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atingindo 45% em 1999. Os homens pardos ganhavam cerda de 57% da rendas dos
homens brancos em 1960, percentual que caiu para 44% em 1976, com uma pequena
alta para 46%, em 1999.
A diferena entre a renda das mulheres pretas e pardas e homens brancos foi
diminuindo com o decorrer dos anos, sendo 8% da dos homens, aumentando para 24%
em 1976 e chegando a 32% em 1996. Comparando com as mulheres brancas, em 1960
elas ganhavam cinco vezes mais que as pardas e 8,5 vezes mais que as pretas. Em 1976,
a diferena j havia diminudo para duas vezes, permanecendo estvel at 1999.
A distribuio de renda no Brasil afeta a educao, pois os trabalhadores so
remunerados de acordo com a escolaridade. Comparando frica do Sul, Estados Unidos
e Brasil, demonstrado que no Brasil a renda aumenta de 15% a 20% por ano adicional
de escolaridade. Na frica h uma correlao fraca entre educao e renda na frica do
Sul onde a distribuio da educao mais igualitria. Os Estados Unidos ficam numa
posio intermediria entre Brasil e frica do Sul, j que o nvel de desigualdade de
renda menor e o seu aumento, devido a anos adicionais de escolaridade, tambm
menor.
Estudantes de famlias pobres geralmente freqentam escolas pblicas de
primeiro e segundo graus com poucos recursos, enquanto que estudantes de famlias
com renda maior estudam em escolas privadas com qualidade de ensino melhor. Isso
reflete na entrada nas universidades, onde os estudantes com maior renda conseguem
entrar numa universidade pblica e o estudante pobre quando entra numa universidade
particular com baixa qualidade de ensino. A universidade pblica no nosso pas recebe
mais investimentos dos governos do que as escolas pblicas de primeiro e segundo
graus, o que contribui para a desigualdade. Essa baixa qualidade faz com que os
estudantes pobres percam a crena de que o estudo possa melhorar a vida das famlias e
por isso largam o estudo para trabalharem e ajudarem nas famlias, o mesmo acontece
com os negros. Pesquisas realizadas demonstram a desproporcionalidade da evaso
escolar entre negros e brancos, alm dos anos de escolaridade entre os mesmos.
O analfabetismo at recentemente foi um forte indicador de cidadania, j que os
analfabetos no podiam votar at 1988. Relacionando cor e sexo, numa pesquisa entre
1940 e 1999, os homens brancos mantiveram a taxa de analfabetismo mais baixa,
enquanto mulheres pretas mantiveram a mais alta. At 1960, a maioria dos pretos e