FERNADES, Florestan. O Preconceito Racial em So Paulo.
- No texto, os autores dissertam sobre como desenvolver uma pesquisa de
qualidade e que atinja seus objetivos.
- Diferena entre projeto de estudo e plano de pesquisa. Todavia, o primeiro
situa-se em um nvel puramente abstrato. Desenvolvendo-se em um terreno de possibilidades tericas, embora referidas situao de fato. Enquanto o segundo toma em considerao as condies concretas e as possibilidades reais de organizao. Direo e realizao da pesquisa, quer quanto delimitao e durao e marcha da investigao. (pg. 135).
- Representadas etnocentricamente, se tornam as fontes ou os canais de
seleo dos atributos imputativos estereotipveis. (pg. 136).
- O preconceito racial tende a desenvolver-se como consequncia natural do
contacto intermitente ou contnuo de pessoas ou grupos de pessoas pertencentes a raas diversas, sempre que condies de desigualdade econmica e social contrastam marcas raciais com discrepncias notrias quanto s ocupaes. (pg. 136).
- Baseados na crena de que as diferenas raciais, reais ou imaginrias, so as
causas eficientes da desigualdade psquica e social dos seres humanos. (pg. 143).
- Na verdade, a noo de preconceito racial pertence quela categoria de
termos sociolgicos cuja delimitao conceptual depende da plena adequao do vocbulo realidade ou situao particular investigada. (pg. 143).
- Para satisfaze-las bastaria orientar as pesquisas de modo a identificar e a
isolar as condies e os fatores causais que intervierem tipicamente na formao e no desenvolvimento do preconceito racial em So Paulo. (pg. 144)
- Porm a ideologia racial elaborada atravs dos ajustamentos de brancos e
pretos ordem social escravocrata era uma ideologia de acomodaes, e embora fosse em suas origens demasiado rigorosa e deprimente com relao pessoa dos negros, no comportou exteriorizaes violentas. (pg. 144) - Sob o manto da igualdade jurdica e poltica, mantinha-se no s a desigualdade econmica e social entre branco e pretos, mas ainda a antiga ideologia racial, com todas as iluses que ela encobria. (pg. 145).
- Ainda hoje, o negro, na maioria dos casos, no tem classe. (pg. 146)
- A ideia de que no existe preconceito de cor no Brasil muito difundida,
particularmente entre os brancos, a ponto de constituir uma presso com que se deva contar preliminarmente, na elaborao de um projeto de estudo> (pg. 147).
- A presso de certos crculos sociais da populao branca, que visa a preservar
o preconceito de cor, colide com a presso em sentido contrrio, resultante da ascenso social do negro e do combate aberto oposio racial velada, exercida pelos brancos. (pg. 150)
- Enquanto a primeira lida com as atualizaes sociais do preconceito de cor
no presente, captando-os em termos de integrao e de funo na estrutura social; a segunda conduz identificao das origens histrico-sociais do preconceito de cor e explicao post factum de suas manifestaes observveis; e a terceira focaliza o preconceito de cor fundamentalmente como uma realidade social em mudana. (pg. 152).
- Em outras palavras, nela se encontram as matrias-primas do preconceito
racial, isto , dos esteretipos, dos smbolos sociais. (pg. 152).
- Ainda hoje vivem em So Paulo alguns ex-escravos e ex-senhores; (pg.
156).
- preciso saber como os nregros reagiram a essas condies de vida: se elas
incrementaram o desenvolvimento de uma contra ideologia racial ou favoreceram a integrao dos negros s classes sociais. (pg. 158-159).
DISSERTAÇÃO: Autoria Textual Coletiva Fora Do Âmbito Acadêmico e Institucional: Análise Da Comunidade Virtual Wikipédia e Suas Contribuições para A Educação