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O documento discute o papel do engenheiro na sociedade capitalista e possibilidades de um papel alternativo. Atualmente, engenheiros contribuem para perpetuar a sociedade de classes, mesmo sem perceber. Pode-se apresentar o conceito de adequação sócio-técnica para ajudar engenheiros a desenvolver um estilo alternativo de desenvolvimento e satisfação das necessidades humanas.
O documento discute o papel do engenheiro na sociedade capitalista e possibilidades de um papel alternativo. Atualmente, engenheiros contribuem para perpetuar a sociedade de classes, mesmo sem perceber. Pode-se apresentar o conceito de adequação sócio-técnica para ajudar engenheiros a desenvolver um estilo alternativo de desenvolvimento e satisfação das necessidades humanas.
O documento discute o papel do engenheiro na sociedade capitalista e possibilidades de um papel alternativo. Atualmente, engenheiros contribuem para perpetuar a sociedade de classes, mesmo sem perceber. Pode-se apresentar o conceito de adequação sócio-técnica para ajudar engenheiros a desenvolver um estilo alternativo de desenvolvimento e satisfação das necessidades humanas.
Este texto trata do papel do engenheiro numa sociedade de classes. Verifica-se
inicialmente que os engenheiros veem de forma naturalizada sua insero na sociedade: eles no percebem, ou percebem parcialmente em que medida sua atuao refora as relaes sociais de produo capitalista, qual o sentido do seu trabalho, se podem ou no contribuir para a emancipao da classe trabalhadora. Apesar de sabermos que h outras formas de atuao, ns nos concentramos na funo do engenheiro enquanto classe auxiliar dos capitalistas no processo de trabalho. Para os que se desempenham como pesquisadores ou professores, apresentamos a proposta da adequao sciotcnico como um instrumento que os pode auxiliar a trilhar caminhos para a construo de um estilo alternativo de desenvolvimento. O fio condutor desse texto esta na ideia de que a maioria dos engenheiros contribui para perpetuar a sociedade de classes, ainda que no tenha conscincia disso. Com isso o trabalho foi estruturado, primeiramente levar o engenheiro a um entendimento que o capitalismo no a ordem natural das coisas e, sim, um modo de produo histrica e socialmente determinado. Em seguida, ilustra uma possibilidade de que outro papel seja assumido pelo engenheiro. Para finalizar, apresentar o conceito de adequao scio-tcnico. O papel do engenheiro numa sociedade de classes. A questo que discutida nessa parte do texto porque o engenheiro, apesar de viver da venda da sua fora de trabalho, e de no ser proprietrio dos meios de produo, tende a assumir um papel de defensor dos interesses do capital e no do trabalho? Kawamura analisa o papel do engenheiro na infraestrutura economico-produtiva da sociedade, enquanto classe auxiliar dos detentores dos meios de produo. O capitalismo apresentado no mbito dessa ideologia como um modo de produo histrico, eterno, como se a sociedade capitalista no tivesse seu processo de surgimento e expanso histrica e socialmente referenciados. Noble admite que, em geral, os engenheiros no esto empenhados em destruir diretamente o povo. Eles declaram que seu objetivo fazer o seu trabalho da melhor forma possvel. As questes tcnicas e econmicas so vistas pelos engenheiros como importantes, mas poucas vezes, no caso em que estudou. Segundo Noble, o impulso automatizao est associado obsesso da direo pelo controle dos trabalhadores. Os engenheiros tem objetivos prprios que no por acaso se complementam daqueles dos patres, visando minimizar a participao dos operadores diretos da tecnologia.
Os engenheiros ocupam uma posio privilegiada no interior da estrutura de
poder industrial. Questionando a sociedade de classes: qual seria o papel do engenheiro numa outra sociedade? Acreditamos que o engenheiro pode vir a desempenhar um papel fundamental numa transio rumo a uma sociedade que tenha como meta a satisfao das necessidades humanas, produtora de valores de uso. Tudo se passa como se a realidade pudesse ser fragmentada ou como se os problemas que aparecem na realidade concreta viessem identificados com uma etiqueta que indicasse a disciplina que deveria ser responsvel pela sua soluo. Nossa percepo de que a cincia moderna que sacramentou uma separao que reserva aos proprietrios dos meios de produo o monoplio do trabalho intelectual e condena os que tm que vender sua fora de trabalho a uma vida inteira de trabalho manual na qual utilizam uma parte nfima de sua capacidade inata de refletir e criar. No nosso entender parece no haver solues de curto prazo para o redesenho ou reprojetamento da tecnologia capitalista. Aquele em que hoje ele se encontra envolvido no lhe proporciona elementos para projetar solues tecnolgicas alternativas s convencionais. Mesmo aqueles engenheiros que, com o corao, se engajam na construo de um novo estilo de desenvolvimento socioeconmico, no conseguem atuar coerentemente com seus valores. Sobre a ideologia, necessrio reconhecer que, por mais que exista uma que dominante h sempre uma disputa. O que sabemos, que para dar respostas quelas perguntas temos que desconstruir o marco analtico-conceitual que herdamos e reconstruir um novo, que permita a considerao dos valores e interesses que conformam o novo estilo de desenvolvimento de que estamos tratando. Embora o questionamento da sociedade de classes seja necessrio, ele esta longe de ser suficiente. Ele apenas o inicio de nosso percurso. Tendo como projeto a construo de um ensino de engenharia alternativo, seria inocular nos professores-pesquisadores uma viso alternativa, critica, da relao cincia, tecnologia e sociedade.