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O poema descreve a visão do poeta de Jesus Cristo como uma criança eterna que o acompanha. A criança divina traz alegria e sensação de maravilha à vida do poeta, tornando-o capaz de apreciar a beleza das pequenas coisas da natureza. No final, a criança se diverte com as histórias dos homens, mas sente pena de ouvir falar de guerras.
Descriere originală:
Excertos do texto de Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
O poema descreve a visão do poeta de Jesus Cristo como uma criança eterna que o acompanha. A criança divina traz alegria e sensação de maravilha à vida do poeta, tornando-o capaz de apreciar a beleza das pequenas coisas da natureza. No final, a criança se diverte com as histórias dos homens, mas sente pena de ouvir falar de guerras.
O poema descreve a visão do poeta de Jesus Cristo como uma criança eterna que o acompanha. A criança divina traz alegria e sensação de maravilha à vida do poeta, tornando-o capaz de apreciar a beleza das pequenas coisas da natureza. No final, a criança se diverte com as histórias dos homens, mas sente pena de ouvir falar de guerras.
Poema Oitavo de O Guardador de Rebanhos (excertos)
Alberto Caeiro /Fernando Pessoa
Num meio-dia de fim de primavera Tive um sonho como uma fotografia. Vi Jesus Cristo descer terra. Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino, A correr e a rolar-se pela erva E a arrancar flores para as deitar fora E a rir de modo a ouvir-se de longe. () Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele a Eterna Criana, o deus que faltava. Ele o humano que natural, Ele o divino que sorri e que brinca. E por isso que eu sei com toda a certeza Que ele o Menino Jesus verdadeiro. E a criana to humana que divina esta minha quotidiana vida de poeta, E porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre, E que o meu mnimo olhar Me enche de sensao, E o mais pequeno som, seja do que for, Parece falar comigo. () A Criana Eterna acompanha-me sempre. A direo do meu olhar o seu dedo apontando. O meu ouvido atento alegremente a todos os sons So as ccegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. () Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas No degrau da porta de casa, Graves como convm a um deus e a um poeta, E como se cada pedra Fosse todo um universo E fosse por isso um grande perigo para ela Deix-la cair no cho. Depois eu conto-lhe histrias das coisas s dos homens E ele sorri, porque tudo incrvel. Ri dos reis e dos que no so reis, E tem pena de ouvir falar das guerras, E dos comrcios, e dos navios Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta quela verdade
Que uma flor tem ao florescer E que anda com a luz do sol A variar os montes e os vales E a fazer doer aos olhos os muros caiados. ()
Considerações Sobre 'Canção Do Exílio', 'O Menino Sem Passado' e 'A Outra Infância' de Murilo Mendes e 'Os Sinos' e 'O Último Poema' de Manuel Bandeira - Literatura Brasileira III