Sunteți pe pagina 1din 56

Inserir contracapa

FICHA TÉCNICA – 2ª EDIÇÃO

Preparação de Conteúdo:
Professor Leduar Rocha

Formatação e Normalização (ABNT):


Ediane Souza

Revisão Gramatical, Semântica e Estilística:


Ediane Souza

Capas: Aporte Comunicação

Editoração e Revisão Técnica/Final:


Ediane Souza e Emanuel Alcântara

Impressão e Diagramação:
H Melo Gráfica

Rua das Ninfas, 243


Soledade – Recife/PE – Brasil
CEP: 50.070-050
Telefone: (81) 3423-0389 www.grautecnico.com.br

Este material é exclusivo para uso do aluno Grau Técnico.


Para dúvidas ou sugestões, envie-nos um e-mail:
contato@grautecnico.com.br

Eletrotécnica Módulo 1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................04

2 OBJETIVO DO CURSO .................................................................................................04

3 TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA - MÓDULO 1 ..............................................................05

4 MATEMÁTICA APLICADA ........................................................................................ 107

5 FÍSICA APLICADA À ELETROTÉCNICA ...................................................................... 107

6 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL ................................................................................. 156

7 QUALIDADE, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E SEGURANÇA (QSMAS) ........................... 355

8 ELETRODINÂMICA E ELETROMAGNETISMO ........................................................... 183

9 INSTRUMENTOS E MEDIDAS ELÉTRICAS ................................................................. 217

10 MÁQUINAS ELÉTRICAS I........................................................................................ 318

11 ELETRÔNICA BÁSICA ............................................................................................. 405

Eletrotécnica Módulo 1
4
1 INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico é inevitável. No mundo todo, ele vem quebrando fronteiras


econômicas, sociais e culturais, trazendo consigo toda uma facilidade no acesso à informação,
à liberdade de expressão e à inclusão social. Ao mesmo tempo, também se lida com certa
desintegração dos valores humanos, com o consumo desenfreado, a marginalização social e a
agressão ao meio ambiente.
É necessário despertar o ser humano para a importância do conhecimento técnico e
suas consequências. Também é preciso conscientizá-lo para a solidariedade, o respeito a si
mesmo e ao outro e o trabalho em equipe.
A atuação do Grau Técnico, portanto, é abrir caminho para oportunidades que
beneficiem tanto o indivíduo, quanto o coletivo. É orientar para a realização profissional e
inserção social, por meio de uma educação estimuladora e operadora de inovações na
sociedade.

2 OBJETIVO DO CURSO

O curso Técnico em Eletrotécnica tem como objetivo habilitar jovens e adultos para o
exercício profissional mediante conhecimentos sobre ações de planejamento, operação,
manutenção, proposição e gerenciamento de soluções tecnológicas para a infraestrutura.
Trata-se de uma habilitação vinculada ao Eixo Tecnológico Controle e Processos Industriais
que, segundo o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, compreende tecnologias associadas
aos processos mecânicos, eletrotécnicos e físico-químicos.
Esse eixo abrange ações de instalação, operação, manutenção, controle e otimização
em processos, contínuos ou discretos, localizados predominantemente no segmento
industrial, contudo alcançando também, em seu campo de atuação, instituições de pesquisa,
segmentos ambientais e de serviços.
A proposição, implantação, intervenção direta ou indireta em processos, além do
controle e avaliação das múltiplas variáveis encontradas no segmento produtivo, identificam
esse eixo. Traços marcantes deste ao a abordagem sistemática da gestão da qualidade e
produtividade, das questões éticas e ambientais, de sustentabilidade e viabilidade técnico-
econômica, além de permanente atualização e investigação tecnológica.
O técnico em Eletrotécnica instala, opera e mantém elementos de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica. Participa na elaboração e no desenvolvimento
de projetos de instalações elétricas e de infraestrutura para sistemas de telecomunicações em
edificações. Atua no planejamento e execução da instalação e manutenção de equipamentos e
instalações elétricas. Aplica medidas para o uso eficiente de energia elétrica e de fontes
energéticas alternativas. Participa no projeto e instala sistemas de acionamentos elétricos.
Executa instalação e manutenção de iluminação e sinalização de segurança.

APROVEITE BEM O CURSO E TRANSFORME O CONHECIMENTO ADQUIRIDO NAS AULAS EM


OPORTUNIDADES DE TRABALHO!

Atenciosamente,

Ruy Maurício Loureiro Porto Carreiro Filho


Diretor Geral

Eletrotécnica Módulo 1
5
3 TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA - MÓDULO 1

Neste primeiro módulo do curso (Fundamentação Tecnológica), serão


desenvolvidas as Habilidades e Competências descritas a seguir.

3.1 Competências

a) conhecer métodos de comunicação oral e escrita;


b) conhecer os meios de comunicação disponíveis no mundo contemporâneo;
c) conhecer as ferramentas matemáticas adequadas para o desenvolvimento da
sua atividade profissional;
d) conhecer a legislação e as normas de saúde e segurança no trabalho, de
qualidade e ambientais;
e) conhecer técnicas de primeiros socorros a serem executados em situações de
emergência;
f) conhecer as propriedades e características dos materiais condutores e
isolantes;
g) conhecer as leis gerais e fenômenos relacionados às estruturas de circuitos de
corrente contínua;
h) conhecer e correlacionar princípios e grandezas eletromagnéticas;
i) conhecer características de construção, operação e funcionamento de
dispositivos eletromagnéticos;
j) construir argumentos relacionados aos fenômenos físicos;
k) conhecer os tipos e métodos de utilização dos instrumentos de medidas
elétricas;
l) conhecer o princípio de funcionamento e de construção de transformadores
monofásicos e trifásicos;
m) compreender especificações disponíveis em catálogos, manuais e tabelas;
n) conhecer características de operação de dispositivos e circuitos
eletroeletrônicos específicos; e,
o) construir hipóteses e prever resultados;
p) conhecer as unidades do sistema internacional de unidades.

3.2 Habilidades

a) ler e interpretar textos técnicos;


b) aplicar a linguagem oral e escrita em diferentes contextos, situações e
circunstâncias profissionais, nos formatos convencionados e nas linguagens
apropriadas a cada uma delas;
c) utilizar as tecnologias básicas de redação e informação;
d) exprimir oralmente com correção e clareza;
e) definir métodos, levantamentos e análise de dados relativos aos circuitos em
corrente contínua;
f) redigir propostas técnicas;
g) efetuar cálculos e elaborar relatórios técnicos;

Eletrotécnica Módulo 1
6
h) atuar na produção de textos técnicos;
i) interpretar e aplicar a legislação e as normas técnicas relacionadas à saúde, à
segurança no trabalho, à qualidade e aos setores ambientais;
j) utilizar os equipamentos de segurança;
k) utilizar recursos da informática;
l) efetuar medição e interpretar os valores medidos de grandezas relativos aos
circuitos elétricos, utilizando meios teóricos e instrumentos de medição;
m) desenvolver modelos explicativos para sistemas tecnológicos e naturais;
n) utilizar técnicas de medição;
o) efetuar operações matemáticas relacionadas às tecnologias específicas;
p) sistematizar e analisar informações relevantes para a compreensão de situação-
problema;
q) identificar situações de risco na perspectiva de promover formas, estratégias ou
meios de eliminar ou reduzir acidentes profissionais;
r) diferenciar os diversos mecanismos de proteção individual e coletiva;
s) identificar os fenômenos eletrostáticos e suas aplicações;
t) identificar os circuitos em corrente contínua;
u) identificar fontes e processo de degradação natural de origem química,
geológica e biológica;
v) identificar dados característicos dos instrumentos de medidas elétricas;
w) utilizar elementos do conhecimento científico e tecnológico para diagnosticar e
equacionar questões cotidianas;
x) atuar na tomada de decisão quanto a atitudes de responsabilidades com a
saúde, segurança, conservação de recursos renováveis e não renováveis e de
preservação do meio ambiente, bem como na manutenção do direito individual
e coletivo;
y) interpretar o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu papel
na vida humana em diferentes épocas, e correlacionando com a capacidade
humana de transformar o meio;
z) definir métodos de levantamento e análise de dados;
aa) associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema
produtivo e dos serviços;
bb) elaborar estratégias de enfrentamento das questões;
cc) interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações;
dd) interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas; gráficos,
expressões).

Eletrotécnica Módulo 1
inserir folha de rosto
8
4 MATEMÁTICA APLICADA

A matemática aplicada é uma área da matemática que trata da aplicação do


conhecimento matemático a outros domínios. Sua aplicação inclui cálculo numérico,
matemática voltada à engenharia, programação linear, otimização, modelagem contínua,
biomatemática e bioinformática, teoria da informação, teoria dos jogos, probabilidade e
estatística, matemática financeira, criptografia, combinatória e até mesmo geometria finita
até certo ponto, teoria de grafos como aplicada em análise de redes, e grande parte do que
se chama ciência da computação.

Do ponto de vista histórico, a matemática era mais importante para as ciências


naturais e engenharia. Porém, desde a Segunda Guerra Mundial, campos fora das ciências
físicas geraram a criação de novas áreas de matemática, como teoria dos jogos e teoria da
escolha social, e o conceito de redes neurais, que surgiram do estudo do cérebro em
neurociência.

Atualmente, utiliza-se a matemática aplicada num sentido amplo. Inclui as áreas


clássicas mencionadas acima, assim como as que estão se tornando cada vez mais
importantes em suas aplicações. Até mesmo campos como a teoria dos números, dadas
como parte da matemática pura, estão ganhando importância prática.

Este caderno visa apresentar as aplicação dos conteúdos matemáticos relativos


conjuntos numéricos, sistema métrico decimal, trigonometria, números imaginários, e
números complexos.

O Quadro 1 (4) a seguir ilustra as aplicações dos conteúdos matemáticos.

Quadro 1 (4)- Aplicação dos conteúdos matemáticos

Conteúdo Aplicações
Temperatura: usam-se números positivos e negativos para marcar a
temperatura. Se a temperatura estiver em 20 graus acima de zero, pode-se
representá-la por +20 (vinte positivo). Se marcar 10 graus abaixo de zero, esta
temperatura é representada por -10 (dez negativo). Conta bancária: é comum a
expressão saldo negativo. Quando se retira (débito) um valor superior ao crédito
NÚMEROS POSITIVOS E existente em uma conta bancária, passa-se a ter saldo negativo. Nível de
NEGATIVOS altitude: quando se está acima do nível do mar, significa que se está em uma
elevação (altitude positiva). Quando abaixo do nível do mar, se está em uma
+2 - 3 depressão (altitude negativa). Fuso horário: Se a abertura de uma Copa do
Mundo estiver ocorrendo às 12 horas em Londres, esta estará sendo transmitida
ao vivo, pela televisão, em horário diferente em outros continentes. No Brasil,
em São Paulo, por exemplo, será às 9 horas. Em Tóquio, será às 21 horas do
mesmo dia. Isso ocorre de acordo com a localização de cada cidade em relação a
uma referência (nesse caso, Londres), considerada o ponto zero.
RAZÕES E PROPORÇÕES
Razões e proporções são utilizadas em análise de dados, pesquisas, projeções e
estimativas das mudanças e transformações que poderão ocorrer no Universo.

A trigonometria possui diversas aplicações práticas. Encontram-se aplicações da


TRIGONOMETRIA
Trigonometria na Engenharia, na Mecânica, na Eletricidade, na Acústica, na

Eletrotécnica Módulo 1
9
Conteúdo Aplicações
Medicina, na Astronomia e até na Música. Por exemplo, a trigonometria do
triângulo retângulo permite realizar facilmente cálculos como a altura de um
prédio, por meio de sua sombra, a distância a ser percorrida em uma pista
circular de atletismo, a largura de rios, montanhas, medida do raio da Terra, a
distância entre a Terra e a Lua.

As funções Trigonométricas (seno e cosseno) são utilizadas amplamente no


estudo dos sistemas elétricos em corrente alternada.

EQUAÇÕES Quando duas linhas de um mesmo plano se cruzam, obtém-se um ponto. É


comum o uso de equações para indicar a localização de pessoas, barcos, aviões,
cidades, por meio das coordenadas desse ponto.
MATRIZES
As matrizes e os determinantes auxiliam o entendimento, a simplificação e a
resolução de modelos matemáticos relacionados à análise de circuitos. Esses
modelos matemáticos são originários pela aplicação das Leis de Kirchhoff, de
onde se obtêm conjuntos de equações com várias incógnitas.

INEQUAÇÕES
As inequações são usadas em experiências, estatísticas, análise de dados e
comparações.

As equações diferenciais têm ampla aplicação na resolução de problemas


EQUAÇÕES DIFERENCIAIS complexos sobre eletricidade e eletromagnetismo e todo tipo de fenômeno físico
que envolva as taxas de variação de quantidades variáveis.
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

4.1 CONJUNTOS

Ao agrupamento de elementos com características semelhantes dá-se o nome


de conjunto. Quando estes elementos são números, tais conjuntos são
denominados conjuntos numéricos.

Nesta seção serão estudados os cinco conjuntos numéricos fundamentais, que são
os mais amplamente utilizados.

4.1.1 Conjunto dos Números Naturais

Imagina-se uma situação em que uma criança recebeu a visita de outra criança, que
começou a mexer nos seus brinquedos. Neste instante, mesmo que empiricamente, o dono
dos brinquedos sentiu a necessidade de utilizar os números naturais, dado que passou a
contar os seus brinquedos, com receio de perdas. Mesmo desconhecendo a existência dos
números, ela já sentiu a necessidade de um sistema de numeração.

Em uma situação como esta se necessita do mais básico dos conjuntos numéricos,
que é o conjunto dos números naturais. Com a utilização deste conjunto, é possível
enumerar brinquedos ou simplesmente registrar a sua quantidade, por exemplo.

Este conjunto é representado pela letra N ( ). Abaixo se exibe uma representação


do conjunto dos números naturais:

Eletrotécnica Módulo 1
10

= {0, 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,...}

As chaves são utilizadas na representação para dar ideia de conjunto. Os pontos de


reticência dão a ideia de infinidade, já que os conjuntos numéricos são infinitos. Este
conjunto numérico inicia-se em zero e é infinito, no entanto, se pode ter a representação de
apenas um subconjunto dele. A seguir, apresenta-se um subconjunto do conjunto dos
números naturais formado pelos quatro primeiro múltiplos de sete:

{0, 7, 14, 21}

Ou ainda um subconjunto do conjunto dos números naturais pares (múltiplos de 2)


menores que 20:
{0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18}

Para representar o conjunto dos números naturais, ou qualquer um dos outros


quatro conjuntos fundamentais, sem o zero, utiliza-se o caractere asterisco após a letra,
como em . Eis, então:
= { 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,...}

4.1.2 Conjunto dos Números Inteiros

Imagina-se uma notícia sobre a temperatura da noite, registrada em dois graus


abaixo de zero. Observa-se aqui a existência de números negativos. Outra notícia registrava
a temperatura da tarde anterior, afirmando que aquela girava em torno dos 3° C, descendo
depois para 2° C, mantendo-se fria, e depois baixou para 1° C, chegando até 0° C. Se a
temperatura continuava a abaixar e já havia atingido o menor dos números naturais, como
então representar uma temperatura ainda mais baixa?

Com exceção do zero, cada um dos números naturais possui um simétrico ou


oposto. O oposto do 1 é o -1, do 2 o -2, e assim por diante. O Sinal "-" indica que se trata de
um número negativo, portanto menor que zero. Os números naturais a partir do 1, são por
natureza, positivos e o zero, é nulo. O zero e os demais números naturais, juntamente com
os seus opostos formam outro conjunto, o conjunto dos números inteiros, e é
representando pela letra Z ( ). Observa-se a seguir a representação do conjunto dos
números inteiros:

= {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, ...}

Nota-se que, diferentemente dos números naturais, que, embora infinitos, possuem
um número inicial, o zero, os números inteiros, assim como os demais conjuntos numéricos
fundamentais, não têm, por assim dizer, um ponto de início.

Neste conjunto, o zero é um elemento central, pois para cada número a sua direita
há um respectivo oposto a sua esquerda. Utiliza-se o símbolo para indicar que um

Eletrotécnica Módulo 1
11
conjunto está contido em outro ou que é um subconjunto seu, como o conjunto dos
números naturais é um subconjunto do conjunto dos números inteiros: .

Pode-se também dizer que o conjunto dos números inteiros contém ( ) o conjunto
dos números naturais ( ). Como supracitado pode-se escrever para representar o
conjunto dos números inteiros, mas sem considerar o zero:

= {... , -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, ...}

Com exceção do conjunto dos números naturais, com os demais conjuntos


numéricos fundamentais podem-se utilizar os caracteres, "+" e "-", como ilustrado abaixo:

+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, ...}
+ = { 1, 2, 3, 4, 5 6, 7, ...}
_ = {... , -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0}
_ = {... , -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1 }

Nota-se também que e que .

4.1.3 Conjunto dos Números Racionais

Um fato interessante ocorre quando se vai aferir a temperatura de alguém que


esteja com febre. Observa-se que entre um número e outro há várias marcações. Isto se
justifica pelo fato de que a temperatura não muda abruptamente de 37°C para 39°C, por
isto, nos termômetros, as marcações são de décimos em décimos.

Para passar de 37°C para 38°C, por exemplo, primeiro a temperatura sobe para
37,1°C, depois para 37,2°C e continua assim, passando por 37,9°C, e então atinge a
marcação dos 38°C e, crescendo de décimo em décimo, finalmente chegando em 39°C. Estes
são números pertencentes ao conjunto dos números racionais.

Números racionais são todos aqueles que podem ser expressos na forma de fração.
O numerador e o denominador desta fração devem pertencer ao conjunto dos números
inteiros e obviamente o denominador não poderá ser igual a zero, pois não há divisão por
zero.

Por exemplo, observa-se o número 20,1:

201
O número 20,1 pode ser expresso como , assim como,
10

3
O número 0,375 pode ser expresso como , e ainda,
8

Eletrotécnica Módulo 1
12
1
O número 0,2 por ser representado por .
5

Nota-se que, ao se dividir quatro por nove, obter-se-á 0,44444..., que é um número
com infinitas casas decimais, todas elas iguais a quatro. Trata-se de uma dízima periódica
simples que também pode ser representada como , mas que apesar disto também é um
4
número racional, pois pode ser expresso como .
9

O conjunto dos números racionais é representado pela letra Q ( ). O conjunto dos


números inteiros é um subconjunto do conjunto dos números racionais. Assim, tem-se:
.

Facilmente pode-se intuir que representa o conjunto dos números racionais


negativos e que representa o conjunto dos números racionais positivos ou nulos.
Abaixo se observa um conjunto com quatro elementos que é subconjunto do conjunto dos
números racionais:
5
{ 0, 35 ..., -7, , 1 }
12
A realização de qualquer uma das quatro operações aritméticas entre dois números
racionais quaisquer terá como resultado também um número racional. Obviamente, no caso
da divisão, o divisor deve ser diferente de zero. Sejam a e b números racionais, tem-se,
então:

+
-

, 0

4.1.4 Conjunto dos Números Irracionais

Observa-se o seguinte questionamento: "Se os números racionais são todos aqueles


que podem ser expressos na forma de fração, então existem aqueles que não podem ser
expressos desta forma?"

A resposta é sim, exatamente, estes números pertencem ao conjunto dos números


irracionais. Provavelmente, os mais conhecidos deles sejam o número PI ( ), o número de
Euler ( ) e a raiz quadrada de dois ( 2 ).

A tentativa de calcular tal raiz levará o sujeito a passar o restante da sua existência
calculando-a, e este jamais conseguirá fazê-lo, isto porque tal número possui infinitas casas
decimais e diferentemente das dízimas, elas não são periódicas, não podendo ser expressas

Eletrotécnica Módulo 1
13
na forma de uma fração. Esta é uma característica dos números irracionais.

A raiz quadrada dos números naturais é uma ótima fonte de números irracionais.
Na verdade, a raiz quadrada de qualquer número natural que não seja um quadrado
perfeito é um número irracional.

120 é um número irracional, pois 120 não é um quadrado perfeito, ou seja, não
há um número natural que multiplicado por ele mesmo resulte em cento e vinte. Observa-
se, no entanto, que 121 é um número natural, pois .

A letra I (I) representa o conjunto dos números irracionais. Utilizando o caractere


especial "*", por exemplo, pode-se representar o conjunto dos números irracionais
desconsiderando-se o zero por I*. O conjunto abaixo é um subconjunto do conjunto dos
números irracionais:
5
{, e, 0, 35 ..., -7, , 1}
12

Diferentemente do que acontece com os números racionais, a realização de


qualquer uma das quatro operações aritméticas entre dois números irracionais quaisquer
não terá obrigatoriamente como resultado também um número irracional. O resultado
poderá tanto pertencer a I quanto pertencer a .

4.1.5 Conjunto dos Números Reais

Acima, observou-se que um número natural também é um número inteiro ( ),


assim como um número inteiro também é um número racional ( ),
portanto .

Observou-se também que os números racionais não estão contidos no conjunto dos
números irracionais e vice-versa. A intersecção destes conjuntos resulta no conjunto vazio:

 I=
A intersecção é uma operação por meio da qual se obtém um conjunto de todos os
elementos que pertencem simultaneamente a todos os conjuntos envolvidos.

Sejam dois conjuntos, e , então a


intersecção entre estes dois conjuntos será .

O conjunto dos números reais é representado pela letra R ( ) e é formado pela


união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos irracionais, que,
simbolicamente, é representado por:
= I

Eletrotécnica Módulo 1
14
A união é uma operação por meio da qual se obtém um conjunto de todos os
elementos que pertencem ao menos a um dos conjuntos envolvidos.

Sejam dois conjuntos, e , então a união entre


estes dois conjuntos será: .
O conjunto dos números racionais está contido no conjunto dos números reais (
), assim como o conjunto dos números irracionais também é subconjunto do
conjunto dos números reais (I  ).

A partir dos caracteres especiais "+" e "*", por exemplo, pode-se representar o
conjunto dos números reais positivos por . Abaixo observa-se um exemplo de conjunto
contendo números reais:
5
{ 7 , -3, , 15}
12

4.1.6 Conjuntos Numéricos Fundamentais em Diagrama

Observa-se na Figura 1 (4) a seguir a representação dos conjuntos numéricos


fundamentais em um diagrama.

Figura 1 (4)- Diagrama de representação dos conjuntos numéricos

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

A partir deste diagrama, se pode facilmente observar que o conjunto dos números
reais ( ) é resultado da união do conjunto dos números racionais como o conjunto dos
números irracionais:
= I
Observa-se também que o conjunto dos números inteiros está contido no conjunto
dos números racionais ( ) e que os números naturais são um subconjunto dos
números inteiros ( ).

Como ilustrado, os diagramas ajudam a trabalhar mais facilmente com conjuntos.


Eletrotécnica Módulo 1
15
Ainda neste diagrama, rapidamente, identifica-se que os números naturais são também
números reais ( ), mas não são números irracionais ( ), isto porque o conjunto
dos números irracionais não contém o conjunto dos números naturais ( ), mas, sim, o
conjunto dos números racionais que os contém ( ), assim como o conjuntos dos
números reais ( ) e dos inteiros ( ).

4.1.7 Exercícios Propostos

1) Classifique as afirmações como verdadeira ou falsa:

a) ( )0
b) ( )5
c) ( )3
d) ( ) -3 
e) ( )0 _
f) ( ) -4/5  +
g) ( ) 6,5 
h) ( ) -3  *-
i) ( ) 3,34 
j) ( ) 5,666... 

2) Classifique como racional ou irracional cada um dos itens.

a) ( ) 3
b) ( ) 9
3
c) ( ) 8
3
d) ( ) 5
e) ( ) 5 + 3
f) ( ) 2 3 5
g) ( ) 5 3 8
h) ( ) 2/ 3
4
i) ( )  7 3 5
3
j) ( )  + 0,5

3) Calcule o valor de cada expressão a seguir:

a) 8 – {(-1)7. (32 - 16 )/(-1)0]}

b) (-2) – (-2) . [1 - 32 + (-1)2] + 32

Eletrotécnica Módulo 1
16

c) (-10) / (-2) + 3 . [-1 - (-2)3 – 3] + (-1)8+ - 4

d) {[(-3)3 . (+2)2 + (-3)] + 100} / 121

4.2 Sistema Métrico Decimal

Unidades de medida ou sistema de medida é um tema bastante presente nas


atividades profissionais de nível técnico e por isto é mais um dos assuntos tratados neste
momento.

Ao longo dos últimos dois séculos, diferentes variantes têm sido consideradas
quanto ao padrão de sistema métrico. Desde os anos 1960 o Sistema Internacional de
Unidades ("Système International d'Unités", em francês, sigla "SI") foi reconhecido
internacionalmente como sistema métrico padrão.

Unidades métricas são universalmente utilizadas em trabalhos científicos, e


amplamente utilizadas em todo o mundo para fins pessoais e comerciais. Um conjunto
padrão de prefixos em potências de dez pode ser usado para derivar as unidades maiores e
menores das unidades de base.

Para se comparar um valor com outro, utiliza-se uma grandeza predefinida como
referência, chamada de unidade padrão.

Um dos objetivos do sistema métrico é ter uma única unidade para


cada quantidade física; outro importante objetivo é evitar a necessidade de fatores de
conversão ao fazer cálculos com grandezas físicas.

As unidades de medida padrão utilizada pelos brasileiros com maior frequência são
o grama, o litro e o metro, assim como o metro quadrado e o metro cúbico.
O grama, geralmente, é uma unidade muito pequena para o uso cotidiano, por isto em geral
utiliza-se o quilograma, assim como em geral utiliza-se o mililitro (ml) ao invés da própria
unidade litro, quando o assunto é bebidas, por exemplo.

Além destas, faz-se uso também de outras unidades de medida para realizar, por
exemplo, a medição de tempo, de temperatura ou de ângulo.

Dependendo da unidade de medida que utilizada, a unidade em si ou é muito


grande ou muito pequena, neste caso, então, utilizam-se os seus múltiplos ou submúltiplos.

Eletrotécnica Módulo 1
17
4.2.1 Múltiplos e Submúltiplos

Os múltiplos e submúltiplos mais frequentemente utilizados estão expostos na


Tabela 1 (4) a seguir:

Tabela 1 (4)- de múltiplos e submúltiplos mais utilizados

Múltiplos Submúltiplos
Múltiplos Sigla Fator multiplicador Submúltiplos Sigla Fator multiplicador
tera T 1 000 000 000 000 deci d 0,01
giga G 1 000 000 000 centi c 0,01
mega M 1 000 000 mili m 0,001
quilo k 1 000 micro µ 0,000 001
hecto h 100 nano n 0,000 000 001
deca da 10 pico p 0,000 000 000 001

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Para expressar estes fatores de multiplicação em potência de dez, observa-se a Tabela


2 (4) a seguir.

Tabela 2 (4)- Fatores de multiplicação em potência de dez

Múltiplos Submúltiplos
Múltiplos Sigla Fator multiplicador Submúltiplos Sigla Fator multiplicador
12
tera T 10 deci d 0,01
9
giga G 10 centi c 0,01
6
mega M 10 mili m 0,001
3
quilo k 10 micro µ 0,000 001
2
hecto h 10 nano n 0,000 000 001
deca da 10 pico p 0,000 000 000 001

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Múltiplos e submúltiplos estão relacionados com a unidade fundamental por


fatores de poderes de dez, para que se possa converter simplesmente movendo o ponto
decimal. Por exemplo, no caso de 1,234 metros, pode-se expressar esta mesma medida
como sendo 1234 milímetros ou como 0,001234 km, etc.

O uso de frações, como 2⁄7 de um metro, não é proibido, mas incomum, pois
geralmente não é necessário.

4.2.2 Utilização das Unidades de Medida

Quando se está interessado em saber a quantidade de líquido que cabe em um


recipiente, na verdade busca-se saber a sua capacidade. O volume interno de um recipiente
é chamado de capacidade. A unidade de medida utilizada na medição de capacidades é
o litro.

Eletrotécnica Módulo 1
18

No caso de o interesse está voltado para o volume do recipiente em si, a unidade


de medida utilizada nesta medição será o metro cúbico.

Para ladrilhar um cômodo de uma casa, por exemplo, é necessário que se saiba
a área deste cômodo. Áreas são medidas em metros quadrados. Quanto ao
comprimento de uma corda, é necessário que esta seja medida. Nesta medição a unidade
de medida utilizada será o metro ou metro linear.

Para se fazer uma torta de chocolate, por exemplo, será preciso comprar cacau e o
mesmo será pesado, para que se meça a massa desejada. A unidade de medida de massa é
o grama.

Observa-se a Tabela 3 (4) a seguir, na qual foram agrupadas as principais unidades


de medida, seus múltiplos e submúltiplos do Sistema Métrico Decimal, segundo o Sistema
Internacional de Unidades (SI).

A conversão de uma unidade para outra unidade dentro da mesma grandeza é


realizada multiplicando-se ou dividindo-se o seu valor pelo fator de conversão. Observa-se
que as setas que apontam para a direita indicam uma multiplicação pelo fator multiplicador
(10, 100 ou 1000, etc.), assim como as setas que apontam para a esquerda indicam uma
divisão também pelo fator.

Tabela 3 (4)- Subconjunto de unidades de medida do sistema métrico decimal

Medida Grandeza Fator Múltiplos Unidade Submúltiplos


Capacidade Litro 10 kl Hl dal l dl cl ml
Metro 3 3 3 3 3 3 3
Volume 1000 km hm dam m dm cm mm
Cúbico
Metro 2 2 2 2 2 2 2
Área 100 km hm dam m dm cm mm
Quadrado
Comprimento Metro 10 km Hm dam m dm cm mm
Massa Grama 10 kg Hg dag g dg cg Mg

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

 Exemplos de Conversão entre Unidades de Medida:

a) para converter 2,5 metros em centímetros, deve-se multiplicar (na tabela, metro
está à direita de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passar de metros
para centímetros, saltam-se dois níveis à direita. Primeiro passa-se de metros
para decímetros e depois de decímetros para centímetros.

Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a direita. Portanto: 2,5m é igual

Eletrotécnica Módulo 1
19
a 250cm.

b) para passar 5.200 gramas para quilogramas, deve-se dividir (na tabela, grama
está à direita de quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passar de grama
para quilograma, saltam-se três níveis à esquerda. Primeiro, passa-se grama para
decagrama, depois de decagrama para hectograma e, finalmente, de hectograma
para quilograma:

Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda. Portanto: 5.200g é
igual a 5,2kg.

c) quantos centilitros equivalem a 15 hl? Para ir de hectolitros a centilitros,


passam-se quatro níveis à direita. Multiplica-se, então, 15 por 10 quatro vezes:

Isto equivale a passar a vírgula quatro casas para a direita. Portanto,


150.000cl equivalem a 15hl.

d) quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14mm3? Para passar de milímetros


cúbicos para quilômetros cúbicos, passam-se seis níveis à esquerda. Dividem-se,
então, 14 por 1000 seis vezes. Portanto, 0,000000000000000014 km 3, ou a 1,4 x
10-17 km3 se expresso em notação científica equivalem a 14 mm3.

e) para passar 50dm2 para hectômetros quadrados, passam-se três níveis à


esquerda e dividem-se, então, por 100 três vezes:

Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquerda. Portanto: 50dm2 é
igual a 0,00005 hm2.

 Equivalência entre medidas de volume e medidas de capacidade:

a) um cubo com aresta de 10cm terá um volume de 1.000cm3, medida esta


equivalente a 1l. Como 1.000cm3 equivalem a 1dm3, observa-se
3
que 1dm equivale a 1l. Como um litro equivale a 1.000ml, pode-se afirmar
que 1cm3 equivale a 1ml. 1.000dm3 equivalem a 1m3, portanto 1m3 é
equivalente a 1.000l, que equivalem a 1kl.

Eletrotécnica Módulo 1
20
 Exemplos de Conversão entre Medidas de Volume e Medidas de Capacidade:

a) quantos decalitros equivalem a 1 m3? Sabe-se que 1m3 equivale a 1.000l,


portanto, para converter de litros a decalitros, passa-se um nível à esquerda e
divide-se, então, 1.000 por 10 apenas uma vez:

Isto equivale a passar a vírgula uma casa para a esquerda. Poder-se-ia também
raciocinar da seguinte forma: como 1m3 equivale a 1kl, basta fazer a conversão
de 1kl para decalitros, quando então passam-se dois níveis à direita. Multiplica-
se, então, 1 por 10 duas vezes:

Portanto: 100dal equivalem a 1 m3.

b) 348mm3 equivalem a quantos decilitros? Como 1cm3 equivale a 1ml, é melhor


dividir 348mm3 por mil, para obter o seu equivalente em centímetros
cúbicos: 0,348cm3. Logo, 348mm3 equivale a 0,348ml, já que cm3 e ml se
equivalem. Neste ponto já se converteu de uma unidade de medida de volume,
para uma unidade de medida de capacidade. Falta transformar
mililitros em decilitros, quando, então, passam-se dois níveis à esquerda.
Dividem-se, portanto, por 10 duas vezes:

Logo: 348mm3 equivalem a 0,00348 dl.

Com muita frequência, observam-se as seguintes questões:

Um metro cúbico equivale a quantos metros quadrados?


Convertem-se medidas em decilitros para gramas?
Quantos litros cabem em um metro quadrado?
Como passar litros para milímetros?
Quantos centímetros lineares há em um metro quadrado?
Convertem-se litros para gramas?
Um centímetro corresponde a quantos litros?
Como passar de centímetros quadrados para mililitros?
Quantos mililitros têm um centímetro?
Transforma-se m3 em metro linear?
Quanto vale um centímetro cúbico em gramas?

Estas dúvidas apontam algumas incongruências. O problema é que elas buscam a


conversão entre unidades de medidas incompatíveis, como por exemplo, a conversão de
metro cúbico para metro quadrado. A primeira é uma unidade de medida de volume e a
Eletrotécnica Módulo 1
21
segunda é uma unidade de medida de área, por isto são incompatíveis e não existe
conversão de uma unidade para a outra.

Neste sentido, todas as conversões acima não são possíveis de se realizar, a não ser
que se tenham outras informações, como a densidade do material na última questão, mas
isto já é outro nível de questionamento. Acredita-se que a razão destas dúvidas é o fato de o
estudante não conseguir discernir claramente o que são
comprimento, área, volume e capacidade. A seção seguinte buscará esclarecer tais conceitos
em detalhes.

4.2.3 Comprimento

Figura 2 (4)-Comprimento do cubo

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Analisando o cubo ilustrado pela Figura 2 (4), entender-se-á o que é uma medida de
comprimento. As arestas de um cubo são as linhas originadas pelo encontro de suas faces. O
cubo ilustrado possui doze arestas, sendo uma delas pontilhada. Como todas as seis faces de
um cubo são formadas por quadrados iguais, todas as suas arestas possuem o mesmo
tamanho. Pela figura identifica-se que a aresta pontilhada (e também as demais, já que são
todas iguais), tem uma medida linear de 5cm. Esta é a medida do seu comprimento.

Nota-se que a aresta pontilhada está na posição vertical e assim se pode utilizá-la
para medir a altura do cubo, ou seja, ele mede 5cm de altura. Utilizam-se medidas de
comprimento para a medição de alturas, larguras, profundidades. Como se pode notar,
todos estes exemplos têm apenas uma dimensão. A aresta do cubo só tem uma dimensão,
portanto, se tem como medir o seu comprimento, mas não a sua espessura, por exemplo.
Comprimentos são extensões unidimensionais.

4.2.4 Área ou Superfície

Figura 3 (4)- Área ou superfície do cubo

Eletrotécnica Módulo 1
22

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Agora o cubo tem a sua face frontal em cinza, como se pode observar na Figura 3
(4) acima. Qual é a superfície desta face? Quando se fala em superfície, fala-se em área.
Áreas são extensões bidimensionais, pois como se pode ver na figura, a face que está sendo
analisada possui uma altura de 5cm e uma base, que por se tratar de um cubo, tem a
mesma medida: 5cm.

Diferentemente da aresta que possui apenas uma dimensão, o seu comprimento, a


área das faces possui duas dimensões, altura e base, por exemplo. Como este cubo tem uma
aresta de 5cm, a área das suas faces será igual a (5cm x 5 cm), que é igual a (5 cm)2, igual
a 52cm2, ou seja, 25cm2. O expoente 2 do cm2 indica que esta é uma unidade de medida
com duas dimensões.

4.2.5 Volume e Capacidade

Figura 4 (4)- Volume e capacidade do cubo

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

A Figura 4 (4) acima ilustrada apresenta um cubo todo em cinza. Qual é o volume
deste cubo? O volume é o espaço ocupado por um sólido, as extensões tridimensionais.
Normalmente para líquidos utiliza-se o termo capacidade. O cubo possui altura, largura
e profundidade, portanto, possui três dimensões.

O volume do cubo acima é obtido por meio do produto (5cm x 5cm x 5cm), que é
igual a (5cm)3, igual a 53cm3 que resulta em 125cm3. O expoente 3 do cm3 diz que esta é
uma unidade de medida com três dimensões. Como unidades de capacidade também são
unidades de volume, podem-se estabelecer relações como, por exemplo, 1cm3, que equivale
a 1 ml, o que permite transformações de unidade de medida de volume em unidades de
medida de capacidade e vice-versa. Conversões entre unidades de diferentes dimensões não

Eletrotécnica Módulo 1
23
são possíveis, conforme observado nas questões anteriores levantadas.

4.2.6 Exercícios Propostos

1) Expresse em metros as seguintes medidas:

a) 7,4mm + 12,8dm + 0,715km

b) 79,8cm + 793mm + 0,09hm

2) Escreva em metros cúbicos as seguinte somas:

a) 4781dm3 + 75214cm3 + 2,765dam3

b) 2m3 + 1,2dam3 + 1000dm3

3) Complete a tabela abaixo, convertendo para as unidades solicitadas.

Unidades Conversões
2,4kg mg
15dal dl
2 2
43m Km
54ml l
86mm dm
17Hg g
2m dam
65mg g

4) Uma caixa retangular tem 2m de comprimento, 1,5m de largura e 1,8m de altura, calcule:

a) a área da base e a área do topo em m2.

b) a área lateral total.

c) o volume da caixa.

Eletrotécnica Módulo 1
24

d) ao preencher a caixa com água, quantos litros seriam necessários?

4.3 Trigonometria

A palavra trigonometria vem do grego e significa medida (metria) em triângulos


(trigon). De fato, a trigonometria se ocupa dos métodos de resolução de triângulos, contudo,
seu campo de estudo também abrange a investigação e uso das funções trigonométricas.
Observar-se-á mais adiante uma aplicação deste nobre uso da trigonometria.
4.3.1 O Papel da Trigonometria

A palavra Trigonometria é formada por três radicais gregos: tri (três), gonos
(ângulos) e metron (medir). Daí vem seu significado mais amplo: Medida dos Triângulos.
Assim, a partir do estudo da Trigonometria calculam-se as medidas dos elementos do
triângulo (lados e ângulos).

Com o uso de triângulos semelhantes, podem-se calcular as distâncias inacessíveis,


como a altura de uma torre, a altura de uma pirâmide, distância entre duas ilhas, o raio da
terra, largura de um rio, entre outras.
A Trigonometria é um instrumento potente de cálculo, que além de seu uso na
Matemática, também é usado no estudo de fenômenos físicos, Eletricidade, Mecânica,
Música, Topografia, Engenharia, entre outras ciências.

Muitos fenômenos físicos e sociais de comportamento cíclico podem ser modelados


com auxílio de funções trigonométricas, daí a enorme aplicação do estudo deste conteúdo
em campos da ciência, tais como acústica, Astronomia, Economia, Medicina, etc.

4.3.2 Trigonometria e Aplicações

Introduzem-se aqui alguns conceitos relacionados com a Trigonometria no triângulo


retângulo, assunto comum tratado no âmbito do Ensino Médio. A trigonometria possui uma
infinidade de aplicações práticas. Desde a antiguidade já se usava da trigonometria para
obter distâncias impossíveis de serem calculadas por métodos comuns.

Apresentam-se a seguira algumas aplicações da trigonometria:

 Determinação da altura de um prédio, conforme ilustrado pela Figura 5 (4).

Eletrotécnica Módulo 1
25
Figura 5 (4)- Uso da trigonometria para determinar a altura de um prédio

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

 Os gregos determinaram a medida do raio de terra, por um processo muito


simples.
 Seria impossível se medir a distância da Terra à Lua, porém com a trigonometria se
torna simples.
 Um engenheiro precisa saber a largura de um rio para construir uma ponte, o
trabalho dele é mais fácil quando ele usa dos recursos trigonométricos.
 Um cartógrafo (desenhista de mapas) precisa saber a altura de uma montanha, o
comprimento de um rio, etc. Sem a trigonometria ele demoraria anos para
desenhar um mapa.

Tudo isto é possível calcular com o uso da trigonometria e relações métricas do


triângulo retângulo. O Apêndice desta apostila apresentará um resumo sobre algumas
características e teoremas relacionados aos triângulos.

4.3.3 Triângulo Retângulo

O triângulo retângulo é aquele que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus
ângulos mede noventa graus, daí o seu nome. Como a soma das medidas dos ângulos
internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros dois ângulos medirão 90°.

Observação: se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos são denominados
complementares, portanto, pode-se dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos
complementares.

4.3.3.1 Lados de um triângulo retângulo

Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais. Estes nomes são


dados de acordo com a posição em relação ao ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é a
hipotenusa. Os lados que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos. O Quadro
1 (4) a seguir ilustra o significado destes termos.

Eletrotécnica Módulo 1
26
Quadro 1 (4)- A hipotenusa e os catetos

Termo Origem da palavra


Cateto Cathetós: (perpendicular)
Hipotenusa Hypoteinusa: Hypó (por baixo) + teino (eu estendo)

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Para padronizar o estudo da Trigonometria, adotar-se-ão as seguintes notações,


descritas no Quadro 2 (4) a seguir.

Quadro 2 (4)- Anotações trigonométricas

Letra Lado Triângulo Vértice = Ângulo Medida


a Hipotenusa A = Ângulo reto A=90°
b Cateto B = Ângulo agudo B<90°

c Cateto C = Ângulo agudo C<90°

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

4.3.3.2 Nomenclatura dos catetos

Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao


ângulo sob análise. Ao se operar com o ângulo C, então o lado oposto, indicado por c, é o
cateto oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C, indicado por b, é o cateto
adjacente ao ângulo C, como ilustra o Quadro 3 (4) a seguir.

Quadro 3 (4)- Nomenclatura dos catetos

Ângulo Lado oposto Lado adjacente


C c cateto oposto b cateto adjacente

B b cateto oposto c cateto adjacente

Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Um dos objetivos da trigonometria é mostrar a utilidade dos conceitos matemáticos


no cotidiano. O estudo da trigonometria é extenso e minucioso. Neste sentido, estudar-se-
ão, em princípio, as propriedades geométricas e trigonométricas no triângulo retângulo.

4.3.3.3 Propriedades do triângulo retângulo

 Ângulos: um triângulo retângulo possui um ângulo reto e dois ângulos agudos


complementares.

Eletrotécnica Módulo 1
27
 Lados: um triângulo retângulo é formado por três lados, uma hipotenusa (lado
maior), e outros dois lados, que são os catetos.
 Altura: a altura de um triângulo é um segmento que tem uma extremidade num
vértice e a outra extremidade no lado oposto ao vértice, sendo que este segmento
é perpendicular ao lado oposto ao vértice. Existem 3 alturas no triângulo
retângulo, sendo que duas delas são os catetos. A outra altura é obtida tomando a
base como a hipotenusa; a altura relativa a este lado será o segmento AD,
denotado por h e perpendicular à base, como ilustrado pela Figura 6 (4).

Figura 6 (4)- Inserir título

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

4.3.3.4 A Hipotenusa como base de um triângulo retângulo

Tomando informações da figura acima, obtém-se:

a) o segmento AD, denotado por h, é a altura relativa à hipotenusa CB, indicada por
a;
b) o segmento BD, denotado por m, é a projeção ortogonal do cateto c sobre a
hipotenusa CB, indicada por a; e,
c) o segmento DC, denotado por n, é a projeção ortogonal do cateto b sobre a
hipotenusa CB, indicada por a.

4.3.4 Projeções de Segmentos

Nesta seção serão introduzidas algumas ideias básicas sobre projeção. No início
deste texto fora citado que a luz do Sol, ao incidir sobre um prédio, determina uma sombra
que é a projeção oblíqua do prédio sobre o solo. Tomando alguns segmentos de reta e uma
reta não coincidentes é possível obter as projeções destes segmentos sobre a reta.

Figura 7 (4)- Projeções e segmentos

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Eletrotécnica Módulo 1
28
Nas quatro situações apresentadas, ilustradas pela Figura 7 (4), as projeções dos
segmentos AB são indicadas por A'B', sendo que no último caso A'=B' é um ponto.

4.3.4.1 Projeções no triângulo retângulo

Serão indicadas nesta seção as projeções dos catetos no triângulo retângulo,


conforme se pode observar na Figura 8 (4) a seguir ilustrada.

Figura 8 (4)- Projeções no triângulo retângulo

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)


Legenda: m = projeção de c sobre a hipotenusa; n = projeção de b sobre a hipotenusa; a = m+n; h = média
geométrica entre m e n.

4.3.4.2 Relações métricas no triângulo retângulo

Para extrair algumas propriedades, será feita a decomposição do triângulo


retângulo ABC em dois triângulos retângulos menores: ACD e ADB. Dessa forma, o ângulo A
será decomposto na soma dos ângulos CÂD=B e DÂB=C, como ilustra a Figura 9 (4) a seguir.

Figura 9 (4)- Relações métricas no triângulo retângulo

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Observa-se que os triângulos retângulos ABC, ADC e ADB são semelhantes, como
ilustra o Quadro 4 (4) a seguir.

Quadro 4 (4)- Relações métricas no triângulo retângulo

Triângulo hipotenusa cateto maior cateto menor


ABC a b c
ADC b n h
ADB c h M
a/b = b/n = c/h
Assim:
a/c = b/h = c/m
Eletrotécnica Módulo 1
29
Triângulo hipotenusa cateto maior cateto menor
b/c = n/h = h/m
a/c = c/m equivale a c² = a.m
a/b = b/n equivale a b² = a.n
Logo:
a/c = b/h equivale a a.h = b.c
h/m = n/h equivale a h² = m.n
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Existem também outras relações do triângulo inicial ABC. Como a=m+n, somando c²
com b², obtém-se:

c² + b² = a.m + a.n = a.(m+n) = a.a = a²

Que resulta no Teorema de Pitágoras:

a² = b² + c²

A demonstração acima é uma das várias demonstrações do Teorema de Pitágoras.

4.3.5 Funções Trigonométricas Básicas

As Funções trigonométricas básicas são relações entre as medidas dos lados do


triângulo retângulo e seus ângulos. As três funções básicas mais importantes da
trigonometria são: seno, cosseno e tangente, como se pode observar no Quadro 5 (4) a
seguir. O ângulo é indicado pela letra x.

Quadro 5 (4)- As três funções trigonométricas básicas

Função Notação Definição

medida do cateto oposto a x


seno sen(x)
medida da hipotenusa

medida do cateto adjacente a x


cosseno cos(x)
medida da hipotenusa

medida do cateto oposto a x


tangente tan(x)
medida do cateto adjacente a x
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)

Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipotenusa H medindo 1 unidade, então


o seno do ângulo sob análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do mesmo é o seu cateto
adjacente CA. Portanto, a tangente do ângulo analisado será a razão entre seno e cosseno

Eletrotécnica Módulo 1
30
desse ângulo.

CO CO CA CA CO sen( x)
sen( x)   cos(x)   tan( x)  
H 1 H 1 CA cos(x)

Relação fundamental: para todo ângulo x (medido em radianos), vale a importante


relação:

cos²(x) + sen²(x) = 1

4.3.6 Ponto Móvel sobre uma Curva

Considere-se uma curva no plano cartesiano. Se um ponto P está localizado sobre


esta curva, simplesmente diz-se que P pertence à curva e que P é um ponto fixo na mesma.
Ao se assumir que este ponto possa ser deslocado sobre a curva, este ponto receberá o
nome de ponto móvel.

Um ponto móvel localizado sobre uma circunferência, partindo de um ponto A pode


percorrer esta circunferência em dois sentidos opostos. Por convenção, o sentido anti-
horário (contrário aos ponteiros de um relógio) é adotado como sentido positivo, como
ilustra a Figura 10 (4).

Figura 10 (4)- Sentido anti-horário de um ponto móvel

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

4.3.7 Arcos da Circunferência

Se um ponto móvel em uma circunferência partir de A e parar em M, ele descreve


um arco AM. O ponto A é a origem do arco e M é a extremidade do arco.

Quando se escolhe um dos sentidos de percurso, o arco é denominado arco


orientado e, simplesmente, pode ser denotado por AB, se o sentido de percurso for de A
para B, e BA quando o sentido de percurso for de B para A.

Quando não se considera a orientação dos arcos formados por dois pontos A e B
sobre uma circunferência, tem-se dois arcos não orientados, sendo A e B as suas
extremidades, como ilustra a Figura 11 (4) abaixo.

Eletrotécnica Módulo 1
31
Figura 11 (4)- Arcos da circunferência

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

4.3.7.1 Medida de um arco

A medida de um arco de circunferência é feita por comparação com um outro arco


da mesma circunferência, tomado como a unidade de arco. Se u for um arco de
comprimento unitário (igual a 1), a medida do arco AB, é o número de vezes que o arco u
cabe no arco AB. Na Figura 12 (4) abaixo ilustrada, a medida do arco AB é 5 vezes a medida
do arco u. Denotando a medida do arco AB por m(AB) e a medida do arco u por m(u), tem-se
(AB)=5 m(u).

Figura 12 (4)- Medida de um arco

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

A medida de um arco de circunferência é a mesma em qualquer um dos sentidos. A


medida algébrica de um arco AB desta circunferência é o comprimento deste arco, associado
a um sinal positivo, se o sentido de A para B for anti-horário, e negativo, se o sentido for
horário.

4.3.7.2 O número pi

Para toda circunferência, a razão entre o perímetro e o diâmetro é constante. Esta


constante é denotada pela letra grega , que é um número irracional, isto é, não pode ser
expresso como a divisão de dois números inteiros. Uma aproximação para o número é
dada por:

= 3,1415926535897932384626433832795...

Eletrotécnica Módulo 1
32
4.3.7.3 Unidades de medida de arcos

A unidade de medida de arco do Sistema Internacional (SI) é o radiano, mas existem


outras medidas utilizadas pelos técnicos, que são o grau e o grado. Este último não é muito
comum.

Radiano é a medida de um arco que tem o mesmo comprimento que o raio da


circunferência na qual se está medindo o arco. Assim, o arco tomado como unidade tem
comprimento igual ao comprimento do raio ou 1 radiano, que na Figura 13 (4) a seguir é
demonstrada por 1 rad. Grau é a medida de um arco que corresponde a 1/360 do arco
completo da circunferência na qual se está medindo o arco, enquanto que Grado é a medida
de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferência na qual se está medindo o
arco.

Figura 13 (4)- Unidades de medida de um arco

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Exemplo: para determinar a medida em radianos de um arco de comprimento igual


a 12 cm, em uma circunferência de raio medindo 8 cm, faz-se:

comprimento do arco (AB) 12


m (AB) = =
comprimento do raio 8
Portanto m (AB) =1,5 radianos.

4.3.7.4 Arcos de uma volta

Se AB é o arco correspondente à volta completa de uma circunferência, a medida


do arco é igual a C=2 r, então:

comprimento do arco(AB) 2 r
M (AB) = = =2
comprimento do raio r

Eletrotécnica Módulo 1
33
Assim, a medida em radianos de um arco de uma volta é 2 rad, isto é, 2
rad=360 graus.

Podemos estabelecer os resultados seguintes, de acordo com o Quadro 6 (4):

Quadro 6 (4)- Medida em radiano de um arco de uma volta

Desenho

Grau 90 180 270 360


Grado 100 200 300 400
Radiano /2 3 /2 2
Fonte: Elaborada pelo autor (2014)
Legenda: 0 graus = 0 grado = 0 radianos

4.3.7.5 Mudança de unidades

Considere-se um arco AB de medida R em radianos. Esta medida corresponde a G


graus. A relação entre estas medidas é obtida pela seguinte proporção:

2 rad …………… 360 graus


R rad …………… G graus

Assim, tem-se a igualdade R/2 =G/360, ou ainda,

R G

 180
Exemplos:
a) para determinar a medida em radianos de um arco de medida 60 graus, faz-se:

R 60

 180

b) assim R= /3 ou 60 graus= /3 rad


c) para determinar a medida em graus de um arco de medida 1 radiano, faz-se:

1 G

 180

d) assim 1 rad=180/ graus.

Eletrotécnica Módulo 1
34
4.3.8 Exercícios Propostos

1) Determine o valor de P e Q:

Q 600

36,90
P
2) Determine as medidas de c, m, n e h:

12

c
h

n m
C B
D
15

3) Qual o valor de x e y?

30o 60o P
B D y A
300m

Eletrotécnica Módulo 1
35
4) Um estudante queria saber a altura de um prédio. Lembrando-se dos conhecimentos de
geometria, ele mede a sua sombra e a sombra do prédio, respectivamente 0,8m e 5m.
Sabendo que o estudante tem 2 metros de altura, qual a altura do prédio?

2m

5m 0,8m

5) Complete a tabela:

Grau (*) Grado (Gr) Radiano (rad)

150
120

20
300

5.4 NÚMEROS IMAGINÁRIOS

No conjunto dos números reais ( ) a é igual a 5, mas qual é a ? Como se


sabe, não existe a raiz quadrada real de um radicando negativo com índice par. No conjunto
dos números reais, o máximo que se pode fazer é simplificar o radical desta forma:

Ainda assim, o fator não é um número real, pois o radicando -1 é um número


negativo.

4.4.1 Unidade Imaginária

A solução para este tipo problema surgiu com a criação dos números imaginários,
cuja unidade imaginária representada pela letra i é igual a .

Eletrotécnica Módulo 1
36

Utilizando-se do conceito de número imaginário, pode-se dizer que a é igual


a 5i, pois:

Soluciona-se a seguir a equação do segundo grau abaixo descrita:

O primeiro passo é calcularmos o seu discriminante:

Como o discriminante é negativo, a equação não possui raízes reais:

Mas possui raízes imaginárias ao se substituir por i:

Nos dois exemplos acima, e , tem-se um radicando, que é o valor


simétrico de um quadrado perfeito, ou seja, o oposto de 25 e de 16, que são quadrados
perfeitos, mas mesmo que não o fossem, ainda assim seria possível trabalhar com o conceito
de números imaginários.

Analisa-se o exemplo do número :

Observa-se que não se elimina o radical, pois o número 13 não é um quadrado


perfeito, mas agora tem-se um radicando positivo. Quadrado perfeito é qualquer número
inteiro maior ou igual a zero, que se pode representar pelo quadrado de um número
também inteiro, por exemplo, 144 é um quadrado perfeito, pois: 144 = 122. Há casos em que
alguns fatores do número saem do radical e outros fatores não. Observa-se o exemplo do
número .

4.5 Números Complexos

Ao se estudarem os conjuntos numéricos fundamentais, vê-se que os números


racionais podem ser expressos na forma de uma fração, com numerador e denominador
inteiros e com denominador diferente de zero:

De forma semelhante os números complexos podem ser representados por meio


de uma expressão algébrica:

Eletrotécnica Módulo 1
37
Sendo a e b números reais e i a unidade imaginária, a é a parte real do número
complexo z e bi é a sua parte imaginária. Define-se o conjunto dos números complexos
como:

O conjunto dos números reais ( ) e o conjunto dos números imaginários ( ) são


subconjuntos do conjunto dos números complexos ( ). Em função disto, um número
complexo pode ser imaginário, imaginário puro ou real.

4.5.1 Exemplos de Números Imaginários

Para a ≠ 0 e b ≠ 0, tem-se um número imaginário:

Como se pode observar, um número imaginário possui uma parte real e outra
imaginária.

4.5.2 Exemplos de Números Imaginários Puros

Para a = 0 e b ≠ 0, tem-se um número imaginário puro:

Números imaginários puros possuem apenas a parte imaginária.

4.5.3 Exemplos de Números Reais

Para a ≠ 0 e b = 0, tem-se um número real:

Números reais não possuem a parte imaginária.

4.5.4 CONJUGADO DE UM NÚMERO COMPLEXO

O conjugado de um número complexo: é o número complexo


.
Observa-se que tanto z, quanto o seu conjugado possuem a mesma parte real, mas
Eletrotécnica Módulo 1
38
as partes imaginárias são opostas. Quando ambas as partes, real e imaginária, são iguais, os
números também o são. A igualdade só ocorre nestas condições.

As raízes imaginárias x1 e x2 da equação x2 + 2x + 5 = 0, solucionada mais acima, são


conjugadas uma da outra:

4.5.5 Exemplos de Números Complexos e seu Conjugado

4.6 Conjuntos Numéricos em Diagrama

No diagrama abaixo, ilustrado pela Figura 14 (4), observa-se que o conjunto dos
números reais ( ) é um subconjunto do conjunto dos números complexos ( ).

A partir deste diagrama, se pode concluir que todo número real é complexo, mas
nem todo número complexo é real, pois um número complexo pode possuir uma parte
imaginária, mas os números reais não a possuem.

Figura 14 (4)- Diagrama dos conjuntos numéricos

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

4.7 Plano Complexo

Quando apresentado o plano cartesiano, observou-se que o mesmo pode ser


utilizado na localização gráfica de pontos em um determinado plano. Ao se estudarem
Eletrotécnica Módulo 1
39
as funções, utiliza-se o plano cartesiano na representação gráfica da sua curva.

Neste tópico, será apresentada outra aplicação do plano cartesiano, que é


denominada Plano Complexo. No Plano Complexo ou Plano de Argand-Gauss, o eixo das
abscissas é chamado eixo real e o eixo das ordenadas chamado de eixo imaginário.

Observa-se a Figura 15 (4) a seguir ilustrada.

Figura 15 (4)- Plano complexo

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Nela, o ponto P representa graficamente o número complexo z = a + bi. Observa-se


que o valor a da abscissa representa a sua parte real e o valor b da ordenada representa a
sua parte imaginária. Denomina-se o ponto P de afixo ou imagem do número complexo.

4.7.1 Afixos Reais

Se um afixo pertence ao eixo das abscissas, tem-se a representação de um número


real, pois a sua parte imaginária é nula.

Na Figura 16 (4) a seguir, observam-se os seguintes afixos:

(-6, 0) = -6 + 0i = -6
(0, 0) = 0 + 0i = 0
(8, 0) = 8 + 0i = 8

Eletrotécnica Módulo 1
40
Figura 16 (4)- Afixos reais

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Observa-se que todos os três afixos pertencem ao eixo das abscissas, por isto a
ordenada é zero, o que indica que a parte imaginária do número complexo é nula, ou seja,
tem-se a representação de três números reais.

Os número reais não precisam de um plano para ser representados graficamente.


Eles podem ser representados em uma reta real.

4.7.2 Afixos Imaginários Puros

Conforme ilustra a Figura 17 (4) seguir, apresentam-se os afixos pertencentes ao


eixo das ordenadas. Nela, encontram-se os afixos de dois números imaginários puros:

(0, 7) = 0 + 7i = 7i
(0, -11) = 0 - 11i = -11i

Figura 17 (4)- Inserir título

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Por pertencerem ao eixo das ordenadas, a parte real dos números complexos
representada por estes afixos é nula, por isto se tem um número imaginário puro. Nota-se
que o afixo (0, 0), embora tenha abscissa nula, é real, pois a sua ordenada também é nula.
Este afixo foi visto acima, já que se trata de um afixo real.

Eletrotécnica Módulo 1
41
4.7.3 Afixos Imaginários

Figura 18 (4)- Afixos imaginários

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Na Figura 18 (4) acima ilustrada, apresentam-se cinco afixos representando os


seguintes números complexos:

(3, 5) = 3 + 5i
(6, 3) = 6 + 3i
(-7, 2) = -7 + 2i
(-10, -9) = -10 - 9i
(9, -5) = 9 - 5i

Todos estes cinco afixos representam números imaginários que contêm uma parte
real e uma parte imaginária.

4.7.4 Forma Polar dos Números Complexos

Sabe-se que um número complexo Z = a + bi é representado por um ponto do plano


de coordenadas (a,b), essas são coordenadas cartesianas do ponto P. Quando representa-se
um número complexo Z por suas coordenadas cartesianas, diz-se, então, que o mesmo está
na forma retangular: Z = a + bi (Forma retangular).

Observa-se que este mesmo ponto também pode ser representado por suas
coordenadas polares, que são, conforme ilustra a Figura 19 (4) a seguir:

Eletrotécnica Módulo 1
42
Figura 19 (4)- Forma polar dos números complexos

y
Z = a + bi

P (a, b)
b

θ x

o α

Fonte: Elaborada pelo autor (2014)

Analisando a figura acima, observa-se que o módulo ou valor absoluto de z,


indicado por |z|, representa a distância do ponto p à origem do plano. Aplicando o teorema
de Pitágoras no triângulo OAP, tem-se: r = |z| = a 2  b2

O argumento de Z, ângulo θ que o segmento P forma com o eixo x, é indicado por


b
arg (Z). Da trigonometria tem-se: θ = arg (Z) = arctan
a
Quando se utilizam as coordenadas polares para representar um número complexo,
diz-se que o mesmo está na forma polar: Z = |Z| < θ (forma polar).

Mais à frente poderá se observar que a forma polar de número complexo facilita as
operações de multiplicação e divisão, e é bastante usada em análise de circuitos.

4.7.4.1 Conversão da forma retangular para a forma polar

Exemplo 1: determinar a forma polar do número complexo Z = 8 – 6i.

Z = 8 – 6i (forma retangular)
α = 8 parte real 8
b = -6 parte imaginária θ

Deve-se representar usando o módulo e o argumento de z.


Z = r < θ (forma polar) r

-6i
Então, tem-se que o módulo de Z é igual a: Z

82   6  100  10
2
r = |Z| =

Eletrotécnica Módulo 1
43
6
O argumento de Z é igual a: Θ = αrctg  36,9 o
8
Logo, a forma polar de Z = 8 – 6I é dada por: Z = 10 < - 36,5O

Exemplo 2: determinar a forma polar do número complexo Z = -17,3+10i

Z = -17,3 + 10I (forma retangular) Z


10i

α = -17,3 parte real


r
b = 10 parte imaginária
Deve-se representar usando o módulo e o argumento de Z. θ

Z = r < θ (forma polar) -17,3

Então, tem-se que o módulo de Z é igual a:


r = |Z|  17,32  10 2  399,3  20
10
O argumento de Z é igual a: θ = αrctg  150 o
 17,3
Logo, a forma polar de Z = -17,3 + 10i é dada por: Z = 10 < - 36,5o

4.7.4.2 Conversão da forma polar para a forma retangular

Exemplo: determinar a forma retangular do número Z


complexo Z = 100 < 53o
b

100

53o
Z = 100 < 53O (forma polar) a
|Z| = 100 módulo
Θ = 53o argumento

Devemos representar usando as coordenadas cartesianas Z = α + bi (forma


retangular).
 b
Da trigonometria tem-se que: cos ; sen 
|| |Z |
Logo, a parte real α é dada por: θ = |Z|.cos θ
α = 100.cos 53o = 60

A parte imaginária de b é dada por: b = |Z|.senθ


b = 100.sen53o = 80

Logo, a forma retangular de Z = 100 < 53o é dada por: Z = 60 + 80i

Eletrotécnica Módulo 1
44
4.7.4.3 Multiplicação na forma polar

Um problema muito comum que ocorre na multiplicação na forma retangular é a


aparição do tempo i2, que acaba confundindo a maioria das pessoas que não estão
familiarizadas ou atentas. Observa-se, então, como é fácil multiplicar números complexos,
estando ambos na forma polar, uma vez que o termo i2 não aparece. Considerem-se dois
números complexos Z1 e Z2.

Z1 = |Z1| < θ1 Z2 = |Z2| < θ2

O produto é o número complexo cujo módulo é igual à soma dos argumentos:


Z1 Z 2  Z1 Z 2  1   2 

 Exemplos da multiplicação de números complexos na forma polar:

2  30 . 5  45   2.5  30  45  10  75


o o o

7  15 . 6  27   7.6   15  27  42  12


o o o

4  90 . 2  39   4.2  90  39   8  129


o o o

4.7.4.4 Divisão na forma polar

É na divisão que se percebe o quanto esta ferramenta é poderosa, uma vez que não
é preciso se preocupar com conjugado nem com o termo i2. Observa-se a seguir como é fácil.

Considerem-se dois números complexos Z1 e Z2.

Z1 = |Z1|<θ1 Z2 = |Z2|<θ2

O quociente é o número complexo cujo módulo é igual ao quociente dos módulos,


e o argumento é igual à diferença dos argumentos:

Z1 Z
 1  1   2 
Z2 Z2

 Exemplos da divisão de números complexos na forma polar:

8  35   4   45 
o
o

2  80 
o

45  58   15  71
o
o

3  13  o

25  10   5 20
o

5  30 
o
o

Eletrotécnica Módulo 1
45
4.7.5 Operações com Números Complexos

No estudo dos números reais observou-se como realizar as operações de adição,


subtração, multiplicação e divisão.

Agora será tratada cada uma destas operações trabalhando com os números
complexos na forma algébrica.

4.7.5.1 Adição de números complexos

Tratando os números complexos como binômios, pode-se realizar a sua soma


reduzindo os termos semelhantes, como no exemplo abaixo:

Como se pode perceber, isto é equivalente a somarem-se separadamente as suas


partes reais e imaginárias.

 Exemplos da adição de números complexos:

4.7.5.2 Subtração de números complexos

A subtração é realizada tal qual a adição, por meio da redução dos termos
semelhantes, ou ainda subtraindo separadamente as partes reais e as partes imaginárias.

 Exemplos da Subtração de Números Complexos:

4.7.5.3 Multiplicação de números complexos

Realiza-se a multiplicação de números complexos tratando-os como binômios e os


multiplicando como tal, ou seja, multiplicando cada termo do primeiro binômio por cada
termo do segundo: 3  2i  . 1 5i 

Nota-se que o último termo é 10i2 e visto que , logo i2 = -1, o que permite
continuar os cálculos substituindo i2 por -1:

Eletrotécnica Módulo 1
46
Portanto:

 Exemplos da Multiplicação de Números Complexos:

1  3i .  2  i   2  i  6i  3i 2  2  5i  3 1  5  5i .
1  2i . 2  3i   2  3i  4i  6i 2  2  i  6 1  8  i
5  8i . 5  8i   25  40i  40i  64i 2  25  64 1  89
4.7.5.4 Divisão de números complexos

A divisão de números complexos é realizada multiplicando o dividendo e o divisor


pelo conjugado do divisor.

Observa-se no último exemplo de multiplicação acima que ao se multiplicar


o número imaginário 5 + 8i pelo seu conjugado 5 - 8i, obtém-se como resultado o número
real 89.

A multiplicação de um número imaginário pelo seu conjugado sempre resulta em


um número real e isto pode ser utilizado para realizar a divisão de números complexos.
Observa-se este exemplo de divisão:
1  2i   ?
2  5i 
Para começar, multiplica-se o divisor e o dividendo pelo conjugado do divisor como
explicado acima:
1  2i   1  2i  . 2  5i 
2  5i  2  5i  2  5i 
Para realizar o produto no denominador, se recorre aos produtos notáveis, mais
especificamente ao produto da soma pela diferença de dois termos, onde se tem que:

Continuando o processo da divisão tem-se:

2  5i  4i  10i 2 2  i  10 1 12  i 12 i
    
2 2  5i 
2
4  25 1 29 29 29

Nota-se que, inicialmente, havia o divisor imaginário 2 + 5i e no final o divisor


real 29. É por isto que se utiliza o conjugado como expediente para realizar a divisão, e assim
conseguir transformar um divisor imaginário em um divisor real, o que facilita muito as
coisas, como se observou na passagem do penúltimo para o último passo.

Eletrotécnica Módulo 1
47
 Exemplos da Divisão de Números Complexos:

3  2i   3  2i 4  5i   12  15i  8i  10i 2  2  23i  2  23i


4  5i  4  5i 4  5i  4 2  5i 
2
41 41 41
1

4  2i   4  2i  4  2i  4  2i  1  i
4  2i  4  2i 4  2i  4 2  2i 2 20 20 20 5 10
7  i   7  i 1  3i   7  21i  i  3i 2  4  22i  4  22i  2  11i
1  3i  1  3i 1  3i  12  3i 
2
10 10 10 5 5

4.8 Aplicação em Circuitos Elétricos

Nos circuitos de corrente alternada, o uso dos números complexos na análise das
grandezas elétricas facilita muito os cálculos. A relação U=Ri, estudada na física do ensino
médio com números reais, torna-se U=Zi, em que U é a tensão, Z é a impedância e i é a
corrente elétrica, mas agora estas grandezas são tratadas como números complexos. Para
evitar confusão entre i, a unidade imaginária, e i, símbolo de corrente, a letra j é usada como
unidade imaginária e colocada antes de termo b na representação retangular Z = a+jb.

Agora, uma vez dominado o conhecimento sobre números complexos, busca-se


resolver o problema a seguir:

Uma fonte de tensão, de valor eficaz 220 0o V, alimenta uma carga de impedância
Z = (3+j4) Ω. Para se obter, então, a corrente fornecida pela fonte, tem-se que:

U 220  0o
U  Zi  i  
Z 3  j 4
Como já observado, para efetuar uma divisão, é preferível ter U e Z na forma polar.
U já está na forma polar, então se passa Z para a forma polar.

Z  3  j 4
forma retangular
Z  32  4 2  5 módulo da impedância
4
  arctg    53o argumento da impedância
 3
Z  5  53o  forma polar

Assim, a corrente fornecida pela fonte é dada por:


U 220  0o
i   44  53o A
Z 5  53o

Eletrotécnica Módulo 1
48
4.9 Exercícios Propostos Utilizando os Números Complexos

(1) Determinar o conjugado dos seguintes complexos:


a) z = 10+3i
b) z = -200+7i
c) z = 8-9i
d) z = -26-5i
e) z = 4-13i

(2) Converter os números complexos da forma retangular para a forma polar:


a) z = -12+16i
b) z = -2+4i
c) z = 700+200i
d) z = -3-3i
e) z = 4-13i

(3) Converter os números complexos da forma polar para a forma retangular:


a) z = 225 53o
b) z = 42 30o
c) z = 39-45o
d) z = 80 120o
e) z = 10<37o

(4) Calcular:
a) 10  3i   4  2i 
b)  25  63i   13  8i 
c)  7  6i    5  3i 
d) 5  6i   4  9i 
e) 4  2i   10 53,1o 

f) 2,83 45  2  8i 
o

(4) Calcular o produto usando a forma retangular, depois usando a forma polar e conferir os
resultados:
a) 3  2i   1  4i 
b) 2
. 3  3i 
c)  1  i 
. 1  i
d) 2i 
. 4  3i 
e) 2i 
. 5i 

(6) Calcular o quociente usando a forma retangular (multiplicar e dividir pelo conjugado do
denominador), depois usando a forma polar e conferir os resultados:
a) 5  5i  /1  1i 
b) 4  8i  /2  2i 

Eletrotécnica Módulo 1
49
c) 5  10i  /3  4i 
d) 8  12i  /2i 
e) 3  3i  /2  2i 

(7) Uma fonte de tensão, de valor eficaz U, fornece uma corrente i=11 30o A para alimentar
uma carga de impedância Z=20 15o Ω. Considerando a expressão U=Zi, em que U é a
tensão, Z é a impedância e i é a corrente elétrica, qual o valor eficaz desta fonte de
tensão?

(8) Uma fonte de tensão, de valor eficaz U=110 0o V, fornece uma corrente i =11 60o A para
alimentar uma carga. Qual é a impedância Z desta carga?

4.10 Medidas de Tendência Central

Medidas de Tendência Central é um valor intermediário da série, ou seja, um valor


compreendido entre o menor e o maior valor da série. É também um valor em torno do qual
os elementos da série estão distribuídos. As principais medidas de tendência central são:
média, moda e mediana. Apresentam-se a seguir os estudos da média e da moda.

4.10.1 Estudo da Média

Estudo da Média ( X ) em dados brutos ou Rol, variável discreta e variável contínua.


1º caso: dados brutos ou Rol – aqui, deve-se utilizar a média aritmética simples que é dada

por: X 
 xi , onde  xi = soma dos elementos da série e n = nº de elementos.
n

Exemplo: calculando a média aritmética da variável X: 3, 5, 8, 12, 7, 12, 15, 18, 20,

20. X 
 xi = X  3  5  8  12  7  12  15  18  20  20  12
n 10

Interpretação: o valor médio da série é 12, ou seja, os valores desta série


concentram-se em torno de 12.

2º caso: variável discreta - se os dados estão apresentados na forma de uma


variável discreta, usa-se a aritmética ponderada (média em que se utilizam pesos para
cálculo), considerando a frequência simples fi, como sendo as ponderações dos elementos x i
correspondentes.

A fórmula é X 
 xf i
(Lê-se: somatório de xifi dividido pelo somatório de fi)
f i

Para encontrar a coluna de xifi, multiplica-se a coluna das variáveis que serão
chamadas de xi pela coluna da frequência, chamada de fi, conforme exemplo a seguir.

Eletrotécnica Módulo 1
50
Exemplo: determinando a média da distribuição.
 Inicialmente, deve-se somar a coluna fi =  f i = 30 elementos;
 em seguida, utiliza-se a própria tabela para calcular xifi , multiplicando xi por fi.
Portanto, o somatório de xi.fi é  xi f i = 166;
Idade
fi xifi
(xi)
2 5 10
5 8 40
6 10 60
8 7 56

 substituindo na fórmula para calcular a média tem-se: f i  30 x f


i i  166

Média = X 
x fi i

166
 5,33 é o ponto de concentração dos valores da série,
f i 30
isto é, 5,33 é a média entre os elementos da série.

3º caso: variável contínua – aqui, utiliza-se também a média aritmética ponderada,


considerando as frequências simples das classes como sendo as ponderações dos pontos
médios (xi) destas classes. O valor de xi é a soma dos intervalos de cada classe divididos por
li  Li
dois, isto é , onde li é o limite inferior do intervalo e Li é o limite superior do intervalo,
2
cujo resultado desta soma, dividido por dois, será chamado de ponto médio dos intervalos.
25 7
Ex.:   3,5
2 2

A fórmula para cálculo da média é a mesma utilizada na variável discreta, dada por:

x =
 xi. fi
 fi
Exemplo: determinando a média da distribuição.

Classe Int. Classe fi xi xi.fi


1 2 5 3 3,5 10,5
2 5 8 10 6,5 65
3 8 11 18 9,5 171
4 11 14 5 12,5 62,5

 fi = 36  fi = 298,5
 primeiramente, deve-se calcular  fi , que no exemplo dado é 36;

Eletrotécnica Módulo 1
51
 depois, calcula-se xi, que é o ponto médio do limite inferior mais o limite superior
25
dividido por dois, isto é,  3,5 e assim sucessivamente com os demais
2
intervalos;
 em seguida, calculam-se os valores de xifi, isto é xi vezes fi, e em seguida sua soma.

Assim, a média é dada por: X =


 xi. fi 298,5
então x   8,29 , que é o valor em
 fi 36
torno do qual os elementos desta série se concentram, isto é o valor médio dos elementos é
de 8,29.

4.10.2 Estudo da Moda

Estudo da Moda (Mo) em: dados brutos ou Rol, variável discreta e variável contínua.
Moda é o valor maior dentro da frequência em um conjunto de dados. A moda é classificada
em: amodal (quando todos os elementos são iguais), unimodal (quando apresenta apenas
uma moda), bimodal (duas modas), trimodal (três modas) e polimodal (mais de três modas).

1º caso: dados brutos ou Rol - identifica-se o(s) elemento(s) de maior frequência na


série, isto é, o que mais se repete.

Exemplo: calculando a moda nas séries:

a) X: 3, 5, 8, 12, 7, 12, 5, 12. O elemento que se repete na série é 12. Portanto, a


moda é igual a mo = 12. A série é unimodal, pois 12 é o número que se repete
em maior quantidade.

b) Y: 3, 5, 8, 20, 12, 7, 12, 15, 18, 5, 12, 20, 20. Os elementos que mais se repetem
na série são 12 e 20. Portanto, as modas são mo = 12 e mo= 20. A série é
bimodal, pois são duas modas que se repetem.

2º caso: variável discreta - neste caso é só identificar na coluna da frequência o


maior elemento, pois sendo fi a frequência simples, este número será a quantidade que os
elementos aparecem na série.

Exemplo: acidentes registrados em rodovia no período de 30 dias.

n. de acidentes por dia n. de dias


0 12
1 8
2 5
3 4
4 1

De acordo com o exemplo acima, a maior frequência em fi é 12 e a variável

Eletrotécnica Módulo 1
52
correspondente é o número 0 localizado em xi (a variável em estudo é o número de
acidentes) da série, portanto a moda é 0 (mo = 0), isto é, em 12 não ocorreram nenhum
acidente. A série é unimodal, pois somente a variável 0 se repete em maior quantidade.

3º caso: variável contínua - identifica-se o maior elemento em fi (frequência


simples) na tabela. Identifica-se esta classe como classe modal e assim aplica-se a fórmula
chamada de método de Czuber para calcular a moda que é dada por:

fmo  fant
M o = lmo   h  onde
2. fmo  ( fant  fpost )
Sendo:
lmo = limite inferior da classe modal
fant = frequência simples anterior da classe modal
fmo = frequência simples da classe modal
fpost = frequência posterior da classe modal
h = amplitude de intervalo da classe modal

Exemplo: calculando a moda na tabela abaixo.

Para calcular a moda na série, identifica-se o maior elemento na frequência (fi) da


série, que neste caso é o número 8, que se encontra na terceira classe. Identifica-se esta
classe como classe modal e assim calcula-se a moda aplicando o método de Czuber,
utilizando como referência a classe 3.

Exemplo: idade de pacientes com diabete tipo I

classe Idade n. pacientes


1 3 6 2
2 6 9 10
*3 9 12 12
4 12 15 9
5 15 18 3

 fi = 36
*Classe modal (é a classe que apresenta maior frequência):

fmo  fant
Mo = lmo  h onde h = 12 – 9 = 3
2. fmo  ( fant  fpost )
12  10 2 2 6
Mo= 9  .3  9  .3  9  .3  9   9  1,2  10,2
2.12  10  9 24  19 5 5

Assim, a idade que aparece com maior frequência entre os pacientes com diabetes
tipo I e de aproximadamente 10,2 anos.

Eletrotécnica Módulo 1
53
4.10.3 Exercícios Propostos para Média e Moda

1) Calcular a média e a moda nas seguintes séries, e fazer a classificação em cada caso.
a) X : 3, 5, 8, 2, 1 , 6, 4, 5, 7, 3, 6, 2
b) X : 5; 6; 2,5; 6; 7; 9; 4,5; 7,5; 8; 4; 6; 6,5.
c) X: 2,5; 5; 7; 5; 6,5; 4; 2,5; 7; 8; 9,5; 5; 6,5.
d) X: 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3
e) Idade: 3, 7, 4, 5, 4, 6, 6, 7, 2, 3, 5, 6, 7, 2, 6, 7, 4, 5, 4, 6, 4, 5, 3, 5, 4, 7

2) Determinar a moda e a média na tabela abaixo.

Peso de bebes nascidos vivos


Nº de bebes
classe Peso em kg
Masc. Fem
1 1,5 1,8 02 05
2 1,8 2,1 05 10
3 2,4 2,7 10 11
4 2,7 3,0 15 12
5 08 05
3,0 3,,8
Fonte: Maternidade Raio de Luz

3) Um teste feito por psicólogos que avalia condutores de veículos em um psicotécnico


mostrou os seguintes resultados. Calcular, então, qual a média geral da turma e qual a
nota que aparece com maior frequência no teste.

Notas atribuídas aos indivíduos pesquisados em 1998

7,3 4,0 5,0 6,5 4,8 7,1 5,5 6,5 5,2 6,7 5,5 4,0 3,1 4,0
3,8 5,7 4,3 5,5 4,7 4,8 6,5 4,5 6,2 3,8 5,5 6,5 4,0 7,5
4,6 5,9 6,5 4,8 8,5 6,7 7,5 6,5 8,5 6,8 7,0 5,0 8,0 6,0
Fonte: Deltoauto

4) O quadro abaixo representa o resultado de um teste de uma instituição de ensino com os


acadêmicos concluintes de um determinado curso. A instituição decidiu premiar os
acadêmicos que tiveram notas acima da média geral da turma com bolsa de estudo para
curso de especialização. Represente os dados em tabela discreta e responda as questões
abaixo:

6,0 7,5 6,0 6,5 7,5 8,0 8,5 9,5


6,0 7,5 6,0 8,0 7,5 8,0 9,0 9,5
6,0 7,0 6,5 7,0 7,5 8,5 9,0 10,0
6,5 6,5 7,0 9,0 7,0 8,0 7,5 6,5

a) Qual a média geral da sala?


b) Qual a nota que aparece com maior frequência na turma avaliada?
c) Qual a nota mínima a ser premiada?
Eletrotécnica Módulo 1
54
d) Quantos alunos conseguiram a bolsa para o curso?

REFERÊNCIAS

DANTE, L. R. Matemática: contexto e aplicações. São Paulo: Editora Ática, 1999.

GIOVANNI, J. R., BONJORNO, J. R., GIOVANNI Jr, J. R. Matemática fundamental. São Paulo:
Editora FTD Ltda, 1994.

LEITHOLD, L. Matemática aplicada à economia e administração. São Paulo: Editora Harbra


Ltda,
1988.

WEBER, J. E. Matemática para economia e administração. São Paulo: Editora Harbra Ltda, 2ª
Ed., 1986.

Eletrotécnica Módulo 1
55
ANOTAÇÕES: ____________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Eletrotécnica Módulo 1
104

Eletrotécnica Módulo 1

S-ar putea să vă placă și