Sunteți pe pagina 1din 10

POLÍCIA GAÚCHA HUMILHA PRESOS POLÍTICOS.

O povo deve sofrer calado. Assim pensa o Estado “democrático” burguês. A polícia
deve calá-lo, mesmo que pra isso precise fazer incursões plenas de abuso de poder e ódio
racial e de classe dentro das vilas diariamente.
BM agride e prende
Como a única saída para o povo é se organizar, quando manifestantes sob
ele se organiza, a polícia é chamada para: dispersar o povo alegação de formação de
para que este não chegue a incomodar os donos do poder, e dar quadrilha, os mantém
exemplos à sociedade do que acontece com aqueles que ousam
algemados e os obriga a
pernoitar no presídio
contestar a ordem burguesa.
central. Juíza não aceita
flagrante e manda
No dia 11 de junho de 2008, 1200 trabalhadores libertá-los.
organizaram uma pacífica manifestação para denunciar o
controle das transnacionais sobre nossa nação. Fariam uma
marcha, cheia de simbolismos (com encenações, bonecos gigantes, folhas de eucalipto;
alimentos seriam doados a moradores da periferia atingida pelo ciclone, abandonados pelo
estado, etc.). Esta manifestação ocorreu em diversos estados simultaneamente.

Porém....

Polícia sabota carro do sindicato, esvaziando pneus, para preparar ataque.


...próximo das 10h da manhã, ao entrar pacificamente no estacionamento da Wal
Mart/Nacional, onde se realizaria o 1° ato simbólico, o povo organizado foi surpreendido por
uma polícia preparada para destroçar a manifestação, sem conversas.

O povo, pacificamente, ainda tentou evitar a agressão da brigada, pedindo calma e


que ao menos pudesse se estabelecer um diálogo, para que não pairassem dúvidas sobre as
intenções da manifestação....

Manifestantes pedem, de corpo aberto, que a polícia não agrida ninguém, Os manifestantes denunciariam os inúmeros
processos de desrespeito às leis trabalhistas e sonegação dos quais é acusada a Wal Mart (maior transnacional varejista
do mundo), suas chantagens a agricultores para manter seu monopólio e lucros exorbitantes sobre a venda de alimentos,
sua prática de quebrar comércios vizinhos e seu desrespeito aos clientes mundialmente conhecido. Mas o Estado burguês
sabe a quem serve...

MAS SERÁ QUE A POLÍCIA DE YEDA QUERIA MESMO EVITAR O CONFRONTO?


A polícia chegou espremendo o povo nas grades, espancando a cacetadas e pontapés
mulheres e jovens. O povo ainda tenta evitar o conflito, pedindo calma à polícia, inclusive pelo
carro de som. Mas a ordem era impedir manifestações e destroçar os movimentos organizados

A polícia chega arrebentando o povo pacífico, sem sequer ouvi-los...

Três policiais derrubam um membro da negociação e o espaçaram no chão até


perfurar seu pulmão. Pistolas em punho. Tiros e bombas desesperavam senhoras e
crianças que vinham prontas para uma bonita manifestação, cheia de simbolismos em defesa
de um projeto popular para o Brasil.

Desarmado e tentando evitar conflitos, militante é espancado no chão. Pai de 3 crianças,


ficou 3 dias no hospital, com dreno retirando 2 baldes de sangue do pulmão
O que o Estado burguês tem a
oferecer ao povo

Sem-terra desarmado, preso após levar tiro a queima roupa da polícia .


[...] a advogada do Após dispersar barbaramente o povo organizado,
movimento apresentava vieram para garantir seus troféus políticos. Prenderam
sua carteira da OAB ao o senhor que havia sido espancado por cinco policiais no
comando, tentando evitar
chão e sua esposa, após arrochá-la com cacetadas nas
tais agressões. Apenas
ouve-se o comandante costas, enquanto, desesperada, tentava cuidar da saúde
gritar: “cala essa boca de seu marido.
filha da puta”.
Em seguida, cercaram o carro de som, colocando
uma pistola na cabeça do motorista, para arrancar a ele e
seu auxiliar de dentro da cabine. Mais dois presos. Os
próximos foram os membros da equipe de animação: gaiteiro, cantora, dois violeiros e dois
animadores. Todas prisões políticas, arbitrárias e violentamente efetivadas, sem
acusações em bases legais.

Três membros da equipe de animação foram arrancados violentamente de cima do


carro de som. Antes que estes chegassem às escadas, gritava um dos policiais da choque
que torcia seus cabelos e braços: “não me custa nada te atirar daqui de cima”.

Jovem mãe, animadora no carro de som, é agredida por policiais ao ser retirada a força de onde estava, tentando
acalmar os ânimos pelo microfone.
Qual seu crime? Falar? Existir?

Enquanto isso, a advogada do movimento apresentava sua carteira da OAB ao


comando, tentando evitar tais agressões. Apenas ouve-se o comandante gritar para a ela:
“cala essa boca filha da puta”. E também a advogada foi por eles algemada. Um dos
animadores presos teve de ficar de costas com o rosto apertado no carro de som, enquanto
sua mochila era revistada. Durante isso, um dos policiais falou a outro: “vamos *** ele”,
utilizando uma gíria policial que significa inserir nos materiais do preso algo que possa
incriminá-lo. Tendo o rapaz ouvido isso e chamado a atenção da imprensa, que estava por
perto, os policiais mandaram-no calar e forçaram-no a sentar na calçada. Em seguida, ele foi
brutalmente algemado, tendo seu braço esquerdo torcido ao extremo de quase quebrar-se.
Enquanto ele era arrastado por dois policiais para um camburão, os policiais lhe gritavam:
“fala agora filha da puta, fala agora! Tu tá em todas, né?! Nós queria te grampear a
tempo! Fala agora filha da puta”.

Para o povo, fome ou cadeia.

Daqui em diante, o povo foi separado. Presos e feridos para uma cela no Palácio da
Polícia. Os demais seguiram em marcha para o Piratini. Ou melhor, tentaram, pois foram
barrados e dispersos a bombas e tiros pela polícia. Imagens em breve no vídeo.

Entre os presos, não foram mais permitidas fotos.

Apenas marcas e memórias...

Dentro do camburão, já se encontravam os demais 10 companheiros presos, todos


algemados. Um deles, inclusive, era o senhor com o pulmão perfurado, a esta altura, já
cuspindo sangue, branco como papel. Sua esposa, algemada na outra ponta do
camburão, apenas chorava.

Após muito tempo perdido com identificações dos “criminosos”, o senhor mais ferido foi
levado ao hospital, onde teve de passar 3 dias imobilizado e com um dreno retirando-lhe 2
baldes de sangue dos pulmões.

Levados com sirenes ligadas até o palácio da polícia, os trabalhadores foram


mantidos durante a manhã e tarde algemados em uma sala toda gradeada. Ao longo da
tarde, tiveram de identificar-se diversas vezes, ouvindo inúmeras ironias dos policiais. Para
além das diversas referências a que “baderneiros tem mesmo é que apanhar e ser
presos”, surpreendeu a declaração de uma policial que defendia abertamente que
“precisamos mesmo é que os militares venham colocar ordem nessa história” (!)

Aqueles presos que precisavam, por exemplo, ir ao banheiro, eram obrigados a esperar
mais de hora pela boa vontade dos carcereiros, que ainda obrigavam aqueles que estavam
algemados juntos a ir nestas mesmas condições ao banheiro.
Diversos policiais e funcionários manifestaram solidariedade aos presos políticos, mas se
mostravam acossados pela amarras do estado burguês. São empregados.

A realidade é que os presos apenas não foram mais


Como o governo sabia
maltratados, porque a polícia e o governo se sentiram que a juíza os
obrigados a respeitar o poder do povo organizado nos mandaria soltar,
movimentos sociais. Eles sabem que aprendemos a mandaram os
transformar desrespeitos em luta popular.
manifestantes para o
presídio central para
Graças a isso, e a falta de provas que justificassem a dar uma lição.
solicitação do Coroné Mendes de que os trabalhadores
fossem presos por crimes “em flagrante”, foi estabelecido um acordo com o delegado de que
os presos seriam mantidos no palácio da polícia, até a decisão da juíza sobre a correção ou
não de eles serem despachados para presídios comuns.

Não há conciliações na democracia burguesa...

Entretanto, próximo das 22h, quando os advogados tiveram de ausentar-se para


audiência com a Juíza, o delegado recebeu ordens do núcleo do governo, de levar a força
os trabalhadores para presídios comuns. Durante minutos de muita tensão, toda a
negociação estabelecida anteriormente, que parecia sólida, se desmanchava no ar. Todos
seus pertences tiveram de ser deixados para traz em meio a correria. Homens e mulheres
foram separados, colocados dentro de camburões que assemelhavam-se as caixinhas
minúsculas nas quais eram trazidos os trabalhadores africanos seqüestrado na África para a
escravidão no Brasil. Carros gradeados como se carregassem animais ferozes.
Novamente com sirenes ligadas, os “criminosos” foram levados com muito alarde a sua
nova senzala.

Os homens foram deixados no Presídio Central, e as mulheres levadas para o presídio


feminino.

Na penitenciária masculina, o motorista da civil que deixou os homens ainda lhes disse:
“eu sinceramente sinto muito por isso. Vocês estão certos. Mas está é a ordem, né?!”

A NOVA SENZALA DO VELHO BRASIL-COLÔNIA

Já dentro do presídio, os trabalhadores foram postos com os rostos contra uma


parede, ao lado de dois jovens negros, de chinelos de dedo e pés sujos de cal, algemados.
Aos gritos e pauladas na parede, os dois foram levados primeiro. Depois de identificados, os
presos políticos foram, dois a dois, de braços cruzados a frente do corpo, para a revista. O
ambiente era digno de filmes de horror. Paredes podres, caindo sozinhas, tudo muito
gelado e úmido. Celas muito protegidas se apresentavam desde o início do corredor.

Durante as revista, os homens eram obrigados a despir-


Pensamos que isso só
se completamente, retirar todos seus pertences, inclusive
acontecia na ditadura
alianças ou crucifixos. Nus, eram obrigados a agachar-se militar. Aconteceu
algumas vezes em frente aos policiais. A dureza nas ordens semana passada em
dadas pelos agentes já indicava quem mandaria lá dentro e Porto Alegre.
quem deveria apenas obedecer calado. A humilhação e o
rebaixamento humano são as marcas daquele espaço.

Os dois primeiros presos políticos a ser encarcerados foram postos em uma cela
comum com outros homens presos naquela noite. Apenas dois entre os 20 presos aparentava
ter mais de 35 anos. A maioria negros. Todos, absolutamente todos, com rostos sofridos de
trabalhadores pobres. A maioria, preso por transporte de drogas.
Um dos presos políticos era um sem-terra. Conhecia outros dois presos, vizinhos na vila onde
morara antes de acampar, estavam detidos por porte de drogas. Os três com rostos marcados
pela dureza da luta pela sobrevivência. Comentava o sem-terra e seu companheiro que
haviam sido presos durante manifestação pacífica contra o preço dos alimentos e por “bóia
para as famílias”. Lembrava um deles “nós éramos apenas da equipe de animação, nem
pudemos usar as mãos para defender os companheiros, pois fomos cercados e presos antes”.
Todos os presos olhavam com certa admiração, alguns balançando a cabeça em apoio aos
lutadores, enquanto outros chegavam a expressar que estávamos corretos e que assim
deveria ser. Um deles ainda dizia: “é, o povo não sabe a força que tem”. Crescia uma certa
identidade.

Em seguida, porém, os dois presos políticos foram retirados da cela, e colocados em


uma cela ao lado, junto com os demais companheiros presos.

Somente a união e a consciência de classe permitem suportar a desumanização...

Ambas as celas eram cubículos gradeados, escuros, úmidos e muito frios.


Misturavam-se restos de pães, banana, urina e fezes, onde, por vezes, passavam
ratazanas em busca de alimentos. Ali, sentados, os presos políticos passaram boa parte da
noite. Fantasmas começavam a rondar suas mentes.

Eles foram ainda trocados de cela uma três vezes durante a noite, passando
também por identificações, fotografias, etc. Depois de feitos os arquivos policiais sobre
eles, chegou uma informação de que “o comandante queria ter em mãos seus arquivos”.
O mais duro durante a noite, porém, foi suportar o frio lancinante, que congelava seus
corpos permanentemente tiritantes, sentados em uma bancada gelada, durante toda a noite.
Dormir um pouco era um sonho impossível.

Seria muito difícil manter a lucidez mental se aquelas condições materiais se


mantivessem por mais tempo. Apenas a confiança na vitória infalível da luta popular e no
sentido de missão que companheiros presos políticos cumprem na luta de classes, mantinha
sua moral de pé. De fato, eram justamente aqueles com mais formação política os que
conseguiam manter a lucidez militante e animar seus camaradas até o fim.

O medo necessário do poder popular


Sabidamente, a polícia e o estado seguiam com medo do poder do povo organizado.
Por isso, tratou os presos políticos com relativa condescendência. Os horrores vividos foram
mínimos perto do que passam os demais trabalhadores pobres presos por todo o estado,
pelas mais diferentes desculpas. Quase todos, porém, jovens, na maioria negros.

Próximo das 9h os presos políticos foram chamados à identificação e, após algum


período em suspenso, novamente com os rostos contra a parede do corredor, foram
anunciados livres. Antes, porém, foram obrigados a caminhar pelo pátio do presídio, de
braços cruzados frente ao corpo, em fila, ouvindo ordens aos berros dos policiais, que
pareciam querer deixar marcas ainda na saída dos presos.

AÇOS FORJADOS NO FOGO...

E eles tinham razão. Muitas marcas foram deixadas. Todas elas, porém, mesmo as
mais lancinantes, são e serão transformadas em energia para a transformação social. Pois
agora, eles construíram mais algumas dezenas de inimigos mortais da ordem burguesa,
ensinaram-nos mais um espaço decisivo para a organização e a luta de classes e nos
firmaram decisivamente a convicção de que a justiça só será feita quando, quem estiver
algemado, dentro daquelas senzalas, forem os que hoje se acham donos do poder.

A ação da polícia durante a Jornada de Lutas dos Trabalhadores do Campo e da


Cidade, reprimindo sua marcha em Porto Alegre, escancarou o papel do Estado em uma
sociedade de classes.

O povo pode contar com os movimentos sociais para lutarmos juntos por justiça.
Seremos fiéis ao povo, mesmo que isto custe nossas vidas. A primavera chegará.

”Nem prisão ou morte deterão a nossa ação...”

Pátria Livre! Venceremos!

S-ar putea să vă placă și