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colecao &Ve O passo decisivo para sua aprova¢ao R =~ CIENCIAS DA NATUREZA [ i E SUAS TECNOLOGIAS \ } Ne Biologia colecao & l res © passo decisivo para sua aprova¢ao A Colegio Enem & Vestibulares ~ 0 passo decisive para sua aprovacdo foi desenvolvida especialmente para vocé que busca conquistar uma boa pontuagio tanto no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, como em vestibulares tradicionais. Com contetido desenvolvido por professores do ensino médio, com ampla experiéncia em preparago de estudantes para o Enem e para ves- tibulares, cada um dos 12 volumes da série apresenta linguagem afinada com 0 que tem sido cobrado nos exames atuais, muitos exemplos prati- cos, fotografias, tabelas, ilustracdes e muitas dicas para vocé. Cada volume é complementado por um DVD com videoaulas dos temas mais importantes. 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PoluigSo por residuos quimicos - garimpo 4, Esgoto doméstico e industrial... 5 6 . Chumbo.. . Poluicdo térmica 7. Lixo. : Doengas transmitidas por dgua e alimentos contaminad6s.... 1. Célere.... 2. Febre tifoide 3. Doenga de Chagas. 4, Hepatite A 5. Poliomielite 6. Leptospirose. 2 7. TOXOpIaSMOSE nnn 22 8. Verminoses .. - : narnia 22 9. Dengue, febre amarela e maléri 24 Ecologia. 30 Importancia... a Niveis de organiza¢ao. 32 Outros conceitos fundamentais.. 33 Componentes bidticos de um ecossistema 34 1. Seres autétrofos. 34 2. Seres heterdtrofos.... 35 Cadeia alimentar. Ciclos da matéria.... Ciclos do carbono e oxigénio, O efeito estufa, Ozénio (0,) Monéxido de carbono (CO) Ciclo do fésforo (POP)... Ciclo do nitrogénio.. is ores — Didxido de enxofre (SO,) ¢ didxido de nitrogénio (NO,). Integrando os ciclos.. Energia para as células .. OATP....... Fotossintese. Quimiossintese Respira¢do 1, Mitocéndrias... 2. Fases da respiracdo aerdbica Fermentacéo... Cromossomos: o material genético A descoberta do niicleo celular... 1. Teoria Celular. 2. Aimportancia do nucleo celular. 3. Ago do material génico e transformaco das bactérias. 64 4, Transformagao. Composi¢ao do material génico . ACIdOS NUCIEICOS neon 1. Amolécula de DNA... 2. Propriedades do DNA .. 3. Como atua a molécula de DNA... 4 Transcrigao. O cédigo genético Biotecnologia... 1. Plasmidios.. a 2. Enzimas ou endonucleases de restri¢ao . 3. Transgénicos... Protetnas importantes 1. Anticorpos.. 2. Enzimas.. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS O ciclo da agua A matéria que compée basicamente os seres vivos é constituida por carboidratos, proteinas, lip{dios e 4cidos nucleicos. Na composi- do quimica dessas moléculas organicas, os principais tomos so: carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio. A 4gua também é impor- tante na composicéo da matéria viva e, assim como esses elementos quimicos, percorre na natureza um ciclo. Enquanto os animais ingerem a égua diretamente do ambiente, as plantas terrestres absorvem-na do solo, por meio das raizes. E a gua 6 devolvida ao meio ambiente: os animais devolvem-na por meio da respiragéo, excrego e suor; as plantas, por meio da respiracdo e trans- piracdo. Uma vez na atmosfera, a 4gua que se encontra na forma de vapor volta & superficie terrestre durante as precipitacdes, sendo no- vamente absorvida pelos seres vivos. E novos ciclos se formam. Peemeueic) anneal prierec? Biologia coleoenem vestibulares Importancia da agua Nos organismos vivos, a agua: * dissolve varias substancias no sangue (plasma) e na seiva bru- ta (vegetal); * transporta materiais intra e extracelularmente; * participa de reacdes quimicas intracelulares ~ por exemplo, doan- do hidrogénios para a produgio de glicose durante a fotossintese; © retira calor do corpo, mantendo a temperatura ideal, pela elimi- nagio do suor. Por isso, uma pessoa com febre transpira muito, pois esté eliminando calor por meio do suor. Repare que isso ocorre também na pratica de esportes: o organismo é aquecido pela atividade intensa, mas o suor possibilita a manutengéo da temperatura corporal; © recolhe restos quimicos do trabalho das células e conduz para a eliminacao através de érgaos especificos. Difusao e osmose Nao somente a 4gua, mas também outras substancias entram nas, células dos seres vivos onde desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento e a manutengio da vida. Isso ocorre porque as células so constitufdas por membranas com variados graus de permeabilidade, por onde as substncias entram e saem. A entrada e a saida ocorrem por meio da difusio e da osmose. Permeabilidade da membrana Entende-se por permeabilidade a capacidade da membrana de deixar fluir por ela solventes e solutos. ‘As membranas podem ser: + Permeaveis: deixam passar de “tudo” - soluto e solvente. ‘+ Semipermeéveis: selecionam o que passa; por exemplo, deixam passar solvente. + Impermeéveis: no deixam passar nem soluto nem solvente. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia ccmptomasstenintanasisetiesans ee Membrana plasmatica Como as células esto mergulhadas em solugées (meio extracelu- Jax), em que as concentragées de soluto diferem de seu meio interno, temos as seguintes classificagdes das solucées: * Hipotdnicas: apresentam menos particulas (soluto) dissolvidas em Agua (solvente). * Hiperténicas: apresentam mais soluto (particulas) dissolvido em solvente (gua). + Isoténicas: apresentam as mesmas concentracées de soluto nos meios externo e interno da célula. Esse fluxo de substdncias ~ solvente e soluto - pode ocorrer por osmose e por difusao. 1. Difusdo £ a passagem das moléculas do meio de maior concentragio para o meio de menor concentracdo. A égua e os gases atravessam a membrana plasmética fosfolip{dica do meio extracelular para o meio intracelular e vice-versa, sem gasto de energia pela célula. Nas células, os dtomos e as moléculas esto em continuo mo- vimento e tendem a seguir esse fluxo (do mais concentrado para 0 menos). Isso acontece com acticares, certas proteinas e sais. colecdoenem : vestibulares A difusio pode ser facilitada por certas proteinas, as permeases, especializadas no reconhecimento e transporte de substancias para o interior da célula. 2. Osmose Ea passagem da agua (solvente) de uma solugac hipoténica (menos concentrada) para uma solugo hiperténica (mais concentrada) atra- vés de uma membrana semipermeével, como a membrana plasmatica. « Osmose em células animais Veja no esquema abaixo como uma hemécia (célula do sangue) se comporta em diferentes tipos de solusao. A:solucéohipoténica —_—_—B: solugo isot6nica C:solucao hiperténica Entrada dedgua Se colocada em solucao hipoténica, isto é, com menor concen- tracdo de particulas do que ela, a célula animal absorve agua, incha e pode estourar, pois a velocidade de entrada de égua na célula maior do que a de saida (A). Quando uma célula animal é posta em solugao isoténica, isto é, com concentragéo semelhante & sua, ndo ocorre alteracdo, pois a passagem de agua de um lado para o outro € equivalente (B). J quando mergulhada em solucao hiperténica, isto é, com mais, particulas (soluto) do que ela, a célula animal perde agua. Isso se d& CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia ooo porque, por osmose, a 4gua presente em maior quantidade na célula passa para a solugio (C). 2.2. Osmose em células vegetais Diferentemente da animal, a célula vegetal, quando colocada em meio hipoténico, incha (sofre deplasmélise), mas nao se rompe, pois, além da membrana celular fosfolipidica, ela possui externamente uma parede celulésica rigida que limita seu aumento, exercendo uma pressdo contréria a entrada de gua. Assim, a célula para de ganhar égua quando atinge o limite de distensao, e nao quando sua concentragéo se iguala & do meio. Dizemos que uma célula vegetal est em turgescéncia quando colocada em solucao hipoténica e vai absorvendo gua do meio até que a pressdo exercida pela parede celular contrabalance a entrada de égua por osmose. Quando a célula atinge esse estado de equili- brio, ela esté targida (A). Quando colocada em solugio isoténica, a célula vegetal nao se altera (B). ‘Jaem solucao hipertdnica, ela perde agua e murcha (sofre plasmélise).. Veja na ilustragao acima que, quanto mais 4gua hé na célula, maior a pressio contra as paredes. Quanto menos 4gua, mais enrugada e murcha se torna a célula (C). £ 0 que ocorre com a alface temperada com sal, por exemplo. 12 Transpira¢gdo dos vegetais Os vegetais modificam as condigdes climaticas, como a umida- de do ar, a temperatura e o regime de ventos, criando um clima mais favordvel para a adaptacio dos seres vivos. 0 conhecimento da fisiologia das plantas foi importante para que a espécie hu- mana pudesse domesticé-las, desenvolver a agricultura e ocupar espacos geograficos. Uma das necessidades fisiolégicas dos vegetais é a transpiracio, que é a eliminagao da 4gua na forma de vapor (evapotranspira¢ao). Esse processo é realizado por meio dos estématos, mintisculas estru- turas existentes na parte inferior das folhas. Cada estémato é formado por duas células-guarda parecidas com um gréo de feijéo. Entre elas hé uma abertura denominada ostiolo. Com a entrada de 4gua nas células-guarda por osmose, o ostiolo se abre, permitindo ao estémato realizar as trocas gasosas e a transpi- ago. As células-guarda controlam a abertura do ostiolo de acordo com 0 teor de agua existente no interior da planta. Varios fatores influem na transpiracao, tais como a ventilagao, a umidade relativa do ar, a temperatura, a espessura da cuticula (ca- mada de cera finissima que protege as folhas) e a érea foliar. Peo estimta adiida de carbona env, enquanoa gue eo axgtnlosaem. élulas-guarda OS® CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SS RR Absorcao e transporte de agua nos vegetais vasculares Os vegetais retiram a agua do solo e esta é conduzida das raizes até as folhas, onde ocorrem a transpiracio e as trocas gasosas. Para isso, os vegetais contam com tecidos condutores. Sao eles: © Xilema: conduz a seiva bruta (4gua e sais minerais) das raizes até as folhas. © Floema: conduz a seiva elaborada das folhas para todo o vegetal. A ascensio da seiva bruta no interior do xilema (vaso condutor) deve-se a forca de succdo gerada pela transpiracao foliar. As molécu- las de agua, unidas entre si por sua polaridade e aderidas as paredes do xilema, formam uma coluna de gua que chega até as folhas. A gua é entdo eliminada, principalmente através dos estématos. Como as folhas perdem Agua, imediatamente retiram mais gua do caule. Este, por sua vez, retira égua das raizes, as quais absorvem mais gua do solo. A condugao da seiva das raizes até as folhas depende de trés fenémenos, sendo a transpiracao o principal: * Capilaridade: capacidade de adestio e coesio das moléculas de agua. © Pressio positiva da raiz: capacidade de empurrar a seiva para cima, isto é, as células Estrutura da folha do cilindro central por estarem mais concentradas em sal, “puxam” a seiva, num processo de difusio. © ‘Transpiragéo: 6 a parénquima perda de agua fingers ane pelas folhas por evaporacio staV65 enna dos estématos. fotossintetizant lacunoso Nervura da folha com vvasos dexilema efloema 4 Danos a qualidade da agua Aproximadamente 97,5% de toda a 4gua do planeta encontram- -se nos oceanos. £ agua salgada, imprépria para consumo, 0 restante da agua da Terra (2,5%) € formado por 4gua doce, mas a maior parte no esta disponivel. As calotas polares e geleiras contém 2% de toda a Agua do planeta ou 80% da égua doce, O restante (20% da égua doce ou 0,5% da gua total do planeta) esta nos rios, lagos ou lencéis subterré- neos, como o Aquifero Guarani ou Alter do Cho. No ha vida sem Agua. Mas a poluicdo e o mau uso (desperdicio, falta de reciclagem) podem piorar a escassez e aumentar as dispu- tas por esse precioso Ifquido, como jé ocorre em alguns pafses. ‘A égua é um recurso finito, nao renovével, vital para a sobrevivéncia dos seres vivos. Contudo, a poluigéio decorrente das atividades humanas (agricultura, pecudria e industria) tem afetado a qualidade da agua, oca- sionando sua redugo e o comprometimento das reas de mananciais e colocando em risco a oferta de agua nos préximos anos, ‘Varios tipos de poluente afetam a qualidade da agua, dentre os quais: 1. Poluigdo por derramamento de petréleo © uso intensivo e quase exclusivo do petréleo para as atividades industriais e de locomogao resultou, nos iltimos anos, em muitos aci- dentes graves com navios petroleiros ou com plataformas maritimas. — BC a CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia ESET 0 LLL Em decorréncia, 0 derramamento de petréleo forma grandes manchas de éleo na superficie da 4gua, prejudicando, entre outros fatores, a passagem de luz, fundamental para a fotossintese reali- zada pelo fitopléncton (algas microscépicas). Com a morte do fito- plancton, toda a cadeia alimentar aquatica é afetada, pois as algas so responsiveis pela base da cadeia alimentar, além de fornecerem mais de 70% do oxigénio (0) atmosférico. Além disso, as manchas de éleo que, em certos casos, atingem a costa podem nao s6 poluir as praias, como também invadir os man- gues, que séo verdadeiros bercérios de muitas espécies de crustéce- 0s, peixes, algas e plantas. 2. Poluigaéo por agrotdéxicos A crescente necessidade de produgio de alimentos impée, cada vez mais, a utilizacdo, na agricultura, de fertilizantes e pesticidas que, se no utilizados adequadamente, atuam como poluentes. Os agrotéxicos, por néo serem biodegradaveis, causam graves problemas no solo e na égua. De efeito prolongado e cumulativo, aca- bam por passar de um ser a outro (bioacumulacao), afetando toda a cadeia alimentar. © DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano), por exemplo, um inseticida muito utilizado e hoje banido do Brasil e de outros paises, contamina o solo e/ou a égua. Dessa forma, é absorvido por uma alga (um produ- torna cadeia alimentar), que serve de alimento a um microcrustéceo, ‘© copépode (consumidor), que acumuula parte desse inseticida em seu conganismo. A contaminagdo se repete por toda a cadeia, sendo que nos consumidores de tiltimo nivel tréfico 6 efeito bioacumulativo sera méximo e com consequéncias muito danosas. Nas aves (atobas neste caso), foram descritos prejuizos até no mo- mento de formacao da casca do ovo, com seu decorrente rompimen- tono momento da postura nos ninhos. Além dos danos fisiolgicos ao organismo, deve-se lembrar que os agrotéxicos, por terem um grande campo de atuacéo, também causam a morte de insetos benignos, como as abe- Ihas, que séo fundamentais na polinizagao das plantas 16 colecgoenem.é. vestibulares. 3. Poluic¢do por residuos quimicos - garimpo (O merciirio, um metal pesado muito utilizado em ati- vidades garimpeiras para separar impurezas do pé de ouro retirado do leito de rios e riachos, é langado na at- mosfera e principalmente nas aguas em grande quantidade, Com o consumo de peixes, crustaceos e outros animais contaminados, 0 mercirio chega ao nosso organismo, po- dendo causar danos ao sistema nervoso ou a fetos em desenvolvi- mento. Jé foram descritos casos tanto no Brasil (Cubatéo/década de 1970), como no Japao (Baia de Minamata/década de 1950), de criancas nascidas sem cérebro em decorréncia do consumo de crustéceos con- taminados com merciirio pelas mes. 4. Esgoto doméstico e industrial O excesso de nutrientes como nitratos e fosfatos na agua, decor- rente de contaminacio por esgoto doméstico, excesso de fertilizan- tes agricolas ou residuos orgénicos e inorgénicos das indistrias, leva a.um dos processos de degradacao mais danosos nos cursos d’4gua, chamado eutrofizacio ou eutroficacio. Veja 0 resultado desse processo: ‘A decomposicao da matéria orginica libera nutrientes na égua — nitratos e fosfatos - que beneficiam as populacées de bactérias aeré- bias, Esses nutrientes sio utilizados por micro-organismos, que pro- liferam e retiram mais oxigénio da 4gua, levando & morte os animais aquaticos por falta de oxigénio. Num ciclo longo, a contaminagao far& com que restem apenas seres anaerébios no meio aquatico. 5. Chumbo Proveniente do descarte irregular de baterias (celular, automével), de placas de aparelhos eletrénicos, de residuos industriais de pegas metdlicas ou soldas, entre outros, o chumbo é, juntamente com o CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia merctirio, uma das grandes preocupacées atuais, quando se conside- ra a contaminagio da agua e do ambiente em geral. Esse metal pesado pode se acumular em varios érgaos, como © figado, causando a destruicao lenta de suas estruturas, e os ossos, substituindo o célcio e promovendo uma deficiente producio de he- moglobina, que leva a um quadro de anemia. Também pode provocar lesdes no sistema nervoso central, problemas renais e outros. A melhor maneira de evitar que metais pesados alcancem o meio é encaminha- -los para coleta adequada e reciclagem. ff (wens 2700) sz 6. Polui¢ado térmica Muitas indistrias utilizam a agua de rios ou mares para promo- ver 0 resfriamento de suas caldeiras ou de outros equipamentos que necessitam de refrigeracéio. Essa pratica, bastante comum em centrais termoelétricas, usinas nucleares e siderurgias, acarreta a elevacdo da temperatura da 4gua, facilitando o desprendimento de oxigénio. A diminuicao da concen- tragio de oxigénio no meio afeta fortemente a vida dos seres aquati- cos, que morrem ou migram para outras regides. Uma solugao para o problema seria a retengio da gua aquecida em grandes reservatérios, para reuso ou para resfriamento antes de sua devolugdo ao meio. 7. Lixo Um dos grandes desafios atuais é a produgio de lixo, cada dia maior em razo dos hébitos da vida moderna e do aumento do con- sumo. A falta de espaco para descarte, aliado ao descarte incorreto, como jogar lixo em ruas, bueiros e rios, ocasiona enchentes, mau cheiro e proliferagao de ratos e insetos que causam ou transmitem doengas como a leptospirose, doenca bacteriana transmitida pela urina do rato, gerando um grave problema para a satide publica, Além disso, se enterrado inadequadamente, o lixo pode contami- nar os lengéis subterraneos que alimentam os mananciais, formece- dores de agua para os municipios. Uma das solugées para o problema seria a construgio de mais aterros sanitérios, que so locais devidamente preparados para o re- cebimento do lixo. Ao contrério dos lixées, os aterros, quando pro- jetados adequadamente, protegem o solo e, consequentemente, os lengéis fredticos da contaminacio. Outra solugdo que deve ser estimulada é a reducio do consumo de descartveis e a reciclagem (papel, plastico, metal, vidro), bem como a ( utilizagio do lixo orgénico para a produc de fertilizantes (compos- tagem). Além de reduzirem o volume de lixo transportado aos aterros, aumentando sua vida itil, essas ages empregam muitas pessoas. Doengas transmitidas por agua e alimentos contaminados De maior ocorréncia em paises em desenvolvimento e subdesenvolvi- dos, em consequéncia de seu sistema de saneamento bésico ineficiente ou quase nulo, grande parte das doencas transmitidas pela ingestio de ‘gua nao tratada ou de alimentos contaminados é causada por micro- -organismos provenientes de fezes humanas ou de outros animais. ‘A Agua nao tratada em geral provém da superficie (lagos e rios), do subsolo (pogos) ou da chuva (cisternas). Quando chove, a Agua car- rega micro-organismos do ambiente atmosférico e, ao escorrer pelo solo, arrasta germes da terra, Nenhuma dessas fontes chega a ser muito grave como meio de contaminacao, devido a diluigdo em gran- des extensdes ou correntes de agua, ou a filtragdo através do solo, ou, ainda, por causa da penetragao em reservatérios subterraneos. Tais processos naturais, contudo, nao protegem a Agua da poluigao microbiana provocada por dejetos humanos, domésticos ou industriais. Por essa razio, a agua de uso humano deve ser filtrada e/ou tratada qui- micamente para assegurar sua pureza. £ também essencial que os de- CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Seen en nn nn nn nn meme aeemmmeet jetos sejam tratados, visando remover os micro-organismos patogéni- cos (causadores de doengas), assim como aqueles que causam odores ‘ou gostos indesejéveis. Isso é efetuado pelo tratamento quimico e por germes nfo patogénicos que sto estimulados a crescer em unidades de descarga de esgotos, onde digerem e oxidam material orgénico, contri- buindo para a morte dos micrébios patogénicos. 0 tratamento adequado, que varia com o tipo e a fonte de dejetos, pode eliminar os riscos & satide e remover compostos prejudiciais para as formas de vida aquética. As principais doencas infecciosas transmitidas por agua e ali- mentos contaminados so: 1. Célera Originéria da Asia, a célera é uma doenca infectocontagiosa agu- da do intestino delgado. 0 Vibrio cholerae, a bactéria responsdvel pela doenga, é transmitido pelo contato com gua ou alimentos contami- nados pelas fezes de pessoas doentes. As moscas podem transportar 0 vibriao colérico de materiais contaminados para os alimentos con- sumidos por individuos suscetiveis. © periodo de incubagio varia desde algumas horas até trés dias. Os sintomas compreendem vomits e fezes diarreicas profusas, os quais dao lugar a uma severa desidratagao com perda de nutrientes, muitas vezes fatal. Epidemias séio comuns em regides onde as condigées de higiene sio precirias. 2. Febre tifoide Provocada pela bactéria Salmonella typhi, é uma doenga infecciosa grave transmitida pela ingestdo de égua ou alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas portadoras da doenca. Seu agente é também conhecido como bacilo de Eberth, nome dado em home- nagem ao cientista Karl Joseph Eberth, que foi o primeiro a descrever a doenga em 1880. Abactéria se multiplica no tecido linfético e entra na corrente sanguinea. O periodo de incubagioé 19 20 colecdoenem 3 vestibulares: de uma a trés semanas, quando aparecem os primeiros sintomas, como febre prolongada, hemorragia nasal, inflamacao intestinal, fadiga, dor de cabega e aumento do volume do figado e do baco, além do aparecimento de manchas rosadas na pele da regio do tronco. £ exclusiva dos seres humanos, podendo levar até ao ébito em 25% dos casos niio tratados. 3. Doenga de Chagas Seu agente etiologico é protozoario flagelado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas, em home- nagem ao também cientista Oswaldo Cruz £ transmitida ao ser humano pelas fezes deixadas no lugar da picada do inseto conhecido popularmente como barbeiro, que se ali- menta de sangue contaminado de animais vertebrados como bovi- nos € pequenos roedores. Também pode ser transmitida por trans- fuséo de sangue, por transplante de érgdo e na vida intrauterina, quando a mie contaminada transmite a doenca ao feto. periodo de incubacao é varidvel. A forma aguda da doenca re- presenta uma infeccdo generalizada e as lesdes podem estar pre- sentes nfo s6 no miocérdio (miisculo cardfaco), como também no sistema nervoso central (ineningencefalite), no figado, no baco, nas paredes intestinais e no es6fago. ‘Nos tiltimos anos, houve registros no Brasil de transmissio da doen- a pela ingestdo de suco de acai e de caldo de cana contaminados pelo protozoario e processados artesanalmente. 4. Hepatite A Doenga contagiosa do figado, é causada pelo virus da hepatite A (HAV). A transmissio é fecal-oral por ingestao de Agua e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa para outra. Alguém in- fectado pode transmi ir a hepatite A mesmo no apresentando sin- tomas visiveis. O ser humano é o tinico hospedeiro natural do virus. Dores musculares, febre alta e coloragéo amarelada da mucosa e da pele (ictericia) séo os sintomas mais comuns da doenca. Casos fatais de hepatite A fulminante sao escassos. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS _Blologia RN 5. Poliomielite £ uma moléstia infecciosa sistémica aguda causada por um dos menores virus, o poliovirus. Os sintomas iniciais podem assemelhar- -se aos do resfriado comum, com febre e dor de cabeca. Outros sin- tomas incluem vémitos, rigidez da nuca e das costas, sensibilidade ¢ paralisia. A infeccao é transmitida pelos virus presentes nas secrecdes na- sais e orofaringeas, bem como nas fezes dos casos agudos ou assinto- mticos. Os virus excretados nas fezes podem contaminar alimentos ¢ dgua e ser veiculados por moscas. Sua penetraco no organismo pode se efetuar por via tanto respiratéria como digestéria. 0 controle da poliomielite depende do isolamento dos pacientes e da desinfec- do das excrecdes. A multiplicagao inicial do poliovirus ocorre pela garganta e intestinos, penetrando no organismo. Em seguida, disse- mina-se pela corrente sanguinea e, ento, infecta o sistema nervoso, onde sua multiplicacao pode ocasionar a destruigéo dos neurénios motores, 0 que resulta em paralisia flacida. 6. Leptospirose £ uma doenca infecciosa causada por uma espiroqueta (bactéria em forma de saca-rolha) pertencente ao género leptospira. Ratos, camundongos, ces e outros animais sao reservatorios naturais das bactérias e podem ser portadores assintométicos, eliminando-as pela urina. A infeccéio se dé pelo manuseio de objetos contamina- dos ou pelo contato direto da pele com Agua infectada pela urina desses animais, como ocorre nas enchentes. Os principais sintomas sao febre alta, dor de cabeca aguda, ca- lafrios, dores musculares e articulares, vémitos, ictericia, dor abdominal, diarreia. Os quadros mais graves apresentam faléncia renal e hepatica, meningite e deficiéncia respiratéria. Em casos agudos, a doenga pode até levar & morte. colecdoenem vestibulares 7. Toxoplasmose Causada pelo protozoario Toxoplasma gondii, facilmente encontra- do na natureza, sua transmissdo se dé de trés modos: * de forma congénita, da mae para o feto; * por ingestio de cames cruas ou malpassadas, principalmente de porco e de carneiro; ‘por ingestio de cistos eliminados com as fezes de gatos que so infectados ao comerem roedores e passarinhos contaminados. © quadro clinico se distingue de pessoa para pessoa, variando de quase nenhum sintoma até o risco de morte. 8. Verminoses Sio infeccées intestinais causadas por vermes e protozoarios que habitam o organismo do hospedeiro. A contaminagio se dé pela in- gestio de égua ou alimentos contaminados e também pela pele. As principais verminoses sdo: 8.1. Ascal £ causada pelo verme Ascaris lumbricoides, também conhecido po- pularmente como “lombriga” ou “bicha”. ‘Uma s6 fémea pode eliminar, junto com as fezes da pessoa parasita- da, cerca de 200 mil ovos por dia. Os ovos podem ficar no ambiente du- rante longo tempo e ser ingeridos com gua ou alimento. Quando passa do estagio larval rabditoide para o filarioide, vai do intestino para o san- gue, figado, coracio, pulmées (onde o verme torna-se adulto), traqueia e énovamente deglutido, instalando-se no intestino. © Ascaris nao é hemat6fago; entretanto, pode ocorrer de ele lesar a mucosa intestinal e provocar ligeiras hemorragias, eventualmente absorvendo pequena quantidade de sangue. ‘A migragéo pulmonar do parasita determina fenémenos de cordem inflamatéria (lesdes no tecido pulmonar), podendo chegar ao quadro de pneumonia milltipla 22 8.2. Teniase A teniase ou solitéria é uma infeccdo intestinal causada pe- los parasitos Taenia solium (porco) e Taenia saginata (boi), que so as duas espécies mais conhecidas. Geralmente a infecgio se dé por apenas um verme, advindo daf seu nome popular. © ser humano é o hospedeiro definitivo das duas espécies de t8nia, enquanto bovinos e suinos séio hospedeiros intermediarios. Adquire-se a doenca com a ingestao da carne crua ou malpassada desses animais. © verme adulto produz proglotes (angis) maduras e gravidas com ovos, que se desprendem e sao eliminadas pelas fezes. A tenjase intestinal é normalmente assintomética, mas algumas pessoas apresentam nduseas, vomitos, dores abdominais, perda de peso, cansago e alteracdes de apetite 8.3. Cisticercose Enquanto a tenfase é causada pelo verme adulto, a cisti cercose ocorre pela ingestio de gua e alimentos contami nados com os ovos da Taenia solium. Quando estes eclodem, as larvas podem sair do intestino pela corrente sangufnea e se instalar em érgaos como olhos, coragao, pulmao e cérebro, ocasionando desde dores de cabeca até convulsées e ceguei- ra, Se no for tratada, pode comprometer os érgios vitais ¢ levar até A morte 8.4, Esquistossomose Também conhecida por barriga-d’agua, é uma doenga causada pelo parasito Schistosoma mansoni. A infeccdo ocorre quando a pele en- tra em contato com gua contaminada onde vivem alguns tipos de molusco, hospedeiros do verme. A penetrago das larvas cercérias na pele pode provocar derma- tites passageiras ou sensibilizar o organismo, determinando crises de urticéria, bem como, em seu trajeto, lesar o pulmao, originando 23 colepdoenem:: vestibulares bronquite ou pneumonia. Os vermes adultos, quando morrem, pro- vocam flebite ou obstrugao de pequenos vasos, causando lesdes no figado, intestino, pulmao e baco. 9. Dengue, febre amarela e mala! Essas doencas nao sao transmitidas diretamente pela 4gua, mas pelo mosquito Aedes aegypti (no caso da dengue e da febre amarela) e pelo Anopheles (malaria), que se reproduzem em agua parada, 9.1. Dengue A dengue é causada por virus transmitidos pela fémea do mosquito Aedes aegypti. A fémea coloca os ovos em agua limpa, acumulada em ‘vasos de plantas, caixas-d’égua sem tampa, pneus e garrafas vazias. Os ovos ficam aderidos & superficie da agua até se transformarem em larvas e, posteriormente, em mosquitos com capacidade de voar. Quando pica uma pessoa (ou macaco), a fémea do mosquito pode tanto adquirir o virus (se a pessoa ou macaco estiverem contamina- dos), como transi lo, se jé estiver infectada. Os sintomas da dengue séo muito variéveis, pois dependem do tipo de virus, de fatores genéticos, da existéncia ou nao de exposicao prévia a um dos virus causadores da doenga, entre outros. Pode ser assintomatica, causar febre leve ou, em menos de 1% dos pacientes, desencadear situagées graves, com risco de morte. A forma mais eficaz de combater essa doenga é eliminar os fo- cos de reproducéo do mosquito, isto é evitar o actimulo de agua em pneus, vasos, caixas abertas, garrafas vazias etc. 9.2. Febre amarela A febre amarela ja fez milhares de vitimas no pas- sado e hoje ainda causa mortes na América e na Afri- ca. Esté praticamente restrita ao ambiente rural e, portanto, a cidades e povoados de grandes extensdes 24 — —— CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia hr rurais, Contudo, além da febre amarela silvestre, existe a urbana - esta transmitida pelo Aedes aegypti, que se reproduz em gua. A febre amarela urbana pode se propagar quando uma pessoa in- fectada introduz o virus numa érea urbana onde ha o Aedes aegypti. 0 mosquito contaminado e passa a espalhar o virus através da picada. Introduzido na corrente sanguinea, o virus rapidamente se instala no figado, baco, rins, coragio, pulmées e até na medula éssea. Hé como prevenir a doenca por vacina, mas para combaté-la é preciso erradicar o mosquito transmissor. 9.3. Malaria £ causada pelo protozoério Plasmodium e transmitida pela picada da fémea do mos- quito Anopheles, que também se reproduz em Agua. Os plasmédios, ao entrarem na corrente sanguinea humana pro- venientes das glindulas salivares do mosquito, invadem as células do figado e se reproduzem assexuadamente, fase que leva de 6 a 15 dias apés a infec- fo inicial. Do figado saem formas infectantes, chamadas merozoitos, que invadem as hemécias e se reproduzem, liberando, a cada 480u72 | horas, novos plasmédios, que repetem esse ciclo provocando picos de febre na pessoa infectada, devido a liberacio de toxinas e ao rompi- mento das hemacias. Em geral, apés cinco ciclos, os novos plasmédios deixam de inva- dir as hemécias e passam a formas gamé icas que, se forem sugadas por outras fémeas do mosquito Anopheles, irdo terminar a reprodu- Gao sexual no interior do mosquito. Nao ha vacinacdo para a maléria; logo, a providéncia para néo contrair a doenca é evitar a picada dos mosquitos, utilizando telas nas portas e janelas e mosquiteiros nas camas, repelentes e roupas de mangas compridas, entre outros. Evitar 0 aciimulo de agua parada em vasos de plantas, pneus ve- Thos, garrafas e latas vazias constitui uma forma importante tam- bém no combate a essa doenca. 26 colecdoenem « vestibulares ‘Veja como o tema relativo & agua aparece no Enem. |Enem 1999] A construcao de orandes projetos hidroelétricos também deve ser analisada do pponto de vista do regime das aguas e de seu ciclo na regio. Em relagSo ao ciclo da gua, pode-se argumentar que a construcgo de grandes represas: 2) nBo-causa impactos na tegido, uma vez que a quantidade total de gua da Terra permanece constante, 1do causa impactos na regido, uma vez que a dgua que alimenta a represa pros- segue depois rio abaixo com a mesma vazao e velocidade. ©) aumenta a velocidade dos rios, celerando o ciclo da 4gua na regido. <) aumenta a evaporacao na regido da represa, acompanhada também por um au- mento local da umidade relativa do ar. b) 2) diminui a quantidade de &qua disponivel pare a realizagio do ciclo da agua, ‘Ainstalacao de uma represa alaga uma grande étea e, consequentemente, 0 ac mul de agua na superficie anteriormente seca possibilita o aumento da evapora¢so eleva a umidade relativa do ar naquela regio. Portanto, aalternativa correta éa’d” Repare que, embora a questdo néo solicte di- retamente conhecimento sobre os impactos socio- ambientals decorrentes de um projeto hidrelétrico, para responder corretamente & necessério saber ‘que 0 represamento das Sguas de um rio acarreta profundos impactos ambientals numa regio (0 {que elimina as alternativas a" eb"), altera o fluxo desse rio a jusante da represa, isto é, abaixo dela, mas isso no implica aumentar a velocidade do rio «endo interfere na quantidade de égua disponivel para a realizagio do ciclo da Sgua (0 que elimina as letras‘c"e“e", pois a agua represada continua parti- ‘pando do ciclo da agua |Enem 2000 | Anda hoje, € muito comum as pessoas utiizarem vasilhames de barto (moringas ‘ou potes de ceramica no esmaltada) para conservar &gua a uma temperatura me- nor do que a do ambiente. Isso ocorte porque: a) © batro isola @ agua do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura me- nor que a dele, como se fosse isopor. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia ee ) © barro tem poder de ‘gelar”a dqua pela sua composicSo quimica, Na reagao, gua perde calor <)_obarto é poroso, permitindo que a Squa passe através dele, Parte dessa Agua eva- ora, tomando calor da moringa e do restante da dqua, que séo assim resfiadas. 4) obarro é poroso, permitindo que a agua se deposite na parte de fora da moringa ‘Agua de fora sempre estd a uma temperatura maior que a de dentro. ©) a moringa é uma espécie de geladera natural, iberando substancias higroscépi- cas que diminuem naturalmente a temperatura da gua, ‘A moringa de barro é porosa, o que possibilita que a Agua de seu interior extravase e fique exposta a0 ambiente externo. £ por isso que uma moringa, um filtro. ou mesmo um vaso de barro, quando cheios de gua, ficam molhados € mais escuros do lado de fora. A gua que passa pelos poros do barro evapora e, nessa mudanga de estado, retira parte do calor da moringa e da agua, que ficam mais frias. Portanto, a correta é a alternativa’c’ | Enem 1999 | Segundo 0 poeta Carlos Drummond de Andrade, a“Sgua um projeto de viver’ Nada meiscorreto,se levers em conta que toda égua com que convivernos carrega, além do puro e simples H,0, muitas outras substéncias nela dissolidas ou em suspen- so. Assim, 0 ciclo da agua, além da propria Squa, também promove o transporte e a recistribuicdo de um grande conjunto de substancias relacionadas & dindmica da vida, No ciclo da agua, a evaporacéo é um proceso muito especial, jé que apenas moléculas de H,0 passam para o estado gasoso, Desse ponto de vista, uma des con- sequéncias da evaporagdo pode ser: a)_a formacéo da chuva écida, em regides poluidas,a partir de quantidades muito pequenas de sulbstncias dcidas evaporedas juntamente com a égua, b) a perda de sais minerais,no solo, que s80 evaporados juntamente com a agua, ©. @ aumento, nos campos irigados, da concentragéo de sais minerais na dgua pre- sente no solo, @) @ perda, nas plantas, de substancias indispenséveis & manutencao da vida vege- tal, por meio da respiragao. ©) adiminuicao, nos oceanos, da salinidade das camadas de Aqua mais préximas {da superficie ‘Como informa 0 enunciado, embora a égua contenha outras substancias, apenas as moléculas de H,O evaporam, passando para o estado gasoso. Com isso, a concentracéo dos sais minerals presentes na agua contida no solo au- ‘menta, ja que esses sais no evaporam com as moléculas de H,0. Assim, & cor- reta a alternativa‘c’ 28 | Enem 2008 | COs ingredientes que compdem uma goticula de nuvem so 0 vapor de gua e um riicleo de condensagéo de nuvens (NCN). Em tomo desse nticleo, que consiste em uma mmindiscula particula em suspenséo no ar, 0 vapor de agua se condensa, formando uma oticula microscépica, que, devido a uma série de processosfisicos, cresce até precipi- tarse como chuva. Na loresta Amazénica, principal fonte natural de NCN é a prépria ‘vegetagéo. As chuvas de nuvens baixas, na estagSo chuvosa, devolvern os NCNs, aeros- scis, 8 superficie, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela fioresta. AS ‘nuvens altas s80 carregadas por ventos ras intensos, de altitude, viajam centenas de quildmetios de seu local de origem, exportando as partculas contidas no interior das, gotas de chuva. Na Ammaztnia,cuja taxa de precipitagéo é uma das maisaltas do mundo, ciclo de evaporacéo e preciptacéo natural éatamente eficiente. ‘Coma chegada, em laroaescal, dos seres humanos 8 Amazbnia, a longo dos iltimos 30 anos, parte dos ciclos natures estésendo alterada, As emissbes de poluentes atmosté- ricos pelas queimades,na época da seca, modticar as caracteristcas fsicas e quimicas da atrmosfera aman6nica, provocando 0 seu aquecimento, com modificacéo do perfil natural da variagdo da teriperatura com a ature, o que toma mais dif a formagio de nuvens. Paulo Artaxo etal. © mecanismo dalresta para fazer chover, In: Scenic American Basi, ano 1,111, abr /2003,p. 38-45 com adaptagbes Na Amazénia,o ciclo hidrolégico depende fundamentalmente: a) da produgdo de CO, oriundo da respiragdo das drvores. ) da evaporacio, da transpiracao e da lbera¢ao de aerossois que atuam como NCN. ©) das queimadas, que produzem goticulas microscopicas de Agua, as quais cres- ccem até se precipitarem como chuva 4) das nuvens de maior altitude, que trazem para afloresta NCNs produzidos a cen- tenas de quilémetros de seu local de origem. ©) da intervengo humana, mediante aces que modificam as caracteristicas fisicas e quimicas da atmosfera da regio, Veja que 0 texto que introduz a questéo informa que as goticulas de nuvem so formadas pelo vapor de gua e por nticleos de condensacéo de nuvens (NCNs). Na regio amazénica, assim como nas demais regides de florestas equa- torias, a propria vegetacao é a principal fonte de NCNs. Eas chuvas de nuvens baixas, na estago chuvosa, devolvem os NCNs, ae- rosséis, & superficie, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta’ Iso indica claramente que o ciclo hidrolégico amazénico depende da evaporaco, da transpiragdo e da liberacao de aeross6is que atuam como NCNS, ois, uma vez ali formados, estes retornam ao mesmo ambiente por meio das precipitagoes. Portanto, aalternativa correta éa letra “b’, CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia eee | Enem 2001 | ‘A agao humana tem provocado algumas alteragbes quantitativas e qualitativas da égua: |. Contaminacéo de lengbis freaticos. Il. Diminuigéo da umidade do solo. IIL Enchentes e inundagoes, Pode-se afirmar que as principals ages humanas associadas as alteracées I, He 580, respectivamente, a}_uso de fertilizantes e aterros sanitérios/lancamento de gases poluentes/canaliza- 80 de cérregos erios, by lancamento de gases poluentes/langamento delixo nas ruas/construcéo de ater- 10s sanitérios. ©) uso de fertlizantes e ateros sanitérios/desmatamento/impermeabilizacso do solo urbano, 4d) Tangamento de lixo nas ruas/uso de fertilzantes/construgao de atertos sanitérios. ©) construcéo de barragens/uso de fertizantes/construcéo de aterros sanitatios © fertilizantes sao fontes de poluicSo, podendo contaminar tanto 0 solo (in- filtrago), quanto a Agua (eutroficacao), Os aterros, quando néo projetados adequadamente, intensificam a infiltrago de poluentes nos lengéis fresticos. A florestas so fundamentals por reterem a Agua da chuva por mais tempo, antes de esta atingit o solo. Com a retirada da mata, o solo fica exposto,faciltan- doa perda de umidade, a erosdo (desgaste) ea lixviacao, que éa remogéo de nu- trientes das camadas mais superficials, empobrecendo o solo. Com a falta de planejamento ade- ‘quado para 0 escoamento das Aguas das chuvas, j que a maior parte do solo & impermeabilizada (calgadas, asfalto, construgdes), as grandes cidades ficam ‘mais expostas a enchentes ¢ inundagées. Portanto, aresposta éa alternativa’e’ 29 Ecologia eee CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SnnnTaeeeera nr aeeeeneeeeeenn ee Importancia © termo “Ecologia”, ramo da biologia que estuda as relacées dos seres entre si e com o meio, passou a ser um tema bastante presente nas redes de informagio - revistas, jornais, rédio, TV, internet. Infeliz~ mente, quase sempre relacionado a desastres ecolégicos, como va- zamentos de lixo atémico, petréleo, esgoto, agrotoxico, entre tantas outras substdncias derivadas do extrativismo mineral ou da produ- ao industrial. crescimento demogréfico, a necessidade de produgéo de ali- mentos e bens duraveis e as novas ocupacées territoriais tém altera- do muito o clima e outras condicées do planeta Varias discussées acerca dessas alteragdes vém sendo realizadas, no intuito de encontrar solugdes para o desenvolvimento sustenté vel. O primeiro evento marcante dessa natureza, envolvendo diver- sas nac6es, ocorreu na Suécia em 1972. Em 1992, foi a vez da Confe- réncia das NagSes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ealizada entre 3 e 14 de junho na cidade do Rio de Janeiro e conheci da como Rio-92 ou Eco-92. Os participantes fizeram um balanco dos problemas existentes e também das agées ja postas em prética para enfrentar as alteragSes climéticas. Ao final, os representantes de 179 paises elaboraram um documento para orientar novas metas de ago, a Agenda 21. Desde a criagdo da Agenda 21, muitos debates se desenrola- ram, até chegar ao Protocolo de Kyoto (ou Quioto), em 1997, quando os pafses passaram a fazer um esforco comum para a diminuigao da queima de combustiveis fésseis (petréleo, carvao e gés natural), principal atividade de alteragéo do clima da Terra. Infelizmente, os pafses mais ricos ~ portanto, com maior demanda por energia - nao aderiram inicialmente a esse pro- pésito, eo debate esta sempre na mesa de discussio para chegar a novos acordos. colecdoenem vestibulares PE Isso mostra como o conhecimento das inter-relacdes entre os se- res ¢ seu meio é de fundamental importancia para a sobrevivéncia ea Ecologia que trata desses termos na Biologia. Niveis de organiza¢ao Um ser vivo é formado por unidades basicas denominadas Ato- ‘mos, como magnésio, cloro, carbono, enxofre, potdssio, s6dio, ferro, hidrogénio, entre outros. Essas unidades ligam-se entre si formando estruturas mais complexas, que sao as moléculas. ‘como os aminoscidos (20 [Atoms formam moléculas, [ 00H lado} ea glicos aba) | | oxiggnio® Clore Gt Envofte $ [Roe | NitrogenioN Potéssio NA eo HO— t iH on | ae os As moléculas, por sua vez, originam as organelas, como as mitocéndrias, o aparelho de Golgi, os reticulos, os cloroplas- tos, os centriolos, entre outros. {As organelas formam as células. Essas unidades se redinem para formar os diferentes tecidos que contém células semelhantes na forma e atuam na realizagdo de uma fungio especifica ou mais. Os tecidos podem se organizar formando os érgios, os quais, em conjunto, dao origem aos sistemas. Os diferentes sistemas originam, por fim, o organismo. £ necessério lembrar que nem todos os seres vivos possuem to- dos esses niveis de organizagdo: os unicelulares, por exemplo, como diz o proprio nome, s6 apresentam organizagio até a célula; e nem 32 CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SS todos os pluricelulares apresentam necessariamente tecidos organi- zados ~ hé excecSes como as esponjas e os fungos. Os organismos pertencentes a uma mesma espécie e que habi- tam 0 mesmo meio formam a populagdo. As diversas populacdes que habitam uma mesma regio, no mesmo intervalo de tempo, constituem a comunidade. A comunidade é também chamada de biota ou biocenose, quando é autossuficiente em producao de nutrientes para seus membros. Em um aquirio, por exemplo, é possivel observar uma comunidade, mas esta nao é autossuficiente - logo, nao forma uma biocenose. A comunidade constitui 0 fator biético, pois é formada apenas pelos seres vivos. Cada comunidade se relaciona com o meio em que vive, ou seja, com os fatores abisticos (luz, agua, ventos, relevo, sais), ou com o biétopo. Outros conceitos fundamentais Com base nas definicdes de Purves e colaboradores (PURVES, William K. et al. Vida: a ciéncia da vida. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. v.2, p. 8), outros conceitos fundamentais na ecologia sao: * Bistopo: é o ambiente onde vive a comunidade, denominada bio- cenose, que pode ser de varias espécies, Um exemplo bastante conhecido é o do habitat das piranhas, que é a Agua doce, como a do rio Amazonas. Logo, o biétopo desse rio é onde vivemn todas as suas populagées de organismos vivos, como a de piranhas. ‘* Habitat: é 0 local onde vive uma espécie (organismos), ou seja, é onde essa espécie “mora”, o que também se denomina de seu “endereco” na comunidade. Esse conjunto - condicdes ambientais e vida de organismos - forma o ecossistema. * Nicho ecolégico: sao as fungées ¢ atividades, ou “profissao” e “ta- refas", de um organismo no ecossistema, no seu habitat. Refere-se principalmente as relacdes com outras espécies no que diz respeito a cadeia alimentar. Por exemplo, os sapos que vivem proximos a rios e lagoas ~ seu habitat - ficam sob as folhas das plantas durante colecdoenem vestibulares ee RRSP o dia para se protegerem do Sol ou dos predadores. Ao final do dia, saem de seus esconderijos e passam a procurar ativamente seus alimentos, como insetos e larvas, mas podendo também sofrer a agio de predadores, como cobras e aves - processos que dizem res- peito a atividades realizadas pelos sapos, isto é, seu nicho ecolégico. © ecossistema também é influenciado por fatores fisicos, como temperatura, luminosidade e ventos, e por fatores quimicos ~ os di- ‘versos componentes quimicos presentes na 4gua e no solo. Esses fa- icos do ecossistema. O clima, por sua vez, é constituido pela agao combinada de lu- tores sao conhecidos como componentes abi minosidade, temperatura, presso, ventos, umidade e regime de chuvas. Um dos principais fatores que determinam o clima é a radiaco solar, Além das radiagSes visiveis (luz) utilizadas pelos seres autétrofos na fotossintese, a irradiacao nao visivel da luz do Sol, que é a radiacao ultravioleta, origina os raios infravermelhos, responsaveis pelo aquecimento da atmosfera e do solo, tormando as temperaturas na superficie terrestre favordveis a vida. A temperatura ambiental interfere em outros fatores climati- cos e a principal condicao ecolégica para distribuicao dos se- res vivos na Terra. Locais com climas extremos (muito quentes ou muito frios) somente podem ser habitados por espécies altamente adaptadas a essas condicées. Componentes bidticos de um ecossistema Os componentes bidticos ou biocenose (biota) de um ecossistema podem ser divididos em seres autétrofos e heterdtrofos. Veja a seguir: 1. Seres autétrofos ‘Transformam substncias inorgénicas (como gis carbénico e 4gua) em substncias organicas (glicose), produzindo assim 0 proprio ali- mento. Para isso, consomem energia como a luz (fotossintese) ou de CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia eee outra reago quimica (quimiossintese). A maioria dos seres autétrofos (Principalmente plantas, algas e também certas bactérias) realiza 0 processo de fotossintese utilizando como fonte a energia luminosa do Sol. Esses seres so chamados de produtores na cadeia alimentar. 2. Seres heterdtrofos ‘Nao produzem o préprio alimento por meio de substancias inor- | ginicas. Sao seres que dependem dos seres autétrofos. Animais, | fungos, protozoarios e grande parte das bactérias sao seres heteré. trofos e devem obter substincias organicas (alimentos) de outros seres vivos. Os heterétrofos formam o grupo dos consumidores na cadeia alimentar. Quando depende diretamente de um produtor, o consu- midor 6 chamado de herbivoro ou consumidor primario, que ser- viré de alimento para um carnivoro ou consumidor secundario, ¢ assim sucessivamente, Muitos seres heterdtrofos alimentam-se de plantas e de outros animais - dai serem chamados de onivoros, como o ser humano. ‘Sanguessugas e certos mosquitos alimentam-se de sangue e, por isso, so chamados de hematéfagos. Entre os consumidores mais importantes esto os decomposito- res, seres saprévoros (alimentam-se de matéria morta), representa- dos pela maioria dos fungos e das bactérias. Ao atuarem sobre a matéria orgénica morta de consumidores e produtores, devol- vem para o meio os nutrientes que podem ser absorvidos di- retamente pelos produtores (plantas e algas) e, dessa for- ma, participam do ciclo dos elementos quimicos. O desenvolvimento de uma comunidade de detritivoros (que se nutrem de detritos, como minhocas e caracéis) e de decompositores re- sulta do actimulo de residuos orgnicos ~ que, por sua vez, sao formados de folhas, galhos, raizes e restos animais. A aco desses organismos leva & formago de himus, = = 35 colepdoenems vestibulares seen RT um composto escuro, de odor tipico, cuja principal caracteristica é a riqueza em nutrientes minerais liberados pela atividade decomposi- tora de bactérias e fungos e pelas fezes da minhoca. A cadeia alimentar é uma sequéncia linear e légica de seres vi- ‘vos, em que um serve de alimento para o outro, Fala-se em teia ali- mentar se houver um conjunto das varias cadeias alimentares de um ecossistema, quaternérios Tonsa pinta) secundérios (cobra) — DERE ietitiasssm. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia seen Uma cadeia alimentar completa (veja na ilustracdo abaixo) apre- senta trés categorias de organismos, que formam seus niveis tr6fi- cos, ou seja, de nutrico: o nivel dos produtores, 0 nivel dos consu- midores e o nivel dos decompositores. ‘Ao morrerem, tanto os produtores como os consumidores servem. de alimento a certos fungos e bactérias (os decompositores), que de- | compéem a matéria orginica dos “cadaveres” para obter energia. Em geral, nas cadeias alimentares, a energia inicial parte do Sol, que € capturada pelos seres autétrofos (plantas e algas) por meio da fotossintese. ! ‘Ao serem ingeridos pelos consumidores (em geral, animais), os produtores fornecem matéria ¢ energia quimica para sustentacdo da cadeia. Porém, a quantidade de energia que passa de um nivel trofi- co (nivel de energia) para outro é sempre menor, uma vez que parte dela é utilizada pelo proprio produtor ou consumidor para seus pro- cessos vitais (crescimento, respiracio, defesa, reproducéo, transpor- te ativo), sobrando sempre uma quantidade menor de energia para o nivel tréfico seguinte. O fluxo da energia é, entéo, unidirecional: produtores + consumidores + decompositores ©) Ciclos da matéria oo CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Ciclos do carbono e oxigénio Esses ciclos se inter-relacionam por estarem ligados por meio da fotossintese e da respiraco. O carbono se apresenta nas moléculas de CO, (diéxido de carbono, ou gas carbénico, formado por dois dto- mos de oxigénio e um de carbono) encontradas na 4gua ena atmos- fera, Ele é absorvido durante a fotossintese pelos produtores para a elaboracao da matéria organica, na qual seré armazenada a energia quimica que seré transferida de um nivel tréfico para outro nas ca- deias alimentares. Os consumidores, ao se nutrirem dessa matéria orgénica, iréo digeri-la com o auxilio de enzimas especificas, para retirar a energia necesséria As suas atividades metabélicas. © carbono retorna ao meio fisico na forma de CO, por meio da respiracdo dos produtores, dos consumidores e dos decompositores. Aqueima de carvio, de petréleo e seus derivados e de lenha também promove a liberacio de CO, para a atmosfera. A matéria orgénica nao absorvida pelas células é eliminada como fezes e, com a matéria orginica morta, seré decomposta e reciclada pela aco dos decompositores. 39 40 colecgoenem vestibulares Observe 0 esquema abaixo: Ciclo do carbono cerrer parece) ery Geers feo) Em sintese, o carbono sai da matéria orginica de tés formas e volta a fazer parte do ambiente abistico: © pelas oxidacdes que se processam durante a respiracdo celular; * pela putrefacdo (decomposigao) da matéria organica morta, pro- movida principalmente por bactérias e fungos sapréfitos, que tém enzimas capazes de realizar a reciclagem; * pela queima dos combustiveis orginicos, como lenha, carvao ¢ deri- vados do petréleo. Como as reagdes da fotossintese sdo mais intensas do que as da respiracdo, as plantas e principalmente as algas so produtoras de oxigénio (0,). Jé os demais seres vivos fornecem macigamente di- 6xido de carbono (CO,). Os dois processos mantém esses gases em equilibrio na atmosfera. Porém, o desmatamento, a destruicao dos mares, com morte do fitoplancton (alges microscépicas da superfi- cie) e a queima de combustiveis fésseis j4 produziram um aumento perceptivel do teor de diéxido de carbono na atmosfera. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SRR A poluicéo atmosférica é a presenca de substincias estranhas no ar, resultantes da atividade humana (poluente qualitativ) ou de pro- cessos naturais (poluente quantitative), que liberam substncias em concentracées suficientes para interferir direta ou indiretamente na satide, seguranca e bem-estar dos seres vivos e do meio ambiente. ‘As queimadas de biomassa (qualquer material derivado de plantas ou animais), por exemplo, esto entre as fontes naturais de poluico do ar, bem como as erup¢ées vulcdnicas, que podem ser consideradas as mais antigas fontes de contaminaco do ar. A queima de combus- tiveis fosseis (indistrias, sideringicas, termoelétricas, automéveis) € grande fonte de emissio de gas carbénico, monéxido de carbono, dié- xido de enxofre (S0,) e didxido de nitrogénio (NO). Outros elementos quimicos produzidos industrialmente, como os compostos de CFC (clorofluorcarbono) - utilizados, por exemplo, nos refrigeradores -, também contribuem para a poluigio atmosférica, Apesar de ndo serem t6xicos, eles se transformam, com a aco da luz solar, em agentes quimicos que destroem a camada de ozénio que protege o planeta das radiacées nocivas & vida. Ciclo do oxigénio ©, atmosférico usado nna respiragéo Ox ec ert oS NX \\oxigénio da égua fiereitecny Caco, | ‘nos sediment ©, usadona es ‘oxidagio de minerai O efeito estufa ‘Trata-se de um dos mais importantes fatores de manutengéo da variabilidade de seres vivos na Terra. Os gases de efeito estufa (ou gases estufa) retém parte do calor irradiado pela superficie terrestre, ndo deixando que sua totalidade volte para a estratosfera, Esses gases ~ diéxido de carbono (CO,), me- tano (CH), éxidos de nitrogénio (NO,) - podem ser encontrados na- turalmente na Terra. Contudo, devido atividade humana, e apés a Revolucao Industrial, a queima de combustiveis fésseis levou a um aumento considerdvel de suas concentracées, principalmente do CO,, acarretando maior retenco de calor e intensificagio do efeito estufa. Como consequéncia, o excesso de calor gera intimeros problemas, como o derretimento das calotas polares e dos picos nevados, com elevacio dos niveis dos mares e rios e inundagées de éreas costeiras; a morte de animais sensiveis ao calor, como os anfibios, favorecendo a proliferagdo de pragas (mosquitos, por exemplo); e mudangas nos ciclos das chuvas. Oz6nio (0,) O ozénio é formado por uma série de reacdes aceleradas pela luz do Sol, os conhecidos raios ultravioleta (ou raios UV). Est presente na troposfera, a porcio da atmosfera em contato com a crosta terres- tre, e envolve, como precursores, éxidos de nitrogénio (NO,) e hidro- carbonetos, derivados das emissdes de gases por vefculos, indistrias, e usinas termoelétricas. Entre outras fontes de produgio de ozénio, esto as mAquinas fotocopiadoras e os purificadores de ar. © oz6nio formado naturalmente pela aco dos raios ultravioleta concentra-se acima da estratosfera, regidio mais alta da atmosfera localizada em média a 45 quilémetros da superficie da Terra. Nes- sas condigées, esse gés é de fundamental importéncia para os se- res vivos, pois retém a maior parte da radiagdo ultravioleta do Sol e protege a pele dos seres vivos de mutagées e, consequentemente, de cancer de pele, além de impedir o aumento da temperatura pela retengo dos raios UV. Dai a importancia de proteger essa camada CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SS nn de ozénio da destruicao provocada, entre outros, pelos gases CFC (clorofluorcarbono), utilizados em aerosséis e em outras atividades industriais. Nas tltimas décadas, como consequéncia da Agenda 21, os paises se comprometeram a banir da industria esse tipo de gas. Jé 0 oz6nio localizado nas partes mais baixas da atmosfera causa efeitos danosos aos seres vivos. Nos vegetais, diminui a capacidade fotossintética e acelera a respiracao, Dessa forma, eles ndo crescem endo acumulam reservas que podem gerar os gros indispensaveis @ alimentagéo, além da incalculavel perda de biodiversidade vegetal, com sua morte. Nos seres humanos e demais animais, por sua vez, 0 ozénio cau- sa certo desconforto respiratério, bem como irritagéo de mucosas, olhos e garganta Aerosséis Observe que a camada de ozénio vai aos poucos sendo destrufda pela agao dos CFCs, devido a agao humana, levando a maior incidén- cia de raios UV na Terra. colecdoenem « vestibulares eee RRR Mondoxido de carbono (CO) Proveniente da queima parcial dos combustiveis utilizados em automéveis, da queima de tabaco, do carvao utilizado nas churras- queiras e dos fogdes a gs, 0 CO é inodoro (nao tem cheiro) e apre- senta 240 vezes mais afinidade pela hemoglobina do que o oxigénio. Isso significa que uma pequena quantidade de monéxido de carbono pode saturar uma grande quantidade de moléculas de hemoglobina, formando a carboxiemoglobina, que provoca diminuigéo da capa- cidade do sangue de transportar oxigénio, o que pode resultar em morte celular por falta de oxigénio. © monéxido de carbono também aumenta o risco de mortali- dade relacionada a poluicao do ar. Segundo varios estudos, a con- centrac&o de CO variou de 8% a 18% em diversos tipos de doenga cardiaca e cardiopulmonar. Esse resultado aponta a importancia da adocao de medidas preventivas coletivas. Estudos também sugerem que, além do tabagismo, do sedenta- rismo e da obesidade, a poluicdo do ar é um importante fator de risco & satide a ser controlado. Os dtomos de oxigénio componentes da matéria orgénica sto também originados do CO, e incorporados pelos produtores durante a fotossintese. 0 oxigénio é indispensavel para a respiragio da maio- ria dos seres vivos. Sua volta ao ambiente fisico ocorre pela quebra das moléculas de égua absorvida durante a fotossintese. Ciclo do fésforo (PO;) Os compostos de fésforo so considerados elementos quimicos b- sicos, porque intervém em funcées vitais dos seres vivos. Na formacao molecular do DNA e do RNA, ¢ também do ATP (trifosfato de adeno- sina), 0 PO: é essencial. 0 fésforo é ainda utilizado pelas células para armazenar e transportar a energia na forma de fosfato de adenosina. Também serve como fon tampao (manutengao de pH constante), im- pedindo a acidificacao ou alcalinizagio do citoplasma. Como nutriente, o fésforo participa estruturalmente de molécu- las essenciais do metabolismo celular, dentre as quais se encontram 44 - CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SS nn fosfolipidios, coenzimas e acidos nucleicos. £ também um nutriente limitante do crescimento dos vegetais, especialmente os aquéticos. Por existir em grande abundancia e de diversas formas, 0 fésforo também pode causar sérios problemas ambientais. Um exemplo é a excessiva proliferacao de algas e plinctons, o que torna 0 oxigé- nio insuficiente no ambiente aquatico. Ha, ainda, um tipo de fésforo puro venenoso, que queima a pele a um simples contato. Ciclo do fésforo iy Ere Cec Deu ec rocha eliberacao Perce aos cond Decry} Broo Absorca faxes Fostatos Bc cters Ber eee ‘Sedimentos usados pelo plancton Pesquisas mostram que os grandes reservatérios de fésforo so as ochas e outros depésitos formados durante as varias eras geolégi- cas. Esses reservatérios, devido ao intemperismo, pouco a pouco for- necem o fésforo para os ecossistemas, onde é absorvido pelos vege- tais e, posteriormente, transferido aos animais superiores, incluindo © ser humano, no processo da cadeia alimentar. 0 fésforo retorna ao meio pela aco de bactérias fosfolizantes que se nutrem de animais mortos. Como seu retomo se da na forma de composto soliivel (PO?), ele é facilmente carregado pela chuva para lagos e rios, e destes para os mares. Assim, o fundo do mar passa a ser um grande depésito de fésforo sokivel. 46 colecdoenem vestibulares 0 fésforo desse grande depésito é restituido ao meio terrestre pe- Jas aves marinhas, cujo papel é essencial nesse processo. Isso se dé quando essas aves excretam em terra firme os residuos de peixes marinhos de que se alimentaram. © uso mais comum do fésforo é como fertilizante. Ele é um dos componentes principais de um tipo de fertilizante bastante utiliza- do, & base de NPK - nitrogénio, fésforo e potéssio. Além disso, so conhecidos os palitos de fésforo, que produzem fogo por meio do calor do atrito. Ciclo do nitrogénio © nitrogénio é um elemento essencial na constituigéo das pro- tefnas, do DNA e do RNA. Cerca de 80% do volume de ar da Terra € formado por nitrogénio. Como a maioria dos seres nao possui a ca- pacidade de absorvé-lo na forma gasosa, é necesséria sua transfor- macio em sais nitrogenados, que permanecem no solo ou na gua até serem absorvidos pelos vegetais, quando sao utilizados como matéria-prima para a composicao dos aminodcidos, as moléculas constituintes das proteinas. Saliente-se que, da mesma forma que ocorre com 0 fésforo, 0 ex- cesso de nitrogénio pode causar sérios problemas ambientais. © nitrogénio atmosférico (N,) é um elemento fixado industrial- mente para a producdo de fertilizantes. J4 a maior parte do nitrogé- nio retirado do ar é fixado biologicamente por certas bactérias. Es- tas, por sua vez, podem tanto ter vida livre no solo (azotobactérias) quanto viver em associagao mutualistica com células de rafzes de Ieguminosas como 0 feijao e a soja (bactérias do género Rhizobium). Sabe-se ha muito tempo que o cultivo continuo de certas plantas, como a cana-de-acticar, o milho e o arroz (nao leguminosas), ou a monocultura, esgota a fertilidade do solo, podendo, em caso extre- mo, até mesmo levé-lo a desertificagao. Esse esgotamento se deve, em grande parte, & retirada de sais de nitrogénio do solo pelas plan- tas, sem a necessdria reposicao. No entanto, altemar a plantacao de nao leguminosas com o cultivo de plantas como feijéo, ervilha, soja, tremoco (leguminosas) aumenta novamente a quantidade de nitro- CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS génio existente no solo. Isso ocorre porque as leguminosas possuem em suas rafzes pequenos nédulos nos quais ocorre associago entre bactérias do género Rhizobium e as células das raizes. As bactérias transformam o nitrogénio do ar em aménia (NHL), que pode ser utilizada pela planta, Parte da aménia que fica no solo pode ser transformada em nittitos (NO, ) e, em seguida, em nitratos (NO,), Ciclo do nitrogénio Retorno do rogénio & atmosfera m cence Dect oa Bactérias desnitrficantes que podem ser absorvidos pelas plantas. Assim, o vegetal incorpora 0 nitrogénio aos aminodcidos que produz. O material orgénico produzi- do pela planta, por sua vez, beneficia as bactérias ~ processo denomi- nado interacao mutualistica. Nos ecossistemas aquaticos e nos locais onde podem sobreviver, sdo as algas verde-azuladas (cianobactérias) as responséveis pela fixagio do nitrogénio. As bactérias nitrificantes tém importante papel no ciclo do nitrogé- nio: permitem que a aménia (NHL) proveniente da produgio por bacté- rias fixadoras, da excregio de animais e da putrefagio de matéria orgi- nica seja convertida em nitratos diretamente absorvidos pelas plantas. A produgao de nitratos (NO,) ocorre em duas etapas, ambas reali- zadas por bactérias quimiossintetizantes altamente especializadas: 47 48 colecdoenem é.vestibulares as nitrossémonas e as nitrobactérias. Os nitratos assim formados podem ser absorvidos pelas plantas verdes. Na realidade, no interior da célula vegetal, os nitratos so reconvertidos a aménia, que é utili- zada para a produgio de aminodcidos. Um fato importante e que precisa ser frisado: as bactérias nitri- ficantes sto autétrofas quimiossintetizantes. Como as plantas ver- des, elas podem fabricar substincias orgénicas da matéria-prima simples; contrariamente as plantas, porém, nao utilizam luz. Para produzir matéria organica, usam a energia liberada na oxidago da aménia ou do nitrito. A desnitrificagio é realizada por bactérias que utilizam o oxigénio do nitrato para realizar a respiraco anaerdbica. Assim, esse tipo de bactéria empobrece o solo ao retirar o nitrato e devolver N, gasoso, que volta para a atmosfera, Bactérias que atuam nesse processo so as pseudémonas, muito comuns nas fezes dos animais. Dessa forma, a desnitrificagdo é basicamente um processo de respiracdo anaerébica. C\H,,0, + 4NO,- > 6CO, + 6H,O +2.N, + ATP As reas tipicas de ocorréncia de desnitrificagao so, por exem- plo, os pantanos, onde 0 fluxo de 0, é limitado. Didxido de enxofre (SO,) e didxido de nitrogénio (NO,) Aqueima de carvao mineral e éleo diesel tem grande participacio na formacao dos éxidos de nitrogénio e enxofre. Esses gases participam ativamente da formagio da chuva écida, pois reagem com a agua da atmosfera e formam os acidos nitrico/ nitroso e sulfiirico. Esses 4cidos causam diversos problemas, como irtitagio nos olhos, doencas respiratérias (bronquite, asma) e acidi ficag&o de lagos e rios, promovendo a morte do fitopléncton e dos solos - fato que impede a absorcdo de nutrientes pelos vegetais. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia a |Enem 2010 | De 15% a 20% da érea de um canavial precisa ser renovada anualmente. Entre © periode de corte e 0 de plantagao de novas canas, os pradutores estéo optando Por plantar leguminosas, pois elas fixam nitrogénio no solo, um adubo natural para a cana. Essa opcéo de rotacao é agronomicamente favoravel, de forma que municipios ccanavieiros séo hoje grandes produtores de soja, amendoim e feijao. As encruzihadas da ome. Planeta So Paulo, ano 36, n° 430, ju, 2008 ladaptado) A rotacdo de culturas cltada no texto pode beneficiar economicamente os pro- dutores de cana porque: 3) a decomposicso da cobertura morta dessas culturas resulta em economia na aquisigao de adubos industrializados. ») oplantio de cana-de-acicar propicia um solo mais adequado para 0 cultivo pos- terior da soja, do amendoim e do fei. )_ as leguminosas absorvem do solo elementos quimicos diferentes dos absorvidos pela cana, restabelecendo o equilbrio do solo, dd) aqueima dos restos vegetais do cultivo da cana-de-acticartransforma-se em cin- 2as, sendo reincorporadas ao solo, o que gera economia na aquisigéo de adubo. €)_a50ja, oamendoim e o fel, além de possibiltarem a incorporacao ao solo de determinadas moléculas disponiveis na atmosfera, s8o gros comercializados no ‘mercado produtivo. ‘As leguminosas, conforme o texto informa, tém capacidade de incorporacéo oN, da atmosfera no solo, que favorece 2 rotagéo do plantio com a cana-de- -acticar. A fixacao biolégica do N, atmosférico é realizada por bactérias (rizébios) que vivem associadas &s raizes das leguminosas. Apés a colheita das sementes, essas plantas, incorporadas ao solo, sofrem decomposi¢éo e enriquecem o substrato com nutrientes minerais, especialmente os nitratos (NO, ). 0 pro- cesso é conhecido por adubacéo verde. Assim, 0 amendoim, a soja e 0 feo podem beneficiar economicamente os produtores por ajudarem @ aumentar a produtividade da cana e por serem alimentos facilmente comercializados no mercado consumidor ~ alternativa "e", 49 CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SESS RRR Energia para as células Em um motor de automével, como se sabe, a energia é proveniente da queima do combustivel utilizado (gasolina, alcool, diesel ou biodie- sel), Trata-se de uma reacdo quimica, em que qualquer uma dessas substncias seré reduzida a moléculas menores, liberando a energia armazenada em suas ligagdes quimicas. Nos seres vivos, 0 processo acontece de forma semelhante: a energia é originada da combustio dos alimentos, que ocorre dentro das células. A glicose (C,H,,0,) produ- Zida durante a fotossintese e transferida ao longo das cadeias alimen- tares é a principal fonte de energia celular. A energia liberada ao longo dessa quebra nao é utilizada ime- diatamente, ficando armazenada na molécula de ATP (trifosfato de adenosina). O ATP 0 trifosfato de adenosina é constituido por uma base nitrogenada (adenina), uma ribose (monossacarideo) e trés grupos fosfatos. As ligacdes quimicas entre os grupos fosfatos armazenam gran- des quantidades de energia e, para sintetizar o ATP, a célula necessi- tade ADP (difosfato de adenosina), fosfato inorganico (P03) e energia proveniente da quebra da glicose, para ligar os fosfatos. colecdoenem é vestibulares Por armazenar a energia obtida dos alimentos, o ATP é a ligacdo en- tre as fontes de energia e as reacdes quimicas intracelulares, ou seja, pode-se afirmar que o trifosfato de adenosina é a “bateria celular”. Fotossintese ‘Trata-se de um processo pelo qual os vegetais clorofilados (se- res autétrofos) sintetizam compostos orginicos ricos em energia de compostos inorganicos como a 4gua e 0 CO,, além de utilizarem a energia solar. A equago abaixo representa a fotossintese: energia mins 60, +120 MEE> CH,0, +60, +6H,0 (de de ‘carbone eo] (nme ie Parte da fotossintese em vegetais superiores ocorre dentro de ‘uma organela citoplasmatica denominada cloroplasto, cuja estrutu- ra interna est representada na figura abaixo. Durante o processo fotossintético, ocorrem dois grupos de reacao: 5 Tilacoide Tacoides Intermembranoso deestroma 52 CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia EE a fase fotoquimica, em que a presenca de luz é necesséria, e a fase quimica, que independe da presenga de luz. O esquema a seguir mostra, de forma simplificada, as fases da fotossintese. ] ° ane ® oS xe | ue re nel ee 1 ro XN” | 4 NADP | A fase fotoquimica se d4 nos tilacoides, onde se encontra a clo- rofila, Neles, a Agua é “quebrada” (fotélise da égua) liberando 0 O,, que por sua vez é liberado para o meio para posterior utilizacéio na respiraco dos seres vivos. Essa reagdo libera também os hidrogénios (H+) da égua, que so capturados e transportados por uma molécula aceptora de hidrogé- nios, o NADP (fosfato de dinucleotideo de adenina nicotinamida), para ser utilizados na fase seguinte. O NADP passa a se configurar como NADPH, Fotdlise da agua ay theron 1,0 ~Smesters > O: CHO, ze Aequacéo da fotdlise & H,0 SEE 2H' +264 140, A clorofila, a0 absorver a energia luminosa, sofre uma discreta alteracdo na distribuicdo de seus elétrons, que, por estarem mais energizados, saltam para niveis energéticos mais elevados na pré- pria molécula. Em seguida, esses elétrons retormam aos niveis ener- géticos anteriores, liberando energia. Moléculas de ADP + fésforo inorgénico absorvem esse “excedente energético”, transformando- -se em ATP (fotofosforilacao). Veja o esquema a seguir. colecéoenem « vestibulares Durantea fotofosforilacao ciclica, elétrons retirados da (ara lorolla, exctados pela | Sate luz, so capturados nos ome > tilacoides pelos aceptores | — (citocromos ferodoxina, t plastoquinona) ¢ evolvidos paraa mesma 1 clorofila. O retorno dos elétrons libera energia, om ph ‘que éutilizada para oP formagio de ATP.Jéna q fotofosforilagao aciclica, ar os elétronssnem deuma | chocomes cloroflae nfo votam | para ela. Durante esse. | ‘Clorofila. Lt processo,hé também a | quebra da molécula tt | oe Sous | Luz Fotofosforilagao Ciclica Na fase quimica, 0 CO, combina-se com os hidrogénios (H') da gua trazidos pelo NADPH,. Para que essa reaco ocorra, a energia sera fornecida pelo ATP produzido na fase anterior. ATP co, fp NADPH, : CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SS RES Quimiossintese Diversos tipos de bactéria nao clorofilada conseguem fabricar alimen- to orgénico com CO, e H,0, porém na auséncia de luz. A energia usada é obtida por meio da oxidago de compostos inorgnicos. Esse processo é chamado quimiossintese. ‘Veja abaixo a equagao da quimiossintese: Quimiossintese 0, +H (CH) +0, | Subsea Substincia Inorginia $0. nrg Respiracao £ um processo aerébico (utiliza 0,) de producao de ATP por que- bras de moléculas organicas, como glicose, aminoacidos ¢ acidos graxos, na presenca de uma organela chamada mitocéndria, 1. Mitocéndrias So pequenos organulos citoplasmaticos presentes nas célu- las eucariotas, por exemplo, de animais, fungos, algas e plantas. As células procariotas, como as bactérias e cianobactérias, nao apresentam mitocéndrias. As mitoc6ndrias relacionam-se com os processos energéti- cos e seu mimero varia conforme a atividade da célula, podendo existir centenas ou até milhares numa Unica célula. Essas orga- nelas possuem material genético e ribossomos préprios. Dessa forma, podem se replicar dentro da célula. Assim como os cloroplastos, as mitocéndrias teriam sido mi- cro-organismos livres no meio, que passaram a viver dentro das 56 colecéoenem : vestibulares: células em formagao, dando origem as células vegetais, com clo- roplastos, e 4s animais, com auséncia de cloroplastos. Essa hipé- tese, chamada de “endossimbiéntica”, deve-se as grandes seme- Ihangas existentes entre as bactérias e as mitocdndrias, assim como entre cianobactérias e cloroplastos. Observe a estrutura de uma mitocéndria: ‘Membrana externa Enaimas ‘Membrana interna Espago istas intramembranoso baie 2. Fases da respira¢do aerdébica 2.1. Primeira fase: glicélise No hialoplasma das células, as moléculas de glicose so degradadas pela aco de 2 ATPs, que quebram a glicose em 2 moléculas de 3 car- bonos cada, 0 Acido pintivico, além de liberarem hidrogénios e energia. Os hidrogénios ligam-se a aceptores chamados NAD (fosfato de dinucleotideo de adenina nicotinamida), formando moléculas de NADH + H' (NADH), e parte da energia é usada para a producio de CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia acne EE 4 ATPs, Assim, 0 saldo positivo em ATP na glicélise é de 2 ATPs, pois inicialmente ha 0 consumo de 2 ATPs. ‘As moléculas de NAD ligadas aos hidrogénios contém muita ener- gia em suas ligagées e sio, juntamente com os piruvatos, responsaveis, pela maior quantidade de ATP formada no interior da mitocéndria. Observe, a seguir, o esquema da glicdlise: = sr? a0 ae | ae lenge i i Os piruvatos seguem para o interior da mitocéndria, onde sofrem uma nova quebra, originando uma molécula com 2 carbonos, deno- minada acetil. Nesse processo, hé liberacao de gas carbénico e novas moléculas de NAD ligadas ao hidrogénio. 2.2, Segunda fase: Ciclo de Krebs Ao entrar na mitocéndria, a molécula de acido pinivico (3C) perde gas carbénico (1C) e fornece hidrogénios para conversio de 1 NAD em NADH, transformando-se em acetil (2). acetil liga-se a uma molécula chamada coenzima A, originando a acetilcoenzima A ou acetil-CoA (2), e é transportado para o inte- rior da mitocéndria, onde se inicia a segunda fase na matriz mito- condrial. Essa fase é chamada Ciclo de Krebs ou ciclo do acido citrico. Cada acetil-CoA reage com um cido de 4C que jé existe na matriz, formando 0 dcido citrico 6C, dando infcio s reacdes que liberam CO, e hidrogénios, que serao capturados pelo NAD e por outra molécula aceptora, 0 FAD (flavina adenina dinucleotfdeo), transformando-se em NADH, e FADH,, além de produzir um ATP. Em cada ciclo haveré produgio de 3 NADH,, 1 FADH, e 1 ATP por molécula de acetil. 58 colecdoenem « vestibulares 2.3. Terceira fase: cadeia respiratéria A maior parte da energia da molécula de glicose que foi “desmon- tada” na glicdlise e no Ciclo de Krebs ficou armazenada no NADH, e no FADH, formados durante essas fases. Nas etapas seguintes, que constituem a cadeia respiratoria, essa energia seré liberada e utiliza- da para a formacao de ATP, ‘A cadeia respiratéria ocorre nas cristas mitocondriais e compre- ende etapas nas quais hidrogénios e elétrons vio sendo transferidos de uma molécula a outra, em uma sequéncia de reacdes que permi- tem a liberagao gradativa da energia. Cada NADH, que participa da cadeia respiratéria fornece energia suficiente para a formacao de 3 ATPs, e cada FADH,, para apenas 2 ATPs. Ao proceso de sintese de ATP na cadeia respiratoria dé-se 0 nome de fosforilagio oxidativa. Ao final da cadeia, os hidrogénios sao capturados pela molécula de oxigénio, formando 2 molécula de 4gua. Fazendo um balango energético final, cada molécula de glicose quebrada origina 38 ATPs. Veja a equacao final da respiragao aerdbica: CH.,0, +6 0, ——> 6 CO, + 6H,0 + 38 ATPs A producao de ATP por molécula de glicose é bastante discutida hoje. Hé indicios de que a producao final fique entre 30 e 32 ATPs por glicose, pois cada NADH produz apenas 2,5 ATPs, e cada FADH, 1,5 ATP, o que muda o balanco final. No processo total, ha producao de 10 NADH ¢ 2 FADH, além de 2 ATPs no ciclo e 2. ATPs na glicélise. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Fermentacao Fermentagao é o processo de obtengao de energia da glicose sem a participagio de oxigénio, fomecendoape- nas 2 ATPs para a célula que se utiliza desse mecanismo. De acordo com o produto final, a fermentago pode ser Tatica, acética e alcodlica. A fermentagio lética ocorre nas bactérias que coalham 0 leite (lactobacilos) e nas células musculares. A diferenca en- tre a molécula de écido lético (C,H,0)) e a de acido pirivico (G.H,0,) esté na quantidade de hidrogénios. Quando o organismo é submetido a um esforco fisico pro- longado, as células musculares passam a quebrar a glicose também de forma anaerdbica, acumulando Acido lético no mits- culo, 0 que pode gerar desconfortos (cfimbras) e até dores mus- culares. Esse Acido latico volta & corrente sanguinea e é novamente transformado em glicose no figado, A fermentacio lética é importante comercialmente, pois é utiliza- dana industria de derivados do leite, na fabricacao de queijo fresco, requeijo, iogurte e leite fermentado, local onde se processa a fermentacio é o hialoplasma das cé- lulas, e s6 hé uma fase, chamada glicélise, semelhante a respiracio. A grande diferenca da respiragio aerébica para a fermentacio é 0 destino dos hidrogénios do NAD. Na respiracdo, eles sdo captura- dos pelo 0,, formando agua; jé na fermentacéo, séo utilizados para produzir a molécula organica formada ao final do processo: alcool e Acido latico. colecdoenem « vestibulares (O esquema a seguir mostra que os hidrogénios so utilizados para formar 0 dcido latico. Observe: Acido povico —F—cooH ° NADH + He ¥ NAD" 4 | HCE COOH OH ei itis A fermentacio alcoélica é realizada principalmente por levedu- ras (fermento de po) e por varios outros fungos e bactérias. 0 4cido pinivico perde um carbono na forma de CO, e recebe dois hidrogé- nios do NADH,, transformando-se no 4lcool etilico (C,H,OH). Esse gs carbénico liberado é responsével pelo crescimento da massa do pio e da pizza A fermentagio alcoélica é fundamental tanto na panificagao quanto na indiistria do alcool combustivel e das bebidas alcodlicas como ca- chaga (cana), cerveja (cevada) e vinho (uva). Observe o esquema a seguir, em que se apresenta a tinica fase do processo, a glicélise, que ocorre no hialoplasma das células, hates co, te ‘ co, 2 2G; —f—COOH 2y-EH | 8 bn 2A 2NAOH aNADH, | 2NAO { 60 CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologik ASOT SESSMENT SE AARNE SO Sa LLL Assim, o resumo das duas principais fermentacées é: © Alcodlica CH,,0, > 2CO,+2CH,OH+2ATPs © Lética —C,H,,0, > 2C,H,0,+2ATPs |Enem 2011| Moradores sobreviventes da tragédia que destruu aproximadamente 60 casas no Morro do Bumba, na Zona Norte de Niter6 (FJ), ainda defender a hipdtese de o deslizamento ter sido causado por uma explosao provocada por gs metano, visto que esse local foi um lixio entre os anos 1960 e 1980. Joma! Wes Disponivel em: http: /amzojomalecom, ‘Acesso em: 12 ab 2010 (adaptad). (O.gas mencionado no texto é produzido a) como subproduto da respiracdo aerébia bacteriana b) pela degradacao anaerébia de matéria organica por bactérias )_ como produto de fotossintese de organismos plurcelulares eutotrOficos, 4d) pela transformaao quimica do g4s carbénico er condigées anaerdbias, €)_pela converséo, por oxidacéo quimica, do gés carbonico sob condicées aerobias Observe que a hipétese de explicagso dos moradores para o deslizamento re- laciona a existéncia de um lixéo a presenca do gs metano, causador da exploséo. ‘O metano é um gas incolor e, quando adicionado ao ar, transforma-se em uma rmistura altamente inflamavel. Sabemos que esse gés é produzido quando bactérias promovem a degrada- ‘so anaerdbica, ou seja, sem a presenca de oxigénio, da matéria organic. Portan- t0,a resposta correta é a alternativa “b’ CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia A descoberta do nucleo celular Ao observarmos a nossa volta, podemos notar uma grande varia- bilidade de formas, cores, cheiros, aspectos e tamanhos, entre ou- tros, que representam as mais diversas formas de vida. Desde o ini- cio da formagio da Terra, o grande desafio para a humanidade tem sido conhecer como a vida se desenvolve. O desenvolvimento de novas técnicas em Biologia, como a Bioqui- mica, e principalmente o aperfeigoamento continuo do microscépio (criado no século XVI) t8m possibilitado conhecer a composicao da estrutura basica da vida - a célula -, assim como compreender me- Ihor suas funcées. Em 1665, o cientista inglés Robert Hooke, ao analisar um fino pedaco de cortica no microscépio, observou que esse material era formado por pequenos compartimentos, que ele chamou de célu- las. De acordo com Hooke, séo essas células, cheias de ar, que dio flexibilidade & cortica. O naturalista holandés Anton van (ou Antonie van) Leeuwenhoeck descreveu, em 1673, seres hoje conhecidos como bactérias e pro- tozoarios. Nessa pesquisa, Leeuwenhoeck utilizou lentes criadas por ele proprio. Em seus trabalhos jé ha a descrigdo de células e seus nticleos. Por volta de 1831, o pesquisador escocés Robert Brown descreveu uma estrutura esférica presente no interior das células vegetais, a qual ele denominou niicleo. ‘Assim como Brown, outros pesquisadores na época perceberam a presenga dessa estrutura nas células, e o niicleo celular passou a ganhar especial atencio dos cientistas. 64 colecdoenems vestibulares 1. Teoria Celular Em 1838, Matthias Schleiden e Theodor Schwann, apés observarem células animais, lancaram uma nova teoria, conhecida como Teoria Ce- Tular, na qual apresentaram a ideia de que todo ser vivo é formado por células, constituidas por uma membrana, um citoplasma e um niicleo. A descoberta da presenca do nticleo celular levou muitos pesqui- sadores a supor que esse niicleo participasse do controle das ativi. dades celulares. A partir de entio, teve inicio uma corrida cientifica para descobrir a funcio e a composicao das estruturas que compéem oniicleo celular. 2. A importancia do nicleo celular Em 1898, o citologista francés E. Balbiani realizou um experimen- to que auxiliou a compreender a fungio do mticleo celular. 0 trabalho foi chamado de merotomia, que significa “corte parcial”. Balbiani observou que, ao dividir uma célula em duas partes, a que ficava com o niicleo se regenerava e voltava a crescer alguns dias de- pois. JA a parte anucleada permanecia viva por alguns dias e, poste- riormente, morria, Balbiani notou ainda que, ao retirar 0 niicleo de uma célula e transplanté-lo na parte anucleada, essa parte também se regenerava e voltava a crescer. Assim, concluiu que o nticleo é fun- damental para manter a célula, fazendo-a crescer e entrar em divisao. Faltava compreender qual a composiciio e a forma de agao do contetido bioquimico do niicleo. 3. Acdo do material génico e transformag¢4o das bactérias Em 1928, ao estudar bactérias causadoras de pneumonia (viru- Tentas) e nfo causadoras de pneumonia (no virulentas) em ratos, 0 médico londrino Frederick Griffith descobriu que o elemento quimico presente no interior das células é nao sé responsével pela manuten- ‘cdo das atividades celulares, como também determinante das carac- teristicas da célula - ou seja, a mesma conclusio obtida por Balbiani. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia sos gctsaaiaaeeetishniseitnn ae Le 4. Transformacao ‘Ao morrer, uma bactéria libera seu material genético no meio em que se encontra. Quando bactérias lisas (que causam doencas), mortas por aquecimento, foram colocadas no meio de bactérias ru- gosas (que nao causam doencas), estas tiltimas adquiriram parte do material genético das bactérias mortas e passaram a produzir novas geracées, agora virulentas, devido & aco do material génico das bactérias mortas. Se o material génico também fosse destruido pelo aquecimento, 0 processo néo se repetiria, ¢ as bactérias nao causariam a morte dos camundongos nos quais foram feitas as experiéncias. Esse processo foi descrito com o nome de transformagio, Percebe-se, entio, que o material génico é portador das caracte- risticas da célula, comandando e coordenando a fisiologia celular, Em outro experimento semelhante ao das bactérias, mas utilizan- do uma alga unicelular denominada “acetabuléria’, Griffith chegou aos mesmos resultados. Observe o esquema do experimento na figura abaixo: - - ee Acatabulrin—Acetabuliia Regeneracio Regeneragho ‘renulat rine dochapéuda de zhapeu'da mediterranea crenulata ‘Veja que a troca de niicleos entre as duas espécies de acetabulé- ria, que sdo algas unicelulares, leva ao desenvolvimento de chapéus diferentes, porém relacionados aos micleos originais de cada alga, onde se localiza o material genético. 66 colecdoenem. vestibulares Composic¢ao do material génico As células, unidades basicas de todo ser vivo, estruturam-se em eucariotas ou eucaridticas e procariotas ou procariéticas. As eucariotas sdo as células que possuem niicleo organizado, en- volto pelo citoplasma e limitado por uma membrana nuclear. No in- terior do micleo, encontram-se pequenos filamentos denominados cromossomos, a0 longo dos quais se situam os genes, constituidos por DNA e protefnas. Ao conjunto de cromossomos dé-se o nome de cromatina As células procariotas, por sua vez, néo possuem nucleo defi- nido. O material génico fica disperso no citoplasma dessas células e é constituido apenas por DNA, que forma os genes desses seres, representados basicamente por bactérias e cianobactérias. Com isso, nao se fala em cromatina, pois hé auséncia de proteinas as- sociadas ao DNA. Nessas células, o DNA localiza-se numa regiéo chamada nuclecide (veja a figura abaixo). Ribossomo Mesossomo Parede celular Cépsula Membrana plasmatica DNA (nucleoide) q CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Acidos nucleicos Descobertos como materiais génicos, os dcidos nucleicos so estu- dados tanto em sua composigéio quanto em sua ago, Trata-se do DNA, 4cido desoxirribonucleico, e do RNA, écido ribonucleico. Os Acidos nucleicos sto constituidos por uma sequéncia de unida- des repetitivas: séo os nucleotideos. ‘Veja abaixo 0 esquema de um nucleotideo e de sua composi- co bioquimica: Fosfato Pentose Nucleotideo Base Nitvogenada i i | | A estrutura dos nucleotideos é composta de um Acido fosférico, © H,PO, ligado a uma pentose, acticar formado por cinco atomos de carbono (desoxirribose no DNA e ribose no RNA), e uma variacdo de quatro bases nitrogenadas. ‘As bases nitrogenadas podem ser classificadas em piiricas (adeni: na e guanina) e em pirim{dicas (citosina, timina e uracila), que deri- vam, respectivamente, das substéncias purine e pirimidina. * No DNA, as quatro bases nitrogenadas sao: timina (1), citosina (C), adenina (A) e guanina (6). * No RNA, sao: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e uracila (U). 67 68 colecdoenem < vestibulares 1. A molécula de DNA Amolécula de DNA é constituida em forma de dupla fita, com mi- Ihares de nucleotideos, que se repetem ao longo de uma cadeia, em que hé um pareamento entre as bases nitrogenadas: adenina/timina e citosina/guanina ~ A/T € C/G. molécula de DNA compactada upla fita de DNA, duplicado 2. Propriedades do DNA £ possivel apontar duas propriedades da molécula de DNA: + sua capacidade de softer replicacao (duplicagéo); * oprocesso semiconservativo dessa duplicagio. Durante a divisdo celular, a molécula de DNA sofre um processo complexo de duplicacao (veja a figura da pagina ao lado), orientado por vérias enzimas, como a DNA polimerase. Esse processo tem inicio quando a enzima DNA polimerase afasta as duas fitas do DNA, quebrando as ligagées (pontes de hidrogénio) que as unem. Logo a seguir, pela agdo de outra enzima que participa do processo, a DNA ligase, tem inicio um novo pareamento entre as bases das fitas antigas da molécula e os novos nucleotideos, que pa- reiam de forma complementar as ligagdes A/T e C/G. Assim, duas novas cadeias complementares sao produzidas nas fitas originais, formando duas novas moléculas de DNA. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Replicagéo do DNA Nova Original Original ome cad nove models contin ue ‘ada cael nitro dir-e que a dupicago semlonseratva Pstrerments, asnouae rmoléuas iro pareasnovas cules. ‘ Durant repeao podem ocr aleracSes na mola de DNA pla simples toca dupliagao Couper de bases nivogenadas process chamado de macs. 3. Como atua a molécula de DNA © DNA forma o cromossomo, e os genes esto localizados ao longo de um cromossomo; logo, gene é um fragmento de tamanho variado de molécula de DNA localizado sobre os cromossomos. Esses fragmentos, os genes, controlam a sintese das proteinas, as quais determinam certas caracteristicas no individuo, como a cor dos olhos e da pele, a altura, a forma da orelha ete. Contudo, o DNA nao atua diretamente na sintese das proteinas. Isso se dé pela acdo conjunta de outro écido nucleico ~ 0 cido ribonucleico (RNA), que é produzido a partir de um fragmento de uma molécula de DNA denominada molde - e da enzima RNA polimerase. Quando a célula necessita de uma proteina ~ uma enzima, por exemplo -, 0 gene responsavel pela produgao dessa enzima passa a atuar e, nesse caso, o proceso é chamado transcrigéo. O local da transcricdo é o nticleo celular, mas também pode ocorrer dentro de certas organelas, como as mitocéndrias, que liberam energia para a Célula, e os cloroplastos, que realizam a fotossintese. Apenas uma cadeia de DNA sofre a transcrigio. colecdoenem vestibulares 4. Transc! Inicialmente, uma cadeia de DNA se abre pela acdo da enzima RNA polimerase, para, entio, ter infcio a transcri¢éo, que formaré uma molécula de RNAm (mensageiro). Esta teré uma sequéncia de 3 bases nitrogenadas - denominada cédon - correspondentes ais bases do DNA, com excecao da timina, substituida no RNA pela uracila. Assim, o pareamento ficaré da seguinte forma: Sentido do processo de sintese DNA — RNA ‘Complementaridade das bases Adenina ———— — Uracila Guanina — ———— Citosina Timina ————— Adenin Ghotina ~~ ~~~ Gusnina Bases RNA polimerase abre RNA ligase faz0s Bases Nitrogenadas ‘acadeladeDNA “novos pareamentos Nitrogenadas cesar mare Me sea! pe « t “Sq ent a eos yA he — Adenina- A. rs oe == a ees en Adenina- A. ns DNA RNA 70 CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia ESSEC SARE a Amolécula de RNA se diferencia da molécula de DNA nio s6 pela uracila, mas também por possuir apenas uma fita de nucleotideos e or seu acticar ser uma pentose chamada ribose, e néo desoxirribose. Além do RNA mensageiro, duas outras moléculas de RNA partici- pam da sintese de proteina: o ribossémico (RNAr) e o transportador ou de transferéncia (RNAS). © RNAr liga-se a certas proteinas no nticleo da célula, originando os ribossomos que, no citoplasma, participarao do processo de sinte- se da proteina, interpretando as informacées contidas na sequéncia de bases nitrogenadas do RNAm (cédon) que foi transcrito (converti- do de uma linguagem para outra) a partir do DNA. Essa aco do RNAr é denominada tradugio. O RNAt tem a fungdo de ligar-se aos aminodcidos presentes no citoplasma das células por uma de suas extremidades, enquanto na outra extremidade ha outra sequéncia de 3 bases nitrogenadas, que se denomina anticédon. © anticédon reconhece o cédon do RNAm, ligando-se numa sequ- €ncia correta e determinando a posigo de cada aminodcido na mo- lécula de proteina, Quem participa dessa orientacdo é o ribossomo. Observe a figura a seguir: DNA NAM A reece Se x x sin * ‘ RNA RNAt + aminofcido Proteina As protefnas podem apresentar as mais diversas fungées, como formar os misculos, anticorpos, enzimas, fibrinogénio - proteina que participa da coagulagio sanguinea -, horménios como a insulina e 0 glucagon, pelos e cabelos, hemoglobina da hemécia para transporte de coxigénio, colégeno para ligacdo e sustentacdo da pele e outros érgios, 1 72 colecdoenem vestibulares O cédigo genético ‘As sequéncias de bases nitrogenadas do DNA formam uma sequén- cia de bases no RNAm, e é esta sequéncia de bases que determinaré a sequéncia de aminoécidos da proteina. H iP snpormied— 9 —c% — gps I ‘OH Obs: Ha pelo menos 20 Mita, grupos de radicals diferentes: | Srna or ise soning O cédigo genético corresponde a sequéncias de 3 bases nitrogena- das no DNA/RNA, chamadas cédons, e a um respectivo aminodcido na cadeia da proteina. 0 cédigo genético é universal, igual para todo ser vivo. Veja os cédons e seus respectivos aminofcidos na tabela: a a = Eo Po) Eo UCU-Serna | UAUL-Tiosina | UGU-Cisteina UUC-Fenlaanina | UCC-Serna | UAC-Tiosina | UGC~Cistena 4 UUA-Leucina UCA-Serina UAA- Parada UGA - Parada | uus-Leucina UCG-Serina UAG-Parada | UGG -Triptofano | cuu-teveina | CCU-Proina | CAU-Histidina | CGU-Argnina | CUC-Leucina CCC-Prolina | CAC-Histidina | CGC-Arginina . CUA-Leucina CCA-Prolina | CAA-Gutamina | CGA-Arginina CUG-Levcina | CC-Prolna | CAG-Gktamine | C&S-Aigrne 7AUU-Ieleucna | ACU-Tieonina | AU-ASp8agne | AGU Serra Auc-okuca | ACC-Teonna | AAC-Aspaaga | AGC Serra ‘ AUA-Isoleucina | ACA-Treonina AAA Lisina AGA- Arginina | ave-Metoninat | ACG=Treonna_AAG-Lisha | AGG-Aeghina ani (claaiiow eecoiicaraang! < GuC-Vaina | GCC-Aanina | GAC-Asparteto | GGC-Glicina GUA-Valina | GCA-Alanina | GAA-Glutamato | GGA-Glcina GuG-vains | GCG-Alanina | GAG-Glutamato | GGG-Gicine Por exemplo, se uma molécula de DNA (gene) tem uma fita prin- cipal com esta sequéncia de bases: ‘TAC CGATTACGGTCG, produziré o RNAm AUG GCU AAU GCC AGC, com 5 cédons. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia ss A tebela do cédigo genético mostra que o primeiro cédon corres- onde 2o aminodcido metionina (AUG); o segundo, a alanina (GCU); 0 terceiro, & asparagina (AAU); o quarto, a alanina (GCC); e 0 quinto, Aserina (AGC). HA 64 combinagées possiveis entre as bases nitrogenadas, sendo que muitos cédons (3 bases) diferentes determinam o mesmo ami- nodcido, propriedade esta chamada de Cédigo Genético Degenerado (devido as mutagées). Entretanto, existem ainda outros cédons, que irdo determinar o inicio ou o fim da proteina. Portanto: um gene — um RNAm ~ uma proteina ~ uma caracteristica ‘Trabalhos mais recentes mostram que um gene pode codificar mais de uma proteina em células distintas ou em épocas diferentes da vida da célula. O esquema a seguir apresenta as acdes simulténe- as para a sintese de uma protefna e, portanto, da acdo de um gene: Producao de proteina Cromossomo Hélice de DNA ativa RNAm Proteina BB colepdoenem: vestibulares. | Enem 2009 | A figura seguinte representa um modelo de transmissao da informago genética nos sistemas bioldgicos. No fim do processo, que inclui a replicacao, a transcrigo e a ‘traducao, ha trés formas proteicas diferentes denominadas a, bec. replicagéo tradugéo _—— Proteina "a" (DNA RNA =— Protcna Proteina "c" trans Depreende-se do modelo que: a) a nica molécula que participa da produgéo de proteinas é o DNA ) 0 fluxo de informagio genética, nos sistemas biolégicos, € unidirecional ©)_asfontes de informacao ativas durante 0 processo de transcrigdo so as proteinas. ~. 4) € possivel obter diferentes variantes proteicas a partir de um mesmo produto de 4 transcrigéo. ) amolécula de DNA possui forma circular e as demais moléculas possuem forma de fta simples linearizadas. Nessa questéo estio presentes todas as etapas envolvidas na sintese de protel- \ nas. Veja que ndo s6.0 DNA, mas também o RNA participam da sintese de proteinas e ques setas do esquema indicam que o fluxo néo ¢ unidirecional. Assim, j4 € pos- sivel descartar as alternativas "a" e "b'. A altemativa “c" também ¢ incorreta, pois quem leva a informacao ¢ 0 RNA, e nos proteinas. Conforme indica o esquema, & possfvel produzir diferentes tipos de proteina a partir da transcricdo de um s6 gene. © processamento alternativo do RNAm (splicing) forma, a partir da transcrigao de tum 36 gene, um s6 tipo de RNAm imaturo, mas este pode dar origem a moléculas de RNAm maduro distintas, que se encaminhardo para o citoplasma, onde cada uma comandard a sintese de um tipo de proteina. Portanto, a alternativa correta é ad" Aalternativa “e"estd errade, pois 0 DNA nuclear tem forma linearizada. |Enem 2010] Investigadores das Universidades de Oxford @ da California desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente madificada que é candidata para uso na busca de reducdo na transmissao do virus da dengue. Nessa nova variedade de ‘mosquito, as fémeas no conseguem voar devido interrupcao do desenvolimen- to do miisculo das asas. A modificagao genética introduzida é um gene dominante Condicional, isso é, 0 gene tem expressao dominante (basta apenas uma cépia do alelo) eeste sé atua nas fémeas, FU, G.etalFemle-specfi ighiessphenetype for mosquito control PNAS 107 (10: 48504554, 2010. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia LL AO LLL LLL RE Prevé-se, porém, que a utilizacao dessa variedade de Aedes aegypti demore ain- dda anos para ser implementada, pols hd demanda de muitos estudos com relagao a0 impacto ambiental. A liberaco de machos de Aedes aegypti dessa variedade geneticamente modificads reduziria o ntimero de casos de dengue em uma deter- rminada regiao porque: a). diminuira 0 sucesso reprodutivo desses machos transgénicos. b) restringitia a dtea geogréfica de voo dessa espécie de mosquito, ©) dificultaria a contaminacao e reprodusdo do vetor natural da doenca. 4) tomaria o mosquito menos resistente ao agente etiolgico da doenca ©) aificultaria @ obtencéo de alimentos pelos machos geneticamente modificados. Mosquitos machos da espécie Aedes aegypti, geneticamente modificados, transmitiréo a seus descendentes o gene que impede o voo. A incapacidade de ‘voar dificultaré a contaminagéo das fémeas com o virus da dengue e sua reprodu- ‘Bo, pols restringe seu encontro com os machos voadores e também com huma- hos e macacos infectados. Portanto, a alternativa correta é a "c" | Enem 2005 | Um fabricante afitma que urn produto disponivel comercialmente possui DNA vegetal, elemento que proporcionaria melhor hidrataco dos cabelos. Sobre as caracteristicas quimicas dessa molécula essencial a vide, & corre- to afirmar que o DNA: a). de qualquer espécie serviria, jf que tém a mesma composigéo. by decorigem vegetal clferente quimicarnente dos demais pois possui clorofila. ©) das bactérias poderia causar mutagdes no couro cabeludo. 4) dos animals encontra-se sempre enovelado e & de dificil absorgdo. @) de caracteristicas bisicas assegura sua eficiéncia hidratante. © DNA de qualquer espécie poderia ser utilizado, porque é formado Por sequéncias de nucleotideos, constituidos por uma pentose (desoxirri- bose), écido fosferico e uma base nitrogenada (adenina, timina, citosina ou guanina). Portanto, a resposta correta éa alternativa "a", 75 76 Biotecnologia A engenharia genética se configura por um conjunto de técnicas de laboratério que permite alterar o DNA, eliminando ou acrescentan- do segmentos e, portanto, modificando as informacoes genéticas nele contidas. Permite até mesmo transferir genes de uma espécie para outra. Veja a descrig&o dos principais processos biotecnolégicos. 1. Plasmidios So filamentos circulares de DNA de origem bacteriana, que po- dem ser isolados, nao sendo essenciais para 0 crescimento e para a reproducdo da célula. Por serem de fécil manipulacao, sé muito utilizados, por exemplo, em vacinas, quando sao modificados pela insergio de outros pedacos de DNA, permitindo que determinado gene se manifeste. 2. Enzimas ou endonucleases de restri¢ao0 Encontradas em bactérias, so a principal ferramenta emprega- da na manipulag3o do DNA. Por sua capacidade de “cortar” (clivar, fragmentar) a dupla-hélice de DNA em pontos especificos, so cha- madas de “tesouras moleculares”. Elas reconhecem e atuam sobre sequéncias especificas de DNA, 0 que favorece a recombinacdo de moléculas. Sua descoberta propiciou o desenvolvimento de exames clinicos com extrema preciso, como na identificagdo de pessoas (testes de paternidade e criminalistica), a produgio de vacinas e in- sulina, bem como o enxerto de fragmentos de DNA em diferentes espécies (animais e plantas transgénicos). Investigacao de paternidade ‘Ouso de enzimas de restricao pode servir tanto para desfazer a troca de recém-nascidos na maternidade, como para identificar o pal. CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia SSS cn RR 3. Transgénicos Na década de 1980, intimeros virus, bacteriéfagos ou fagos, bac- térias (Escherichia coli) e fungos (Saccharomyces cerevisiae) receberam genes de outras espécies, com diferentes objetivos. Esses organis- mos geneticamente modificados (OGMs), ou transgénicos, passam a expressar genes de outra espécie - de DNA recombinante -, apresen- tando caracteristicas que nao possuiam. Exemplos de plantas transgé! * Soja: A modificacdo promove reducdo no uso de herbicidas e au- mento na produtividade * Arroz dourado: Sendo o arroz um dos alimentos de maior consumo mundial, esta espécie, rica em betacaroteno (0 pre- cursor da vitamina A), pode ser essencial na prevengioda gra- = ve avitaminose A que afeta milhdes de pessoas no planeta, levando muitas delas & cegueira, * Milho: Obtido pela insergio de genes da bactéria Bacillus thuringiensis, produz uma substancia inseticida natural, que 0 protege do ataque de insetos (provoca morte de larvas parasitas). © mesmo ocorre com 0 algodao, o tomate e outras culturas. Lembre-se de que ha diversos argumentos favordveis e contrérios 0s alimentos transgénicos. coleraoenem« vestibulares Proteinas importantes 1. Anticorpos ‘Também denominados imunoglobulinas, sto moléculas de protefna produzidas por um organismo por meio dos glébulos brancos, chama- dos linfécitos B. Os anticorpos destinam-se a combater os antigenos (corpos estranhos) que invadiram esse organismo. Para cada antigeno, deve ser produzido um anticorpo especifico. O ser humano possui vé- tios tipos de imunoglobulina. ‘A molécula proteica de um anticorpo é complexa e possui o as- pecto da letra Y. A resposta imune, realizada por células como os linfécitos T e B, localizados nos nédulos linfaticos, desenvolve-se conforme o grafico a seguir: Concentracao plasmatica de anticorpos especificos para um antigeno inoculado em um individuo 100 expos rma om % % © Tempo J tnaetgso inoclcbo (dias) donnigene demems toeno Quando entramos em contato com corpos estranhos (antigenos) pela primeira vez, a resposta imune é pou- co eficiente, sendo chamada de resposta priméria. No entanto, como hé formagao de células de me- méria (linfécitos T e B), se o mesmo antigeno pene- trar novamente o organismo a resposta imune serd muito mais eficiente na produgio e aco dos anticor- pos, sendo agora chamada de resposta secundaria, CIENCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Biologia Esse mecanismo explica a importancia das vacinas na prevencdo de doencas como sarampo, rubéola, catapora, pneumonia, HPV, rai- va, febre amarela, algumas gripes, tétano, entre outras. 2. Enzimas De fundamental importancia para o funcionamento do organis- ‘mo, as enzimas desempenham varios papéis, como atuar na diges- tho e absorgéo de alimentos (enzimas digestivas), contribuir para o crescimento e manter o equilibrio hormonal, dentre outros. Seu mecanismo de atuagdo tem inicio quando se liga ao reagen- te, mais conhecido como substrato. Forma-se, entdio, um complexo enzima-substrato, instavel, que logo se desfaz, liberando os produtos da reacao e a enzima, que permanece intacta, apesar de ter parti pado da reacdo (veja o esquema abaixo). © que uma enzima faz é diminuir a energia necesséria para que uma reacdo ocorra. Essa energia minima é chamada de energia de ativactio, que, por ser menor na presenga de uma enzima, provoca uma reagio mais répida. Como a enzima acelera uma reacio, ela é chamada de catalisadora Substrato Produtos da Fi reasho $ ah o Complexo . Enzima cenzima-substrato Enzima colegaéo & ll ‘© passo decisivo para sua aprovagao Producto editor: Gold Editora Ltda oordenasboeitori Isabel Moraes ‘Coordenactopedagéglen: Ménics Lungoy, Raquel dos Santos Funari Assistania editorial: Denise Gomide, Ana Beraldo Texto: Francisco Eduardo Cerlale (professor de Biologia no ensino méaio ‘sem curses pré-veatibulares, coordanador pedagigico, autor de materinis

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