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Economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central reduziram a estimativa para a
inflao de 2016 e de 2017, de acordo com informaes do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-
feira (9).
Segundo o relatrio, realizado semanalmente, o mercado prev uma inflao de 6,35% para 2016 e
de 4,81% para 2017. No boletim divulgado na semana passada, a inflao prevista para 2016 era de
6,38% e para 2017 de 4,87%. A previso mantm o ndice de inflao para este ano prximo ao
centro oficial da meta, que de 4,5%.
A meta do Banco Central para a inflao deste ano de 4,5%, mas h um intervalo de tolerncia de
dois pontos percentuais para cima e para baixo. Assim, a inflao pode oscilar de 2,5% a 6,5% sem
que a meta seja descumprida. No ano passado, a inflao ultrapassou esse intervalo e fechou o ano
em 10,67% - a maior desde 2002.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) os analistas mantiveram suas previses de queda 3,49% na
atividade econmica em 2016 e de crescimento de 0,5% para 2017.
Taxa de juros
Apesar de prever uma inflao em 2017 menor do que a estimada na semana anterior, os
economistas ouvidos Banco Central mantiveram inalterada a previso para a taxa bsica de juros, a
Selic, em 10,25% no fechamento de 2017. Reforando a expectativa de que o BC continuar o
processo de corte de juros no ano que vem. Atualmente a Selic est em 13,75%.
A taxa bsica de juros o principal instrumento do Banco Central para conter presses
inflacionrias. Taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crdito, o que pode contribuir para o
controle dos preos.
O Comit de Poltica Monetria (Copom), responsvel por determinar a Selic, se rene esta semana.
A nova taxa ser divulgada na quarta-feira (11).
Cmbio, balana e investimentos
No relatrio Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeo do mercado financeiro para a taxa de
cmbio no fechamento de 2017 caiu mais uma vez de R$ 3,48 para R$ 3,45.
A projeo para o supervit (exportaes maiores que importaes) da balana comercial em 2017
caiu de US$ 46,98 bilhes para US$ 46 bilhes.
Para 2016, a projeo de entrada de investimento estrangeiro direto no Brasil subiu de US$ 69
bilhes para US$ 69,5 bilhes e, para este ano, ficou inalterada em US$ 70 bilhes, pela oitava
semana consecutiva.