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aos201s Minimes sobre cumprimenta¢incumprimeato PRM-DO~ 2003-2004 NOCOES MiNIMAS SOBRE CUMPRIMENTO E NAO CUMPRIMENTO DAS OBRIGACOES + Isto é uma introdugio para algumas matétias — como a das amodalidades das obtigagdes> e a do Contrito~promessa — que estio muitissimo relacionadas com 0 cumprimento e incumptimento. « Mais tarde havemos de estudar melhor estes dois temas! - Mas quem nao souber (tudo) 0 que aqui vai agora nfo sabe nada de nada... - 1. A matéria do cumprimento ¢ essencialmente regida pela aufonomia privada assim, sio > supletinas, p. ex., todas as regras quanto & legitimidade para camprir quem pode realizar ¢ quem pode receber a prestacio), ao tempo do cumprimento e ao lugar do cumptimento. 2. Em principio, a prestacio tanto pode ser realizada pelo devedor quanto por um terceito (axt_767.°/1); ou seja, a prestagio é em regra, finghel A prestagio & potém, infungivel quando assim tena sido estipulado ou quando 0 interesse do credor o exija 3. A distingao entre prestacdes fungiveis ¢ infungiveis (art. 767.°) no tem nada a ver com a distingio entre coisas fungiveis ¢ infungiveis (art. 207.°). Notmalmente, as prestagoes de coisa sio todas fungiveis. 4. Quando nao tenha sido convencionado um prazo, a obrigagio 6 em principio, exigivel a todo o tempo pelo credor. FE 0 devedor pode cumprila também a todo o tempo (art. 7777/1). Estas obtigacdes chamamse obrigagies puras. O contratio de uma obtigagko pura € uma obrigario com prazo. O acto_pelo qual o credor_exige o cumprimento chama=se interpelagé 5. Nas obtigagdes puras, o devedor sé entra em mora depois de ser interpelado okey 1). 6. Quando tenha sido convencionado um prazo, 0 credor nio pode em prinefpio exigir 0 cumprimento antes do_decurso desse ptazo; mas_o devedot pode cumprir antes’ do decurso do prazo (ast. 779."). Diz~se, entio, que o devedor tem o benefido do page, urso do prazo to, que o devedor tem © benefiio do p 7. Pode estipular—se que o beneficio do ptazo seja do credor. Quer isso dizer, entio, que o credo pode exigir o cumprimento antes do decurso do prazo, mas o devedor no pode cumprir antes desse decurso, salvo acordo do credor. 8. Quando o prazo é estabelecido no contrato em favor de ambas as pattes, nem o credor pode exigir o cumprimento antes do termo, nem o devedor pode cumptit antes do » sermo. Salvo, € claro, novo acordo de ambas as partes. itpsimarasjuidico no spo pleMinizaaCine im 6 raew015s Minion sobre comprimontoeincampeimento 9. No cumprimento da obrigagio, ambas as paries devem agit de acordo com a boa fé (art. 762.°/2) 10.0 cumprimento acontece quando a prestacio € realizada (art. 762.°/1). 11.0 cumprimento extingue a obtigacio (salvo em pouquissimos casos). 12. O eredot pode exigir em tribunal que o devedor seja condenado a cumprit a obrigacio (art. 817.5, 1 parte): € a acpto de cumprimento, 13. A condenagio a cumprit pode ser seforcada, em certos casos, por uma sanciio pecunidria compiilsiria, nos tezmos do art. 829.2-A. 14, Havendo titulo executivo (designadamente, a sentenca condenatétia), 0 credor pode exigir a execupao (arts. 817.°, 22 parte, arts, 818.° e ss. e arts. 827.° € ss,). 15. Ha exemuedo especifica (arts. 827.° e ss.) quando uma prestagio no pecunifria é realizada por outrem a ordem do tribunal e a custa do devedor. Ha execupio pecuniaria (ou por equivalen’®, quando o ctedor é pago em dinheiro 4 ordem do tribunal ¢ 4 custa do devedor (arts. 818 a 826.°). 16. A matétia do_ndo cumprimento chama-se também das perturbagies do cumprimento (ou da prestapia), iste segunda designacéo, porém, é mais ampla, porque inclui todas os casos em que algo «corre mab com_a obrigacio. Por exemplo, os problemas de aberagio das circunsiancias inclaem—se nas petturbagoes da prestacio, embora no sejam um caso de no camprimento em sentido estrito. 17. No direito portugués, 0 nfo cumprimento é tegulado, em primeira linha, através da distingio de quatro modalidades que, por _diversos _motivos, 0 legislador considerou mais importantes: 18. A inpossibilidade superveniente ndio_ imputével ao_devedor (atts. 790.° ss.), a impossibilida./ suiperveniente imputivel ao devedor (asts. 801.° $s.), a mora do devedor (axts. 804.°ss.) e a mora do cxedor (acts. 813.° ss.). 19. Quando se fala s6 de «mora», tem—se em vista a mora do devedor. 20.1A impossibilidade origindria (axts. 280.°/1 e 401.°) € estudada em TGDC. A impossibilidade é originazia ou superveniente em relacio a0 momento da celebracio do contrato. 21. Uma perturbagio é imputivel ao devedor quando é consequéncia da sua culpa ou de um acto do auxiliar do devedor (art. 800.°). A culpa presume-se (799.°/1). A medida da culpa 6a do bonus pater familigs (799.°/2). ; Seeeeeeeeeeeeee 22, Ha casos importantes de no cumprimento que no tém previstio geral na lei (p. ex. 0 ntpmsiasjsiico no spo peMinimaCine htm 216 samoeanis “Minos sobre cumprimentaeineumprimento cunprimento defeitnoso). Nouttos casos, a lei remete expressa ou implicitamente para uma das modalidades reguladas (p. ex., no incumprimento defnitivo, 0 art, 808.° remete implicitamente para os 801.° ess). 23. Além das diversas modalidades de nao cumprimento, interessa fixar alguns meias gerais de reacgao ao _ndo_cumprimento que nao esto especificamente ligados_a_nenhuma destas modalidades (podem ocotrer em varias dessas modalidades e ainda noutras situagées): a) A acco de cumprimento ¢ a execugio, jé referidas; b) A garantia das obrigagées, associada as anteriores (atts. 601.° a 761.); ©) A excepgio de niio cumprimento (art. 428.° ss.), s6 nos contratos sinalagmiticos; excepsao de nao cumprim Onos contratos sinalapm: d) A resolugio (atts. 432.° ss), que, porém, ndo é sé um meio de reaccio 20 incumprimento. ©) A tesponsabilidade civil, se houver dano eo incumprimento for imputavel ao devedor. 24.Note-se que, na matéria do niio cumprimento, a eventual responsabilldade civil é apenas um dos problemas a tratar: Tio ou mais importante € saber se_o devedor continua obrigado a cumptit ¢ s¢ 0 credor continua obtigado a realizar a sua contraprestacio, Multfscimas vezes, a contraprestacio ¢ a propria obrigacao nio cumprida tém valores muito superiores a0 da responsabilidade civil (aio esquecer que esta depende do dano) 25.86 ha eerdadeitay impossibilidade (imputivel ou néio imputivel) quando a impossibilidade é objectiva. Ou seja, uma impossibilidade rclativa a pessoa do devedor s6 vale como impossibilidade se a prestagio for infungivel (art. 791°). Po Em _geral, para saber se_ha impossibilidade ou se hé nio cumprimento € essencial saber “como & que a obtigacio ¢ deinida (sobretudo, no contrato): saber se hé ou nio impossibilidade ou nio_cumprimento depende de a obrigacio set fungivel ou infungivel, genética ou especifica, de meios ou de resultado, com prazo fixe ou sem prazo fixo, etc.. 27.Na impossibilidade superveniente no imputavel (definitiva e total): a) Extingue~se a obtigagio imposstvel (art. 790.°/1)s b) Extingue-se a contraprestacio nos contratos sinalagmaticos (art, 795.°/1, salvo n° 2); ©) Nao ha responsabilidade civil. © No caso de prestagdes de coisa, o regime da impossibilidade nio imputivel ¢ limitado pelas tegras da ixansferéncia do risco (ver infra). 28. Na impossibilidade supetveniente imputivel (definitiva ¢ total): a) Extingue-se a obrigacdo impossivel; b) O ctedor tem o direito de extinguir a contraprestacio resolvendo 0 contrato (801.°/2); ntpacasuiden no sap leMiimaCIne htm, 6 rangro1s [Minimo sabre cumpriments¢incurprimeato ©) O devedor deve indemnizar 0 credor, se houver danos (801.°/1 ¢ 98°); esta é uma indemnizacio «substitutivay da prestagdo, pois a prestacio nio é recebida pelo ctedor. 29. Mora do devedor: a) Ocorre quando a prestacio se atrasa por acto imputivel ao devedor: para saber se ha ou nao mora, é necessitio conhecer as regtas quanto ao tempo do cumprimento. Efeitos: b) Mantém-se a obrigacio em atraso (j4 nfio sio de mora os casos em que a obrigacio se extingue, como os dos arts. 807.° ¢ 808."); ©) Mantém-se a contraprestagio, embora a excepeio de nfio cumprimento possa muitas vezes ser invocada (art. 428.°); 4d) O devedor tem de indemnizar o credor pelo dano moratério (804.°/1). ©) Note-se que a simples mora niio dé ao credor o direito de resolver contrato! £) A mora pode dar otigem a outras figuras (arts. 807.° e 808.°: ver infra). 30.Para aplicar as figuras anteriores, nfo esquecer que a culpa do devedor se presume! 31. Mora do credor: a) Ocorre quando a prestacio se atrasa por falta de aceitacio ou de colabotacio do credor, mesmo que 0 atraso nfo scja imputivel ao credor (ie., nao depende de culpa). Efeitos: b) Mantém=se a obrigaciio em que hi mora do credor; ©) Mantém-se a contraprestagio, mesmo que se torne impossivel a obrigacio em que ha mota do ctedor (art. 815.°/2); note-se que esta regra afasta parte do regime da impossibilidade nao imputavel. d) O devedor 86 responde por no cumprimento se agi com dolo (att, 814.°/1) ©) O credor deve indemnizar o devedor pelas despesas que a mora. Ihe trouxer (art. 816.°). YU 32, A mora do devedor é uma situacio temporéria. A mora do devedor acaba quando houver camprimento, impossibilidade ow incumprimento definitive. 33. Se a prestacio se tornar impossivel durante a mora, mesmo que fortuitamente, aplica-se o regime da impossibilidade imputavel, salvo_se_o dano_resultante da_impossibilidade ocorresse mesmo que a obripacio tivesse sido cumptida (art. 807.9). 34.0 incumprimento definitive surge, normalmente, em decotréncia da mora (art. 808.°), O regime do incumprimento definitive €0 da impossibilidade impuldvel. Por outras palavras, o art. 808.°, relativo 20 incumprimento definitivo, remete implicitamente para os arts. 801° ss., que lam a impossibilidade imputdvel (i referidos supra). 35. Ha incumprimento definitive quando ocorre uma das seguintes hipoteses: tpsfmsisjuridico ao sapo.pUeMinimaClnc hia a6 savoannis Miniros sobre cumpriment incumprimento a) Jé durante a mora, 0 credor concede ao devedor um prazo final razo4vel para cumprir & este, mesmo assim, no cumpre (art, 808.°/1, 2.* parte). A esta concessio de prazo pelo ctedor chama~se_«nterpelagdo_admonitériay. Nao _confundit a interpelagio admonitéria com a interpelagio propriamente dita (ver supra). b) Também durante a mora, 0 oredor perde o interesse na prestacio (art. 808.°/1, 1.* parte) e assim_o diz, Atengao: a perda do interesse ocotre quando a prestagio. deixa objectivamente de ter utilidade para o credor (art, 808.°7D) nao basta que este apenas jé no a queira ou que diga que «4 nao esté interessado nela». ©) O proprio devedor declara em termos sérios ¢ definitivos que no iré cumprit (declarapio de nto cumprimento) e 0 credor, em consequéncia disso, considera_a_obrigacio definitivamente incumpsida. . Nas prestagies de coisa (e, em especial, no contrato de compra ¢ venda), as tegtas da impossibilidade superveniente nao imputivel (ver supra) 86 se aplicam se a impossibilidade Scorer antes da chamada transferéncia do risco. Do mesmo modo, um cumprimento s6 6 considerado defeituoso (ver infra) se o defeito existir antes dessa mesma transferéncia do tisco ou se o defeito for imputavel ao devedor. 31. Definicao: a srangferéncia do risco € 0 momento a partit do qual um eventual perecimento ou deterioragio nao imputavel das coisas a enttegat exonera o devedor, conservando este na integra 0 direito 4 contraprestacio. 38. Em caso de deteriora (0, 0 devedor sé fica exonerado na medida da deterioracio (ou seja, continua vinculado a entregar a coisa detetiorada, como € evidente, mas tem dircito 4 conttaprestagao por inteiro). + Dattaprestagao por inte! 39. Por outras palavras, a transfeténcia do risco é 0 momento a partit do qual, em caso de perecimento ou deterioracio da coisa devida, a obrigagio de prestagio de coisa valera como cumprida quanto a esse perecimento ou deterioragio), salvo culpa relevante do devedor. 40. Em linguagem simples: depois do momento da transferéncia do risco, se as coisas que devedor ia entregar se destruirem, se perderem ou se deteriorarem sem que o devedor tenha tido culpa, o devedor fica exonerado da obrigacio, ou seja, nfo tem de substituir as coisas, nfio tem de_produzir_novas nem tem de corrigit a deterioracio. E o_devedor conserva na integra o ditcito a receber 0 prego, ou melhor, a contraprestacho. 41. Quando é que ocorre a transferéncia do risco? a) No momento em que 0 devedor cumpre. b) Antes desse momento, logo que se transmita a propriedade sobre as coisas, (art ntpmurasjridco no sap pleMini 56 rensa0is Minos soe apres enamine 7962/1). No direito portugués, a transferéncia da propriedade dé~se, em repra, pot mero efeito do contrato, s¢ 0 conirato respeitar a coisa determinada (att. 408.°/1).. ©) Apesat_da transferéncia da _propriedade, 0 risco nio se tansfere quando as coisas tenham ficado em poder do devedor em virtude de um prazo constitutde em seu favor (att. 79622). Sobre 0 conceito de beneficio do prazo, ver supra. d) Em gualguer caso, 0 risco transfere—se com a mora do credor (art. 815.°). ce) E também se transfere nos casos do art. 797.°, que estudaremos. 42.0 cumprimento defeituoso nao esta regulado na nossa lei em termos gerais, mas existem regras nalguns dos «contratos em especiab (arts, 874,° a 1250.°) ha lugates paralelos nas regras sobre impossibilidade parcial (arts, 793.° e 802.°). 43, Muito simplificadamente, 0_cumprtimento defeituoso tem por primeira consequéncia a obrigacio de o devedor corrigir o defeito, quer este se deva a culpa sua quer nio. Isto | 406.°/1). A pontualidade do cumprimento niio tespeita 86 a0 tempo, mas a todos os aspects do cumprimento: a obrigacéo tem de ser cumprida «ponto por ponto». porque a obtigacio 36 é devidamente cumprida quando for ponivalnente cumprida (cf. att. 4,Se nao for possivel cotrigir os defeitos ou se eles nio forem definitivamente cortigidos, 0 ctedor 6 protegido de varias formas, sobretudo através da reducio da contraprestacio ou, se © defeito for importante, da resolugio, Se o defeito for imputivel e houver danos, o credor sera ainda indemnizado, como é evidente. 45.A alterapio das cicunstincias (art. 437.°) 6 uma clausula geral, dominada pela boa {6 objectiva, que, de certo modo, complementa a matétia das perturbagdes da prestagio, permitindo a resolugio ou modificagio do contrato em situacdes especialmente graves, mas nio nos varios casos antetiormente vistos: o art. 437° preocupa—se com as arcunstincias, e no com os problemas no priprio objecto da prestacio. 46. As situagdes tipicas mais importantes de alteracio das circunstincias sio: a) Acréscimo inesperado ¢ excessivo dos custos da prestagiio devida. b) Desequilibrio inesperado entre 0 valor da prestacio ¢ 0 da contraptestagio, ©) Frustracio inesperada da «finalidade objectivay da prestacio (esta finalidade tem de ser exterior & propria prestagio, caso contritio temos uma situagio de nao cumprimento). PLIM -ntp/imurasjuidicn no spo pleMinimasCne em 66

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