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O documento analisa a convergência da norma brasileira sobre hedge accounting com a norma internacional IAS 39. Ele conclui que existem algumas divergências, como a utilização de termos diferentes e a ausência de categorias como hedge de investimentos no exterior e macro hedge. Porém, essas diferenças não são consideradas críticas, bastando ajustes como adotar o termo "valor justo" e definir essas categorias para uma maior harmonização.
Descriere originală:
Instrução Normativa do BACEN sobre Registro de Operações de Hedge
O documento analisa a convergência da norma brasileira sobre hedge accounting com a norma internacional IAS 39. Ele conclui que existem algumas divergências, como a utilização de termos diferentes e a ausência de categorias como hedge de investimentos no exterior e macro hedge. Porém, essas diferenças não são consideradas críticas, bastando ajustes como adotar o termo "valor justo" e definir essas categorias para uma maior harmonização.
O documento analisa a convergência da norma brasileira sobre hedge accounting com a norma internacional IAS 39. Ele conclui que existem algumas divergências, como a utilização de termos diferentes e a ausência de categorias como hedge de investimentos no exterior e macro hedge. Porém, essas diferenças não são consideradas críticas, bastando ajustes como adotar o termo "valor justo" e definir essas categorias para uma maior harmonização.
IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement
Hedge Accounting (pargrafos 71 a 102)
Situao: PARCIALMENTE DIVERGENTE
1. Introduo
O IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement estabelece
procedimentos para a contabilizao e evidenciao de operaes realizadas com instrumentos financeiros, dentre eles, os derivativos.
Define, ainda, procedimentos contbeis especficos para o registro de
operaes de hedge (proteo) feitas com a utilizao de derivativos ou outro instrumento financeiro. Tais procedimentos so conhecidos como hedge accounting e esto regulados no SFN por meio da Circular 3.082, de 2002.
A verso do IAS 39 utilizada neste diagnstico foi publicada em 31 de
dezembro de 2005.
2. Descrio sucinta da norma internacional vinculada ao Hedge Accounting
Os pargrafos do IAS 39 relacionados ao hedge accounting definem e
qualificam os itens que podem ser instrumento ou objeto de hedge. So conceituados e detalhados os tipos de hedge accounting, bem como definido quando deve ser implementado/descontinuado cada tipo.
Diagnstico concludo em Dezembro de 2006.
De maneira geral, todos derivativos podem ser utilizados como instrumentos de
hedge. Outros instrumentos financeiros s podem ser utilizados em uma operao de hedge de risco de variao cambial.
Pode ser utilizada uma parte ou a totalidade do instrumento de hedge na
operao de proteo. No entanto, no permitida a utilizao de um instrumento de hedge apenas durante uma parcela de sua vida til. Um nico instrumento de proteo pode ser utilizado para mais de um tipo de risco, desde que seja possvel identificar claramente cada um dos riscos protegidos, calcular a eficcia do hedge e comprovar a sua vinculao com cada risco especfico. possivel ainda, usar dois ou mais instrumentos de hedge ou parcelas dos mesmos em uma operao de hedge, exceto quando estes instrumentos resultarem em uma posio lanada em uma opo, pois, segundo o pronunciamento, a perda potencial em uma opo vendida pode ser significativamente superior ao ganho potencial do item protegido.
Os itens objeto de hedge podem ser um ativo ou um grupo de ativos ou
passivos reconhecidos, compromissos firmes no reconhecidos, transaes previstas que sejam altamente provveis ou investimentos lquidos no exterior. Instrumentos financeiros mantidos at o vencimento s podem ser objeto de hedge de risco cambial ou de risco de crdito. Se o item coberto for um ativo ou um passivo financeiro, a operao de hedge pode ser feita para uma parcela de seu valor justo ou de seus fluxos de caixa, desde que seja mensurada a eficcia do hedge.
Um conjunto de ativos e passivos pode ser objeto de hedge de risco de taxa de
juros (operao conhecida como macro hedge ou hedge global). No entanto, a operao de proteo no pode ser feita a partir de uma posio lquida de ativos e passivos. Para fins de hedge, a entidade deve designar uma parte especfica de ativos ou uma parte especfica de passivos como item objeto de hedge. Ativos ou passivos semelhantes podem ser agrupados em uma operao de hedge desde que a proteo seja feita para um mesmo risco e desde que as variaes individuais de cada item protegido sejam proporcionais s variaes ocorridas em todo o grupo.
Diagnstico concludo em Dezembro de 2006.
Segundo o pronunciamento, as operaes de hedge podem ser de 3 tipos:
I-
fair value hedge: a proteo de uma exposio a mudanas no valor
justo de um ativo ou de parte dele, de um passivo reconhecido, ou de um compromisso firme no reconhecido, que seja atribuvel a um risco em particular e que possa afetar o resultado;
II -
cash flow hedge: a proteo de uma exposio a variaes no fluxo de
caixa que possa ser atribuvel a um risco especfico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou a uma transao projetada que seja altamente provvel;
III - hedge of a net investiment in a foreign operation: a proteo de um
investimento lquido em uma unidade operacional estrangeira, como definido no IAS 21 The Effects os Changes in Foreign Exchange Rates.
Uma operao de proteo s se qualifica para fins de hedge accounting se:
I-
No incio da operao for feita a designao do instrumento de proteo e
dos itens protegidos, com base em documentao comprobatria; e
II -
O hedge previsto deve ser altamente eficaz durante todo o perodo da
proteo e deve haver mecanismos de confirmao de tal eficcia; e
III - No cash flow hedge, a transao prevista deve ser altamente provvel.
No fair value hedge, a parcela eficaz do ajuste decorrente das variaes no
valor do instrumento de proteo deve ser contabilizada no resultado paralelamente ao registro das variaes no valor do item objeto de hedge. Se o item objeto de hedge for um conjunto de ativos ou passivos, a contrapartida do registro em resultado deve ser registrada, no balano, em rubrica diferente da conta que registra os itens cobertos.
No cash flow hedge, a parcela eficaz do ajuste decorrente das variaes no
valor do instrumento de proteo deve ser contabilizada no Patrimnio Lquido (PL) at que ocorra o fluxo de caixa objeto da proteo, quando ento deve ser transferida para resultado.
Diagnstico concludo em Dezembro de 2006.
O hedge of a net investment in a foreign operation deve ser contabilizado como
um cash flow hedge.
Em qualquer modalidade de hedge, a parcela ineficaz da proteo deve ser
contabilizada imediatamente no resultado.
Uma operao de hedge, independentemente da modalidade, deve ser
descontinuada quando forem verificadas quaisquer das seguintes situaes: I-
O instrumento de hedge expira, termina, exercido ou vendido;
II -
O hedge deixa de atender os critrios para qualificao da operao;
III - A entidade cancela a operao de hedge; ou
IV - No caso do cash flow hedge, a transao prevista no ocorra.
3. Normas aplicveis s instituies financeiras
A regulamentao sobre o tema figura nas Circulares BCB 3.082, de 30 de
janeiro de 2002, 3.129, de 27 de junho de 2002, 3.150, de 11 de setembro de 2002 e na Carta-Circular 3.023, de 11 de junho de 2002, e consolidadas nos Cosif 1.4 e 1.22.
De maneira geral, as normas emanadas do Banco Central aplicveis as
operaes de hedge accounting se encontram alinhadas s normas internacionais, mesmo porque tais normas foram baseadas no Financial Accounting Statement (FAS) 133 do FASB e na prpria norma internacional. No entanto, a norma nacional se apresenta mais restritiva pois define que s os instrumentos financeiros derivativos podem ser utilizados em operaes de hedge.
Observa-se, ainda, que a norma local utiliza a expresso valor de mercado,
como referncia para instrumentos financeiros derivativos, em detrimento terminologia valor justo (fair value), presente nas normas internacionais.
Diagnstico concludo em Dezembro de 2006.
Os critrios de qualificao e designao dos itens de proteo e dos itens
protegidos so observados, no havendo, no entanto, a definio para situaes especficas como, por exemplo, a relativa a montagem de operaes de hedge envolvendo instrumentos financeiros derivativos mantidos at o vencimento.
As operaes de hedge so de 2 tipos:
I-
Hedge de risco de mercado: equivalentes as operaes de fair value
hedge; e
II -
Hedge de fluxo de caixa: equivalentes as operaes de cash flow hedge.
A norma nacional no prev a categoria de hedge of a net investiment in a
foreign operation. No prev, ainda, o macro hedge, permitido na norma internacional, mesmo que de forma limitada.
Um ponto a destacar, que as normas locais, ao contrrio da norma
internacional, permitem que um derivativo utilizado em uma operao de hedge no seja marcado a mercado nas seguinte situaes: I-
Quando estiver vinculado a uma operao de captao ou aplicao,
observadas as condies definidas na Circular 3.150, de 2002; e
II -
Quando for utilizado para a proteo de um ttulo classificado na
categoria Mantido at o Vencimento, conforme a Circular 3.129, de 2002.
Tais procedimentos ferem um requisito bsico das normas internacionais, que
so consensuais ao definirem que a nica informao vlida, para fins de registro de um instrumento financeiro derivativo, seu valor justo.
Fora do SFN, no existem normas definindo o tratamento contbil das
operaes de hedge accounting.
Diagnstico concludo em Dezembro de 2006.
4. Diagnstico
Do exposto, pode-se concluir que existem algumas divergncias entre as
normas brasileiras aplicveis s instituies financeiras e o IAS 39 no que tange ao hedge accounting. No entanto, tais diferenas no so avaliadas como crticas. Para que ocorra a harmonizao, necessria, em linhas gerais, a realizao dos seguintes ajustes na regulamentao local: a utilizao da expresso valor justo, em substituio a valor de mercado, a definio da categoria de hedge para investimentos lquidos no exterior, o macro hedge e a adequao do tratamento dado aos derivativos utilizados em operaes de hedge de ttulos mantidos at o vencimento.
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