Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
EM CORRETA GARO*
Garo, fcil concluir que no raro o vate lusitano usa o velho pro-
cesso latino da contaminatio, imitando numa s composio passos
de duas ou mais poesias do Venusino (1), convertendo-a em mosaico,
como expressivamente disse Menndez y Pelayo (2).
Sirva-nos de exemplo a Ode 111(3). cujo comeo
numa associao das duas artes que eram caras a Correia Garo.
Esta uma das mais curiosas diferenas a assinalar, se quisermos con-
frontar esta Ode com a XIX, consagrada ao mesmo tema horaciano:
da ruina
Impvido no foge.
(1) J notado por Menndez y Pelayo, op. cit., Il, p. 316: La oda a la Vir-
tud, que es de las inejores suyas, empieza con una traduccin de los primeros versos
del Ju.stiini et lenacem... y termina con el episodio, diestramente intercalado, de aquel
Mario, secua? del emperador Galba, a quien por su constncia y firmeza perdon
Qln la vida.
O MORACiANISMO LM CORRETA GARO 47
*
bradando:
L vai o novo Horcio autor da ode
Varra o credor soberbo a pobre casa
C* desabrido alcaide
como diz na Ode [, seguindo mais uma vez na esteira de Horcio (1),
declara aqui:
Ah! de que imporia que o furor mtrico
fama entregue vares magnnimos,
Hinos entoe e cnticos'.'