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O documento analisa a cena do Frade no Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. O Frade é caracterizado como levando uma vida dupla, dedicando-se aos prazeres mundanos em vez de à vida religiosa. Apesar de argumentar que as suas orações o salvariam, acaba por embarcar na Barca do Inferno, criticando a hipocrisia dos membros do clero da época.
O documento analisa a cena do Frade no Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. O Frade é caracterizado como levando uma vida dupla, dedicando-se aos prazeres mundanos em vez de à vida religiosa. Apesar de argumentar que as suas orações o salvariam, acaba por embarcar na Barca do Inferno, criticando a hipocrisia dos membros do clero da época.
O documento analisa a cena do Frade no Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. O Frade é caracterizado como levando uma vida dupla, dedicando-se aos prazeres mundanos em vez de à vida religiosa. Apesar de argumentar que as suas orações o salvariam, acaba por embarcar na Barca do Inferno, criticando a hipocrisia dos membros do clero da época.
1.Percurso cnico: - Entra no cais, dirige-se Barca do Inferno, depois vai Barca da Glria e volta Barca do Inferno, onde embarca.
2. Smbolos caracterizadores e seu simbolismo:
- Moa (Florena) - Infidelidade a Deus, mulher do padre; - Espada, escudo, casco a esgrima, a vida mundanal, que nada tem a ver com a vida espiritual de um frade de verdade.
3. Caracterizao direta e indireta da personagem-tipo.
a) Caracterizao Direta - O Frade autocaracteriza-se como corteso, ou seja, algum que est familiarizado com os hbitos da corte. Mais tarde, assume-se como namorado e dado a virtude que tem tanto salmo rezado Assim, desde logo esta personagem assume, de forma direta, uma vida dupla como frade, que usa hbito e reza oraes e que tambm da corte, que namora, canta, esgrima e toca viola.
b) Caracterizao Indireta - As suas atitudes fazem dele um padre pecador, que
leva uma vida bomia em vez de se dedicar ao servio a Deus ou ao auxlio de quem precisa. Mostra que obstinado quando se nega a entrar na Barca do Inferno, convencido de que as suas rezas e o simples hbito de Frade lhe garantiro um outro destino. Do mesmo modo, tambm no aceita que Florena entre nessa barca, o que pode denunciar que o Frade no estava ainda consciente de ter vivido uma vida de pecado.
4. Argumentos de defesa e argumentos de acusao.
a) Argumentos de acusao Dedicar-se esgrima e aos prazeres da carne, no cumprindo os votos de castidade e de pobreza; dedica-se s coisas do mundo e no s coisas de Deus. b) Argumentos de defesa - O seu estatuto (Frade), ser namorado e tanto dado virtude e ter rezado muito na sua vida.
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5. Tipo(s) de cmico usado(s). - Cmico de linguagem - Devoto padre marido; Furtaste o trincho, frade?) - Cmico de situao - a entrada do frade em cena com a moa pela mo; o Frade a danar. - Cmico de carcter - pensava que a relao proibida com a moa seria perdoada pelas muitas rezas; o Frade dar lio de esgrima.
6. Registo de lngua usado pela personagem-tipo.
- Gria (usava termos tcnicos de esgrima) - Linguagem cuidada
7. Semelhana e diferena entre a personagem Florena e a personagem Pajem, na cena do
Fidalgo. - A semelhana entre a personagem Florena e a personagem Pajem que ambos eram serviais. A diferena que a personagem Pajem foi ilibada e a personagem Florena foi condenada, por ser cmplice. Uma cumpria ordens, a outra agia por sua opo.
8. Interpretao do papel do Parvo.
- Dupla funo: acusar e fazer rir.
9. Inteno de Gil Vicente: crtica generalizada ou crtica individualizada?
- Critica generalizada ao Clero. - Com esta personagem, Gil Vicente pretende criticar no s este Frade mas os membros do Clero, no geral, que no viviam de acordo com os preceitos cristos (celibato, renncia aos prazeres do mundo), denunciando a contradio entre os atos praticados e os votos de castidade, pobreza e obedincia a que estavam sujeitos (como diz o Frade E eles fazem outro tanto). Por outro lado, acreditavam que, s por ser do Clero, tinham direito a um lugar no Cu e eram inumes aos castigos que Deus tinha reservado aos pecadores. Gil Vicente mostra que esto enganados.
10. Exemplos de ironia.
- Gentil padre mundanal, / a Berzabu vos encomendo. - Devoto padre marido, / havs de ser c pingado. - O padre Frei capacete! / cuidei que tnheis barrete!
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