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Participação na
XI Assembleia Geral
da
Sociedade
Missionária da
Boa Nova
19 de Julho de 2010
Valadares
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parecia-nos útil e possível começar por cooperação entre a SMBN e a ARM, isto
esse lado a nossa acção. Nasceu assim o é, entre vós e nós. As dificuldades unem as
Projecto de combater a pobreza pela via da pessoas, e à medida que íamos resolvendo
alfabetização, mediante o apadrinhamento os pequenos problemas, desenvolvendo a
de crianças em idade escolar – sem ter a dinamização e agilização da logística, os
pretensão de competir com outras laços entre a SMBN e a ARM sentiam-se
organizações, mas através de apoio directo mais fortes de dia para dia.
e esclarecido aos Missionários da SMBN.
A ideia foi germinando, fomo-nos O objectivo para o primeiro ano era
aconselhando com quem tem experiência ambicioso: 100 crianças.
no terreno (os nossos missionários) e
O Senhor Padre Superior Geral,
desenhámos o projecto. Com a nossa
conhecedor das dificuldades no terreno,
vivência cristã e missionária, através da
escolheu algumas escolas e pediu aos
nossa inquietação humana, por cá, com a
responsáveis que, em cada uma delas,
logística dos nossos missionários no
elegessem 20 crianças com maiores
terreno, por lá, poderíamos envolver-nos
carências, nos enviassem alguns dados
numa acção concreta, sem fugas nem
biográficos dos “miúdos” para que
desperdícios. Era possível.
pudéssemos apresentá-los nas nossas
Para tal era necessário que o projecto fosse acções de dinamização.
credível. Que não restasse qualquer dúvida
O relatório dos factos deverá aqui acentuar
a quem, com a sua generosidade, apoiasse
que algumas respostas foram lestas, outras
uma ou mais crianças. Era necessário dar-
nunca chegaram. Quanto a estas só
lhes algo em que acreditassem. As pessoas
poderemos fazer uma leitura: ou não
são generosas por natureza, mas na
precisavam de ajuda ou pura e
sociedade actual, minada pela corrupção,
simplesmente não acreditavam no
pela desinformação e mesmo pelos abusos
Projecto. Falta de tempo não se
que os media tanto gostam de explorar, é
compreendia ao fim de seis meses.
necessário dar-lhes garantias. Essas
Compreendemos que, por vezes, é preciso
garantias são simples: comprovar a
ter a paciência do semeador que lança a
confiança, trocando informações sobre
semente e espera que ela nasça; aceitamos
acções concretas, distribuindo o que nos
também que alguns precisem de
entregam, dando conta de como e onde
demonstrações para acreditarem – mal
gastámos o dinheiro que retiraram das suas
pareceria que comparássemos alguns dos
contas.
nossos interlocutores com o apóstolo
Acreditámos. Tomé, mas invocamo-lo para ouvir a
palavra do Senhor Ressuscitado; queremos
Baptizámos o projecto de “Um sorriso dizer-vos que não temos pretensões a
para Ti”. Nome bonito e apelativo. interferir no ritmo da actividade
apostólica, mas apenas estar convosco ao
Começa aqui uma outra era de estreita
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longo das vossas caminhadas para vos dias manda o sol sem perguntar o que
levar o cântaro que vos permita tirar a fizemos no dia anterior com a chuva que
água de tantos poços que podem também caiu... Entendam-nos: não
dessedentar o Senhor que passa pelas pretendemos reivindicar contas nem
terras da Samaria. A todos queremos dizer desconfiar de quem quer que seja; no
que nesta acção está também entanto, a solidariedade tem gestos que
comprometida a nossa vida de cristãos e são mais eficazes quando os elos se
de armistas com a solidariedade em que mantêm apertados! Precisamos da vossa
nos envolvestes quando aceitastes ser atenção para que a nossa tensão se
nossos formadores e nos destes o sentido mantenha vigorosa e atenta!
de família – que não perdemos ao longo a
vida e queremos revitalizar convosco na Conseguimos o objectivo das 100
partilha das vossas preocupações e crianças.
actividades; tanto mais o queremos fazer
Foi preciosa a divulgação na Revista Boa
quanto vos consideramos como gestores
Nova, que representou cerca de 15% do
de um projecto divino de anúncio do Amor
sucesso. Aqui queremos deixar aqui um
de Deus entre os Homens. Em vós nos
agradecimento à redacção da revista e em
revemos e em vós confiamos como
particular ao Senhor Pe. Armando Soares.
pregoeiros adiantados num mundo cada
vez mais esquecido de Deus: mesmo que Recompostas as coisas, em 20 de Janeiro,
outros pudessem fazer melhor do que nós foi assinado em Lisboa, na Casa Central
(todos juntos, nós e vós), acreditamos que da SMBN e sede social da ARM, o
temos algo de novidade a levar por vosso protocolo de cooperação no âmbito do
intermédio – a mensagem do sorriso de projecto “Um sorriso para Ti”. Em
Deus que vem até ao Homem e nele simultâneo foi entregue à SMBN um
confia, pois foi ele que disse “deixai vir a cheque de 10.000,00 Euros,
mim os pequeninos”. correspondente ao ano de 2010, para apoio
em 5 escolas. O apoio será por 3 anos, o
É justo referir que Chibuto e Nametil
que representa um envio de 30.000,00€.
responderam quase na volta do correio.
As escolas apoiadas e os responsáveis
Em actos multiplicados, chegaram depois
pela implementação do projecto são:
outros pedidos. Tivemos de experimentar
os contratempos das burocracias para ANGOLA:
preenchermos os quadros documentais:
Escola N. S. Boa Nova – Pe. Valente
sabemos como muitos são avessos a Pereira
planeamento, talvez porque gostam de
cumprir o preceito evangélico que diz não MOÇAMBIQUE:
dar a conhecer à mão direita o que faz a
esquerda e porque acreditam na Malema - Pe. José Alexandre
generosidade da Providência que todos os
Nametil - Pe. Francisco Godinho
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Chibuto - Pe. Amaro e Pe. Firmino embora compreendamos possam ser até
mais prementes, tal desvio desvirtua as
Pemba - Pe. Luís Figueiredo intenções e descredibiliza a acção de
apoio.
Nessa mesma data foram pedidas as fotos
das crianças, para que pudéssemos Estamos disponíveis e abertos a abraçar
estabelecer uma ligação maior entre os outras formas de ajuda, mas sem
padrinhos quem estavam a apoiar e as desvirtuar aquele em que nos
comprometemos
explicitamente. Se
queremos ser
credíveis,
precisamos de
cumprir as nossas
promessas.
Pretendemos que o
Escolas apoiadas. Com alguma mágoa, projecto progrida, e gostaríamos que de
temos de confidenciar que ao fim de 7 2011 a 2014, estivéssemos a apadrinhar
(sete) meses, apenas 3 (três) Escolas mais 100 crianças.
responderam… Estamos em crer que
Foi essa a nossa proposta no Encontro
faltaram máquinas fotográficas para obter
Nacional de Maio passado em Cucujães, e
o que pedíamos!
é nela que estamos a trabalhar.
Foi o Senhor Padre Superior Geral com o
Presidente da Direcção da ARM quem se Falta ainda definir se elegeremos outras 5
comprometeu a dar conta dos resultados. escolas ou se alargaremos o número de
Fizemo-lo em diversos fóruns públicos. As alunos nas escolas já apoiadas. Este será
regras são poucas e simples. A primeira é um assunto a decidir após esta Assembleia
que as verbas enviadas sejam aplicadas no Geral.
âmbito do Projecto, e não noutro, isto é, na
educação das crianças indicadas e não Outra das intenções para 2009 era
desviadas para outras iniciativas, pois, conseguir entidades que apoiassem a
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tenha tido grande formação religiosa em Campo de Ourique gentilmente nos deu,
família, foi ela que após vários encontros depois de, através do livro “Nuno de Santa
da ARM e o contacto com alguns de vós, Maria – Fragmentos de Memória
me desafiou para irmos ao terreno tomar Persistente” (que entregámos para
contacto com a realidade dos nossos distribuição), os gerentes terem tomado
missionários. conhecimento do nosso Projecto.
Visitaremos Pemba, Nampula, Chibuto, O ano de 2009 foi um ano muito difícil
Malema, Nametil e Maputo. Vamos com 4 para a Sociedade Missionária. A saída
propósitos: súbita do Senhor Padre Superior Geral, D.
António Couto, que, por disposição de
1- Passar merecidas férias e conhecer Deus foi nomeado bispo auxiliar de Braga,
Moçambique. e a consequente assumpção do cargo pelo
Senhor Padre Albino dos Anjos, obrigaram
2- Conhecer a realidade das missões e
a uma reestruturação da Direcção Geral;
rastrear problemas que possamos,
seguiu-se o falecimento do nosso querido
num futuro próximo, ajudar a
amigo Pe. Viriato, ecónomo geral. Estes
resolver. Poderá, eventualmente,
acontecimentos não nos passaram
haver situações que para nós serão
despercebidos e acompanhámos de perto
de fácil resolução e para vós de boa
as situações criadas, estreitando com isso a
mais-valia no quotidiano.
nossa colaboração.
3- Sermos testemunho vivo e desafio
A ARM foi colaborando, sempre que
para que outros sigam o mesmo
solicitada, na ajuda na resolução de alguns
caminho. A ARM, para os armistas
dos problemas entretanto surgidos. Esta
que queiram ir de 6 meses a 1 ano
cooperação tem-se traduzido
ou mais cooperar nas missões, está
essencialmente no apoio jurídico dado por
disponível para encarar o custo das
armistas e pela assessoria na área
viagens, se necessitarem. Por vezes
financeira. Se é verdade que é nas
quem tem dinheiro não tem
dificuldades que se conhecem os amigos,
disponibilidade e quem tem
também o é que a resolução conjunta dos
disponibilidade não tem posses para
problemas fortalece as amizades. Tem sido
as despesas.
o que acontece entre a SMBN e a ARM. A
4- Promover no seminário da Matola cooperação entre ambas no último ano
um encontro com antigos alunos incrementou grandemente o nosso bom
daquele instituto, também eles relacionamento.
armistas.
Os armistas estão disponíveis para
Connosco levaremos 400 manuais cooperar com a SMBN em todos os
escolares, dos ensinos primário e campos e de todas as formas que a
secundário, que a livraria Bulhosa de Sociedade Missionária necessitar.
Partilhem connosco as vossas dificuldades
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