plano como um mero escrito de juventude, o Tratado permanece
certamente sua obra mais rica e complexa. Semelhante complexidade, como se poderia esperar, torna a traduo do Tratado tarefa cheia de dificuldades. Inmeras vezes tive de resistir ao impulso de acumular notas explicativas ou tecer consideraes sobre trechos obscuros ou ambguos. Dada a natureza da presente edio, procurei limitar minhas notas aos casos em que a soluo encontrada na traduo perde algo da preciso, complicao ou mesmo ambiguidade do original. Essas notas encontram-se todas em p de pgina, com exceo de duas que, por serem demasiadamente longas e gerais, apresento a seguir: Podemos encontrar ao longo do Tratado uma distino entre os termos conjunction (conjuno) e connexion (conexo). A conjuno, em geral, se refere a uma mera proximidade espacial ou temporal, ao passo que a conexo supe um princpio de unio e um trabalho da imaginao. H dois bons exemplos disso no Livro 1. J na Seo 1 da Parte 1 (p.25), a conjuno constante entre nossas impresses e nossas idias nos permite concluir a existncia de uma "conexo entre os dois tipos de percepes. E na Parte 3, toda a anlise da relao causal mostra que a conexo necessria entre causa e efeito supe a existncia de uma conjuno constante entre duas espcies de objetos. Procurando manter essa distino (embora Hume raramente seja muito rigoroso quanto aos termos que emprega), traduzi sempre conjunction por conjuno e connexion por conexo. Entretanto, algumas formas derivadas de conjunction, como, por exemplo, conjoined, requerem uma outra soluo. Assim, utilizei trs formas bsicas para traduzir o termo conjoined: sempre que possvel, utilizei a expresso em conjuno com; quando isso no me pareceu estilisticamente adequado, empreguei o termo conjugado e suas variaes (conjugada, conjugar etc.). Mas, em alguns casos,
conjugado pode conotar um vnculo maior que o de uma mera
conjuno espacial ou temporal. Recorri, ento, forma mais simples