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Marlon Nunes[1]
1 INTRODUO
Heidegger (1996, P. 167) nos diz que nesse Ek-sistindo que o homemin-
siste em errar. O homem provocou a secularizao da tcnica e a trata
como um ente necessrio e superior. Andar com o celular aos ouvidos ou
dormir com oPortable On Demand no beiral da cama tornou-se prtica
ostensiva para a continuidade das funes dirias. O aparato tcnico com o
seu vigoroso potencial exploratrio das matrias-primas e a produo de
armamentos atmicos, discutida por Heidegger (1996) em seu texto Sobre
a essncia da verdade, caracterizam a nossa competncia para a
destruio.
Estamos agora no mesmo nvel dos objetos, das coisas, dos programas, dos
clculos, das engrenagens, das mquinas, ou seja, dos objetivos do sistema.
Somos o sistema, somos a finalidade, somos o Fim. No crepsculo, tudo,
isto , o ente na totalidade da verdade da metafsica, encaminha-se para o
fim (HEIDEGGER, 2008, p. 63). O sistema se aproveita dessa condio
sendo indiferente porque isso que interessa para ele. J no somos apenas
alienados, mas nos identificamos com o sistema.
Talvez nem seja por culpa do poema que j no sentimos qualquer poder
nele, mas sim pela nossa, que perdemos a capacidade de experiment-lo,
porque o nosso ser-a se encontra enredado numa trivialidade pela qual
expulso de qualquer esfera de poder da arte. (HEIDEGGER, s/d, p. 28).
A ddiva celestial.
Por mais que estejamos expulsos do habitar potico ainda somos homens e
povos. O homem como a poesia est cheio de ambivalncias: e no ,
est cheio e vazio, bom e mau etc. A poesia de Hlderlin, segundo
Heidegger (s/d, P. 42) no pertence aos mritos e aos progressos culturais,
j que ele diz:
Nas cincias, pelo contrrio, tal como noutras coisas, o que conta
apreendermos de forma imediata o que dito. Todavia, para catarmos
simultaneamente o essencial no dizer, no podemos balbuciar
desordenadamente alhos e bugalhos; antes, tal dizer requer da Filosofia um
rigor do pensamento e da terminologia que as cincias nunca atingem e de
que no necessitam. (HEIDEGGER, S/D, p. 48).
4 REFERNCIAS