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POSITIVISMO NO BRASIL

Por incrível que pareça, não foi na Europa que o positivismo encontrou o seu solo mais
fértil, mas sim em um país sul-americano cheio de problemas políticos e sociais nada a se admirar:
o Brasil.

O positivismo chegou aqui durante o Segundo Império, por volta de 1850. Nessa época, a
aristocracia brasileira ia estudar na Europa, principalmente na França, país em que nasceu o
principal positivista Aguste Comte. A situação sócio-política brasileira nessa época era complicada,
por isso é importante recordarmos um pouco desse cenário para entendermos mais facilmente
porque aceitamos tão bem essa filosofia.

Pois bem, a monarquia estava causando um sentimento geral de insatisfação entre políticos e
intelectuais. Eu não sei se vocês lembram que Dom Pedro II ao impor a constituição de 1824 criou
o poder moderador, um quarto poder que concedia direitos absolutos sobre os outros três poderes:
executivo, judiciário e legislativo. Outra coisa que incomodava muito era a forma de
parlamentarismo exercida aqui no Brasil, um parlamentarismo às avessas onde o imperador que
decidia quem seriam os membros, sem, no entanto, participação popular. Os partidos conservador e
liberal, também conhecidos como farinha do mesmo saco, ficavam alternando de acordo com a
vontade de Pedrinho II no parlamento. Eles representavam a aristocracia rural brasileira.

O exército era um meio de ascensão social e a classe de comando, a que mandava mesmo,
tinha conhecimento das matemáticas e das letras. Dessa forma, ficava mais fácil o positivismo
influenciar os militares, afinal, de certo modo, o positivismo afirmava a importância dos militares
na nova era. Para eles, somente a ditadura militar seria capaz de garantir a ordem e o progresso.

Quanto ao clero, aconteceram desentendimentos entre o Papa e Dom Pedro II quando ele
decretou a Bula Syllabus, que ordenava o distanciamento da Igreja em relação aos maçons. Ora,
Pedrinho era maçom (e também católico, assim como outros aristocratas), logo ele não iria autorizar
isso aqui no Brasil. Mas alguns bispos cumpriram direitinho as ordens vindas de Roma e
denunciaram quem era maçom e católico ao mesmo tempo. A Igreja ficou dividida e perdeu muito
da sua força, embora ainda fosse a religião oficial do Segundo Império.

A questão abolicionista deixava o cenário ainda mais crítico, porque o grupo que mais sentiu
a abolição foi exatamente o dos latifundiários escravistas do Vale do Paraíba (aqueles que ainda
dependiam da mão-de-obra escrava). Ficaram furiosos quando houve a libertação geral e assim
passaram a ser republicanos. Com isso a monarquia perdia seu último grande apoio, o último fio de
cabelo que a segurava. Bastava um peteleco para que caísse.

Nessa época não havia ainda uma filosofia predominante na vida política, apenas na vida
intelectual, que era a filosofia positivista de Comte e os militares são os principais responsáveis por
isso. Dessa forma, a filosofia positiva vem a delinear o caráter da república, que agora vislumbra
um caminho novo.

Contudo, o marco inicial do positivismo de caráter especulativo veio com a obra “As tres
filosofias” de Luís Pereira Barreto, cujo primeiro volume foi publicado em 1874 e o terceiro
volume jamais viria a ser publicado.

Dois anos depois, em 1876 é fundada a Sociedade Positivista Brasileira, que mais tarde viria
a se transformar na Igreja Positivista Brasileira. Interessante que o positivismo para entrar no Brasil
teve que se ajustar, afinal tem caráter político, militar e religioso, sendo este último de caráter
otodoxo com os apóstolos Miguel Lemos e Teixeira Mendes que viariam a frequentar a Religião da
Humanidade, na rua Benjamin Constant.

Os positivistas dividem-se em dois tipos: os ortodoxos, que além dos citados, podemos
incluir os militares do exército e da marinha e alguns professores do Colégio Pedro II e das Escolas
de Matemática do Rio de Janeiro. E os heterodoxos, onde podemos incluir Luís Pereira Barreto,
Tobias Barreto e Sílvio Romero, bem como políticos que buscavam no comtismo elementos
fundadores da república.

No republicanismo brasileiro, que se formou no seio do regime monárquico, havia duas


correntes filosóficas:
– A corrente liberal-democrata da obra empirista do inglês John Locke
– A corrente autoritária que se inspirou no positivista Auguste Comte.

Naquela época, era necessário que surgisse uma doutrina forte, que pudesse reprimir
qualquer tipo de movimento anti-republicano. Era preciso consolidar de uma vez por todas esse
novo regime.

É importante destacarmos o papel de Benjamin Constant. Seu caráter doutrinário em relação


aos ensinamentos de Auguste Comte foram cruciais para a instauração de um regime de ordem e
progresso. Dessa forma, as transformações políticas que essa filosofia instaurava mudaram a
perspectiva de vida de muitos brasileiros, alimentando-os a esperança de um progresso (através da
ordem) e de um modelo de sociedade sociocrática positiva, que parte do pressuposto que a
sociedade caminha para uma estruturação racional cientificista.

Como consequência do modo republicano de governar baseado no positivismo, podemos


destacar:
– A nossa bandeira com o lema ''Ordem e Progresso'';
– A separação da Igreja do Estado;
– O casamento civil;
– Decreto dos feriados.

Por fim, as reformas educacionais de Benjamin Constant consolidaria de vez o positivismo


no Brasil.

Não podemos esquecer que o positivismo não foi apoiado pelos setores mais antigos, ou
seja, pelos radicais ortodoxos e aristocracia rural, que veio a perder seu poder político para o novo
regime positivo-burguês de desenvolvimento e dominação.

Entretanto em 1893, no Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos procura concretizar as suas
ideias positivistas , e o solo gaúcho é a terra escolhida para iniciar e depois disseminar essa doutrina
para o resto do país.

Desde o período monaquista que o Brasil alicerçava sua ideia de representação baseado em
John Locke, que concordava com a idéia de que o governo deveria ser organizado a partir do
consenso, embora desejasse um Estado com autoridade controlada.

A forma de governo positivista, porém, considera o direito do voto é um dogma metafisico.


Segundo Júlio de Castilhos não cabe nem aos deuses, nem à população que o escolha. É como se o
presidente não precisasse ser eleito, naturalmente isso aconteceria por direitos científicos e
históricos.
O Comtismo, então, serviu de fundamentação doutrinária para um núcleo político
conservador e antidemocrático, que durante quarenta anos dominou o Rio Grande do Sul, sendo
seguido o modelo para o resto do país.

Eles queriam enfiar de qualquer jeito na cabeça das pessoas que a concentração da força
política nas mãos de um governante iria permitir a existência de um governo que promoveria o
bem-estar social, garantido pela responsabilidade moral de quem estivesse no poder. A sociedade a
partir daí será radicalmente estruturada de modo científico através da ordem, que resultará no
progresso.

A centralização do poder além de garantir a força necessária para a manutenção da ordem,


ainda garantia ao governante a chamada continuidade administrativa, ou seja, ele poderia indicar
um sucessor caso não quisesse assumir o governo.

Essa atitude política se efetivou. Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros e companhia


mantiveram essa atitude política durante trinta anos na República Velha, até passarem o comando a
Getúlio Vargas, que tenta claramente implantar o castilhismo no âmbito nacional durante a
Revolução de 30.

Não é de se estranhar que encontrássemos positivistas militares que apoiavam Getúlio, já


que estudaram na Escola Militar que teve a orientação de Benjamin Constant.

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