Sunteți pe pagina 1din 11

VISÃO GERAL DO SETOR DE CARTÕES DE PAGAMENTO

Visão Geral

O modelo preponderante no setor de cartões de pagamento no Brasil é o de


associação, no qual as Bandeiras, as Adquirentes e os Emissores, cada um com papéis
específicos, atuam de forma integrada sob as regras estabelecidas pelas Bandeiras.
Nesse modelo, as Adquirentes, como a Companhia, detêm a licença de uso das marcas
das Bandeiras e são responsáveis pelo credenciamento dos Estabelecimentos, como
também pela captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das
Transações.

Os participantes do setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro podem ser


categorizados, conforme demonstrado abaixo:

As Bandeiras estabelecem e administram as regras gerais de organização e


funcionamento do sistema de cartões de pagamento e são as garantidoras finais da
liquidação financeira das Transações junto aos Estabelecimentos. Pela prestação de
tais serviços as Bandeiras cobram uma taxa de administração, com lastro nas
Transações realizadas nos Estabelecimentos, das Adquirentes representantes de sua
marca no Brasil;

As Adquirentes, como a Companhia, são responsáveis pelo credenciamento dos


Estabelecimentos, captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das
Transações e garantem a liquidação financeira das Transações caso o Emissor sofra
intervenção do Banco Central. Em regra, as Adquirentes cobram uma taxa de
administração dos Estabelecimentos pela prestação dos serviços de captura,
transmissão, processamento e liquidação das Transações realizadas com cartões de
crédito e de débito. Na maioria dos casos, a taxa de administração é calculada
mediante a aplicação de um percentual negociado com os Estabelecimentos incidente
sobre o valor da Transação no Estabelecimento;
As Adquirentes são proprietárias de equipamentos, como POS fixo e POS sem fio. Tais
equipamentos são utilizados para a captura, transmissão, processamento e liquidação
financeira das Transações realizadas no Estabelecimento. As Adquirentes, na maioria
dos Estabelecimentos, alugam os equipamentos aos Estabelecimentos, cobrando
destes um valor de aluguel fixado de acordo com a tecnologia empregada em cada tipo
de equipamento, o ramo de atividade e a localidade do Estabelecimento. Muitos
estabelecimentos, por exemplo grandes lojas e supermercados, possuem seus próprios
equipamentos POS e não alugam das Adquirentes.

Por fim, as Adquirentes oferecem o serviço de antecipação de recebíveis à sua rede de


Estabelecimentos. Nas operações de antecipação de recebíveis, os Estabelecimentos
solicitam ao Adquirente o recebimento correspondente às Transações realizada com
cartões de crédito antes do período negociado e contratado com cada
Estabelecimento. Os Estabelecimentos que contratam este serviço pagam uma taxa de
desconto, calculada com base no valor antecipado aos Estabelecimentos.

As Adquirentes podem ainda oferecer aos Estabelecimentos serviços adicionais


relativos à captura de Transações de cartões, como, por exemplo, serviços vinculados
às Transações com cartões Private Label realizadas nos próprios Estabelecimentos
Emissores. Para usufruir destes serviços, os Estabelecimentos via de regra pagam às
Adquirentes determinadas taxas e/ou tarifas estipulados de acordo com o tipo de
serviço prestado.

• Os Estabelecimentos são os fornecedores de bens e/ou prestadores de serviços


credenciados pelas Adquirentes para aceitar cartões de crédito e de débito
como meio de pagamento;

• Os Portadores são os detentores dos cartões concedidos pelos Emissores,


usuários e/ou consumidores de produtos e serviços; e

• Os Emissores concedem crédito aos Portadores para utilização de cartões de


crédito no Brasil e/ou no exterior e efetuam a cobrança dos valores gastos pelos
Portadores. Os Emissores assumem o risco de crédito dos Portadores perante as
Adquirentes e garantem o pagamento às mesmas. Para tanto, os Emissores
cobram dos Adquirentes uma taxa de intercâmbio que consiste na parcela da
taxa de administração recebida dos Estabelecimentos que é repassada aos
Emissores, como remuneração pela aprovação das Transações realizadas com
os cartões de sua emissão. A taxa de intercâmbio é determinada geralmente
pelas Bandeiras de acordo com o tipo de cartão de crédito utilizado na
Transação e do segmento do Estabelecimento em que a Transação foi realizada,
o que depende da política remuneratória de cada Emissor.

O Mercado de Cartões no Brasil

A partir da década de 1990, o mercado de cartões de pagamento observou grande


expansão no Brasil devido a vários fatores, tais como: (i) possibilidade de emissão de
cartões de crédito de mais de uma Bandeira por um mesmo Emissor; (ii) surgimento de
novos Emissores de cartões; (iii) estabilidade econômica trazida pelo Plano Real; e (iv)
o nascente comércio eletrônico.

O mercado de cartões no Brasil vem registrando expressivos índices de crescimento.


Em 2008, o setor movimentou R$375,4 bilhões, segundo dados da ABECS de 31 de
março de 2009, considerando o Volume Financeiro de Transações realizadas com os
cartões de crédito, de débito e Private Label. Desse Volume Financeiro de Transações,
destaca-se a participação preponderante dos cartões de crédito, que responderam por
57,4% do Volume Financeiro de Transações em 2008. Nota-se também o crescimento
da participação das operações com cartões de débito, que vem ano a ano ganhando
mais peso no setor, tendo atingido a participação de 28,6% do Volume Financeiro de
Transações em 2008.

Esta maior representatividade do Volume Financeiro de Transações com cartões de


crédito advém principalmente do fato de serem utilizados como forma de concessão de
crédito ao consumo, com condições e prazos de pagamento variáveis, inclusive com a
possibilidade de parcelamento dos valores faturados. Por esta razão, o Volume
Financeiro de Transações realizadas com cartões de crédito tem sido superior ao
Volume Financeiro de Transações com cartões de débito. Abaixo seguem dados da
ABECS, relativos ao setor de cartões nos anos de 2006, 2007 e 2008, bem como dos
trimestres encerrados em 31 de março de 2008 e 31 de março de 2009:

Período de três meses


Exercício social encerrado em encerrado em 31 de
31 de dezembro de março de
CAGR
(2006 – Variação
2006 2007 2008 2008) 2008 2009 2008 - 2009

N.º de Cartões (milhões)


Crédito 82 104 124 23% 109 127 17%
Débito 187 201 217 8% 205 220 7%
Private Label 118 147 173 21% 153 177 16%
Total 388 453 514 15% 467 524 12%

N.º de Transações (bilhões)


Crédito 1,6 1,9 2,2 17% 0,5 0,6 14%
Débito 1,5 1,7 2,1 18% 0,5 0,6 17%
Private Label 0,7 0,9 1,0 20% 0,2 0,3 12%
Total 3,7 4,4 5,3 20% 1,2 1,4 15%

Volume Financeiro de Transações (bilhões de R$)


Crédito 141,9 173,8 215,1 23% 46,7 54,8 17%
Débito 66,5 82,6 107,4 27% 23,5 28,4 21%
Private Label 36,3 45,2 53,0 21% 11,6 12,8 10%
Total 244,7 301,6 375,4 24% 81,9 96,0 17%

Fonte: ABECS.

A Companhia acredita que o crescimento da quantidade de Transações com cartões de


débito, vinculados à conta corrente do Portador, seja resultado do fenômeno recente
de maior “bancarização” da população, ou seja, o maior acesso da população a
serviços financeiros, e também pela mudança dos hábitos dos consumidores e dos
Estabelecimentos que vêem no cartão de débito um meio mais seguro para o
pagamento de compras ou serviços em comparação a outros meios de pagamento,
como cheques e dinheiro. As Transações com os cartões de débito são realizadas
mediante o uso de senhas e, tanto os Emissores quanto as Adquirentes têm investido
elevados recursos para aumentar a segurança nas Transações realizadas com esses
cartões.

Apesar da aceleração recente nas taxas de penetração de cartões de crédito e débito


como meios de pagamento no Brasil, a Companhia acredita que, quando comparados
os percentuais de sua utilização aos de países mais desenvolvidos, o setor de cartões
de pagamento no Brasil ainda apresenta potencial de crescimento. Nos Estados Unidos,
por exemplo, a utilização de cartões como meios de pagamento representou, no ano
de 2007, 40% do consumo privado, segundo dados do BIS e da BEA. Os gráficos abaixo
mostram os atuais índices gastos com cartão como percetual do consumo privado e de
Transações por cartão.

Gastos com Cartões como percentual do Consumo Privado

Reino Unido

Média de Transações por cartão/ano

França 63

Coreia do Sul¹
Reino Unido 52

Coreia do Sul 45

EUA 34

Mexico¹ 29

Turquia³ 16

2008 13

Brasil

2007 11

EUA
Fonte: BIS e BACEN (ano-base 2007).

Cheques versus Meios Eletrônicos de pagamento

A evolução histórica dos diferentes meios de pagamento mostra que o cheque era o
instrumento mais utilizado em 1999, com cerca de 2,5 bilhões de cheques emitidos
naquele ano, representando 62,5% de todos os pagamentos, exceto aqueles realizados
em dinheiro, de acordo com dados do Banco Central, levando-se em conta os cheques
de valor de até R$250,0 mil. Naquele mesmo ano, os instrumentos eletrônicos, que

França
englobavam modalidades como cartões de crédito, cartões de débito, débito direto e
transferências interbancárias de crédito, que compreendem as transferências
eletrônicas disponíveis (TEDs), os documentos de crédito (DOCs) e os bloquetos de
cobrança, respondiam pelos 37,5% restantes.

Já em 2002, a representatividade dos cheques compensados como meio de pagamento


caiu para 45,9%, com os instrumentos eletrônicos assumindo a maioria dos
pagamentos, sem incluir dinheiro. Em 2004, a participação de 33,9% dos cheques
compensados foi superada pela utilização conjunta dos cartões de crédito e de débito,
sendo que as duas modalidades responderam por 37,3% dos pagamentos.

Segundo os dados mais recentes do Banco Central, em 2008, ocorreram 8,5 bilhões de
transações, excluídas aquelas realizadas em dinheiro. Deste total, 53,8% das
transações foram realizadas com cartões como meio de pagamento, e 16,1% por meio
de cheques. O gráfico abaixo apresenta a participação dos meios de pagamento no
anos de 2003 a 2008, em relação ao total de Transações, realizadas:

100%

90%
Fonte: Banco Central e Câmaras de Compensação e Prestadores de Serviço de
Compensação e Liquidação.

Utilização dos Cheques no Mercado Brasileiro

Desde meados de 2004 os volumes mensais das Transações pagas com cartões têm

80% 39,5%
superado os pagamentos através de cheques, considerados apenas os cheques abaixo
do chamado valor-limite de R$299,99, definido pelo Banco Central. A comparação
utiliza apenas os cheques abaixo do valor-limite por representar o consumo privado
que pode ser comparado com gastos com cartão.

Em janeiro de 2004, de acordo com dados da ABECS, o Volume Financeiro de


Transações com cartões atingiu o valor de R$11,7 bilhões, subindo gradativa e
constantemente até chegar ao patamar dos R$30,2 bilhões em fevereiro de 2009. Já o

70%
volume financeiro de cheques emitidos no valor de até R$299,99, quando somados,
oscilou de R$13,4 bilhões em janeiro de 2004 para R$7,1 bilhões em fevereiro de 2009.

Observa-se também uma queda na quantidade mensal de cheques emitidos com o


mesmo limite de valor (R$299,99), de 135,9 milhões em janeiro de 2004 para 55,2
milhões em fevereiro de 2009, face a um aumento na quantidade de Transações
mensais de 180,0 milhões para 442,0 milhões, no mesmo período considerado
anteriormente.

Incremento da rede de aceitação de cartões

A expansão da rede de Estabelecimentos que aceitam pagamentos com cartões é


também um dos fatores fundamentais para explicar o desempenho do setor, uma vez
que a ampliação da base de aceitação reforça o uso dos cartões como meio de
pagamento, além de atrair novos consumidores para o mercado. Esta expansão é,
fundamentalmente, resultado da tendência de crescimento do uso de meios de
pagamento eletrônicos pelos consumidores brasileiros.

Expansão do crédito

O uso dos cartões também está atrelado à evolução do volume de financiamento ao


consumidor concedido pelos bancos e sociedades financeiras, que dentre outros
fatores deve-se a uma maior estabilidade econômica no Brasil. Ao final de 1999, o
volume de crédito concedido a pessoas físicas totalizava aproximadamente
R$39,7 bilhões, representando 3,6% do PIB brasileiro. Nos últimos anos, esse indicador
cresceu substancialmente, atingindo R$389,5 bilhões ao final de 2008, o equivalente a
aproximadamente 13,1% do PIB brasileiro, de acordo com os dados mais recentes do
Banco Central, tendo atingido R$402,0 bilhões em março de 2009. Estes dados
demonstram que o volume de crédito concedido no País cresce mais rapidamente que
o do PIB brasileiro. O gráfico abaixo demonstra o crescimento da concessão de crédito
a pessoas físicas em relação ao PIB brasileiro.

14,0%

12,0%
Fonte: Banco Central.
A Companhia não pode precisar como a atual crise econômica impactará os
indicadores de expansão de crédito e, consequentemente, os eventuais impactos nos
gastos dos Portadores.

“Bancarização”

A estabilidade econômica e o crescimento nas taxas de emprego, bem como da renda


da população brasileira nos últimos anos tornaram acessíveis diversos serviços
financeiros a uma maior faixa da população. A chamada “bancarização” da população
pode ser medida pelo incremento de cerca de 48,4 milhões de novas contas correntes
entre os anos de 2000 e 2007 no Brasil, um crescimento médio anual de 8,4%. Em
2000, havia 63,7 milhões de contas correntes no País, enquanto que, ao final de 2007,
este número passou para 112,1 milhões de contas correntes, de acordo com dados
mais recentes do Banco Central.

Aumento do emprego e da renda

Em períodos recentes, o crescimento da economia melhorou os indicadores de


emprego e de renda dos trabalhadores brasileiros, variáveis que afetam diretamente
os gastos dos Portadores. De acordo com dados mais recentes divulgados pelo IBGE,
em 2008, com o incremento de 5,1% do PIB, o consumo das famílias aumentou 5,4%
em termos reais, caracterizando o quinto ano consecutivo de expansão do consumo
das famílias no Brasil. A Companhia não sabe em que medida a crise financeira
mundial iniciada no quarto trimestre de 2008 e suas repercussões no Brasil impactarão
os indicadores de emprego e renda do ano de 2009.

Expansão do consumo

A utilização dos cartões como meio de pagamento representou 21,4% do consumo das
famílias no Brasil em 2008, segundo dados mais recentes da ABECS e do IBGE, em
comparação a 15,8% no ano de 2005. Esse crescimento foi reflexo direto da expansão
econômica, da elevação das taxas de emprego e do aumento da renda da população
brasileira nos últimos anos, bem como, em maior grau, da difusão do uso dos cartões
de crédito e débito como meios de pagamento. O gráfico abaixo demonstra a evolução
da participação dos cartões como meio de pagamento em relação ao consumo das
famílias.
25%

Fonte: ABECS e IBGE.

Embora os dados disponíveis referentes ao ano de 2008 demonstrem aumento no


consumo, a Companhia não pode precisar o impacto que a atual crise econômica terá
sobre os indicadores de consumo, bem como o efeito nos gastos dos Portadores.

20%
Redução da Informalidade

O incremento na formalização das relações entre empresas e trabalhadores também


colabora para uma maior “bancarização”, em virtude da preferência de um número
significativo de empregadores pela abertura de contas correntes por seus empregados
para depósito dos respectivos salários. Este incremento resulta na exposição de maior
número de pessoas aos produtos bancários, entre eles, cartões de débito e crédito. Do
lado dos estabelecimentos comerciais, o governo tem procurado aliviar a carga
tributária das pequenas empresas, a exemplo da Lei Complementar n.º 123, de 14 de
dezembro de 2006, que simplificou as exigências tributárias para as empresas com
receita bruta anual de até R$240,0 mil no caso de microempresas, e de R$2,4 milhões
no caso de empresas de pequeno porte, o que tem permitido a formalização dessas
empresas, condição essencial para sua afiliação às redes de aceitação de cartões
de pagamento.

Evolução Tecnológica e da Cultura de Uso

A evolução tecnológica do setor viabiliza a penetração em segmentos que atualmente


apresentam reduzida aceitação dos meios eletrônicos de pagamento, como feiras
livres, serviços de locomoção – táxis, eventos e estádios de futebol e eventos similares.
O advento da tecnologia do POS wireless, bem como a implementação das soluções de
pagamento através do celular, têm acelerado esse processo.

Além disso, a entrada de jovens no mercado de trabalho gera um aumento do número

15%
de pessoas com o hábito de utilizar meios eletrônicos de pagamento. Acreditamos que
esse público continuará a se utilizar dos meios eletrônicos de pagamento, tendo em
vista que possuem uma maior aceitação de tais formas de pagamento por aderirem
com mais facilidade ao uso de novas tecnologias.

Regulamentação do Setor de Cartões de Pagamento

Apesar da tramitação no Congresso Nacional de diversos projetos de lei que pretendem


regulamentar diferentes aspectos relacionados ao setor de cartões de pagamento,
atualmente, não há regulamentação específica para o setor.

Por operar sistema de câmara de compensação e liquidação de Transações com


cartões de débito e de crédito, a Companhia está sujeita às regras emitidas pelo Banco
Central, no que diz respeito a este aspecto de sua operação. Através do Comunicado
9.419, de 18 de abril de 2002, o Banco Central aprovou o funcionamento da câmara de
liquidação e compensação não-sistemicamente relevante da Companhia, cujos
procedimentos operacionais estão previstos na Carta-Circular n.º 3.013, de 19 de abril
de 2002, do Banco Central.

Propostas de Regulamentação do Setor de Cartões de Pagamento

Atualmente tramitam no Congresso Nacional diversos projetos de lei com o intuito de


regulamentar o setor de meios de pagamento com cartões. As principais iniciativas
versam sobre:

a limitação das taxas de administração cobradas dos Estabelecimentos e prazos de


pagamento, dentre os quais a Companhia destaca os projetos de lei: (i) 4.818/98,
datado de 04 de novembro de 1998, que desde 25 de março de 2009 encontra-se sob
análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania; (ii) 4.804/01, datado de 5
de junho de 2001, que desde 29 de abril de 2009 encontra-se sob análise na Comissão
de Finanças e Tributação; e (iii) 3.499/08, datado de 03 de junho de 2008, cujo pedido
de apensado ao projeto de lei 4.818/98 foi deferido em 04 de novembro de 2008;

o compartilhamento de infra-estrutura de coleta e processamento de informações no


mercado de cartões de crédito e débito, dentre os quais a Companhia destaca o projeto
de lei 677/07, datado de 28 de novembro de 2007, que desde 05 de março de 2009
encontra-se sob análise na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e
Informática;

a proibição de cláusulas de exclusividade entre Bandeiras e Adquirentes no mercado


de cartões de crédito e débito, dentre os quais a Companhia destaca o projeto de lei
680/07, de 28 de novembro de 2007, que desde 05 de março de 2009 encontra-se sob
análise na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; e

a equiparação das empresas do setor de meios de pagamento à condição de instituição


financeira, dentre os quais a Companhia destaca o projeto de lei 678/07, datado de 28
de novembro de 2007, que desde 29 de maio de 2009 encontra-se sob análise na
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Relatório sobre o Setor de Cartões de Pagamentos

Em março de 2009, o Banco Central, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do


Ministério da Justiça, e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), do
Ministério da Fazenda, disponibilizaram o Relatório sobre a Indústria de Cartões de
Pagamentos, que trata, principalmente: (i) do cenário competitivo e das barreiras de
entrada do setor; (ii) do mecanismo de cobrança tarifária adotado pelos Adquirentes; e
(iii) de como tal mecanismo de cobrança pode afetar o consumidor final de bens e
serviços, além da sugestão de medidas regulatórias para o setor de cartões de
pagamento. Tal Relatório encontra-se disponível na Internet, no endereço
http://www.bcb.gov.br/htms/spb/Relatorio_Cartoes.pdf.

O Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos concluiu que o setor de


cartões de pagamento é um mercado funcional, que, todavia, possui imperfeições. As
principais propostas endereçadas no Relatório para sanar estas imperfeições são as
seguintes:

Compartilhamento de Equipamentos de Captura. Segundo o modelo atual, exceto nas


soluções próprias (TEFs), cada Adquirente possui sua própria rede e Equipamentos de
Captura. O Relatório classifica como fundamental o compartilhamento de
Equipamentos de Captura, ou seja, a possibilidade de capturar, transmitir e processar
Transações envolvendo cartões da Bandeira Visa em Equipamentos de Captura de
outros cartões e vice versa, como forma de diminuição da barreira de entrada e custos
do setor.

Não-exclusividade contratual na atividade de credenciamento. O Relatório conclui que


uma das falhas do setor é a existência de exclusividade contratual entre as empresas
que realizam a atividade de credenciamento de Estabelecimentos e as Bandeiras. A
renegociação do Contrato de Afiliação e Licença para Uso de Marca Registrada com a
Visa International, que levou ao seu aditamento, também levou em consideração esta
questão suscitada pelo Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos, no
intuito de conformar as práticas comerciais da Companhia com as preocupações
externadas pelos órgãos que elaboraram o referido Relatório.

Possibilidade de cobrança de valores diferenciados para pagamentos com Cartões. O


Relatório conclui que a regra de não majoração de preços para transações envolvendo
cartões de pagamento comparado com as transações feitas com outros meios de
pagamento traz distorções ao mercado e prejuízo ao consumidor, e que a possibilidade
de diferenciar preços em função do meio de pagamento traria benefícios, notadamente
a redução da Taxa de Administração. No entanto, a principal restrição à diferenciação
de preço em função do meio de pagamento utilizado advém da legislação brasileira e
do entendimento do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor de que essa
prática contraria o Código de Defesa do Consumidor.

Redução da taxa de administração. Embora o Relatório não recomende alterações ou


limitações à taxa de administração ou à taxa de intercâmbio, ele conclui que, em um
mercado mais eficiente, a taxa de administração cobrada pelos Adquirentes seria
naturalmente inferior àquelas praticadas atualmente. O Relatório admite que, mesmo
havendo racionalidade econômica na discriminação de preços adotada pelo setor, é
necessário que algum órgão regulador acompanhe os preços praticados pelas
empresas do setor, de forma a monitorar os efeitos de potenciais mudanças de
estrutura e de conduta.

Diminuição de prazos para pagamentos ao Estabelecimento. O Relatório propõe a


diminuição do prazo de pagamento aos Estabelecimentos das compras realizadas com
cartões de crédito, de 30 dias, que é o prazo médio atualmente praticado no mercado,
para 2 dias. Esta proposta faria com que os Emissores arcassem com o período relativo
ao seu desembolso ao Estabelecimento até o pagamento da fatura pelo Portador.

Regra do honor all cards. O Relatório conclui que a regra honor all cards, ou seja, a
regra pela qual os Estabelecimentos Credenciados são obrigados a aceitar cartões
independentemente do Emissor, da modalidade ou do produto estimularia a
concorrência na emissão por estender a todos os Emissores, independentemente de
seu porte, a externalidade da rede de Adquirência. A Companhia, em sua prática, já
observa esta regra.

Divisão do modelo de negócios integrado. Segundo o Relatório, a integração vertical do


credenciamento dos Estabelecimentos e de captura e liquidação de Transações, da
forma feita atualmente pela Companhia e outros competidores do setor, gera uma
significativa barreira de entrada a novos participantes, posto que faria com que
potenciais credenciadores concorrentes dependam dos serviços, prestados por
terceiros, de captura, processamento e liquidação, inibindo sua entrada.

Embora este estudo por si só não tenha poder para regulamentar o setor de cartões de
pagamento, nem indique uma posição definitiva dos órgãos públicos responsáveis por
sua elaboração, suas conclusões podem acelerar a tramitação dos processos
legislativos dos projetos de lei mencionados acima, além de estimular a discussão de
outras iniciativas legislativas que visem a regulamentar este setor e as atividades da
Companhia.

Em vista dessas incertezas em relação ao contexto regulatório a ser enfrentado pela


Companhia, não é possível prever se os projetos de lei atualmente em tramitação no
Congresso Nacional, ou ainda outros que venham a ser propostos, serão ou não
aprovados e, caso aprovados, qual será o texto legislativo final. Portanto, não é
possível prever se as atividades de captura e adquirência de Transações,
credenciamento de Estabelecimentos e antecipação de recebíveis a Estabelecimentos
serão reguladas. Caso o sejam, não é possível prever como o serão, e tampouco
assegurar que a Companhia não será afetada de forma adversa e relevante por
eventuais novas leis e regulamentos.

S-ar putea să vă placă și