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O documento descreve detalhadamente a crucificação e morte de Jesus Cristo, incluindo os instrumentos de tortura usados e os sofrimentos físicos e espirituais que Ele enfrentou. Também discute as profecias bíblicas sobre a crucificação de Cristo e como Sua morte cumpriu essas profecias feitas séculos antes.
O documento descreve detalhadamente a crucificação e morte de Jesus Cristo, incluindo os instrumentos de tortura usados e os sofrimentos físicos e espirituais que Ele enfrentou. Também discute as profecias bíblicas sobre a crucificação de Cristo e como Sua morte cumpriu essas profecias feitas séculos antes.
O documento descreve detalhadamente a crucificação e morte de Jesus Cristo, incluindo os instrumentos de tortura usados e os sofrimentos físicos e espirituais que Ele enfrentou. Também discute as profecias bíblicas sobre a crucificação de Cristo e como Sua morte cumpriu essas profecias feitas séculos antes.
Confira os detalhes da crucificao de Jesus Cristo e reflita no
que Ele fez por voc
Thiago Lobo
Cravos: tinham de 13 a 18 centmetros de comprimento por 1
centmetro de dimetro. Moscas: provavelmente foram atradas pelo cheiro de sangue. Mos: perfuraes no antebrao, entre o rdio e o cbito, ou nas palmas, entre os metacarpos.
Feridas: o chicote romano (flagrum) tinha pedaos de ossos ou de
metal nas pontas de suas trs tiras, o que chegava a arrancar pedaos de pele e ferir rgos internos. Cristo sofreu duas sries de 39 chicotadas. Ou seja, contando-se as trs tiras, Ele levou 234 aoites. Sofrimento espiritual e emocional: maior do que as dores fsicas de Cristo foi Sua agonia espiritual. Um com o Pai desde a eternidade, sofreu Seu completo afastamento. Jesus foi misteriosamente feito maldio (Gl 3:13) em nosso lugar, levando sobre Si os pecados de todos. Roupas: provavelmente Jesus foi exposto completamente nu perante a multido. Ps: foram pregados juntos ou separados. Os cravos e o peso do corpo castigavam os sensveis nervos plantares. Via Dolorosa: calcula-se que o trajeto que Cristo carregou a parte horizontal da cruz, de cerca de 30 quilos, foi entre 900 e 1.500 metros, at o Calvrio. Em parte desse trajeto, a cruz foi levada por Simo, cireneu. Escurido: ao meio-dia, surgiu uma escurido inexplicvel em volta da cruz. Nela, Deus escondeu a agonia final de Seu Filho.
Multido: assim como os lderes religiosos, a multido era uma
massa de manobra das foras do mal. Todos zombavam de Cristo, mas, com a escurido, o terremoto e as palavras de Cristo, foram tomados pelo medo. Calvrio: localizava-se possivelmente onde hoje a Igreja do Santo Sepulcro ou no Jardim de Gordon; uma elevao de quase 5 metros, que lembra uma caveira. O Jardim de Gordon o local mais provvel, pois se encontra fora dos muros da Jerusalm antiga Me: Cristo sofreu por Sua me, que acompanhava Sua crucificao, e a entregou aos cuidados do discpulo Joo. Placa: geralmente continha o nome e a condenao dos crucificados. Coroa: provavelmente feita do espinheiro de Jerusalm (Paliurus spina christi) ou do espinheiro-de-cristo srio, foi fixada e batida repetidamente sobre a cabea de Cristo, ferindo o nervo trigmeo, causando uma dor que nem a morfina capaz de amenizar. Sede: Jesus tambm sofreu ardente sede, pois no havia bebido nada desde a noite anterior, carregou a cruz, perdeu muito sangue e sofreu intensa febre, devido s inflamaes. Corpo: sofreu cibras, espasmos, desidratao, policontuses e exalao insuficiente com reteno de gs carbnico no sangue e nos pulmes (hipercapnia). Vinagre: desde que chegou ao Calvrio, durante a crucifixo e ao fim dela, os soldados ofereceram-Lhe vinagre, vinho azedo misturado com gua e vinho com mirra, para aliviar Sua dor, mas Cristo recusou-Se a beb-las, para manter-Se consciente e no fugir Sua misso. Lana: quando a morte na cruz precisava ser adiantada, dava-se um golpe de misericrdia, chamado crucifragium, quebrando-se a tbia (osso da canela). Mas isso no foi preciso, pois Jesus morreu antes. Para assegurarem Sua morte, Ele foi ferido com uma lana. Sangue e gua: a lana provavelmente atingiu o pericrdio e a pleura pulmonar, a qual reteve gua devido incapacidade de Jesus expirar completamente. Supe-se que foi por essa razo que jorrou sangue e gua da ferida. Vitria: ao gritar est consumado (em grego tetelestai, que pode significar est pago), Jesus no morreu como uma vtima frgil, mas como um heri. Cumpriu Sua misso, salvou a humanidade. Morte: provavelmente por parada cardiorrespiratria. Alm dos sofrimentos fsicos, o corao de Cristo no suportou o peso dos pecados da humanidade. Terremoto: s 15 horas, aps Cristo gritar duas vezes e dar Seu ltimo suspiro, ocorreu um terremoto tremor que fendeu rochas e abriu tmulos. Tempo na cruz: os crucificados permaneciam vivos de 18 horas a alguns dias. Jesus ficou na cruz entre as 9 horas e as 15 horas. Seus graves ferimentos e o sofrimento espiritual foram determinantes para Sua morte rpida.
A cruz e a tumba que Ele deixou
Mais detalhes sobre a morte e vitria de Cristo Getsmani: o sofrimento de Cristo comeou pelo menos dez horas antes da cruz quando comeou a sentir o peso dos pecados humanos. Seu sofrimento psicolgico foi to grande que O fez suar gotas de sangue. Esse fenmeno raro na literatura mdica conhecido como hematidrose. Cruz: a pena de morte por crucificao j era praticada desde o sculo 6 a.C. por persas e babilnios, at que foi proibida pelo imperador Constantino, em 337 d.C. H quatro tipos conhecidos de cruz: decussata (em forma de X), quadrata (em forma de +), comissa (em forma de T) e imissa (em forma da cruz, como a conhecemos). Certamente, a cruz de Cristo foi do tipo comissa ou imissa, pois a prpria palavra para crucificar no Novo Testamento stauros, que significa colocar em um tau (nome da letra T em grego).. Se considerarmos a necessidade de se pregar uma placa, possvel que a cruz como a conhecemos possa ter sido a utilizada. Partes da cruz: as cruzes romanas eram compostas de duas partes: stipes e patibulum. A stipes era o poste, que geralmente permanecia no local de suplcio e tinha cerca de 5 metros de altura e 70 quilos. O patibulum era a parte horizontal, geralmente carregada pelo condenado at o local de execuo. Tinha cerca de 2,5 metros e por volta de 30 quilos. Possivelmente, o encaixe entre as duas partes era feito no cho, onde o crucificado era pregado, para depois ser erguido e a cruz ser encaixada no buraco previamente feito. Assento: algumas cruzes tinham uma sedicula, pedao de madeira fixado altura do quadril para apoiar o corpo, facilitar a respirao e aumentar o tempo de suplcio. Embalsamamento: o ritual judaico de sepultamento durava entre cinco e seis horas, pois envolvia lavar o cadver, perfum-lo com aromas frescos, embalsam-lo e envolv-lo em faixas. Para se evitar esse trabalho no sbado, o ritual foi adiado para a manh de domingo. Deus, anjos: Deus estava ao p da cruz, junto a Cristo, na escurido misteriosa, compartilhando de Seu sofrimento, acompanhado de anjos celestiais.. Todos, porm, no podiam confort-Lo Cristo teria que levar sozinho o peso dos nossos pecados. Satans, demnios: estavam presentes e ativos entre a multido. O inimigo torturava a Jesus, tentando lev-Lo ao desespero e a desistir de Sua misso. Paradoxalmente, contra seus prprios interesses, o inimigo no conseguia resistir ao prazer sdico de matar o Filho de Deus. O templo e as profecias: os sacrifcios realizados no Templo apontavam para Cristo, o Cordeiro de Deus (Is 53:5, 6, 10). O incio da crucifixo foi exatamente no horrio do sacrifcio da manh e o fim dela, no horrio do sacrifcio da tarde. Com a morte de Cristo, o antigo sistema sacrifical perdeu a validade, e o vu do Templo foi rasgado de cima a baixo (Mt 27:51). De acordo com a profecia das 70 semanas de Daniel (Dn 9:24-27), Cristo morreu no ano 31 d.C. Ou seja, a morte de Cristo teve data e hora marcadas. Caifs: na casa desse sumo sacerdote, Jesus foi julgado. Em 1990, foi achado um ossurio, contendo a inscrio em hebraico: Jos, filho de Caifs. Pilatos: arquelogos italianos que escavavam um teatro romano em Jerusalm encontraram uma pedra com a inscrio latina: Pncio Pilatos, prefeito da Judeia. Julgamento: o julgamento de Cristo ocorreu durante a madrugada e vspera de um sbado e de uma grande festa religiosa trs infraes do registro escrito das tradies judaicas, a Mishn, de acordo com o Sanhedrin 4,1. Pretrio: casa do governador romano da Judeia. Em seu ptio, Jesus foi julgado, castigado e condenado. Em 1930, escavaes identificaram plataformas macias do ptio da fortaleza Antnia. Nessas plataformas, estavam gravados alguns desenhos de jogos que soldados romanos faziam para passar tempo. As descries desse pavimento (lithstotos) so muito semelhantes ao que se relata em Joo 19:13. Ressurreio: o anjo do mais alto posto celestial, revestido de luz, foi comissionado a cham-Lo e rolou a pedra do sepulcro. Os guardas caram ao cho. Posteriormente, os discpulos O viram, tocaram nEle, compartilharam uma refeio e conversaram com Ele. Ressurreies: quando Jesus ressurgiu, outras pessoas ressuscitaram das sepulturas abertas no terremoto que ocorreu no momento de Sua morte (Mt 27:51-53). A verdade: os discpulos mantiveram a verso de que Jesus ressuscitou, mesmo em face da morte e sem ganhar qualquer vantagem. Se isso no fosse verdade, pelo menos um deles negaria o fato. Profecias: as circunstncias ligadas morte de Cristo foram preditas sculos antes, no Antigo Testamento. Confira algumas: julgamento fraudulento (Is 53:8; Mt 26:59); abandono dos discpulos (Zc 13:7; Mc 14:27); sofrimento em silncio (Is 53:7; Mt 27:12-14); morte substitutiva (Is 53:5; 1Jo 2:2); mos e ps traspassados (Sl 22:16; Jo 20:25-27); intercesso pelos transgressores (Is 53:12; Lc 23:34); morte junto a malfeitores (Is 53:12; Lc 23:34); zombaria (Sl 22:7, 8; Mt 27:41-43); roupas sorteadas (Sl 22:18; Jo 19:23, 24); separao de Deus (Sl 22:1; Mt 27:46); traspassado pela lana (Zc 12:10; Jo 19:34); sepultamento em tmulo de rico (Is 53:9; Mt 27:57-60). Segunda vinda: em meio ao Seu julgamento, Cristo afirmou que Seus acusadores e executores O veriam em Seu retorno glorioso. Isso ocorrer em Sua segunda vinda como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 26:64; Ap 1:7; 1Tm 6:14, 15). Fontes: Rubn Dario Camargo (artigo Fisiopatologia da morte de Cristo); Rodrigo Cardoso (reportagem Como Jesus foi crucificado? Isto, de 1/4/2010); Rodrigo Silva (Escavando a Verdade, CPB, 2007 e A Arqueologia e Jesus, Perspectiva, 2006); Frederick Zugibe (A Crucificao de Jesus, Matrix, 2010).