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gabriellecavalcanteb@gmail.com
Defesa de Palamedes.
Grgias
n. 17, may-aug. 2016
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Introduo
204
DEFESA DE PALAMEDES5
(
)
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(14) Sobre os brbaros, ento? Mas quem permi-
tiria isso? Com que poder eu, um heleno, dominaria
os brbaros, sendo um s e eles muitos? Tendo per-
suadido ou violentado? De fato, nem eles quereriam
ser persuadidos nem eu poderia violentlos. Mas
talvez concordassem em entregarse de bom grado,
retribuindo como recompensa pela traio? Mas se-
ria realmente muita tolice acreditar e aceitar isso: pois
quem escolheria a escravido em vez da soberania, o
pior em vez do melhor?
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(27) Embora possa te contraacusar de teres co-
metido muitos e grandes erros, antigos e novos, no
quero: pois quero escapar dessa acusao no por tua
malevolncia, mas pela minha benevolncia. Para ti,
era isso.
Gabrielle Cavalcante,
Grgias. Defesa de
Palamedes, p.201-218
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Notas
1 Esse texto, diferente dos outros dois, nos foi transmitido de
maneira indireta e em duas verses: uma atribuda a Sexto Em-
prico (Adversus Mathematicos, VII, 6587), e outra a um autor
annimo, na terceira parte de um opsculo pseudoaristotlico,
De Melisso, Xenfanes e Grgias, designado pela sigla MXG (979
a 12980 b22).
2 Lembramos apenas alguns estudos, como Untersteiner
(1949); Kerferd (1981); Cassin (1995); Coelho (1997); Giom-
bini (2012).
3 A esse respeito, indicamos o trabalho de Giombini (2012)
que, parecenos, ser dos mais completos atualmente.
4 Para uma descrio detalhada das fontes do mito de Pa-
lamedes, indicamos a leitura de Martinez (2008, p. 8286) e
Giombini (2012, p. 147151).
n. 17, may-aug. 2016
5 A traduo que segue tem como base a edio grega de
Untersteiner (1949).
Gabrielle Cavalcante,
Grgias. Defesa de
Palamedes, p.201-218
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Bibliografia
CASSIN, B. (1995). Leffect sophistique. Paris, Galli-
mard.
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