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• Perscrutando o texto –

Alto Amazônia pg. 02

• Dificuldades da língua –
Fonética e Fonologia pg. 03
Festival Folclórico de Parintin
s:
tradição e cultura no coração da arte,
floresta • Acentuação gráfica pg. 04

• Literatura –
Período Colonial pg. 07

• Redação pg. 10

s
ros literário
eiros regist os histórico
Prim fase aos fat
dão ên
Português
Assinale a alternativa em que se rees-

Palavra do
creve o segundo verso com erro de
pontuação.
Professor João BATISTA Gomes a) No meio da selva, vai surgir a paixão.
b) A paixão, vai surgir no meio da selva.

Reitor
c) A paixão, no meio da selva, vai surgir.
d) Vai surgir, no meio da selva, a paixão.
e) Vai, no meio da selva, surgir a paixão.
Texto 1
04. Observe os versos seguintes:
Alto Amazônia Vai surgir na Amazônia a emoção
Tadeu Garcia e No meio da selva, a paixão
David Assayag Atraindo o mundo a ilusão
Ao brincar de boi, uma nação
Caro estudante, Vai surgir na Amazônia a emoção
No meio da selva, a paixão O substantivo selva provém do latim
Atraindo o mundo a ilusão silva. Assinale a alternativa em que a
Iniciamos, com esta apostila que chega às
Ao brincar de boi, uma nação palavra que se relaciona com selva
suas mãos, mais uma etapa do Aprovar, o
São os povos da floresta, está com a grafia errada.
pré-vestibular gratuito desenvolvido pela
Universidade do Estado do Amazonas. vão fazer a grande festa a) selvícola
Serão mais oito meses de curso, com um O eterno ritual ô, ô, ô b) selvagem
total de 180 aulas; semanalmente, serão Retiram da mente a riqueza c) silvicultura
110 mil apostilas distribuídas nas escolas Se adornam de brilho e beleza d) selvageria
de Ensino Médio da Rede Pública em pro esplendor do festival e) selvagíneo
todo o Amazonas. Acendem em chama a fogueira
05. Observe os versos seguintes:
Nosso desafio é oferecer a você mais A tocha do fogo é clareira,
reluzindo o visual Vai surgir na Amazônia a emoção
que a oportunidade de concorrer em
ô, ô, ô No meio da selva, a paixão
igualdade de condições a uma vaga para
Na força do povo encarnado, ressurge Atraindo o mundo a ilusão
o curso superior – e mais de 1,2 mil
O touro amado Ao brincar de boi, uma nação
alunos já conseguiram isso, depois de
estudar pelo Aprovar, prova incontestável Palpitando o coração da raça nos Assinale a alternativa em que a palavra
da qualidade do curso, que conta com traz a pureza sublinhada NÃO exerça a mesma
uma equipe com larga experiência em Garantido é a expressão da função sintática que a do substantivo
preparatórios para o vestibular. Nosso certeza, ser feliz é a razão ilusão no trecho acima.
desafio é ajudá-lo a abrir as portas de um Boi! Boi! Boi! a) Vai surgir, na selva, a paixão.
novo mundo: o mundo do conhecimento, b) No meio da selva, entrevê-se a emoção.
capaz de mudar o curso de sua vida. c) Vai passar na avenida a ilusão.
Planejamento mais perseverança é igual a d) Na selva, ouviu-se a canção.
sucesso. Por isso, faça uma readequação Perscrutando o texto e) A festa na selva atrai a ilusão.
de seus horários de lazer e de estudos. 06. Observe os versos seguintes:
Seja persistente e não desista diante das 01. No primeiro verso, se o substantivo
emoção for para o plural: São os povos da floresta,
dificuldades ou de um exercício mais
vão fazer a grande festa
complexo. Pesquise, procure seu a) O verbo ir permanecerá no singular: “Vai
O eterno ritual ô, ô, ô
professor ou uma pessoa mais experiente, surgir na floresta as emoções”.
mas não desista. Tudo isso faz parte do b) Apenas o verbo ir irá para o plural: “Vão A exemplo de povos, assinale o grupo
aprendizado. surgir na floresta as emoções”. de palavras que tem plural metafônico
Além de seguir o material didático, c) Os dois verbos (ir e surgir) irão para o (plural com o timbre da vogal tônico
acompanhe as aulas pelo rádio e pela plural: “Vão surgirem na floresta as aberto).
televisão. Se você é estudante da rede emoções”. a) botos, destroços
pública, as apostilas estarão disponíveis d) A expressão “na floresta” terá de ser b) arroto, fogos
na sua escola. Se você já terminou o alterada. c) socorros, fornos
Ensino Médio ou resolveu retomar os e) Apenas o verbo surgir irá para o plural. d) almoços, bolsos
estudos, as apostilas que compõem todo e) rebojos, porcos
02. Observe os versos seguintes:
o projeto – ao todo, serão 36 – estarão
Vai surgir na Amazônia a emoção 07. Observe os versos seguintes:
encartadas, todos os domingos, nos
principais jornais de Manaus. E ainda No meio da selva, a paixão São os povos da floresta,
pela Internet, no linque do Aprovar, no Atraindo o mundo a ilusão vão fazer a grande festa
site da UEA (www.uea.edu.br). Nesse Ao brincar de boi, uma nação O eterno ritual ô, ô, ô
endereço eletrônico, você pode imprimir Sobre a expressão “na Amazônia”, Trocando-se a locução verbal “vão fa-
números anteriores e ter acesso a todas assinale a afirmativa incorreta. zer” por uma única forma verbal equi-
as informações sobre o Aprovar. a) Pode ficar entre vírgulas, sem prejuízo valente e substituindo-se o comple-
Fique de olho nas datas dos simulados, gramatical. mento “a grande festa” por um prono-
que serão divulgadas por meio da b) Expressa circunstância de lugar. me átono adequado, teremos:
imprensa e também nas apostilas. Serão c) Complementa o sentido da locução a) fazê-la-ão
dois ao longo do curso. A entrada é verbal “vai surgir”. b) farão-na
gratuita. Você faz a prova bem pertinho d) Pode ser usada após emoção, sem c) fá-la-ão
de casa, testa seus conhecimentos e prejuízo semântico. d) farão ela
treina para o vestibular. Lembre-se: e) Pode ser usada antes da locução “vai e) far-lhe-ão
planejamento mais perseverança é igual surgir”, sem prejuízo semântico.
a sucesso. 08. Observe os versos seguintes:
03. Observe os versos seguintes: Retiram da mente a riqueza
Boa Sorte! Vai surgir na Amazônia a emoção Se adornam de brilho e beleza
No meio da selva, a paixão pro esplendor do festival
Atraindo o mundo a ilusão Veja que riqueza (provém de rico) e
Ao brincar de boi, uma nação beleza (provém de belo) são grafadas

2
com a letra z. Essa lógica ortográfica

Desafio
só NÃO está presente em:
a) destreza Dificuldades da língua
b) pobreza
c) estranheza

Gramatical
FONÉTICA E FONOLOGIA
d) surdez
e) indez 1. Fonologia
É a parte da Gramática que estuda o
09. Observe os versos seguintes:
comportamento dos fonemas de uma
Retiram da mente a riqueza língua, tomando-os como unidades sonoras
Se adornam de brilho e beleza capazes de criar diferença de significados.
pro esplendor do festival Outros nomes: fonêmica, fonemática.
Sobre eles, assinale a afirmativa 2. Fonética 01. Dada a estrofe seguinte, opte pela
incorreta. afirmativa incorreta.
É a parte da Gramática que estuda as
a) A colocação pronominal segue a particularidades dos fonemas, ou seja, as Só a leve esperança, em toda a vida,
tradição da oralidade. variações que podem ocorrer na realização Disfarça a pena de viver, mais nada;
b) O verbo retirar tem dois complementos. dos fonemas.
Nem é mais a existência, resumida,
c) Pode-se trocar a preposição de pela
3. Fonema e letra Que uma grande esperança malograda.
preposição com, sem prejuízo
gramatical. Fonema – É a menor unidade sonora e Velho Tema, Vicente de Carvalho

d) O uso da contração pro acentua o distintiva de uma língua. Os fonemas


a) Em esperança, há encontro
dividem-se em vogais, semivogais e
caráter popular do texto. consonantal e dígrafo.
consoantes. Convém reforçar que o fonema
e) Em esplendor há dois encontros b) Em dizendo, há dígrafo.
é uma realidade acústica.
consonantais. c) Em existência, há encontro consonan-
Letra – É o sinal gráfico que, na escrita,
10. Observe os versos seguintes: representa o fonema. A letra é uma tal, dígrafo e ditongo crescente oral.
Acendem em chama a fogueira realidade gráfico-visual do fonema. d) Em que, o número de letras coin-cide
A tocha do fogo é clareira, com o número de fonemas.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
reluzindo o visual e) Em grande, há mais letras que fone-
a) Uma mesma letra pode representar fo-
A construção “Acendem a fogueira”, mas.
nemas diferentes. É o que ocorre com a
corresponde, gramaticalmente, a letra x em palavras como sexo (x = ks), 02. (FGV) Assinale a alternativa em que
“Acendem-na”. Assinale a alternativa feixe (x = ch), exato (x = z) e próximo tenha ocorrido erro de grafia em pelo
em que a troca do complemento (x = ss).
menos uma palavra:
verbal pelo pronome átono fere a b) Um mesmo fonema pode ser represen-
norma culta da língua. tado por letras diferentes. É o que ocor- a) exceção, disenteria, avaro
a) Acendestes a fogueira = Acendeste-la. re em flecha (ch = x) e lixo (x = ch). b) bávaro, qüinquênio, consciência
b) Acendi a fogueira = Acendi-a. c) Uma única letra pode representar dois c) argúem, distinguir, obsessão
c) Acendemos a fogueira = Acendemo-la. fonemas. A esse fenômeno, chama-se d) ínterim, itens, obcecado
d) Acenderam a fogueira = Acenderam-na. dífono. Exemplo: táxi (lê-se “táksi” – x = e) pichar, hífens, crânio
e) Acendamos a fogueira = Acendamo-na. ks).
03. (FGV) Leia a estrofe seguinte:
11. Os verbos acender e ascender têm d) Duas letras podem representar um único
Nada do que posso me alucina
pronúncia idêntica, mas diferem na fonema. A esse fenômeno, chama-se
dígrafo. Exemplo: chave (lê-se “xávi” – Tanto quanto o que não fiz
grafia e no significado. Palavras assim
são conhecidas como: ch = x). Nada do que eu quero me suprime
De que por não saber ‘inda não quis
a) homógrafas;
Jura Secreta, Sueli Costa – Abel Silva
b) parônimas;
Caiu no vestibular
c) homófonas; No verso 4, ocorre a supressão do a
d) sinônimas; inicial de ainda. Esse processo é
01. (FGV) Assinale a alternativa em que a
e) formas variantes.
grafia das palavras está correta. conhecido como:
12. Assinale a alternativa em que a grafia a) Beneficiente, asterístico, Ciclano, a) aférese;
da palavra destacada NÃO condiz com sombrancelha, excessão. b) apócope;
o sentido da frase. b) Estorno, beneficente, pretensão,
c) síncope;
a) O balão, tremeluzindo, ascendeu até Sicrano, assessor.
d) diérese;
c) Auto-falante, eletrecista, asterístico,
sumir no espaço. e) sinérese.
exceção, losângulo.
b) Em um único mandato, J. K. construiu
d) Estorno, previlégio, prazeiroso,
Brasília. 04. (FGV) Os dois hiatos das formas
sombrancelha, pretenção.
c) O último censo demográfico mostrou
e) Estorno, privilégio, beneficiente, acessor, verbais devem ser acentuados
que a Amazônia é pouco povoada. celebral. apenas na alternativa:
d) Não agüentando o próprio corpo,
02. (FGV) Assinale a alternativa em que as a) Refluir, intuindo.
arriou-se na poltrona.
formas mal ou mau estão utilizadas de b) Construindo, destruido.
e) É legítimo o uso de apóstrofe na
expressão “copo d’água”. acordo com a norma culta. c) Caida, saiste.
a) Mau-agradecidas, as juízas se postaram d) Instruido, intuir.
13. Observe os versos seguintes: diante do procurador, a exigir e) Refluira, destruindo.
Na força do povo encarnado, ressurge recompensas.
O touro amado b) Seu mal humor ultrapassava os limites 05. (FGV) Das alternativas abaixo,
Palpitando o coração da raça nos do suportável. assinale aquela em que ao menos
traz a pureza c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um um plural NÃO está correto:
sopapo que o lançou longe.
O adjetivo amado: a) Mão, mãos; demão, demãos.
d) As respostas estavam mau dispostas
a) é predicativo do sujeito; b) Capitão, capitães; ladrão, ladrões.
sobre a mesa, de forma que ninguém
b) é predicativo do objeto; sabia a seqüência correta. c) Pistão, pistões; encontrão, encontrões.
c) é adjunto adverbial de modo; e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o d) Portão, portões; cidadão, cidadães.
d) é adjunto adnominal; salão, sem perceber que alguém a e) Capelão, capelães; escrivão, escrivães.
e) é complemento nominal. observava.

3
3. ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS

Momento
OXÍTONA (definição)
Acentuação Gráfica
Palavra cuja sílaba tônica é a última. Quanto
1. Para que serve à acentuação gráfica, vejam-se os verbetes

Fonético
seguintes.
A língua escrita necessita, na prática, de
certos sinais auxiliares para indicar a exata OXÍTONAS ACENTUADAS
pronúncia das palavras. Esses sinais aces-
Levam acento gráfico todos os vocábulos
sórios da escrita chamam-se notações lé-
oxítonos terminados em:
xicas ou sinais diacríticos. Para o caso
particular de acentuação gráfica, vamos dar a) a, as:
valor especial ao acento (agudo e circun- Sofá, sofás; cajá, cajás; ananás.
ALFABETO flexo). Amá-la, cortejá-la, beijá-la, apresentá-la.
Amá-la-ás, cortejá-la-ei, beijá-la-ás.
01. A palavra alfabeto é formada pela fusão 2. Sinais diacríticos
de alfa + beta (primeiras letras do b) e, es:
alfabeto grego). a) Acento agudo (saúdo).
Você, vocês; café, cafés; aloés.
b) Acento circunflexo (lêvedo).
02. Em português, a palavra correspondente Socorrê-la, prendê-lo, entendê-la.
c) Acento grave (àquele).
é abecedário. Socorrê-la-ás, prendê-lo-á, entendê-la-á.
d) Til (maçã).
03. O alfabeto português contém 23 letras: a, e) Trema (tranqüilo). c) o, os:
b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, f) Apóstrofo (Vozes d’África). Avô, avós; cipó, cipós; mocotó, mocotós.
t, u, v, x e z. g) cedilha (exceção). Repô-lo, transpô-lo, propô-la.
h) hífen (sub-reitor). Repô-la-ás, transpô-lo-emos, propô-lo-ei.
04. Além dessas letras, existem três que se
podem usar em casos especiais: k, w, y. 2. Tipos de acento d) em, ens:
São empregadas em abreviaturas, Armazém, armazéns; também, amém.
símbolos, palavras estrangeiras, nomes A nossa língua dispõe de apenas três
Detém, contém, retém, intervém.
próprios estrangeiros. acentos gráficos:
Detém-no, detém-lo, retém-no, retém-lo.
K = potássio a) Acento agudo (´) – Indica que a vogal
K = Kelvin OXÍTONAS SEM ACENTO
tônica possui timbre aberto:
k = quilate a) Oxítonas terminadas em u – É quase
kg = quilograma relé sapé refém
mania nacional acentuar oxítonas
km = quilômetro harém aloés amá-la
terminadas em u. Nos vocábulos
kW = quilowatt beijá-la ádvena ágape seguintes, o acento gráfico é proibido.
W = tungstênio amá-la-ás beijá-la-ás álcali
W = watt angu iglu peru
W = trabalho b) Acento circunflexo (^) – Indica que a anu Iguaçu pirarucu
W = Oeste vogal tônica possui timbre fechado: babaçu aracu rebu
Y = ítrio belzebu Itaipu surucucu
yd = jarda âmago azêmola zênite
baiacu Itu sururu
têxtil anêmona êxodo bambu jaburu tatu
05. Nomes das letras:
boêmia Tâmisa êxul beiju jacu tutu
A: letra á. plêiade brâmane trânsfuga buçu jambu umbu
B: letra bê.
calundu jururu uru
C: letra cê. c) Acento grave (`) – Usado, hoje, apenas
candiru jus Uruaçu
D: letra dê. para indicar o fenômeno da crase, cujas
E: letra é. canguçu Manacapuru urubu
ocorrências mais comuns são: caracu mandacaru urucu
F: letra efe. [éfi].
G: letra gê. 1. Fusão de a (preposição) + a(s) Caramuru menu uruçu
H: letra agá. (artigo): chuchu meru uirapuru
I: letra i. Fui à festa. cru nu vodu
J: letra jota [jóta]. Chegamos à noite. cupu Pacaembu vuvu
K: letra cá. cupuaçu pacu xampu
Fizemos referência às obras
L: letra ele [éle]. cururu pacuguaçu xuru
M: letra eme [êmi]. românticas.
exu pacuçu zebu
N: letra ene [êni]. 2. Fusão do a (preposição) + o primei- hindu Paraguaçu zulu
O: letra ó. ro a dos demonstrativos aquele(s),
P: letra pê. b) Oxítonas terminadas em i – Veja a
aquela(s), aquilo, aqueloutro:
Q: letra quê. relação de palavras em que o acento
R: letra erre [érri]. Refiro-me àquele rapaz. gráfico é proibido.
S: letra esse [éssi]. Endereçamos a carta àquela moça. haiti Marli agredi-la
T: letra tê. Prefiro isto àquilo. halali nasci ali
U: letra u.
3. Fusão de a (preposição) + a (prono- haraquiri pequi aqui
V: letra vê.
me demonstrativo). igaci quati bagdali
X: letra xis.
jaraqui rali bem-te-vi
Z: letra zê. Não me refiro a você e sim à que
javali rami caqui
W: letra dáblio.
estava doente. Jeni rani Darci
Y: letra ípsilon.
Esta camisa é semelhante à que juriti rubi Derci
06. Som das vogais: ganhei no aniversário passado. jurupari Saci esqui
a: em pá = [á]; em irmã = [ã]. Kali sagüi feri-la
e: em pé = [é]; em ipê = [ê]; em d) Aspecto prático – Na prática, existem
macis sapoti frenesi
lembro = [em]; em róseo = [i]. apenas dois acentos gráficos: o agudo e o
macuxi somali gari
i: em pipa = [í]; em limpo = [im]. circunflexo. Outro detalhe: só existe acento mandi tambaqui gris
o: em pó = [ó]; em pô-lo = [ô]; em gráfico em sílaba tônica (sobre a vogal), mapinguari tapiri guri
nódoa = [u]; em sombra = [õ]. mas nem toda sílaba tônica merece acento maqui xixi Gurupi
u: em cupu = [ú]; em cumpro = [im]
gráfico. mari xiri zumbi

4
OXÍTONAS COM ACENTO GRÁFICO Hostil Agressivo; contrário, adverso,

Desafio
inimigo. Plural: hostis. Fonética:
a) Terminadas em u com hiato – Se hou-
s-t = encontro consonantal; seis
ver hiato, o acento acontece nas oxíto-
nas terminadas em u. letras e cinco fonemas.

Gramatical
Anhangabaú (SP) Cocaú (PE) Masseter Músculo inferior do queixo. Plu-
Ariaú (AM) baú ral: masseteres. Fonética: ss =
Camburiú (SC) jaú dígrafo; oito letras e sete fone-
cuiú-cuiú Grajaú (MA) mas.
pitiú Tambaú (PB) Mister Cargo, profissão, ocupação;
Tapuiú (CE) teiú
aquilo que é necessário ou for-
b) Terminadas em i, com hiato – Se houver çoso. Plural: misteres. Foné-
hiato, o acento acontece nas oxítonas tica: s-t = encontro conso-
terminadas em i. nantal. 01. Eleja a alternativa em que todas as
aí daí caí Novel Novo; principiante, novato. palavras sejam oxítonas:
saí açaí instruí-lo Plural: novéis. a) mister, masseter, interim
atraí-la contraí-lo distraí-la b) Nobel, ureter, sutil
Nobel Do Prêmio Nobel (relativo a
retraí-lo-ei cajuí extraí-lo c) refem, obus, duplex
Alfredo Nobel, sueco, inventor
Chuí (RS) Cucuí (AM) excluí-lo d) habitat, alibi, frenesi
da dinamite). Plural: nobéis.
Guaraí (GO) Icaraí (CE) influí-la e) transistor, harem, ambar
incluí-la incluí-la-ei Itaguaí (RJ) Obó Floresta densa. Plural: obós.
Itajaí (GO) Jataí (GO) Jutaí (AM) Oboé Instrumento musical de sopro, 02. (FGV) (Desafio TV) Assinale a
feito de madeira, com palheta alternativa que NÃO siga o mesmo
OXÍTONAS (prosódia e sinonímia) caso de acentuação que as demais.
dupla, de timbre semelhante ao
Prosódia – É o estudo da pronúncia correta do clarinete, mas levemente a) controvérsia
dos vocábulos. As palavras seguintes são b) plausíveis
nasal. Plural: oboés. Fonética:
todas oxítonas. c) insaciável
o-e = hiato.
Aloés Espécie de planta (babosa). d) construídos
Obus Arma antiga semelhante a um
Fonética: o-e = hiato. e) elétron
morteiro; bomba ou granada lan-
Bagdali Natural ou habitante de Bagdá,
çada pelo obus. Plural: obuses. 03. Sobre a estrofe seguinte, do poema
capital do Iraque. Plural: bagdalis.
Paul Pântano: região inundada por Antífona, de Cruz e Sousa, assinale a
Fonética: g-d = encontro
consonantal. águas estagnadas. Plural: pauis. afirmativa incorreta.
Balcãs Península européia. Admite a Fonética: a-u = hiato. Visões, salmos e cânticos serenos,
pronúncia paroxítona: Bálcãs. Refém Pessoa inocente que é retida co- Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Fonética: l-c = encontro conso- mo garantia. Plural: reféns. Fo- Dormências de volúpicos venenos
nantal. nética: em = ditongo decrescen- Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
Bengali Pertencente ao Estado de Bengala te nasal. a) Pode-se trocar flébeis por plangentes
(Índia, parte oeste da região de sem prejuízo semântico.
Ruim Que não tem préstimo; inútil.
Bengala). Plural: bengalis. b) Os vocábulos dormências e volúpicos
Plural: ruins. Fonética: u-i = hia-
Fonética: en = dígrafo; sete letras são acentuados pela mesma razão.
to; im = dígrafo; quatro letras e
e seis fonemas. c) Os vocábulos flébeis e dormências
três fonemas.
Cateter Sonda cirúrgica. Plural: cateteres. são acentuados pela mesma razão.
Somali O natural ou habitante da Somá- d) A presença de acento gráfico em sutil
Cister Região da França onde existe o
lia; relativo à Somália. Plural: so- faz que haja mudança de significado.
mosteiro de Cister, fundado por
malis. e) Os vocábulos órgãos, flébeis e dor-
Santo Alberico. Fonética: s-t =
encontro consonantal. Sutil Tênue, fino, delgado, grácil; mências são acentuados pela mesma
Civil Relativo às relações dos cida- perspicaz, hábil, engenhoso, ta- razão.
dãos entre si, reguladas por lentoso. Plural: sutis. Cf. sútil.
04. Assinale a alternativa em que se
normas do Direito Civil. Plural: Tamis Peneira de seda usada em far- identifica a figura de linguagem
civis. mácia ou laboratório; peneira, predominante no trecho:
Condor Ave de rapina de porte avanta- filtro, crivo. Plural: tamises.
“As rodas dentadas da pobreza, ignorân-
jado que vive nos Andes. Plural: Timor Natural ou habitante de Timor cia, falta de esperança e baixa auto-estima
condores. Fonética: on = dígrafo; (Oceânia); timorense. se engrenam para criar um tipo de máqui-
seis letras e cinco fonemas.
Transistor Dispositivo constituído por semi- na do fracasso perpétuo que esmigalha
Eifel Torre em Paris. Fonética: ei = os sonhos de geração a geração. Nós
condutores; rádio provido desse
ditongo decrescente oral. todos pagamos o preço de mantê-la
dispositivo. Plural: transistores.
Frenesi Excitação, delírio. Plural: frenesis. Fonética: tr e s-t = encontros funcionando. O analfabetismo é a sua
Fonética: fr = encontro consonantais; an = dígrafo; dez cavilha.”
consonantal. letras e nove fonemas. a) Eufemismo.
Hangar Abrigo fechado, ou galpão, para b) Antítese.
Ureter Cada um dos dois canais que
balões, dirigíveis, aviões, barcos, c) Metáfora.
conduzem a urina de cada rim à
etc. Plural: hangares. Fonética: d) Elipse.
bexiga. Plural: ureteres.
an = dígrafo. e) Inversão.
Harém Parte da casa muçulmana
destinada à habitação das
Arapuca 05. (Desafio RÁDIO) Assinale a alternativa
que NÃO siga o mesmo caso de
mulheres. Plural: haréns.
Fonética: em = ditongo decres- Assinale a alternativa com erro de acentuação que as demais.
cente nasal; cinco letras e quatro acentuação gráfica: a) resolvê-la-ás
fonemas. a) medico b) entrevistá-la-ás
Preamar Maré-cheia; maré alta. Plural: b) secretario c) conhecê-la-ás
preamares. Fonética: pr = c) continua d) transpô-lo-ás
encontro consonantal; e-a = d) averigúe e) instruí-la-ás
hiato. e) caráteres

5
04. Sobre a construção “Sois anjo que me

Momento
tenta e não me guarda”, escolha a
Texto 2 alternativa incorreta.
a) Trata-se de um período composto,
A Dona Ângela contendo três orações.

Fonético
Gregório de Matos b) A partícula que tem valor de pronome
relativo.
Anjo no nome, Angélica na cara. c) A oração “que me tenta” é subordinada
Isso é ser flor e anjo juntamente. adjetiva.
Ser Angélica flor e anjo florente, d) Os monossílabos que e não têm poder
Em quem senão em vós se uniformara? de atração sobre o pronome átono me.
e) O pronome me tem valor de
ENCONTROS CONSONANTAIS Quem vira uma tal flor, que não a cortara, complemento indireto.
Aos grupos formados por mais de uma Do verde pé, da rama, florescente;
E quem um Anjo vira tão luzente 05. Opte pelo item em que a análise
consoante, na mesma sílaba ou em
Que por seu Deus o não idolatrara? fonética é incoerente.
sílabas diferentes, sem vogal
intermediária, chama-se encontro a) anjo: contém dígrafo.
consonantal. Os encontros consonantais Se pois como Anjo sois dos meus altares, b) juntamente: contém dois dígrafos.
podem ser: Fôreis o meu custódio, e a minha guarda, c) quem: contém dígrafo e ditongo
Livrara eu de diabólicos azares. decrescente nasal.
a) Perfeitos – As consoantes agrupam-se na d) florescente: contém dois encontros
mesma sílaba.
Mas vejo que por bela e por galharda, consonantais e um dígrafo;
1. bl = blo-co, blu-sa, em-ble-ma. Posto que os anjos nunca dão pesares, e) diabólicos: contém hiato.
2. br = bra-ço, bri-ta, mem-bro.
Sois anjo que me tenta e não me guarda. 06. Assinale a alternativa incorreta sobre
3. cl = cla-ro, cla-mor, cli-tó-ris.
4. cr = cra-vo, cre-do, cri-vo. os vocábulos seguintes.
5. dr = dra-ce-na, drí-a-de, dri-blar. a) pois: contém hiato.
6. fl = fla-gran-te, fla-ge-lo, flam-bo-ai-ã. b) florente: contém um encontro
7. fr = fra-grân-cia,fre-a-men-to, fru-fru.
Perscrutando o texto
consonantal e um dígrafo.
8. gl = gla-bro, gle-na, gló-bu-lo. c) custódio: significa, no poema, proteção.
9. gr = grá-cil, gre-lo, gru-gru-lhar. 01. sobre o poema em questão, assinale a
d) fôreis: forma do verbo ser, segunda
10. pl = pla-ca-mãe, pla-cen-tá-rio. afirmativa incorreta.
pessoa do plural do pretérito mais-que-
11. pr = pra-fren-tex, prai-ei-ro. a) Predominam, no poema, os versos perfeito.
12. tr = tre-bo-çu, trê-fe-go. decassílabos. e) galharda: significa, no poema, elegante.
b) Imperfeitos – As consoantes agrupam-se b) Entre cara e uniformara ocorre rima
rica. 07. Observe a estrofe seguinte:
em sílabas diferentes.
c) O demonstrativo usado no segundo Mas vejo que por bela e por galharda,
1. bd = ab-di-car, áb-di-to, ab-do-me.
verso faz referência ao que o poeta vai Posto que os anjos nunca dão pesares,
2. br = ab-rup-to.
expor depois. Sois anjo que me tenta e não me guarda.
3. bs = sub-sô-nico, sub-so-lo.
4. cn = ac-ne. d) No terceiro verso, pode-se trocar O complemento do verbo ver:
5. dv = ad-vo-ga-do. florente por florescente sem prejuízo
a) é a expressão “que por bela e por
6. pt = rap-to, op-to. semântico.
galharda”;
e) Na primeira estrofe, pode-se notar b) é a oração “que sois anjo”;
DÍGRAFOS metáfora e antítese. c) não existe: trata-se de verbo intransitivo.
Ao grupo de duas letras que representa 02. Do texto em questão é incoerente d) é partícula que;
um único som ou articulação chama-se deduzir: e) é o substantivo anjo.
dígrafo. Sinônimo: digrama.
Os dígrafos da Língua Portuguesa são:
a) Na mesma mulher, havia traços de anjo 08. Observe a estrofe seguinte:
e de flor. Mas vejo que por bela e por galharda,
a) Dígrafos consonantais – Têm como base
b) Comparando a mulher a anjo e a flor, o Posto que os anjos nunca dão pesares,
uma consoante. São onze:
poeta analisa-a em dois planos: Sois anjo que me tenta e não me guarda.
1. ch = cha-ci-na, chave, enchova. espiritual e material.
2. lh = quin-qui-lha-ri-as. O complemento do verbo ver:
c) O fato de ter aparência de flor incita o
3. nh = en-de-mo-ni-nha-do. A expressão “por bela e por galharda”
poeta a querer tocá-la.
4. rr = des-car-ri-la-men-to.
d) A aparência de anjo é uma armadilha: indica
5. ss = mas-sa-ge-ar.
ao invés de proteger o poeta, torna-se a) tempo;
6. sc = nas-cer, des-cer.
uma tentação. b) condição;
7. sç = cres-ça, des-ço.
e) Na condição de anjo, a mulher c) causa;
8. xc = ex-ce-ção, ex-ce-len-te.
9. xs = ex-su-dar, ex-si-car. consegue livrar o poeta de grandes d) finalidade;
10. qu = quin-ti-lha, brân-quia. infortúnios. e) concessão.
11. gu = guer-ra, guel-ra. 03. Assinale a alternativa em que a 09. Opte pela frase com erro de
b) Dígrafos vocálicos – Têm como base justificativa de acentuação gráfica é colocação pronominal.
uma vogal. São dez: incoerente. a) Vendo uma flor tão bela, quem não a
1. am = am-bos, sam-ba, tam-bor. a) Angélica: acentuada por ser palavra cortaria?
2. em = em-pa-te, em-pe-nho. proparoxítona. b) Vendo uma flor tão bela, quem a não
3. im = ím-pro-bo, im-pró-prio, as-sim. b) flor: sem acento gráfico por ser cortaria?
4. om = om-bro, hom-bri-da-de, som.
monossílabo tônico terminado em r. c) Você é um anjo que me tenta e não me
5. um = um-bral, um-bro-so, a-tum.
c) vós: com acento gráfico por ser protege.
6. an = an-ces-tral, an-ci-ão.
monossílabo tônico terminado em “os”. d) Vendo um anjo tão luzente, quem o não
7. en = en-ca-be-çar, en-cai-brar.
d) custódio: com acento gráfico por ser tomaria por Deus?
8. in = in-co-men-su-rá-vel.
9. on = on-to-ge-ni-a, on-tem, fon-te. paroxítona terminada em ditongo. e) Um anjo tão luzente, eu adoraria-o para
10. un = un-tu-o-so, un-ção, un-ci-for-me. e) fôreis: acentuada por ser palavra sempre.
proparoxítona.

6
Literatura
10. Tomando por base a estrofe seguinte,

Desafio
opte pelo item com erro de análise
morfológica:
Anjo no nome, Angélica na cara. Professor João BATISTA Gomes
Isso é ser flor e anjo juntamente.

Gramatical
Ser Angélica flor e anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?

a) juntamente: advérbio. Período Colonial


b) Angélica (verso 3): substantivo.
c) florente (verso 3): adjetivo. 1. Duração e abrangência
d) senão: preposição.
O Período Colonial da literatura brasileira
e) no: fusão de preposição + artigo
abrange três escolas literárias:
definido. 01. (FGV) Observe o período seguinte:
a) Quinhentismo ou Período de
11. Tomando por base a estrofe seguinte, Formação – (1500 a 1601). “É o que tem ocorrido com a nova
opte pelo item com erro de análise ofensiva hegemônica que tenta atribuir ao
b) Barroco ou Seiscentismo – (1601 a
morfológica: baixo nível educacional da América Latina
1768).
Quem vira uma tal flor, que não a cortara, a origem de todos os males, da
c) Arcadismo ou Neoclassicismo – (1768
Do verde pé, da rama florescente; estagnação à péssima distribuição de
a 1836).
E quem um Anjo vira tão luzente renda.”
Que por seu Deus o não idolatrara? 2. Aspectos importantes do Período Em relação a ele, a única afirmação
Colonial
a) tal: pronome. INCORRETA é que:
b) a (verso 1): preposição. a) Engloba os três primeiros séculos de
a) Apresenta pelo menos um dígrafo.
c) tão (verso 3): advérbio. existência do País.
b) Contém oração subordinada adjetiva.
d) luzente: adjetivo. b) O Brasil é colônia de Portugal. c) Nele, hegemônica significa
e) o: pronome pessoal oblíquo átono. c) O Brasil está subordinado, econômica e preponderante, dominante.
politicamente, a Portugal. Isso gera a d) A forma verbal tenta contém encontro
12. Tomando por base estrofe seguinte,
dependência cultural e a imitação dos consonantal.
opte pelo item com erro de análise
modelos artísticos portugueses. e) A palavra origem exerce a função
morfológica:
d) A literatura não é propriamente sintática de objeto direto.
Se pois como Anjo sois dos meus altares,
brasileira: é híbrida, podendo ser
Fôreis o meu custódio, e a minha guarda, 02. (FGV) Assinale a alternativa em que a
chamada de literatura luso-brasileira.
Livrara eu de diabólicos azares palavra deveria ter recebido acento
e) Nos primeiros séculos, a cultura
a) meus: pronome possessivo. gráfico:
desenvolve-se nas chamadas “ilhas
b) se: conjunção. sociais”: Bahia, Pernambuco, Minas, Rio a) Paiçandu.
c) diabólicos: adjetivo. de Janeiro e São Paulo. b) Taxi.
d) guarda: verbo. c) Gratuito.
f) O Quinhentismo (1500 a 1601 – século
e) azares: substantivo. d) Rubrica.
XVI) é uma literatura sobre o Brasil, de
13. Tomando por base estrofe seguinte, caráter histórico-informativo, com e) Entorno.
opte pelo item com erro de análise poucos textos em verso (poesia).
03. (FGV) Caetano Veloso gravou uma
morfológica: g) O Seiscentismo ou Barroco (1601 a canção, do filme Lisbela e o Prisioneiro.
Mas vejo que por bela e por galharda, 1768 – século XVII) já é uma literatura no Trata-se de Você não me ensinou a te
Posto que os anjos nunca dão pesares, Brasil, com produção propriamente esquecer. A propósito do título da canção,
Sois anjo que me tenta e não me guarda. literária.
pode-se dizer que:
h) O Setecentismo ou Arcadismo (1768 a
a) mas: conjunção subordinativa a) A regra da uniformidade do tratamento
1836 – século XVIII) já pode ser
adversativa. é respeitada, e o estilo da frase revela
considerado literatura do Brasil. A
b) que (verso 1): conjunção. a linguagem regional do autor.
sociedade colonial já participa do
c) por: preposição. b) O desrespeito à norma sempre revela
processo de produção literária.
d) que (verso 3): pronome relativo. falta de conhecimento do idioma;
e) me: pronome pessoal oblíquo átono. i) Explodem os primeiros movimentos de
nesse caso não é diferente.
rebelião contra o domínio português:
c) O correto seria dizer Você não me
Inconfidência Mineira, Revolução dos
ensinou a lhe esquecer.
Alfaiates.
Leitura mínima d) Não deveria ocorrer a preposição
j) Nos primeiros cem anos de literatura,
nessa frase, já que o verbo ensinar é
somente um escritor merece destaque:
A JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR transitivo direto.
José de Anchieta (poeta e teatrólogo).
Gregório de Matos e) Desrespeita-se a regra da uniformidade
l) O primeiro livro de autor realmente de tratamento. Com isso, o estilo da
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, brasileiro só vem a lume no período
frase acaba por aproximar- se do da
Da vossa alta clemência me despido; barroco, precisamente em 1705: Música
fala.
Porque quanto mais tenho delinqüido, do Parnaso (poesia), de Manuel Botelho
Vos tenho a perdoar mais empenhado. de Oliveira.

Arapuca
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
04 (FGV) Observe: “O diretor perguntou: –
Que a mesma culpa que vos há ofendido, Arapuca Onde estão os estagiários? Mandaram-
Vos tem para o perdão lisonjeado.
nos sair? Estão no andar de cima?”
Qual escritor não pertence à Literatura
Se uma ovelha perdida e já cobrada O pronome sublinhado pertence:
Colonial brasileira?
Glória tal e prazer tão repentino a) À terceira pessoa do plural.
Vos deu, como afirmais na sacra história, a) José de Anchieta
b) À segunda pessoa do singular.
b) Bento Teixeira
c) À terceira pessoa do singular.
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, c) Gregório de Matos
d) À primeira pessoa do plural.
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, d) Tomás Antônio Gonzaga
e) À segunda pessoa do plural.
Perder na vossa ovelha a vossa glória. e) Gonçalves Dias

7
Momento 3. Autores e obras do Quinhentismo
PERO VAZ DE CAMINHA

Literário
Quinhentismo (1500 a 1601) Nasce no Porto, Portugal, por volta de 1437,
de família burguesa.
1. Origens e formação Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral,
a) Duração no Brasil: 1500 a 1601 (todo o dirige a Dom Manuel, o Venturoso, no dia
século XVI). primeiro de maio de 1500, a Carta de
b) Outro nome para o movimento: Período Achamento do Brasil. Conta, nessa época,
com uns cinqüenta anos, pois já tem netos.
de Formação.
Falece a 16 de dezembro de 1500, em
c) Obra inauguradora: não há livro, é
combate na Índia, assassinado pelos
óbvio, para inaugurar o Quinhentismo.
mouros.
PERÍODOS DA LITERATURA Toma-se como marco do movimento a
Carta de Achamento do Brasil, Sua Carta sobressai-se como documento
BRASILEIRA histórico, mas tem também um certo nível
popularmente conhecida como Carta de
01. Quinhentismo literário.
Pero Vaz de Caminha.
Duração – 1500 a 1601 (século XVI). Caminha resume em poucas palavras
Obra inauguradora – A Carta (prosa), de 2. Divisão do Quinhentismo todo o cabedal espiritual e material desta
gente (os índios), com uma penetração
Pero Vaz de Caminha (português).
LITERATURA INFORMATIVA maravilhosa. (Capistrano de Abreu)
02. Barroco
a) Feita pelos viajantes europeus, tem Graças ao raro talento de observação,
Duração – 1601 a 1768 (século XVII e aspecto de relatórios, com informações de que era dotado, graças sobretudo à
mais da metade do século XVIII). sobre nossas terras, destacando-se os fácil ingenuidade do seu estilo, o Brasil
Obra inauguradora – Prosopopéia recursos minerais, a fauna, a flora e os teve um historiador no próprio dia do seu
(poesia épica), de Bento Teixeira Pinto aspectos pitorescos dos nossos índios. nascimento. (Ferdinand Denis)
(português).
b) Esses relatórios são chamados de
03. Arcadismo Crônicas de Viagem e têm mais aspecto
Duração – 1768 a 1836 (parte do século histórico do que literário.
A Carta de Caminha
XVIII e início do século XIX). c) Os textos mais importantes da
Obra inauguradora – Obras poéticas Literatura Informativa são: Término – A Carta-Relatório, considerada
(poesia lírica), de Cláudio Manuel da Carta de Achamento do Brasil (1500) – Certidão de Batismo do Brasil, termina
Costa. de Pero Vaz de Caminha. assim:
04. Romantismo Diário de Navegação (1530) – de Pero De ponta a ponta é toda praia redonda,
Duração – 1836 a 1881 (parte do século XIX). Lopes de Souza. muita chã e muito fremosa. Nela até
Obra inauguradora – Suspiros poéticos agora não pudemos saber que haja
Tratado da Terra do Brasil (1576) – de
e saudades (poesia), de Gonçalves de ouro, nem prata, nem coisa alguma de
Pero de Magalhães Gândavo.
Magalhães. metal ou ferro; nem o vimos. Porém a
Tratado Descritivo do Brasil (1587) – de terra em si é de muitos bons ares assim
05. Realismo Gabriel Soares de Souza. frios e temperados como os de Entre-
Duração – 1881 a 1893 (parte do século XIX). Doiro e Minho, porque neste tempo de
Diálogo das Grandezas do Brasil (1618)
Obra inauguradora – Memórias – de Ambrósio Fernandes Brandão. agora os achávamos como os de lá.
póstumas de Brás Cubas (romance), de As águas são muitas e infindas. E em tal
Diálogo sobre a Conversão dos Gentios
Machado de Assis. maneira é grandiosa que, querendo
– de Pe. Manuel da Nóbrega.
06. Naturalismo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa
História do Brasil (1627) – de Frei das águas que tem. Porém o melhor
Duração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).
Vicente do Salvador. fruto que dela se pode tirar me parece
Obra inauguradora – O Coronel
que será salvar esta gente. E esta deve
Sangrado (romance, 1877), de Inglês de LITERATURA DOS JESUÍTAS ser a principal semente que vossa alteza
Sousa. nela deve lançar.
a) Os jesuítas instalados no Brasil são
Obra inauguradora – O Mulato
agentes da Contra-Reforma. Por isso, a Ufanismo – A Carta de Caminha marca o
(romance, 1881), de Aluísio Azevedo. atividade principal dos padres é o início de uma longa tradição, o ufanismo ou
07. Parnasianismo trabalho de catequese. nativismo, que consiste na exaltação (por
Duração – 1881 a 1893 (parte do século XIX). vezes exagerada) das virtudes da terra e da
b) Num trecho da Carta de Caminha, o
Obra inauguradora – Sonetos e Rimas gente. Este aspecto vai desdobrar-se em
autor solicita ao rei que envie gente para
todos os outros períodos da literatura
(poesia), de Luís Guimarães Júnior. a terra recém-descoberta: “Não deixe
colonial.
08. Simbolismo logo de vir clérigo para os batizar...”
Simpatia pelo índio – Com relação ao
Duração – 1893 a 1902 (final do século XIX). c) Os jesuítas contribuem para a índio, a atitude de Caminha, embora
Obra inauguradora – Missal (prosa) e destribalização dos indígenas, tentando aparentemente simpática, revela o
Broquéis (poesia) de Cruz e Sousa. incutir-lhes uma educação européia. etnocentrismo europeu:
09. Pré-modernismo d) Pondo em primeiro plano a intenção Andam nus sem nenhuma cobertura,
Duração – 1902 a 1922 (século XX). pedagógica e moralizante, os textos que nem estimam nenhuma cousa de cobrir
Obra inauguradora – Os Sertões produzem têm caráter mais didático que nem mostrar suas vergonhas e estão
(romance, 1902), de Euclides da Cunha. artístico. acerca disso com tanta inocência como
e) Nessa linha didática, está o Pe. Manuel têm de mostrar no rosto. Eles porém
Obra inauguradora – Canaã (romance,
contudo andam muito bem curados e
1902), de Graça Aranha. da Nóbrega, com o seu Dialogo sobre a
muito limpos e naquilo me parece ainda
Conversão dos Gentios.
10. Modernismo mais que são como as aves ou alimárias
Duração – 1922 a ? (século XX). f) Em todo o século XVI, só uma figura monteses que lhes faz o ar melhor pena
Obra inauguradora – Paulicéia transpõe a linha do meramente e melhor cabelo que as mansas, porque
informativo e didático para incluir-se no os corpos seus são tão limpos e tão
Desvairada (poesia), de Mário de Andrade.
plano artístico-literário: o padre José de gordos e tão fremosos que não pode
Anchieta. mais ser.

8
Nudez das índias – Caminha alude Em 1556, um ano após sua chegada ao

Desafio
também, maliciosamente, à nudez das Brasil, funda um colégio em pleno planalto
índias: paulista, embrião da cidade de São Paulo.
Ali andavam entre eles três ou quatro Falece no litoral do Espírito Santo (Reritiba)
moças bem novinhas e gentis, com na atual cidade de Anchieta, em 1597.

Literário
cabelos mui pretos e compridos pelas Escreve a primeira gramática do tupi-
costas e suas vergonhas tão altas, guarani, verdadeira cartilha para ensino da
saradinhas e tão limpas das cabeleiras língua aos nativos: Arte de gramática da
que de as nós muito bem olharmos não língua mais usada na costa do Brasil (1595).
tínhamos nenhuma vergonha.
Anchieta produz poesias, peças teatrais,
Caminha no Modernismo – No Modernis- cartas e sermões. Merece destaque, no
mo, Oswald de Andrade escreve um livro de entanto, apenas a parte poética e teatral.
poemas intitulado Pau-Brasil (1925), cujos
Na poesia, sua linguagem é simples, os
primeiros poemas têm o título geral de 01. (FGV) DESAFIO DA TV
versos são curtos (redondilha menor) e o
História do Brasil, em que o poeta recria
assunto é sempre religioso, de contestação Vai passar
textos do século XVI, dando-lhes forma
aos bens terrenos. Nessa avenida um samba popular
poética.
Suas poesias somente são reunidas numa Cada paralelepípedo
A transformação da Carta de Caminha em Da velha cidade
edição completa e uniforme em 1954, por
poesia, feita por Oswald de Andrade, fica Essa noite vai
ocasião do IV Centenário de São Paulo.
assim: Se arrepiar
Sua peça mais admirada é Na Festa de São
A descoberta Ao lembrar
Lourenço, representada pela primeira vez
Que aqui passaram sambas imortais (...)
Seguimos nosso caminho em Niterói, em 1583. A maior parte dos
(Francis Hime e Chico Buarque)
por esse mar de longo versos é redigida em tupi; o restante, em
Até a oitava da Páscoa espanhol e português. Nesses versos iniciais do samba Vai
Topamos ave passar, é possível identificar duas figuras
OBRAS DE ANCHIETA de estilo. Assinale a alternativa correta.
E houvemos vista de terra
1. Arte de gramática da língua mais usada a) Metáfora e anáfora.
Os selvagens na costa do Brasil (1595)
b) Ironia e hipérbole.
Mostrara-lhes uma galinha 2. Informações (1933)
c) Gradação e eufemismo.
Quase haviam medo dela 3. Cartas (1933)
d) Antítese e anacoluto.
E não queriam pôr a mão 4. Fragmentos Históricos e Sermões (1933)
e) Prosopopéia e metonímia.
E depois a tomaram como espantados 5. Na Festa de São Lourenço (teatro)
6. Na Visitação de Santa Isabel (teatro) 02. (FGV) Foi um movimento literário do
As meninas da gare século XVII, nascido da crise de
POEMAS FAMOSOS DE ANCHIETA
Eram três ou quatro moças valores renascentistas. Caracteriza-se
Bem moças e bem gentis 1. A Santa Inês na literatura pelo culto dos contrastes,
Com cabelos mui pretos pelas espáduas 2. Do Santíssimo Sacramento a preocupação com o pormenor e a
E suas vergonhas tão altas e tão 3. Em Deus, Meu Criador sobrecarga de figuras como a
saradinhas 4. Poema à Virgem metáfora, as antíteses, hipérboles e
Que de nós as muito bem olhamos alegorias. Essa linguagem conflituosa
ANTOLOGIA DE ANCHIETA
Não tínhamos nenhuma vergonha reflete a consciência dos estados
A Santa Inês
Murilo Mendes – Veja, a seguir, o texto de contraditórios da condição humana.
Cordeirinha linda,
outro poeta do Modernismo, Murilo Mendes
como folga o povo
Trata-se do:
(autor de Canção do Exílio), e a sua visão do Porque vossa vinda a) Romantismo.
século XVI. lhe dá lume novo! b) Trovadorismo.
A Carta de Pero Vaz c) Humanismo.
Cordeirinha santa,
d) Realismo.
A terra é mui graciosa, de Jesus querida,
e) Barroco.
Tão fértil eu nunca vi. vossa santa vinda
A gente vai passear, o diabo espanta. 03. (FGV) Leia o seguinte texto de
No chão espeta um caniço, Ubirajara Inácio de Araújo:
Por isso vos canta
No dia seguinte nasce Todo texto é uma seqüência de
com prazer o povo,
Bengala de castão de oiro. informações: do início até o fim, há um
porque vossa vinda
Tem goiabas, melancias, percurso acumulativo delas. Às
lhe dá lume novo!
Bananas que nem chuchu.
informações já conhecidas, outras novas
Quanto aos bichos, têm-nos muitos, Nossa culpa escura vão sendo acrescidas e estas, depois
De plumagens mui vistosas. fugirá depressa, de conhecidas, terão a si outras novas
Tem macaco até demais pois vossa cabeça acrescidas e, assim, sucessivamente. A
Diamantes tem à vontade vem com luz tão pura. construção do texto flui como um ir-e-vir
Esmeraldas é para os trouxas.
Em Deus, Meu Criador de informações, uma troca constante entre
o dado e o novo.
JOSÉ DE ANCHIETA Não há cousa segura.
Tudo quanto se vê É correto afirmar que, nesse texto,
Nasce em 19 de março de 1534, em
se vai passando. predominam:
Tenerife, arquipélago das Canárias.
A vida não tem dura. a) Função referencial e gênero do tipo
Em Coimbra, forma-se em Filosofia e O bem se vai gastando. dissertativo.
ingressa na Companhia de Jesus, com 17 Toda criatura b) Função fática e gênero de conteúdo
anos. Passa voando. didático.
Vem para o Brasil com 21 anos de idade, Em Deus, meu criador, c) Função poética e gênero do tipo
em 1555, acompanhando a missão jesuítica está todo meu bem narrativo.
com o segundo governador geral, Duarte da e esperança, d) Função expressiva e gênero de
Costa. Tudo indica que o motivo da vinda é meu gosto e meu amor conteúdo dramático.
a doença (tuberculose) de que padece e bem-aventurança. e) Função conativa e gênero de conteúdo
Os índios chamam-no de Supremo Pajé Quem serve a tal Senhor lírico.
Branco. não faz mudança.

9
Bem Redação
Contente assim minha alma
do doce amor de Deus
toda ferida,

Lembrado!
o mundo deixa em calma, Professor João BATISTA Gomes
buscando a outra vida
na qual deseja ser
toda absorvida.
Definições importantes
Do pé do sacro monte,
meus olhos levantando 1. Frase
no alto cume,
É qualquer enunciado com sentido próprio.
vi estar aberta a fonte
Pode conter uma única palavra ou um
Estrofes quanto ao do verdadeiro lume, conjunto de vocábulos.
número de versos que as trevas do meu peito
todas consume. 2. Locução
a) Dístico – É a menor estrofe, constituída de
dois versos que rimam entre si. Do Santíssimo Sacramento São duas ou mais palavras que se juntam
Filho meu, de nome escrito, numa única idéia. Veja exemplos:
Oh que pão, oh que comida,
da minh’alma no infinito. a) “antes de”: locução prepositiva.
oh que divino manjar
Escrito a estrelas e sangue b) “à medida que”: locução conjuntiva.
se nos dá no santo altar
no farol da lua langue. c) “devemos estudar”: locução verbal.
cada dia!
Cruz e Sousa d) “amor de mãe”: locução adjetiva.
Filho da Virgem Maria,
b) Terceto – É a estrofe de três versos, que Deus Padre cá mandou 3. Oração
obrigatoriamente usada na composição do e por nós na cruz passou Oração é a frase que contém um verbo
soneto.
crua morte, (presente ou subentendido) ou uma locução
Um luar velho dói sobre o silêncio
e para que nos conforte verbal. Toda oração pode ser chamada de
As mãos furtivas despetalam mortes
E o coração se perde em nostalgia. frase, mas nem toda frase constitui uma
se deixou no sacramento
oração. Por isso, temos:
Fugir na noite inconsolável, ir para dar-nos, com aumento,
Ao teu suplício, rosa da montanha, sua graça, a) Frase nominal – Constituída apenas de
Ó delicada pétala de sangue! nomes (substantivo, adjetivo,
Alphonsus de Guimaraens
esta divina fogaça
preposição, advérbio).
é manjar de lutadores,
c) Quarteto ou quadra – É a estrofe de b) Frase oracional – Constituída de
galardão de vencedores
quatro versos.
esforçados. nomes, com a presença de um verbo
Minha terra tem palmeiras, ou de uma locução verbal.
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá. 4. Período
Gonçalves Dias, Canção do Exílio Exercícios É o enunciado constituído de uma oração
d) Quintilha – É a estrofe de cinco versos. absoluta ou da reunião de orações que
01. Escolha a afirmativa incorreta sobre a forma sentido completo. Pode ser:
Além dos ares, tremulamente,
Que visão branca das nuvens sai! estrofe seguinte: a) Período simples – Formado de apenas
Luz entre franças, fria e silente, uma oração. Classificação da oração:
Cordeirinha linda,
Assim nos ares, tremulamente,
como folga o povo absoluta.
Balão aceso subindo vai...
Raimundo Correia Porque vossa vinda
b) Período composto – Formado de duas
lhe dá lume novo! ou mais orações. No período composto,
e) Sextilha – É a estrofe de seis versos.
José de Anchieta as orações podem ser coordenada,
Sou uma sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras... a) A estrofe contém versos em redondilha principal ou subordinada.
Polipo de recônditas reentrâncias, menor.
Larva de caos telúrico, procedo b) Há, na estrofe, dois exemplos de rima 5. Parágrafo
Da escuridão de cósmico segredo, rica. Unidade de texto escrito formada por um ou
Da substância de todas as substâncias!
c) Todas as rimas do poema são femininas. mais períodos. As frases que compõem o
f) Oitava – É a estrofe de oito versos. Há a d) Dentro da estrofe, o primeiro verso tem parágrafo giram em torno de uma idéia-
oitava heróica e a oitava lírica. função de vocativo. núcleo chamada de “tópico-frasal”.
Heróica – É formada de oito versos e) Nos vocábulos linda e vinda, há
decassílabos, os seis primeiros com rimas 6. Título
encontro consonantal.
alternadas e os dois últimos com rima
emparelhada (esquema abababcc). Foi a 02. Escolha a letra em que se fez É o que se põe no início de um trabalho
estrofe empregada por Camões para classificação fonética errada: escrito com o intuito de indicar o assunto
compor Os Lusíadas. que vai ser tratado.
Filho da Virgem Maria,
Lírica – É formada de oito versos,
admitindo variadas métrica e rima. que Deus Padre cá mandou 7. Assunto
Vejamos uma oitava da época romântica, e por nós na cruz passou
Assunto é aquilo de que o texto vai tratar,
com esquema rímico abbcdeec: crua morte
que é objeto ou matéria de observação,
Enfim te vejo! – enfim posso, José de Anchieta
consideração, atenção, interesse, etc.
Curvado a teus pés, dizer-te,
a) Virgem: ditongo decrescente nasal. Confunde-se com o tema.
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri. b) Deus: ditongo decrescente oral.
Muito penei! Cruas ânsias, c) Maria: hiato. 8. Conteúdo
Dos teus olhos afastado, d) crua: encontro consonantal e hiato. No texto escrito, conteúdo é o conjunto de
Houveram-me acabrunhado, e) que: ditongo crescente oral. idéias transmitidas por meio das palavras.
A não lembrar-me de ti!
Gonçalves Dias, Ainda uma vez – Adeus! Pelo conteúdo pode-se avaliar o grau de
cultura e de maturidade de quem escreve.

10
Exercício de
9. Forma
É a própria linguagem utilizada para compor
PECADO 2 – Fuga do assunto

o texto. Por meio da análise da forma, pode- Falha grave – É, com certeza, o pior deslize
se avaliar o grau de clareza e de correção numa dissertação. Se o trabalho vale nota, a

Redação
da linguagem. fuga do tema conduz ao zero por falta de
adequação entre o texto ou título proposto e
10. Estilo as idéias expostas pelo candidato. Escrever
É a maneira peculiar que cada um tem para fugindo do assunto sugere:
expor sentimentos ou delinear idéias, a) Falta de planejamento sobre o que se
falando ou escrevendo. está produzindo.
b) Pouca capacidade de concentração.
11. Redação c) Incapacidade de delimitação do
É o ato ou efeito de redigir. Por extensão, assunto. 01. Considere os itens seguintes
qualquer trabalho escrito que versa sobre d) Desvio intencional para tópicos seqüência de uma dissertação. Julgue
um assunto dado, ou de livre escolha, com decorados previamente. os trechos sublinhados quanto à
seqüência lógica de idéias. É sinônimo de correção gramatical, usando
Fuga parcial – Às vezes, os rodeios, a
composição. verdadeiro ou falso.
preparação excessiva para finalmente falar-
se do tema constituem fugas parciais que, a. ( ) A intenção de promover reformas
12. Descrição
dependendo de quem está avaliando o sociais que possibilitem o estágio
É o ato ou efeito de descrever. É uma trabalho, também conduzem ao zero. O de fome zero no Brasil é louvável,
espécie de retrato que se faz por meio das tema “Violência urbana” pode virar livro nas mas utópica. As desigualdades
palavras, enumerando detalhes que mãos de escritor habilidoso. O que se quer sociais do País não surgiram ontem.
permitam, pela leitura, visualizar o objeto do aluno é apenas uma dissertação de, no A pobreza, acompanhada de fome
descrito. máximo, trinta e cinco linhas. Falar de Abel e e de doenças, é, em certas regiões,
Caim, da violência praticada em Roma à endêmica. Para erradicá-la, não
13. Narração época dos Césares é fugir do assunto basta medidas paliativas ou
É o ato ou efeito de narrar: contar, relatar porque não há espaço (nem tempo) para assistências individuais.
um fato ou um acontecimento qualquer, real tantos dados. O melhor caminho é falar da
b. ( ) Trabalhar muito, no Brasil, não
ou imaginário, por meio de uma seqüência violência urbana hoje, apontando causas,
significa ganhar o suficiente para
de ações. conseqüências e, se possível, soluções para
suprir as necessidades básicas da
o problema abordado.
família. A relação trabalho-ganho é,
14. Dissertação
Solução – É preciso organizar-se para uma maioria desqualificada
Exposição de juízos (conceitos, pareceres, profissionalmente, ultrajante. O
didaticamente para escrever bem. A
opiniões) a respeito de um determinado resultado do esforço não permite
elaboração de rascunho, enumerando
tema ou assunto. O ato de dissertar implica que o trabalhador alimente a si e a
tópicos como causas, conseqüências,
a exposição de idéias lógicas com intuito de sua família nos padrões de
soluções, idéias contra ou a favor ajuda o
defender um “ponto de vista”, interpretando exigência mínima de quantidade e
redator a manter-se fiel ao tema, além de
a realidade de maneira adulta.
garantir uma seqüência lógica para os qualidade.
parágrafos da dissertação. c. ( ) Crianças mal-alimentadas têm o de-
sempenho escolar afetado. Duas
Pecados Mortais da
Dissertação
PECADO 3 – Uso de gírias conseqüências são imediatas:
desenvolvimento físico instável,
Linguagem formal – No texto narrativo, a
suscetível a doenças oportunistas, e
PECADO 1 – Letra ilegível
gíria é, em certos momentos, perfeita-mente
cabível. Às vezes, faz parte dos traços
preparação profissional inadequada
para garantir melhoria de vida no
Vestibulares e concursos – Aplica-se este individuais da personagem. No dissertativo,
futuro. Impõe-se, desde a
item à dissertação exigida nos vestibulares e porém, é um desastre. Isso porque a
adolescência, a carga do trabalho
concursos, cuja composição é feita de dissertação exige uma linguagem formal,
para ajudar no orçamento da
forma manuscrita. não necessariamente erudita, mas pelo
família.
menos bem-elaborada. Veja expres-sões
Decifrando a escrita – Não se consegue que não têm espaço em dissertações: d. ( ) No Norte e no Nordeste, filhos de
valorizar ou admirar o que é pobres herdam as privações dos
incompreensível. O professor encarregado 1. Esses caras.
pais como se fossem um
da avaliação tem tempo estipulado para 2. Maneiro.
componente hereditário. Vislumbrar
concluir o trabalho de correção. Não pode, 3. Saia dessa.
uma ascensão na escala social só
pois, perder tempo tentando adivinhar (às 4. Estou noutra.
seria possível por meio da absorção
vezes decifrar) o que o candidato escreveu. 5. O meganha.
de conhecimentos acadêmicos,
Não se exige do redator letra bonita; exige- 6. O maior barato.
disponíveis apenas para filhos de
se letra legível, de fácil compreensão. 7. Esse papo não cola.
pais remediados. Assim, repete-se
8. Mina.
Solução – Depois de uma certa idade, é o círculo vicioso, aqui e ali
9. Gente da pesada.
quase impossível mudar totalmente o quebrado por casos isolados, sem
10. Cada um na sua.
aspecto da caligrafia. Mas é possível influência nos dados estatísticos.
11. Pra cima de mim, não.
melhorá-la, atentando no formato de 12. Tudo em cima. e. ( ) A meta da fome zero é tarefa que
algumas letras. Às vezes, a leitura torna-se 13. Muito legal. pode ser iniciada agora, mas
difícil por causa do m, do n e do u que se 14. Bicho. dependerá da vontade política de
confundem no papel. Outras vezes, o l e o t governantes futuros, de olho na
15. Não enche.
são grafados de tal forma (ou tamanho) que abrangência da educação como
16. Tudo em riba.
atrapalham a compreensão das palavras estratégia de mudança social e
contidas nas linhas superiores ou inferiores. Solução – O uso de gírias em textos cultural. Enquanto a prioridade for
Uma vez identificado o problema, deve-se dissertativos só acontece, pela lógica, com apenas à captação de votos, o
escrever com mais apuro, principalmente os adolescentes. Pessoas adultas têm um povo brasileiro continuará faminto.
quando se produz texto para ser avaliado senso de correção (e de ridículo) mais E não somente de comida.
por alguém. apurado quando se trata de texto escrito.

11
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.

Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga

Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves

Pró-Reitor de Planejamento e Administração ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa
Antônio Dias Couto brasileiro da língua portuguesa. São Paulo: moderna. 13. ed. Rio de Janeiro: Fundação
Melhoramentos, 1975. Getúlio Vargas, 1986.
Pró-Reitor de Extensão e
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo dicionário
Assuntos Comunitários
questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova
Ademar R. M. Teixeira
1996. Fronteira, 1986.
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa _______. Gramática metódica da língua HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário
Walmir Albuquerque portuguesa 35. ed. São Paulo: Saraiva, 1988. enciclopédico Koogan Larousse. 2. ed. Rio de
Coordenadora Geral AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Janeiro: Larousse do Brasil, 1979.

Munira Zacarias língua portuguesa. 4. ed. Atualizado por Hamílcar KURY, Adriano da Gama. Para falar e escrever
de Garcia. Rio de Janeiro: Delta, 1958. melhor o português. Rio de Janeiro: Nova
Coordenador de Professores
BECHARA, Evanildo. Lições de português pela Fronteira, 1989.
João Batista Gomes
análise sintática. Rio de Janeiro: Fundo de MARTINS, Eduardo. Manual de redação e estilo.
Coordenador de Ensino Cultura, 1960. 3. ed. São Paulo: Moderna, 1997.
Carlos Jennings _______. Gramática portuguesa. 31. ed. São SACCONI, Luiz Antonio. Não erre mais. 19. ed.
Coordenadora de Comunicação Paulo: Nacional, 1987 São Paulo: Atual, 1995.
Liliane Maia CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de SEREBRENICK, Salomão. 70 Segredos da língua
dúvidas da língua portuguesa. 2. impr. São Paulo: portuguesa. Rio de Janeiro: Bloch, 1990.
Coordenador de Logística e Distribuição
Nova Fronteira, 1996.
Raymundo Wanderley Lasmar
_______. Novíssima gramática da língua
Produção portuguesa. 30. ed. São Paulo: Companhia
Aline Susana Canto Pantoja Editora Nacional, 1988.
Renato Moraes CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova gramática
Projeto Gráfico – Jobast do português contemporâneo 3. ed. Rio de
Alberto Ribeiro Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

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