Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Brasília
2007
Brasília
Instituto de Artes da UnB
2007
Agradecimentos:
Resumo:
Palavras-chave:
1– Teatro; 2– Grupo Galpão; 3– Bertolt Brecht
Résumé:
Mots-clé:
1 – Théâtre; 2 – Groupe Galpão; 3 – Bertolt Brecht.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 12
Processo de montagem.............................................................................................................. 38
O transformado social.............................................................................................................. 48
Teatro Épico no Brasil.............................................................................................................. 53
Engajamento e contemporaneidade – a repercussão do trabalho de Brecht....................... 55
CONCLUSÃO............................................................................................................ 117
APÊNDICES.............................................................................................................. 126
INTRODUÇÃO
You live wherever you live, you do whatever work you do, you talk however
you talk,
You eat whatever you eat, you wear whatever clothes you wear, you look at
whatever images you see… YOU”RE LIVING HOWEVER YOU CAN. YOU ARE
WHOEVER YOU ARE. “Identity”… Of a person, of a thing, of a place.
“Identity”. The word itself gives me shivers. It rings of calm, comfort,
contentedness, what is it, identity? To know where you belong? To know your self
worth? To know who you are? How do you recognize identity? We are creating an
image of ourselves, we are attempting to resemble this image… Is that what we call
identity? The accord between the image we have created of ourselves and… ourselves?
Just who is that, “ourselves”?
We live in the cities. The cities live in us… Time passes. We move from one city
to another, from one country to another, we change languages, we change habits, we
chance opinions, we change clothes, we change everything. Everything changes. And
fast. Images above all.1
1
“Você mora onde mora, faz seu trabalho, você fala o que você fala, come o que você come, veste as
roupas que veste, olha para as imagens que vê. Você vive como pode viver. Você é quem você é.
“Identidade”... de uma pessoa, de uma coisa, de um lugar. “Identidade”. Só a palavra já me dá calafrios.
Ela lembra calma, conforto, satisfação. O que é a identidade? Conhecer seu lugar? Conhecer seu valor?
Saber quem você é? Como reconhecer a identidade? Criamos uma imagem de nós mesmos e estamos
tentando nos parecer com essa imagem. É isso que chamamos de identidade? A reconciliação entre a
O indivíduo que perde sua identidade perde a si próprio. Mas é preciso perder-se
a si para que o sujeito possa se reencontrar na necessidade de não ser o outro ou aquilo
que ele espera que o outro seja.
Assim, o tema da dissertação caminha entre contexto, conflito do enredo, enredo
e meio. É o espetáculo teatral do Grupo Galpão, de Minas Gerais, formado em 1982,
com enfoque específico no espetáculo estreado em outubro do ano de 2005, Um homem
é um homem, do dramaturgo e encenador alemão Bertolt Brecht, que revolucionou a
cena teatral universal, peça escrita entre 1924 e 1925.
O artista de teatro compõe uma série de fatores e unidades e multiplicidades que
permitem a expansão de seu trabalho para diversos campos: da experiência empírica do
fazer teatral à profunda análise filosófica ou abordagem sociopolítica. Um grupo de
teatro como o Galpão carrega em si fatores sociais, econômicos, existenciais e
antropológicos.
Da identidade de um indivíduo à identidade de um Grupo, levantamos questões
diárias de relevância para a história e registro da arte. E nós, espectadores, estudiosos,
igualmente inquietos e transformadores, não poupamos esforços para operar esse
estudo, afim de que ele tenha alcançado seus limites e atingido pontos para que um
futuro estudante de teatro encontre caminhos, possibilidades de prosseguir seu trabalho.
A pesquisa foi executada, inicialmente, a partir da observação sistemática do
espetáculo relacionada a dados empíricos e, também, considerando minha experiência
pessoal em estudos e na área de atuação teatral, que inclui a participação, por um ano
completo, no curso chamado Oficinão, do Grupo Galpão, em 2003.
Primeiramente, após alguns encontros com os artistas do Grupo e após assistir a
um ensaio do espetáculo antes de sua estréia, foi feito um estudo geral da obra de
Bertolt Brecht e o levantamento do material acessível para consulta como fonte.
Juntamente aos livros de Brecht, estão relacionados livros sobre o Grupo Galpão, cuja
revisão teórica também foi realizada para elaboração do projeto. Três entrevistas foram
imagem que criamos de nós mesmos e nós mesmos? Mas quem seria esse “nós mesmos”? Nós moramos
nas cidades, as cidades moram em nós, o tempo passa. Mudamos de uma cidade para outra, de um país
para outro. Trocamos de idioma, trocamos de hábito, trocamos de opinião, trocamos de roupa, trocamos
tudo. Tudo muda, e rápido. Sobretudo as imagens.” – Esta é a tradução da legenda do DVD do filme
Identidade de nós mesmos. Direção: Wim Wenders. Alemanha: 1964.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Escritos sobre teatro, vol. 3. Selección de Jorge Hacker, traducción de Nélida
Mendilaharzu de Machain. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión: 1982.
______. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.
______. Poemas 1913 – 1956. Seleção e tradução de Paulo César de Souza. São Paulo:
Ed. 34, 2000.
______. Teatro completo em 12 volumes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991. 1.ª Edição
– 1987.
______. Teatro Completo, em 12 volumes, vol. 2. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991a.
______. Teatro Completo, em 12 volumes, vol. 6. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991b.
BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. 6.ª Edição. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
BORNHEIM, Gerd. Brecht – A Estética do Teatro. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
CARVALHO, Sérgio de. Estripulias de joão-ninguém. Folha de São Paulo. Caderno
+MAIS!. São Paulo, 28 de maio de 2006.
CASTORF, Frank, HEGEMANN, Carl. Luta. Livreto realizado em co-parceria entre
SESC SP, Goethe-Institut, Copa da Cultura e Ministério das Relações Exteriores da
República Federal da Alemanha, 2006.
CIRET, Yan. Brecht au-delà do spetacle; Saint Bert and the Spectacle. In: ArtPress, la
revue de l”art contemporain / the contemporary art journal 265. Paris: Art Press,
Fevrier, 2001, p. 54-57.
CIXOUS, Helen. PRENOWITZ, Eric. An error of calculation. Yale French Studies,No.
89, Drafts, 1996, 151-154.
COHEN, Renato. Performance como linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2004. 2.ª
Edição.
COSTA, Iná Camargo. A hora do teatro épico no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1996.
DELEUZE, Gilles. Bergsonismo. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. Rio de Janeiro: Ed.
34, 1999.
______. Théorie des multiplicités chez Bergson. WebDeleuze, Conferénces, 1970.
Disponível em
<http://www.webdeleuze.com/php/texte.php?cle=107&groupe=Conférences&langue=1
>. Acesso em 19 de maio de 2007.
PLATÃO. A República. Tradução Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultura, 1999.
PROPP, Vladimir I. Comicidade e Riso. Tradução Aurora Fornoni Bernardini e Homero
Freitas Andrade. São Paulo: Ed. Ática, 1992.
ROUBINE, Jean-Jacques. Introdução às Grandes Teorias do Teatro. Tradução de
André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
SÁ, Nelson de. Berliner mostra a SP o Hitler “Popstar”. Folha de São Paulo, Ilustrada,
São Paulo, 10 de outubro de 1997. Disponível em
<http://www.companhiadolatao.com.br/html/bretch/index.htm#4>. Acesso em 28 de
maio de 2007.
SELDON, Arthur. PENNANCE, F. G. Dicionário de Economia. Tradução de Nelson de
Vicenzi. Vol. 1. Rio de Janeiro: Bloch Editores S. A., 1968.
SCHWARZ, Roberto. A atualidade de Brecht. In: Revista Vintém n. 1. São Paulo:
Companhia do Latão/ Hucitec, fev-abr 1998, p.29-36.
STILES, Kristine. SELZ, Peter. Theories and documents of contemporary art: A
soucerbook of artists” writings. Berkeley: Univ. of Califórnia Press, 1996.
TADEU, Tomaz. A filosofia de Deleuze e o currículo. Coleção Desenredos: n. 1.
Goiânia: Faculdade de Artes Visuais, 2004.
WILLETT, John. O Teatro de Brecht – visto de oito aspectos. Tradução de Álvaro
Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
Sites visitados
DVD
APÊNDICES
Apêndice I
Lydia Del Picchia – Coordenar, produção, levar idéias para os artistas. O Chico a
mesma coisa, ele foi um dos mentores do Cine Horto, ele quem vestiu o projeto do Cine
Horto, a exemplo dos festivais, ele sempre foi muito ligado a essa parte. O Beto que é a
área administrativa e o funcionamento do Grupo. Então são três pessoas que estão desde
o início. A Associação Galpão é a que deu origem, é o umbigo de tudo. A gente
começou com os espetáculos, a gente, quer dizer, o Grupo. A partir dos espetáculos o
Grupo começou a viajar para festivais e fazer oficinas e assim começou a ser conhecido
e conhecer as pessoas.
Depois, uma terceira etapa, depois de espetáculos e de festivais, foi produzir os
festivais. Antes do FIT47 acontecer, foram dois festivais de teatro de rua. Chamaram-se
Festin. Foram dois festivais que o Galpão produziu independentes. Um terceiro festival
47
Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de BH.