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Contribuição às Teses do XIV Congresso do Partido Comunista Brasileiro

Tese – “Socialismo: Balanço e Perspectivas”

JOYCEMAR TEJO

Do Comitê Regional do PCB-RJ


Da Base da Justiça e Direitos Humanos do
PCB-RJ

Distensão “Revolução permanente x Socialismo em um só país”

Tal era a alternativa: ou uma revolução de âmbito internacional


ou o retorno ao capitalismo (Leon Trotsky)

É desnecessário lembrar que o internacionalismo é bandeira do


socialismo. A uma, pela solidariedade que une a classe trabalhadora ao redor de todo
globo, a duas, pela própria necessidade material para seu desenvolvimento. Daí Trotsky
falar, em apêndice na “História da Revolução Russa”: “Exatamente como o liberalismo
era de índole nacional, assim o socialismo tem um cunho internacional. Partindo da
distribuição do mercado de trabalho mundial, muito amplo, a tarefa do socialismo
consiste em levar o sistema de intercâmbio de bens e serviços gerais ao seu mais
apurado desenvolvimento”. Não é por outro motivo que o Manifesto Comunista conclui
com a conclamação à união do proletariado de todo mundo.

Diante desse verdadeiro truísmo (caráter internacional do


socialismo), fiquei surpreso com o item n° 43 da tese que, ao analisar a intensa polêmica
em voga no final dos anos 20 no seio do PCUS, diz ter sido um acerto a opção pela tese
do “socialismo em um só país”. Por tal tese, havia primeiro que fortalecer o socialismo
dentro das fronteiras russas para, só posteriormente, ajudá-lo a expandir-se.
Stálin diz, em “Uma Vez Mais Sobre o Desvio Social-Democrata
em Nosso Partido” (1926), que construir o socialismo na URSS significa realizar a
tarefa comum dos proletários de todos os países. Está relativamente certo.
Relativamente, porque, se era fundamental para o movimento comunista internacional o
êxito da experiência soviética, tal experiência nacional, enquanto se mantivesse
nacional, estaria necessariamente fadada ao fracasso. Não há socialismo pleno sem o
“desenvolvimento universal das forças produtivas e o intercâmbio mundial a elas
associadas” (Marx e Engels, “Ideologia Alemã”). Por mais que crescesse internamente,
o socialismo soviético soçobraria cedo ou tarde enquanto se mantivesse isolado.

Portanto, jamais se pode afirmar que tal fuga às premissas


elementares do marxismo tenha sido uma opção correta. Pode-se, no máximo, entender
que não havia outra alternativa, diante daquele quadro histórico, de modo que se tratou
de uma imposição dos fatos. Em que pese a inconsistência dessa opinião, é mais
aceitável à mera decretação de “acerto da decisão”. Observe-se que o item n° 43 cita a
necessidade de defesa contra a ameaça nazifascista como um dos motivos para a opção
pelo socialismo em um só país, esquecendo que, justamente em um cenário de expansão
da revolução, talvez sequer houvesse ameaça nazifascista. A ameaça nazifascista seria
um dos efeitos da ausência de expansão da revolução, e não, como coloca a tese, uma
das causas da opção pelo socialismo em um só país. A tese inverte a relação de causa e
efeito.

Não se pode, é claro, cair no simplismo (ou mesmo no ridículo), e


identificar a revolução permanente com um combalido Exército Vermelho, recém-saído
de uma guerra civil, invadindo a Europa e o mundo inteiro. A revolução permanente∗
deve ser identificada com o amplo processo, dialético, de atos e posturas
internacionalistas, e a convicção marxista de que em um só país não há socialismo que
subsista. E essa convicção não é, como lembra Trotsky, falta de fé na revolução russa.
Antes, é verdadeira fé na revolução mundial.

Importante frisar que essa questão não é simplesmente acadêmica


ou de mero valor histórico. Ao contrário, está umbilicalmente ligada à nossa práxis
revolucionária atual e ao tipo de socialismo que queremos. Para usar temas dos dias
de hoje, a tese do “socialismo em um só país” é dizer, por exemplo, que a Venezuela
não pode prestar (como tem prestado) solidariedade a Cuba ou à Bolívia- não antes do
socialismo estar consolidado dentro de suas fronteiras. É dizer, para usarmos outro
exemplo, que Cuba não deveria ajudar nas lutas de libertação do Terceiro Mundo, ao
longo dos anos 60- 70, pois antes seria preciso consolidar o socialismo dentro de Cuba.
Nenhum revolucionário consciente defenderia tal despautério.

O socialismo constrói-se diariamente, na luta cotidiana. Não há


que se aguardar determinadas “condições” para que, só a partir daí, se possa expandi-lo.
Condições objetivas (que, sim, existem) não podem se converter em um convite à
inatividade ou ao conservadorismo. Nossa revolução é permanente- só vai acabar
quando o mundo inteiro se tornar socialista. Não se pode parar no meio do caminho.
Portanto, ao invés de uma “decisão correta”, a vitória da tese do “socialismo em um só
país” foi um equívoco, um desvio, ou, no mínimo, uma lamentável imposição do
destino com severas conseqüências posteriores.


A “revolução permanente” tem dois aspectos: um de profundidade (a classe operária realizando as
tarefas que historicamente pertencem à burguesia, como a supressão do regime arcaico feudal e a
conquista das liberdades democráticas, mas prosseguindo a revolução, dando-lhe já um caráter socialista),
e um de expansão, mais vulgarmente difundido, que é do que trato nesse texto.

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