sucedê-la. A denominação CODEVASF foi instituída em
1974, adquirindo o significado atual em 2000, quando a empresa teve sua área de
atuação ampliada para a bacia do rio Parnaíba, passando a ter uma área total de
abrangência de 970.000 km², equivalente a 11,30% do território nacional, dividida
da seguinte forma:

 Bacia hidrográfica do rio São Francisco: 640.000 km² - abrange 32


sub-bacias distribuídas em porções dos Estados de Minas Gerais,
Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e estreita faixa do Distrito
Federal (Tabela 1, figuras 1 e 2);
 Bacia hidrográfica do rio Parnaíba: 330.000 km² - abrange porções
7
dos Estados do Piauí e Maranhão.

Tabela 2 – Características da bacia hidrográfica do rio São Francisco

Nascente Na Serra da Canastra em MG


Foz Entre SE e AL no Oceano Atlântico
Extensão 2.863 km
640.000 Km2 ou 7,5 % do território brasileiro, sendo
Área da bacia
335.945,5 Km2 ou 58% da bacia, localizada no semi-árido
Sua bacia passa por 7 Estados, 504 municípios, sendo 97
Abrangência
localizados na calha do rio
14 milhões de pessoas, equivalente a 30% da população dos
População
Estados da bacia e 9 % da população brasileira
Produção 20 usinas hidrelétricas produzem 10.356 MW, equivalente a
energética 17% da energia gerada no Brasil

PE 10,6 %

AL 2,3 %

SE 1,1 %
BA 47,2 %

DF 0,2 %

GO 0,4 %

MG 38,2 %
8

Figura 3 – Localização da bacia hidrográfica do rio São Francisco


Riacho da Brígida
Riacho das Garças Riacho Terra Nova
Rio Pajeú
Riacho do Pontal
Rio Moxotó
Riacho Jardim
Rio Ipanema
Riacho Grande
Riachão Pilão Arcado

Riacho da Vargem
Riacho do Poço
Rio Grande Riacho Macucuré
Rio Salitre
Rio Curaça
Rio Jacaré Rio Verde
Rio Corrente
Rio Paramirim
Rio Cariranha
Rio São Onofre
Rio Urucuia
Rio das Rãs

Rio Verde Grande


Rio Paracatu
Rio Jequitai

Rio Abaete
Rio das Velhas
Rio Indaia

Rio São Francisco Rio Paraopeba


Rio Pará

Figura 4 – Nomes das sub-bacias que compõem a bacia do rio São Francisco

Além da área de revitalização de bacias hidrográficas em situação


9
de vulnerabilidades e degradação ambiental, a CODEVASF também trabalha com:

• Navegação Interior
• Desenvolvimento da Bovinocultura
• Desenvolvimento da Agricultura Irrigada
• Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Semi-Árido
• Desenvolvimento Sustentável da Aqüicultura
• Gestão da Política de Desenvolvimento Regional e Ordenamento Territorial
• Primeiro Emprego
• Proágua Infra-Estrutura
• Promoção da Sustentabilidade de Espaços Sub-Regionais
• Promoção e Inserção Econômica de Sub-Regiões
• Transferência da Gestão dos Perímetros Públicos de Irrigação
• Zoneamento Ecológico – Econômico - Desenvolvimento

A CODEVASF fez diversas obras para proporcionar o desenvolvimento da


região semi-árida (Figura 5), objetivando o combate à seca, a fixação do homem
no campo, a geração de empregos, a produção de alimentos e a geração de
renda. Na UAH tive oportunidade de conhecer um pouco sobre as barragens
(Tabela 3) e sobre os perímetros públicos irrigados (Figura 6, 7 e Tabela 4).

Figura 5 – Região semi-árida Figura 6 – Casal que mora em um


lote irrigado criado pela CODEVASF

Tabela 3 – Barragens construídas pela CODEVASF

Capacidade de armazenamento
Barragem
(milhões de m³)
Estreito 76
Cova da Mandioca 126
Ceraíma 58
Poço do Magro 37
Zabumbão 60,8
Mirorós 158
Sobradinho 34

Tabela 4 – Área irrigável dos perímetros construídos pela 2ª SR da CODEVASF


Perímetro Irrigado Área (ha)
1
Formoso A 8.373
Estreito IV 5.844
Formoso H 4.275
Barreiras Norte 2.895
São Desidério 2.238
Mirorós 2.133
Nupeba 2.036
Estreito III 1.176
Riacho Grande 1.169
Estreito I 573
Estreito II 463
Ceraíma 408
Formosinho 405
TOTAL 31.988

MIRORÓS
NUPEBA
BARREIRAS RIACHO GRANDE
SÃO DESIDÉRIO BARREIRAS NORTE
FORMOSO A e H BOM JESUS DA LAPA
SANTA Mª DA VITÓRIA GUANAMBÍ
FORMOSINHO CERAÍMA
ESTREITO I, II e III

CIDADES BAIANAS
PERÍMETROS IRRIGADOS
1

Figura 7 – Localização dos Perímetros Públicos de Irrigação construídos pela 2ª


SR da CODEVASF

Como os perímetros irrigados Formoso A e H localizam-se no município de


Bom Jesus da Lapa, onde está a sede da 2ª SR, o estágio se caracterizou pela
identificação dos problemas deste perímetro irrigado e a elaboração de propostas
para a resolução destes problemas, devido a maior facilidade de deslocamento até
eles, em comparação com os outros perímetros irrigados.

3 - PERÍMETRO IRRIGADO FORMOSO

O Perímetro Irrigado Formoso, incluindo o A e H, tem uma área aproximada


de 19.500 ha, sendo a área irrigável 12.648 ha e áreas de reserva, inaptas para a
irrigação, ou sequeiro, iguais a 6.852 ha. A captação de água é feita no rio
Corrente, que é um afluente na margem esquerda do rio São Francisco, através
de duas estações de bombeamento principais, uma para o Formoso A, com
capacidade máxima de 9,56 m3/s e outra para o Formoso H, com capacidade
máxima de 6,11 m3/s (Figura 8).

Figura 8 – Estações de bombeamento principais do projeto Formoso

A água captada é elevada até o canal principal (Figura 9) e depois


distribuída por gravidade através deste, e de canais secundários, até as estações
de bombeamento (Figura 10), que pressurizam a água que é distribuída dentro
setores.
1

Figura 9 – Canal Principal Figura 10 – Ponto de captação de


água da EB do setor 07

No total são 29 estações de bombeamento ou pressurização, mas apenas


28 estão funcionando, pois um dos setores é inapto para irrigação por apresentar
solo salinizado. Além destas estações, compõem a estrutura de uso coletivo, os
canais, drenos, estradas e toda rede de distribuição de água até a tomada d´água
de cada lote de pequena propriedade localizado dentro dos setores. Nos lotes de
porte maior, ou empresariais, a captação de água, feita nos próprios canais, é de
responsabilidade dos produtores.
No Formoso A o assentamento dos lotes (Tabela 5) é feito desde 1989,
através da seleção de produtores para as pequenas propriedades, estabelecendo-
se como critério de seleção a menor renda das famílias, e para lotes empresariais
através de licitação. No Formoso H, que é mais recente, houve uma modificação
na forma de assentar os produtores, e, tanto os pequenos como os lotes
empresariais, estão sendo ofertados em licitação desde 1999. Todos os lotes de
produtores com pequena propriedade foram ofertados com solo preparado,
sistema de irrigação por aspersão convencional, um ano de tarifa de água paga e,
na maioria dos lotes, com safra de treinamento.

Tabela 5 - Distribuição dos produtores e suas respectivas áreas

Nº de lotes assentados 1.162


Área assentada de produtores c/ peq. propriedade 4.450,08 ha
Área média das peq. Propriedades 4,86 ha
Nº de pequenas propriedades 913
Área assentada de produtores c/ prop. de porte maior 7.281,69 ha
Variação do tamanho das propriedades de porte maior 8,57-122,26 ha
Nº de propriedades de porte maior 249
Área ainda não assentada 381,97 ha

4 – DISTRITO DE IRRIGAÇÃO FORMOSO

Até o início década de 80 os serviços de administração, operação e


manutenção dos Perímetros Irrigados eram executados diretamente pela
CODEVASF. A partir de 1983 foi idealizado a operação e manutenção dos
Perímetros com a participação dos irrigantes por meio de suas organizações
1
(cooperativas), na tentativa de eliminar ou reduzir as dificuldades que esse modelo
apontava. Em 1986, com base nas experiências anteriores foi criado o Programa
de Emancipação, que abrangeu a participação dos irrigantes em todas as
atividades, entretanto, foi detectado que as organizações, em sua maioria,
estavam mais voltadas para a produção agrícola. Em decorrência disso, começou
a ser estudado e posteriormente discutido e aprovado, um modelo de organização,
direcionado para as atividades de operação e manutenção, denominado Distrito
de Irrigação. Abaixo se encontra uma relação de todas as organizações a frente
dos perímetros irrigados criados pela CODEVASF:

• Distrito de Irrigação do Jaíba (DIJ)


• Distrito de Irrigação de Gorutuba (DIG)
• Distrito de Irrigação do Formoso (DIF)
• Distrito de Irrigação de São Desidério/Barreiras Sul (DISB)
• Distrito de Irrigação de Nupeba/Riacho Grande
• Distrito de Irrigação de Mirorós
• Distrito de Irrigação do Estreito (DIPE)
• Distrito de Irrigação de Nilo Coelho (DINC)
• Distrito de Irrigação de Bebedouro
• Distrito de Irrigação de Maniçoba (DIM)
• Distrito de Irrigação de Mandacaru
• Distrito de Irrigação de Curaçá (DIC)
• Distrito de Irrigação de Propriá (DIP)
• Distrito de Irrigação Cotinguiba / Pindoba
• Distrito de Irrigação de Betume
• Distrito de Irrigação de Itiúba
• Distrito de Irrigação de Boacica (DIB)
• Associação dos Proprietários Irrigantes da Margem Esquerda do Rio
Gorutuba
• Associação dos Usuários do Projeto Pirapora
• Cooperativa Agrícola de Irrigação do Projeto Ceraíma
• Associação dos Usuários do Perímetro Irrigado de Tourão
• União dos Produtores do Perímetro Irrigado de Curaçá

O Distrito de Irrigação é uma associação civil de direito privado, sem fins


lucrativos, constituída de irrigantes do Perímetro Irrigado, tendo por função
principal, mediante delegação da CODEVASF, a administração, a operação e a
manutenção da infra-estrutura de irrigação de uso comum, podendo realizar outras
atividades (em caráter permanente ou transitório) de acordo com as demandas
dos associados. Diante disto, o estágio se voltou para o Distrito de Irrigação
Formoso (DIF) (Figuras 11 e 12), onde se concentrava as informações referentes
aos problemas na infra-estrutura de irrigação de uso comum de todo perímetro
irrigado.
1

Figura 11 – Vista aérea da vila 33 Figura 12 – Entrada do DIF


onde se localiza o DIF

A CODEVASF tem por objetivo a transferência da gestão de todos os


perímetros públicos de irrigação para seus respectivos Distritos, ou seja, a
emancipação. Esta é a etapa em que a organização de produtores assume de
uma forma ampla a administração do perímetro, reservando-se a CODEVASF o
acompanhamento das atividades, visando à preservação dos recursos naturais e à
manutenção dos objetivos básicos do perímetro. A atual legislação tem se
constituído em obstáculo à emancipação total dos perímetros, por não permitir a
transferência ou alienação da infra-estrutura de irrigação de uso comum, que hoje
permanece como propriedade do Estado.
Como essa transição não ocorre facilmente sem que haja o
comprometimento de todo o projeto, uma forma intermediária que a CODEVASF
adota é a autogestão. Na autogestão, a CODEVASF mantém o apoio técnico e
financeiro ao Distrito para solução dos problemas de sua responsabilidade, mas
devem ser resolvidos todos os problemas fundiários, e o apoio financeiro da
CODEVASF restringe-se, em geral, a obras complementares e de melhoramento,
sendo o custo operacional do perímetro assumido integralmente pela organização
de irrigantes. Os serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER) são
prestados por contratação de empresas privadas, pelo Distrito de Irrigação e por
convênio com instituições governamentais. O DIF encontra-se no estágio de
autogestão e tem a seguinte estrutura:

• Assembléia Geral: representada por todos os irrigantes do Perímetro com


função deliberativa.
• Conselho Fiscal: representado por irrigantes eleitos na Assembléia Geral
para exercer a função deliberativa de zelar pela gestão econômica e
financeira da organização.
• Conselho de Administração: representado por irrigantes eleitos na
Assembléia Geral para exercer a função deliberativa de estabelecer a
política de atuação, diretrizes gerais e normas da organização que será
implementada pela Gerência Executiva.
• Gerência Executiva: grupo de pessoas especializadas para executar
atividades de administração, operação e manutenção e outras assumidas,
conforme as políticas, diretrizes e normas estabelecidas na organização.

O Distrito de Irrigação Formoso enfrenta vários problemas tanto de ordem


técnica como operacional. Durante o acompanhamento das inspeções nas
1
estações de bombeamento, realizadas pelos engenheiros Salomão de Sousa
Medeiros e Samir Coelho Cunha, foram verificadas que todas as instalações
(parte interna e externa) e equipamentos (bombas, motores, válvulas e painel de
controle) necessitam de manutenção. Na Figura 13 mostra-se que a vegetação
tem ocupado a parte externa da estação de bombeamento principal; tal fato foi
também constatado nas demais estações. Verificou-se que há avarias no sistema
de iluminação interna e externa das estações, o que tem dificultado o trabalho dos
bombeiros nos horários de pouca luminosidade e no horário noturno; constatou-se
ainda avarias nas vidraças, portas, portões e nas cercas do entorno das estações;
essas condições têm limitado a segurança das estações quanto à entrada de
vândalos em suas dependências. Observou-se também que todo o lixo produzido
nas estações é depositado a céu aberto, condicionando o aparecimento de
roedores e mosquitos no seu entorno.

Figura 13 - Área externa da estação Figura 14 - Área da estação de


de bombeamento principal do pressurização do Formoso H
Formoso A

A falta de limpeza nas dependências internas das estações (Figura 14) tem
levado o aparecimento de lodo no piso, tornando-o escorregadio e gerando uma
condição insegura no ambiente de trabalho. Outro fato que chamou bastante
atenção é a situação dos banheiros, cozinhas e alojamentos; averiguou-se que as
condições são desumanas. Os banheiros apresentam várias avarias no sistema
hidráulico, necessidade de limpeza, pintura e vidros quebrados entre outras; as
cozinhas estão em péssimo estado de conservação e higiene e em algumas
estações essas são improvisadas, não existindo sequer água potável para o
consumo humano; nos alojamentos verificaram-se a necessidade de limpeza,
pintura, troca dos colchões e reparos no sistema elétrico. Diante do exposto,
conclui-se que o ambiente de trabalho dos bombeiros (estações de bombeamento)
é extremamente insalubre; pois não oferece as condições mínimas de conforto e
higiene para o bom desempenho do trabalhador, que obedece a uma jornada de
trabalho de 14h30min, de 02h as 16h30min, em dias alternados. Destaca-se ainda
que, nas estações pressurizadas um bombeiro é responsável pela operação de
mais de uma estação, tornando ainda mais fatigante o trabalho.
No que refere as condições dos equipamentos eletromecânicos
(motobombas, painéis de controle, válvulas, registros e medidores de vazão), os
engenheiros identificaram que os mesmos trabalham sem nenhum tipo
1
manutenção preventiva; sendo que, alguns equipamentos (medidores de vazão e
as motobombas equipadas com os variadores hidrocinéticos) estão sem
funcionamento, seja pela falta de manutenção e/ou por estarem danificadas;
constatou-se também que, em todas as estações pressurizadas as bombas
apresentam vazamentos (Figura 15 e 16). Quanto à forma de acionamento das
motobombas, atualmente o sistema de acionamento automático das estações não
funciona, sendo todo sistema acionado manualmente. Desta forma, os bombeiros
estão acionando as motobombas com os registros abertos, provocando ativação
dos motores de indução em plena carga, situação essa não recomendável para o
sistema.

Figura 15 - Bombas da estação Figura 16 - Bomba da estação


pressurizada 10 do Formoso A com pressurizada 7 do Formoso H com
vazamentos vazamento

Nos pontos de captação das estações de pressurização foram constatadas


obstruções dos canais de chamada (Figura 17 e 18). Segundo informações de
funcionários do DIF, a situação tem agravado a adequada operação das estações,
isso porque, em situações normais a limpeza é realizada uma vez ao dia, mas
atualmente a limpeza tem que ser feita a cada 1 h. O que prejudica mais ainda a
condição de trabalho do bombeiro.
1
Figura 17 - Obstrução da captação Figura 18 – Detalhe da obstrução
de água de estação pressurizada do
Formoso A

Como os gastos com energia elétrica representavam a maior parcela dos


custos do perímetro repassados para os produtores, pelo DIF, realizou-se uma
análise dos gastos de energia que o Distrito Formoso tive durante o ano de 2006.
Nas Tabelas 6 e 8 são apresentados os valores totais das contas de energia
elétrica, para as estações de bombeamento do Formoso A e H, respectivamente,
enquanto nas Tabelas 7 e 9, estão apresentados os valores totais das perdas
referentes a estas contas. Entende-se por perdas as variáveis existentes na conta
de energia que são passiveis de serem zeradas (Demanda reativa excedente –
DRE, Demanda de ultrapassagem – DU, Consumo ativo na ponta – CANP,
Consumo reativo excedente na ponta – CRENP, Consumo reativo excedente fora
de ponta – Consumo reativo excedente reservado – CRER) por meio de
intervenções e/ou adequações no sistema de operação das estações.
Avaliando as estações de bombeamento do Formoso A, verificou-se que as
estações de pressurização 11 e 18 foram as que contabilizaram as maiores
perdas anuais nas contas de energia elétrica, correspondendo a R$ 27.322,80 e
R$ 28.383,70, respectivamente; estes valores correspondem a 22,35 e 23,21%
das perdas ocorridas para o Formoso A (R$ 122.276,09), e 25,73 e 48,85% dos
valores pagos com energia elétrica para as referidas estações. A variável que
mais contribui para as perdas na EP 11 foram os reativos (25,08% dos gastos com
energia elétrica) e na EP 18 foi a DU (42,12% dos gastos com energia elétrica).
Contabilizando os valores totais mensais das perdas nas contas de energia
elétrica para o Formoso H, verifica-se que de janeiro a dezembro ele apresentou
uma perda de R$ 99.007,67; representando um acréscimo nos custos anuais das
contas de energia elétrica em torno de 10,81%. Numa análise mais criteriosa dos
dados anuais das contas de energia, averiguou-se que as perdas mais
expressivas são como: CANP (8,54%) e com os reativos (CRENP, CREFP e
CRER) que representaram 2% das perdas; as perdas DRE e DU representaram
apenas 0,27% dos custos anuais de energia.
Avaliando-se ainda a Tabela 9, pode-se constatar que a Estação
Pressurizada 7 – EB 7 foi a que contabilizou a maior perda anual nas contas de
energia elétrica (R$ 56.147,92); esse gasto anual excedente representou 56,7%
das perdas ocorridas para o Formoso H (R$ 99.007,67) e 45,6% dos valores
pagos com energia elétrica (R$ 123.126, 70) para a referida estação. Dentre as
variáveis que mais contribuíram para os gastos desnecessários destaca-se o
CANP (que representou 39,74% dos valores pagos com energia elétrica para a EP
7) e os reativos (CRENP – 3,37%, CREFP – 2,38% e CRER – 0,11%).
Diante dos problemas verificados, as ações preliminares sugeridas pelos
engenheiros da CODEVASF à divisão de Operação e Manutenção do Projeto
Formoso A e H foram:

• Manutenção (troca de gaxetas e juntas, reapertos, lubrificação,


realinhamento, etc.) de todas as motobombas e, reativação do
funcionamento das que possuem os variadores hidrocinéticos;
• Revisão dos contratos das demandas de energia das estações de
bombeamento junto a Concessionária (COELBA), objetivando zerar os
gastos com demanda de ultrapassagem;
1
• Avaliação por parte da COELBA dos medidores de energia de todas as
Estações de Bombeamento e emissão dos seus respectivos certificados
de aferição; caso constatado erros de medição, a substituição imediata
dos;
• Substituição dos bancos capacitores das estações de bombeamento
visando eliminação dos custos; e
• Treinamento aos bombeiros quanto à operação e manutenção
adequada das estações.
1

Tabela 6. Valores totais das contas de energia elétricas para as estações de bombeamento do Formoso A para o ano
de 2006
EBs Jan Feb Mar Abr Mai Jun Jul Aug Set Out Nov Dez Total
125.906,1
47.653,30 58.352,11 46.990,05 41.314,96 70.661,42 80.291,69 73.803,91 81.890,76 87.592,67 75.384,66 49.374,64 839.216,31
EBP 3
EP 01 5.626,73 813,46 5.886,83 4.877,86 8.942,87 8.926,20 9.785,90 9.619,03 9.574,56 11.142,63 6.340,26 6.234,66 87.770,98

EP 02 3.475,43 4.328,75 3.844,01 3.209,35 6.119,00 6.385,78 5.907,36 6.485,69 6.515,75 7.479,89 4.000,78 7.681,17 65.432,95

EP 03 5.390,09 6.624,79 5.891,08 4.869,74 8.475,42 9.036,22 8.332,70 8.209,46 8.016,98 9.809,59 6.212,92 6.013,77 86.882,77

EP 04 6.316,72 7.355,09 6.245,85 5.205,51 9.219,37 9.668,65 9.135,70 8.941,68 9.129,46 10.641,95 9.010,28 4.120,99 94.991,24

EP 05 6.626,27 7.447,34 6.355,83 5.316,36 9.498,39 10.326,47 8.844,53 8.935,06 8.568,93 9.952,26 7.209,22 12.012,73 101.093,37

EP 06 2.864,68 3.477,51 3.009,21 2.470,25 4.370,20 4.844,47 4.352,81 4.287,03 4.142,62 4.481,67 3.287,68 2.983,70 44.571,85

EP 07 5.885,23 6.686,90 5.552,60 4.796,05 9.546,31 9.703,91 9.288,00 9.542,92 9.164,07 10.901,82 6.242,57 5.594,91 92.905,29

EP 08 6.123,86 7.012,30 5.664,97 5.200,94 9.317,82 10.290,39 9.577,65 9.709,57 9.264,35 11.070,33 6.496,79 5.478,71 95.207,69

EP 09 3.016,26 481,60 4.546,85 3.132,83 5.526,43 5.977,86 7.403,22 5.997,78 5.209,66 6.701,06 0,00 0,00 47.993,52

EP 10 4.741,06 6.601,37 5.784,60 4.150,27 9.823,07 9.353,23 0,00 9.183,77 8.815,47 10.807,15 0,00 0,00 69.260,00

EP 11 7.704,84 8.779,70 7.902,28 6.915,84 11.981,91 13.434,39 13.050,76 12.073,31 11.176,05 13.177,91 0,00 0,00 106.197,00

EP 12 4.530,35 6.393,47 4.820,62 3.744,78 8.226,00 8.746,05 8.309,47 8.755,52 8.051,02 9.188,83 0,00 0,00 70.766,11

EP 14 3.731,00 4.630,05 3.306,15 3.170,59 6.125,86 3.944,56 6.077,77 6.036,49 5.851,35 7.136,81 0,00 0,00 50.010,64

EP 15 1.564,36 2.317,28 2.363,91 2.347,90 3.625,91 3.811,20 3.869,91 4.828,35 4.668,04 5.872,63 3.961,53 3.573,57 42.804,59

EP 16 4.558,74 6.042,61 4.697,69 3.784,28 7.268,84 8.095,96 7.788,88 7.856,10 7.614,92 9.681,14 4.982,15 0,00 72.371,31

EP 17 1.430,80 1.967,97 2.048,20 2.019,87 2.925,91 2.930,24 1.190,81 4.605,86 3.466,20 7.779,32 4.834,98 3.213,61 38.413,78

EP 18 3.186,17 3.982,45 3.760,49 3.565,81 5.473,92 5.589,17 5.131,75 5.408,27 4.780,22 7.241,99 5.881,48 4.104,63 58.106,34

EP 19 3.202,77 4.184,65 2.511,06 2.163,02 4.957,46 5.512,73 5.305,94 5.031,92 5.235,89 6.400,96 3.209,00 3.230,01 50.945,42

EP 20 5.017,64 6.106,06 5.322,71 4.204,36 7.953,31 8.833,38 9.256,42 8.255,52 8.435,34 8.851,90 5.238,68 5.412,96 82.888,28

EP 21 6.147,98 7.159,24 6.032,32 5.653,44 9.330,97 9.128,75 9.565,19 9.345,19 9.163,38 10.427,51 0,00 0,00 81.953,97
138.794, 160.744, 142.537, 122.114, 219.370, 234.831, 215.978, 234.999, 234.436, 304.653, 152.292, 119.030,
2.279.783,39
30 69 30 01 40 30 67 26 95 48 98 06
2

Tabela 7. Valores totais das perdas nas contas de energia elétricas para as estações de bombeamento do Formoso A
para o ano de 2006
EBs Jan Feb Mar Abr Mai Jun Jul Aug Set Out Nov Dez Total
EBP 20,95 136,84 7,74 10,08 7,96 4,78 27,21 11,01 5,71 47,17 10,57 14,68 304,70
1.126,0 6.507,45
EP 01 60,05 0,00 56,24 48,57 53,72 56,29 987,09 1.081,08 1.040,92 1.024,55 972,89 5
EP 02 51,14 49,53 52,76 51,90 699,57 634,09 691,10 918,73 938,69 966,62 112,64 748,98 5.915,75

EP 03 58,70 63,98 65,83 62,88 74,46 67,27 59,55 55,94 53,35 87,58 101,24 64,45 815,23

EP 04 72,75 68,89 80,80 54,50 76,89 84,13 86,27 79,92 75,16 86,81 91,77 49,78 907,67

EP 05 60,55 50,73 46,43 44,89 54,65 52,61 56,21 60,99 59,61 77,03 83,58 50,56 697,82

EP 06 37,85 30,73 33,40 34,92 34,77 34,37 41,31 37,65 40,93 40,48 41,97 38,20 446,59

EP 07 79,97 48,95 56,12 50,46 65,36 65,83 73,81 75,03 66,15 76,34 64,59 64,16 786,77

EP 08 160,29 122,89 151,20 151,96 225,17 219,71 253,27 266,06 255,37 209,05 161,10 122,69 2.298,75

EP 09 231,38 0,00 881,09 171,74 434,11 482,14 258,16 532,88 903,41 658,24 0,00 0,00 4.553,15

EP 10 70,59 62,77 806,63 53,64 1.042,06 980,46 0,00 950,24 998,82 1.102,98 0,00 0,00 6.068,19
2.687,7 1.867,5 2.420,2 2.714,1 27.322,80
EP 11 5 2 2 0 2.834,57 2.613,34 3.087,67 3.100,32 2.776,91 3.220,40 0,00 0,00
EP 12 59,28 49,75 49,47 40,54 59,75 56,62 72,48 75,80 65,41 67,61 0,00 0,00 596,69

EP 14 542,38 592,71 47,06 504,81 647,64 66,86 649,46 680,02 759,99 660,35 0,00 0,00 5.151,29

EP 15 328,66 688,38 926,47 916,26 1.141,15 1.050,51 324,90 361,43 347,48 379,76 326,52 298,65 7.090,17

EP 16 63,22 55,13 58,20 56,98 65,87 60,36 75,03 70,71 67,55 114,19 154,83 0,00 842,06

EP 17 301,89 223,13 261,67 243,77 255,55 249,10 321,09 300,90 282,34 338,47 311,14 266,35 3.355,38
1.713,3 2.117,0 2.020,6 1.968,5 2.625,7 2.304,4 28.383,70
EP 18 9 4 1 9 2.725,64 2.833,41 2.482,97 2.606,80 2.263,70 2.721,44 0 1
EP 19 540,87 578,09 93,47 75,44 626,75 539,84 564,28 74,14 546,55 968,00 203,01 79,44 4.889,87

EP 20 57,51 53,14 57,88 49,26 53,76 839,65 1.026,92 100,51 838,65 79,04 64,48 55,93 3.276,71
1.093,4 1.146,8 1.230,1 12.065,35
EP 21 3 7 783,41 3 1.195,58 1.130,95 1.487,96 1.322,68 1.531,04 1.143,31 0,00 0,00
8.292,5 8.007,0 8.956,7 8.535,4 12.374,9 12.122,3 12.626,7 12.762,8 13.917,7 14.069,4 5.326,0 5.284,3 122.276,0
8 5 0 0 9 1 2 1 4 1 3 4 9
2

Tabela 8. Valores totais das contas de energia elétricas para as estações de bombeamento do Formoso H para o ano de
2006
EBs Jan Feb Mar Abr Mai Jun Jul Aug Set Out Nov Dez Total
18.545,0 21.140,1 19.362,7 18.987,8 22.052,9 25.288,4 24.283,8 26.855,7 25.643,5 25.447,0 19.490,8 290.234,1
43.135,86
EBP 8 6 7 4 8 0 3 5 4 1 9 0
EP 1 3.018,84 3.462,80 3.048,58 2.683,94 3.965,46 5.072,90 4.218,10 4.479,68 4.381,05 5.406,62 2.619,29 4.798,18 47.155,44
EP 2 4.486,93 4.225,31 4.346,04 679,27 6.733,14 8.503,75 5.360,53 5.738,93 5.440,75 7.001,73 3.959,61 4.818,21 61.294,19
EP 3 3.582,40 5.586,74 4.428,30 3.317,03 5.381,22 5.833,81 0,00 5.476,14 5.391,88 6.582,29 2.724,56 4.348,27 52.652,64
11.322,6 10.695,9
5.837,35 6.970,79 6.392,49 5.358,62 8.869,94 9.761,65 9.379,42 11.329,95 4.194,92 6.906,80 97.020,50
EP 4 8 0
EP 5 4.424,96 4.704,79 4.766,97 3.763,07 6.207,94 7.868,31 8.466,49 7.707,41 7.349,82 8.635,67 3.201,83 5.611,85 72.709,10
10.554,3
6.099,79 7.666,21 7.380,08 5.120,69 9.312,36 8.696,38 9.438,59 9.408,99 11.437,90 4.031,84 7.204,40 96.351,54
EP 6 1
11.034,2 10.370,2 17.593,5 21.115,6 12.869,4 123.126,7
7.914,31 4.681,30 975,53 3.035,95 8.454,53 18.629,15 6.452,94
EP 7 0 0 3 4 2 0
EP 8 4.600,61 5.400,27 4.969,64 4.181,65 6.000,94 8.810,62 7.271,95 7.725,32 7.603,76 9.152,14 4.218,48 5.540,03 75.475,42
58.510,2 63.838,3 55.670,3 47.128,0 82.010,9 92.998,2 75.621,7 94.776,9 95.714,8 121.311, 56.850,4 71.588,0 916.019,6
7 6 9 6 3 0 4 9 4 30 7 6 2

Tabela 9. Valores totais das perdas nas contas de energia elétrica para as estações de bombeamento do Formoso H para
o ano de 2006
EBs Jan Feb Mar Abr Mai Jun Jul Aug Set Out Nov Dez Total
2.497,9
821,06 448,48 454,24 583,71 340,83 542,31 413,85 660,02 701,26 1.010,31 860,92 9.334,95
EBP 6
EP 1 415,63 374,91 405,34 473,02 402,82 653,93 457,97 479,80 477,79 423,55 460,24 1.911,07 6.936,07
1.703,5
942,01 594,18 732,87 0,00 576,51 594,22 609,17 557,56 579,09 664,31 805,94 8.359,36
EP 2 0
1.139,0
226,12 192,65 197,18 161,34 240,77 0,00 231,26 221,04 261,38 274,02 215,89 3.360,70
EP 3 6
EP 4 199,76 154,35 184,56 175,64 148,99 221,60 208,05 226,95 210,25 213,28 259,77 204,30 2.407,51
1.941,3
485,71 388,31 402,34 483,20 388,87 659,05 458,81 453,11 382,64 406,16 533,48 6.983,08
EP 5 9
2

EP 6 177,67 134,25 133,98 136,88 121,28 181,62 177,12 232,69 251,33 260,48 122,32 133,42 2.063,04
2.833,3 2.080,0 5.597,7 1.927,4 1.083,1 11.819,2 10.913,8 2.626,5 56.147,9
0,00 885,54 9.791,62 6.589,36
EP 7 8 7 8 4 7 2 0 3 2
EP 8 277,11 231,15 254,03 258,26 213,96 335,42 319,83 329,03 313,61 318,89 305,25 258,46 3.415,00
6.378,4 5.544,7 2.760,0 3.193,4 7.952,3 6.465,6 5.195,6 13.019,3 15.005,1 14.363,4 7.616,5 11.512,8 99.007,6
3 5 2 3 8 4 1 4 7 3 6 4 3
2

05 – SETORES

O Formoso A apresenta problemas de distribuição de água dentro dos


setores, de modo que não atende a todos os lotes com a pressão necessária para
que estes obtenham a vazão de projeto. As constantes reclamações feitas pelos
produtores do projeto Formoso “A”, inerentes à baixa pressão na entrada de
alguns lotes, levaram o engenheiro Heber dos Santos Medeiros da 2ª SR,
juntamente com o DIF, a desenvolver uma avaliação de um dos setores, no intuito
de descobrir e neutralizar os principais agentes causadores do problema.
Para se fazer esta avaliação foram escolhidos 10 lotes, ao acaso, dentre os
30 lotes irrigados do setor 03 do projeto Formoso A, para coleta de dados. Nesses
lotes foram coletadas vazão e pressão nos bocais dos aspersores ao longo da
linha lateral, as coletas foram feitas no primeiro aspersor, a 1/3, 2/3 e no ultimo
aspersor da linha lateral. A coleta de vazão de cada aspersor foi feita em três
repetições com um tempo de 30 segundos cada. Realizou-se, também, a
verificação da pressão ao longo de toda a adutora, nas tomadas d’água dos lotes
da quadra 02 e na EBA 03, além do cadastramento topográfico das tomadas
d’água de todos os lotes do setor.
Os lotes avaliados apresentaram uma grande variação nas vazões dos
emissores, quando comparado com a vazão de projeto. No geral 60% dos lotes
estavam com variação acima de 10% na vazão dos emissores e 40% deles
possuíam variação de vazão acima de 30%. A vazão média atual do sistema é de
750 m3/h e a vazão projetada é de 540 m 3/h. Após análise dos dados pode-se
concluir que os principais fatores causadores da queda de pressão no sistema de
irrigação do setor 03 no projeto Formoso “A” foram:

• Altos índices de variação de vazão dos emissores, proveniente da


diversificação de marcas, modelos e diâmetro de bocais;
• Grande número de vazamentos nas linhas laterais, decorrente do
desgaste da tubulação, que elevam a vazão do sistema e,
conseqüentemente, provocam queda de pressão.

Diante do exposto, o engenheiro fez as seguintes recomendações:

• Troca dos emissores de todos os lotes, no intuito de regularizar as


vazões de acordo com a vazão de projeto;
• Substituição dos anéis de vedação das tubulações que compõem as
linhas laterais, bem como a substituição dos tubos danificados pelo
tempo de uso e danos mecânicos, com o objetivo de reduzir ao
máximo os vazamentos;
• Quanto à queda excessiva de pressão na quadra 02, existe a
necessidade de verificar o diâmetro da linha principal que atende os
lotes, para ver se está de acordo com o projeto;
• Reinstalação das válvulas reguladoras de pressão das quadras
conforme as necessidades ou instalação de instrumento regulador de
pressão no início dos lotes, como orifícios calculados, ou reguladores
de pressão para aspersor.
2
De maneira geral, os problemas encontrados neste setor são encontrados
na maioria dos setores do projeto, com exceção daqueles com área irrigável
menor. Depois de identificado os problemas e soluções que serviriam para a
maioria dos setores, o DIF apresentou uma nova dificuldade. Os produtores,
donos dos lotes problemáticos, não tinham ou não queriam gastar dinheiro para
atender as recomendações feitas, principalmente se estivessem próximos à
estação de bombeamento, onde a pressão era maior e conseqüentemente, tinham
garantida uma alta vazão.

06 – DIMENSIONAMENTOS DE ORIFÍCIOS PARA O SETOR 07

A CODEVASF apóia financeiramente as obras complementares e de


melhoramento no Perímetro Irrigado Formoso e busca diminuir o número de lotes
problemáticos, fazendo com que os irrigantes se responsabilizem pela
manutenção dos mesmos. Sendo assim, os engenheiros da CODEVASF,
buscando alternativas para as válvulas reguladoras de pressão de custo elevado,
recomendadas para os setores, sugeriram que se verificasse a viabilidade de
utilização de placas nas entradas dos lotes, com orifícios de diâmetros diferentes,
calculados de acordo com a variação de pressão externa e interna que deveria
existir na tomada d´água de cada lote. Desta forma, o estágio focalizou o setor
informado pelo chefe do departamento de operação e manutenção do DIF,
Sebastião dos Santos Veloso, como o mais problemático do projeto Formoso, o
setor 07 (Figuras 19 e 20), como piloto para se testar as placas com os orifícios
dimensionados de modo a regular a pressão na entrada dos lotes.

Figura 19 – Vista aérea do setor 07 Figura 20 – Malha hidráulica e curvas


de nível do setor 07

Para o cálculo do diâmetro dos orifícios assumiu-se que o escoamento no


medidor por obstrução de área é unidimensional e não-viscoso, podendo-se
aplicar assim a equação de Bernoulli entre as seções 1 e 2. Nestas seções
localizam-se as tomadas de pressão estática do escoamento. Combinando a
Equação de Bernoulli com a Equação de Conservação da Massa, obteve-se a
equação destes medidores para o escoamento idealizado incompressível:

p1/ρ g + V12/2 = p2/ρ g + V22/2 (1)


2

V1A1 = V2A2 (2)

Aobstrução
 teorica =
m ⋅ 2 ρ∆p (3)
1−β4
onde:
m ≡ vazão mássica teórica, [kg/s];
 teorica
Aobstrução ≡ área da seção transversal da obstrução, [m2];
β = (d/D) ≡ razão dos diâmetros das seções 1 e 2 [m/m]
ρ ≡ densidade do fluído [kg/m3]
g ≡ aceleração da gravidade [m/s2]
∆ p = (p1 – p2) ≡ diferença de pressão entre as seções 1 e 2, (seção 1
a montante distante 1D do orifício e 2 a 1/2D).

A Equação (3) fornece um valor de vazão proporcional à diferença de


pressão, a qual resulta da aceleração do escoamento entre as seções de medida.
Entretanto, o valor real da diferença de pressão, isto é, o valor medido, contempla
também efeitos viscosos e efeitos inerciais adicionais. Assim, o valor de ∆ p
medido é superior àquele resultante da aceleração do escoamento devido à
redução de área entre 1 e 2 (da Equação de Bernoulli).
A diferença é proveniente de fenômenos tais como a perda de carga (efeito
viscoso), a formação da vena contracta (efeitos inerciais) e mesmo as posições
das tomadas de pressão estática. A título de ilustração, a Figuras 21 mostra
visualização do escoamento em uma placa de orifício. Pode-se observar a
formação marcante de vórtices estacionários no escoamento através do orifício da
placa e a formação da vena contracta no escoamento após o orifício.

Figura 21 - Escoamento através de uma placa - orifício. Fluído:


água; velocidade: 1.4 m/s; Re = 4.300. Reproduzido da Ref. [4].

Se a vazão na Eq. (3) é calculada com o valor medido da diferença de


pressão, diz-se que esta é a vazão teórica. Para incorporar na equação geral os
fatores que aumentam a diferença de pressão, isto é, que a tornam maior que
aquela resultante da aceleração entre 1 e 2, usa-se o coeficiente de descarga, C d
2
. Assim, a vazão real que escoa através do medidor de obstrução de área é o
produto do coeficiente de descarga com a vazão teórica:

m
Cd = real
(4)
m teórico
Ou seja, o coeficiente de descarga C d é um adimensional, a razão entre a
vazão real que escoa através do medidor e a vazão teórica calculada com a Eq.
(3), quando a diferença de pressão entre 1 e 2 é o valor medido.
Conseqüentemente, a equação geral dos medidores de vazão por obstrução de
área é escrito como:
Aobstrução
 teorica = C d ⋅
m ⋅ 2 ρ∆p (5)
1− β 4
O coeficiente de descarga para cálculo dos diâmetros dos orifícios foi
estimado em 0,59. Considerou-se a altura manométrica da bomba de 55,37 mca,
que é a altura manométrica provável que a bomba terá com a vazão estabelecida,
de acordo com a curva da bomba do setor 12, que tem o conjunto motobomba
semelhante ao do setor 07. Obteve-se a vazão multiplicando-se a área irrigável
pela vazão do contrato entre o produtor e o DIF, que é: 1,06 l/s/ha. As áreas
irrigáveis consideradas foram aquelas constantes na escritura de cada lote,
mesmo que não condizentes com as áreas reais. Fez-se desta forma, para que, os
orifícios assim dimensionados, causem perda de pressão nos lotes que estão
irrigando áreas maiores, obrigando assim o produtor a regularizar sua situação
fundiária perante o DIF e pagar a taxa de água corretamente, calculada com base
na área irrigável descrita na escritura.
Para se obter a pressão no ponto 01, ou pressão interna na tomada d´água
de cada lote, subtraiu-se a altura manométrica de 55,37 mca da respectiva perda
de carga estimada em função da diferença de nível, da perda de carga calculada
pela equação de Hazen-Williams, ao longo da tubulação que vai do conjunto
motobomba até o lote, e da carga cinética, com valor adequado de K, que a água
adquire passando pelas peças especiais. Multiplicou-se ainda um coeficiente pela
perda de carga estimada, que nada mais é que um fator de segurança, que
aumenta o valor de todas as perdas de carga até que pressão interna e pressão
externa na tomada d´água do(s) pior(es) lote(s) se igualasse(m).
A pressão no ponto 2, ou pressão externa, também foi estimada em função
da maior diferença de nível, da perda de carga ao longo da tubulação mais
distante que irriga o lote, calculada pela equação de Hazen-Williams,
considerando-se o fator F adequado para as linhas laterais com diferentes
números de aspersores, e da carga cinética da água em cada peça especial, com
valor adequado de K.
Para que se obtenha a vazão de projeto será necessário que os produtores
trabalhem com o número de aspersores adequado para cada lote. Como a
variação de aspersores no setor é muito grande, o número indicado foi obtido com
base nas características do aspersor fornecido inicialmente pela CODEVASF para
os irrigantes, da marca SOMLO modelo 30-C, com bocal de 3,96mm, devendo
funcionar na pressão de serviço indicada, que será proporcionada pelo orifício. Os
diâmetros dos orifícios calculados para cada lote podem ser verificados na tabela
10.
2
Tabela 10 – Diâmetros dos orifícios reguladores de pressão na entrada dos lotes
do setor 07 do Perímetro Irrigado Formoso A
Lote Nº Área Irrigável Q Hf total Pin Pex Nº Aspersores Psa D
ha m3/h mca mca mca mca mm
473 3,8100 14,54 26,47 28,90 28,91 13 23,13 sem orifício
481 4,3000 16,41 25,85 29,52 29,48 15 22,13 sem orifício
483 3,9600 15,11 26,28 29,09 27,86 14 21,54 39,31
482 4,3632 16,65 25,89 29,48 27,92 16 20,02 38,97
474 4,3600 16,64 26,81 28,56 26,89 16 19,99 38,42
496 4,3632 16,65 27,08 28,29 26,42 16 20,02 37,51
495 4,3600 16,64 27,08 28,29 26,39 16 19,99 37,37
479 4,3632 16,65 24,97 30,40 26,92 16 20,02 32,74
480 4,3632 16,65 24,97 30,40 26,92 16 20,02 32,74
471 4,3632 16,65 25,51 29,86 25,42 16 20,02 31,01
472 4,3632 16,65 25,51 29,86 25,42 16 20,02 31,01
494 4,3632 16,65 22,32 33,05 28,42 16 20,02 30,72
463 4,0000 15,26 18,49 36,88 32,80 14 21,98 30,39
452 4,3632 16,65 22,48 32,89 27,92 16 20,02 30,23
493 4,3632 16,65 22,32 33,05 27,92 16 20,02 30,02
449 3,8620 14,74 26,87 28,50 24,31 14 20,49 29,73
469 4,3632 16,65 23,99 31,38 25,92 16 20,02 29,59
488 4,3600 16,64 21,36 34,01 28,39 16 19,99 29,40
470 4,3632 16,65 23,99 31,38 24,92 16 20,02 28,48
486 4,3632 16,65 22,98 32,39 25,92 16 20,02 28,47
448 3,9532 15,09 18,75 36,62 31,29 14 21,47 28,44
450 4,4070 16,82 27,21 28,16 21,33 16 20,43 28,25
492 4,3632 16,65 20,24 35,13 28,42 16 20,02 28,24
484 4,3632 16,65 22,11 33,26 26,42 16 20,02 28,11
477 4,3632 16,65 18,64 36,73 29,42 16 20,02 27,69
467 4,3632 16,65 23,13 32,24 24,92 16 20,02 27,68
468 4,3632 16,65 23,13 32,24 24,92 16 20,02 27,68
485 3,5900 13,70 22,49 32,88 27,82 13 20,53 27,55
478 4,3632 16,65 18,64 36,73 28,92 16 20,02 27,27
460 4,3632 16,65 21,38 33,99 25,92 16 20,02 27,06
475 4,0800 15,57 20,04 35,33 28,19 14 22,87 26,99
456 4,3600 16,64 20,09 35,28 26,89 16 19,99 26,81
447 4,3632 16,65 19,01 36,36 27,92 16 20,02 26,78
490 4,3632 16,65 19,32 36,05 27,42 16 20,02 26,64
491 4,3632 16,65 20,24 35,13 26,42 16 20,02 26,59
476 4,3600 16,64 17,97 37,40 28,39 16 19,99 26,37
489 4,3632 16,65 19,32 36,05 26,42 16 20,02 25,97
457 4,1200 15,72 20,62 34,75 25,17 15 20,31 25,32
465 4,3632 16,65 21,17 34,20 22,92 16 20,02 25,04
455 4,3632 16,65 19,58 35,79 24,42 16 20,02 24,99
451 3,0300 11,56 21,64 33,73 28,16 11 20,43 24,90
454 4,3632 16,65 18,91 36,46 24,42 16 20,02 24,66
497 4,1500 15,84 17,26 38,11 26,96 15 20,61 24,52
458 3,6500 13,93 20,33 35,04 26,01 13 21,23 24,26
459 3,3647 12,84 20,76 34,61 26,93 12 21,17 24,25
461 3,3560 12,81 21,82 33,55 25,82 12 21,06 24,19
466 3,1700 12,10 20,43 34,94 27,09 11 22,36 23,47
453 4,3632 16,65 18,08 37,29 21,92 16 20,02 23,28
498 3,8200 14,58 17,15 38,22 24,87 14 20,05 22,60
462 3,2765 12,50 18,78 36,59 26,33 12 20,07 22,37
2
07 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espera-se que o DIF continue este trabalho instalando as placas com os


orifícios de diâmetros diferentes, juntamente com hidrômetros, para que seja
possível corrigir os erros que porventura estejam embutidos nos cálculos. Talvez
haja insatisfação de alguns produtores, devido à diminuição da pressão no bico
dos aspersores dos lotes com vazamentos e/ou daqueles que apresentarem área
irrigável maior do que aquela utilizada para realizar os cálculos dos orifícios. Neste
caso é necessário desenvolver o trabalho conscientizando os irrigantes do
Perímetro da importância de se manter o sistema de irrigação em bom estado de
funcionamento, para diminuir os custos totais do projeto e, conseqüentemente, os
custos que recairão sobre os próprios irrigantes.

08 – AGRADECIMENTOS

Agradeço aos professores da Universidade Federal de Viçosa que


compartilharam um pouco do conhecimento necessário para se construir um
mundo melhor; aos companheiros de graduação que me apoiaram; aos
funcionários da CODEVASF, em especial da GRD e GRR da 2ª SR, aos
funcionários do DIF e irrigantes do Projeto Formoso, pelo companherismo durante
o estágio.

09 – BIBLIOGRAFIA

[1] BERNARDO, S.; MANTOVANI, E. C.; SOARES, A. A. Manual de Irrigação. 8ª.


Viçosa: Ed. UFV; 2006. 625p.

[2] NEVES, E. T. Curso de Hidráulica. 7ª. Porto Alegre: Ed. Globo; 1982. 577p.

[3] AZEVEDO NETTO, J. M.; ALVAREZ, G. A. Manual de Hidráulica. 6ª. São


Paulo: Ed. Blucher, v. 1, 1973. 333p.

[4] Apostila da disciplina EM - 847 - Laboratório de Calor e Fluídos - Aferição de


Medidores de Vazão por Obstrução de Área. Departamento de Energia.
Faculdade de Engenharia Mecânica. UNICAMP. 7p.

[5] – MEDEIROS, S. S.; CUNHA, S. C. Avaliação Preliminar da Atual Situação


do Perímetro Irrigado Formoso. CODEVASF, 2007.

S-ar putea să vă placă și