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Revolução Francesa

LEITURA COMPLEMENTAR

A ASSEMBLÉIA NACIONAL OU A ERA As bases do novo regime foram lançadas com a Declara-
ção dos Direitos do Homem e do Cidadão e a criação de uma
DAS INSTITUIÇÕES (1789-1792) nova constituição. Com a corte e assembléia transferidas para
paris as pressões populares eram freqüentes.
A opinião pública tornava-se cada vez mais atuante, pela
presença de clubes revolucionários (os Jacobinos) ou ainda
pela ação de jornais (L”ami du Peuple,de Marat), a Assembléia
Nacional Constituinte buscando solucionar problema financei-
ro determinou o confisco dos bens da Igreja e autorizou a im-
pressão dos assignats (papel-moeda).
Em 1790, foi confirmada a Constituição Civil do Clero, que
reconhecia o confisco de suas terras além de submeter o a igre-
ja ao estado.
Luís XVI influenciado pela conspiração dos emigrados
Estados Gerais – abertura, 5/5/1789 (franceses que se opunham à revolução no exterior) tentou fu-
gir para Metz e organizar a reação. Aprisionado em Varennes
A primeira fase da revolução foi inicialmente caracte-
foi suspenso de suas funções, estimulando a difusão de idéias
rizada pela reunião dos Estados Gerais, (cuja última reunião
republicanas exaltadas em sociedade populares. Como o clube
da assembléia nacional ocorrera no início do governo de Luís
dos Cordeliers liderados por Danton, Marat e Desmolins e clu-
XIII), os estados nacionais estariam se reunindo para criarem
be dos Jacobinos (liderança de Robespierre).
uma estratégia econômica acerca do déficit orçamentário do
A Assembléia Nacional Constituinte que já havia se ma-
estado francês, contudo a votação ficava limitada ao padrão
nifestado em oposição às camadas populares, proibindo as
do voto por estado e não na perspectiva individual, como
associações profissionais através da lei de Lê Chapelier (1791),
desejava o terceiro estado. Por proposta de Sieyès, o tercei-
receava que o republicanismo ameaçasse os privilégios da alta
ro estado separou-se dos demais e declarou Assembléia Na-
burguesia liberal dominante, procurou, portanto, inocentar o
cional, 17 de junho e liderado por Bailly prometeu entregara
rei e diminuir a ameaça estrangeira. Fez Luís XVI jurar pela Mo-
França uma constituição.
narquia Constitucional da França, fundamentada teoricamente
Ironicamente as adesões do primeiro e do segundo
pela soberania do povo, mas na prática limitada pelo caráter
estado aumentavam frente ao projeto da nova Assembléia
censitário de seu sistema eleitoral, ocorrendo ainda a predo-
Nacional liderada pela burguesia, anulando uma reação ime-
minância do legislativo, harmonizando-se aos objetivos da alta
diata do rei, que pensando no fluxo de impostos para o esta-
burguesia liberal, que buscava limitar o poder real e conter as
do francês determinou que as demais classes participassem
massas populares. Ocorria a igualdade perante o imposto, era
da Assembléia.
descentralizada a administração, separava-se o judiciário do
O panorama da Assembléia foi caracterizada pela se-
executivo, a população era dividida para fins eleitorais. Uma
guinte divisão: Mirabeau liderava a maioria monárquica
vez formada a Assembléia Legislativa era dividida na seguinte
constitucional e Robespierre a minoria favorável a uma de-
composição: Feuillants (políticos moderados, favoráveis a mo-
mocracia igualitária republicana, expressando os ideais de
narquias constitucionais), Partidários da república formavam a
Montesquieu e Rosseau. Os confrontos entre tropas realis-
minoria e eram divididos em duas facções: uma liberal (Brissoti-
tas e deposição de Necker levaram a organização de uma
nos ou Girondinos) e outra democrática (os jacobinos).
municipalidade revolucionária em Paris denominada comuna
A ameaça da intervenção estrangeira continuava existin-
e chefiada por Bailly, apoiada pela guarda nacional coman-
do, já que o apoio de Luís XVI à constituição (considerada pelos
dada por Lafayette, esses organismos populares financiados
reacionários como absurda) era apenas aparente. Luís XVI con-
pela burguesia tiveram forte expressão em toda a Europa,
tou com o apoio de governantes austríacos e prussianos para
coberta pelo radicalismo contra o privilégio desencadeados
restaurar o absolutismo.
pela tomada da bastilha (14 de julho) e por ações campone-
Em 1792, Áustria e Prússia declaram guerra a França, e os
sas verificadas em quase todo o país “O Grande Medo”.
revolucionários organizam um exército em oposição as forças
Esse foi um momento de migração de muitos nobres
partidárias ao Antigo Regime. Conspirava-se abertamente para
e clérigos, e o próprio Luís XVI foi derrotado junto com o
se derrubar o rei, o discurso dos revolucionários era: “pátria
Antigo Regime. Na noite de 4 de agosto ocorreu diante da
em perigo”, e os Sans-Culottes faziam ações patrióticas anti-
Assembléia Nacional Constituinte a derrubada dos privilé-
realistas.
gios feudais amparados pelo absolutismo.

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O rei Luís XVI é executado. A guilhotina consistia numa lâ-
mina que cortava fora a cabeça do condenado. Segundo o histo-
riador francês Michel Péronnet, ela foi inventada por um médico e
deputado do terceiro estado chamado Guilhotin. Inspirado pelos
iluministas, o doutor queria uma execução simples, barata, higiê-
nica e que não causasse sofrimento na vítima. No Antigo Regime, A morte de Marat

os nobres eram executados com golpe de machado e os plebeus Existiam três facções políticas: Girondinos (representan-
eram executados na forca. Assim, a guilhotina também se apre- tes da Alta Burguesia Mercantil, dirigidos por Brissot e Con-
sentava como um instrumento democrático. Um modelo de racio- dorcet, excluindo as massas populares, constituindo uma repú-
nalidade iluminista, não? Guilhotin pôde comprovar pessoalmente blica liberal), Jacobinos ou Montanheses ( representantes da
as maravilhas de sua invenção: mais tarde, considerado traidor, ele pequena burguesia exaltada, acreditavam na igualdade e na
também seria guilhotinado. salvação pública, dirigidos por Robespierre, Marat e Danton) e
a Planície (pretendiam unir a esquerda com a direita para salvar
O panorama era de gravidade ameaça interna de contra- interna e externamente a revolução, dirigida Sieyès).
revolução e ameaça externa de invasão. O povo invadiu o palá- Algumas lideranças Girondinas foram guilhotinadas, acu-
cio de Tulherias e ordenou a assembléia legislativa a decretar sadas de traição, a liderança do processo revolucionário foi
a prisão do rei e a convocar nova assembléia eleita por sufrágio entregue aos Jacobinos com o apoio dos Sans-Culottes. Foi
universal. O rei agora estava preso e a monarquia constitucio- criado um governo revolucionário de fato, composto pelo Tri-
nal estava suspensa, mas as antigas estruturas foram derruba- bunal Revolucionário (poder judiciário sumário), pelo Comitê
das e novas instituições foram criadas. de Salvação Pública (poder executivo supremo), exercido pelo
A sociedade de ordens era derrubada, com direção e governo de Robespierre, aprovou-se o confisco e a redistribui-
gestão burguesa. ção dos bens inimigos, foi estabelecida a lei do preço máximo;
em suma institui-se um governo centralizado e se adotaram
CONVENÇÃO NACIONAL OU ERA DAS medidas extremas.
ANTECIPAÇÕES (1792-1795) Essa fase foi considerada como a do Terror (ou República
Jacobina), segundo Robespierre ações necessárias para trazer
a paz para Paris. Dentre as realizações dessa fase aboliu-se a
escravidão nas colônias, diminui-se a carga tributária imposta
aos camponeses, ocorreu o confisco de várias propriedades de
nobres, foi produzida uma avançada legislação social (reformis-
mo urbano, educacional). O radicalismo jacobinista conseguiu
esmagar a oposição externa e conter o reacionarismo interno.
Robespierre influenciado pelas idéias de Rousseau lidera-
va a república popular Jacobina , pregando a igualdade e a vir-
tude. Tentou criar uma religião revolucionária, estabeleceu uma
reforma educacional. A constante contradição entre a pregação
democrática e a prática radicalista manifesta nas execuções de
acusados de serem inimigos da revolução, inclusive de partidá-
rios do jacobinismo como os radicais (favoráveis a intensifica-
Com a reunião da Convenção em setembro de 1792, se ção da violência, liderados por Hébert) e os indulgentes(que
processou a fase mais radical da revolução, o radicalismo es- desejavam conter a revolução, pregando o fim das prisões e
teve relacionado à oposição, à alta burguesia dirigente, enfa- execuções,eram liderados por Danton), fez Robespierre ser vis-
tizada pelo alto custo de vida e pelo desemprego, as massas to como tirano, dentro do próprio grupo montanhês por seus
populares queriam aprofundar a revolução sob a liderança dos partidários e pelo povo, perdendo o controle da Convenção e
Sans-Culottes apoiando os Jacobinos em sua política igualitá- sendo deposto pela reação Termidoriana (julho de 1794) orga-
ria. A Convenção aboliu a monarquia e elaborou a Constituição nizada pela Alta Burguesia que acabou por derrubar as refor-
do Ano I, instituindo a Primeira República. mas sociais da fase revolucionária.

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O DIRETÓRIO (1794-1799)
Foi uma república moderada caracterizada pela hegemonia Girondina, que sofriam a oposição dos Jacobinos e dos rea-
listas que queriam o retorno dos Bourbons. Combateu levantes populares internos e a permanência das ameaças estrangeiras.
Em 1795 e 1797, existiram golpes realistas, em 1796 ocorreu a Conspiração dos Iguais, um movimento de orientação popular dos
Sans-Culottes, liderado pelo jornalista de tendência comunista Graco Babeuf. Externamente o exército francês acumulava vitórias
contra as forças absolutistas da Espanha, Holanda, Prússia e reinos da Itália, que 1799 constituíram a Segunda coligação contra a
França Revolucionária.
Destacou-se a presença de Napoleão Bonaparte, buscando garantir a república burguesa contra as ameaças internas. Os Gi-
rondinos promoveram um golpe contra o Diretório com Bonaparte liderando, foi o Golpe 18 de Brumário (9 de novembro de 1799).
O Diretório foi substituído pelo Consulado, formado por Napoleão, o abade Sieyès e Roger Ducos. O poder do estado ficou nas
mãos de Napoleão que ajudou na consolidação das conquistas burguesas. Era Napoleônica foi então caracterizada por profundas
transfomações políticas sociais e econômica. Ocorreu o fim dos privilégios feudais. Nas cidades foram rompidas os laços feudais
do corporativismo que restringiam o desenvolvimento burguês. A Revolução Francesa impulsionou a França do estado feudal para
o capitalista, sendo esta construção possível pelas transformações políticas e sociais.

A ERA NAPOLEÔNICA E CONGRESSO DE VIENA (1799-1815)

Numa época em que não havia te-


levisão, as imagens de propaganda eram
as obras artísticas. Neste quadro de Louis
Dadid, Napoleão aparece como um herói
romântico atravessando os Alpes. Há muita
encenação aí porque na verdade, nessa cam-
panha militar, ele esteve em cima de uma
mula e com roupas bem mais simples.

O jovem general Napoleão Bonaparte foi símbolo do heroísmo, do nacionalismo francês, encabeçando políticas de expan-
são territorial, como a Campanha da Itália,em 1797, quando subjugou a Áustria e obteve com a Paz de Campofórmio importantes
vantagens territoriais para a França. Em 1799, tentou bloquear o comércio inglês com o Oriente e mesmo tendo tido várias vitórias
em terra foi vencido na Batalha de Aboukir (1789) pelo Almirante Nelson.
O retorno de Napoleão da França, o colocou como um personagem central na conspiração que levaria a suprimir o Diretório,
dando início ao Golpe 18 de Brumário.

PERÍODO NAPOLEÔNICO
Internamente o período napoleônico pode ser dividido em duas fases: a do consulado e a do império, etapas em que ocor-
reu a consolidação das instituições burguesas.
O Consulado foi uma República Burguesa, fundamentada pela Constituição do Ano VII aprovada por plebiscito. O executivo
cabia a três cônsules, mas quem realmente o exercia era Napoleão. Em 1802, foi elaborada uma nova constituição que o colocava
como primeiro-cônsul por um período de dez anos, mais tarde se tornaria cônsul vitalício. O legislativo era debilitado (Conselho
do Estado, Tribunato, Corpo Legislativo e Senado) e o sufrágio universal era limitado por uma eleição em três graus.

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Na dimensão administrativa, a restauração financeira se Com o império novas contradições foram sendo estabe-
deu com a fundação do Banco Francês (1800) e a criação do lecidas. As nações européias ao mesmo tempo que recebiam
franco. Na condução da política interna ao mesmo tempo em da França um discurso revolucionário de expressão revolucio-
que assegurava medidas restritivas, frentes aos contra-revolu- nária liberal, eram agora esmagadas por uma política expan-
cionários, permitia a anistia aos jacobinos e realistas (absolu- sionista, que fabricava guerras expansionistas utilizando uma
tistas). No âmbito diplomático selou a paz com a Áustria em pregação dita iluminista, que justificava ações militares com o
Lunéville (1801) e com a Inglaterra em Amiens (1802). objetivo de derrubar os últimos resquícios do feudalismo que
Com o Código Civil Napoleônico anexaram-se à legisla- ainda assolavam a Europa.
ção francesa os princípios liberais burgueses. Após o Direito A França obteve vitória contra várias coligações financia-
Romano, o Código Civil representa a maior fonte do Direito da das pela a Inglaterra com o apoio das nações absolutistas. Além
civilização Ocidental Capitalista. O Código Civil era a própria de exercer dominação sobre a Bélgica, o império napoleônico
expressão dos princípios da Declaração de Direitos do Homem garantiu domínio sobre estados governados por seus parentes,
e do Cidadão: igualdade jurídica, liberdade de pensamento, os reinos da Holanda, Nápoles, da Espanha, o vice-reino da Itá-
liberdade de trabalho, a defesa do estado laico e da proprieda- lia, promovendo ainda a formação da Confederação do Reno
de privada. Não elevava a condição operária ao necessário grau que sepultou o Sacro Império Romano-Germânico.
de importância. Submetia a mulher ao homem e restabelecia Nos territórios dominados por Napoleão, foram estabele-
o escravismo nas colônias como justificando ser fundamental cidas reformas que lembravam à revolução francesa (supressão
para o desenvolvimento do império colonial francês, selando dos direitos feudais, igualdade civil, venda de bens eclesiásticos,
mais uma contradição face ao discurso liberal napoleônico. construção de estados laicos). Ao mesmo tempo toda oposição
A Concordata com a Igreja, estabelecia a submissão da ao imperialismo napoleônica estava fundamentada no receio que
Igreja ao Estado francês, reconhecendo que as terras da Igreja uma onda revolucionária se alastrasse pela Europa.
seriam de propriedade do Estado, ao passo que a Igreja re- As tensões na Europa estavam relacionadas às disputas que
cebia subsídios para a manutenção de sua estrutura, servindo envolviam ingleses e franceses, já que a Inglaterra vivia sua Revo-
ainda de instrumento ideológico para a pacificação do povo lução Industrial e dependia do mercado europeu para alcançar
francês. seus objetivos expansionistas, como por exemplo, o mercado rus-
O governo napoleônico encampou obras públicas obje- so (fornecedor de trigo). Portanto, a Inglaterra financiava coliga-
tivando dá uma solução para os miseráveis de Paris, servindo ções cujo objetivo maior era se oporem ao domínio napoleônico,
também de campanha governamental da grandiosidade do limitando o capitalismo francês e em contra-partida garantindo
estado burguês. indiretamente a ascensão econômica inglesa.
A constituição do Ano XII em 1804, deu a Napoleão a vita- Compreendendo que não poderia vencer a Inglaterra na
liciedade no poder, permitindo que ele alcançasse a condição dimensão marítima, Napoleão optou pelo Bloqueio Continen-
de imperador. Diante dessa ascensão não existiu profundas tal ou Decreto de Berlin (1806), determinando o impedimento
modificações políticas, mas uma centralização financeira, polí- da Europa continental de comercializar com a Inglaterra, obje-
tica, religiosa e educacional se processou na França. tivando assim minar a economia inglesa e garantir uma maior

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frente de consumo de produtos franceses. Mas o bloqueio não alcançou o fim pretendido, a França não apresentava uma infra-
estrutura econômica capaz de atender aos anseios de consumo do mercado europeu. Inevitavelmente ocorreu contrabando de
produtos, além das intervenções desastrosas na Península Ibérica (1808-1814) e na Rússia (1812).
Em 1814, Napoleão foi derrotado na campanha russa, sendo o seu fracasso confirmado em Leipzig na batalha das Nações.
Assinando o Tratado de Fontainebleau, foi para o exílio na ilha de Elba, e retornou ao governo da França por 100 dias, mas em
1815 foi derrotado em Waterloo.

O CONGRESSO DE VIENA
Diante da derrota napoleônica em Leipzig, as nações vitoriosas reuniram-se na cidade de Viena, na Áustria, contando com
a presença da maioria dos estados afetados pelas conquistas napoleônicas. Dentre os principais objetivos podemos mencionar:
refazer o mapa político europeu (pretendendo beneficiar: Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia), restaurar o Antigo Regime (a ordem
absolutista).
As lideranças do Congresso de Viena reivindicavam os princípios da legitimidade e do equilíbrio europeu, requerendo in-
clusive a formação de uma liga absolutista e militarista que deveria intervir contra os movimentos liberais na Europa e nas colônias,
na tentativa de impedir as emancipações.
As intensas contradições entre o Antigo Regime e as mudanças socioeconômicas que estavam em curso na Europa, oposi-
ção da burguesia associada à Revolução Industrial, o crescimento das idéias liberais e nacionais, as transformações econômicas,
políticas e sociais estimuladas pela revolução francesa e as divergências entre as nações (ascensão do capitalismo inglês, que
retirou a Inglaterra da Santa Aliança) minaram os êxitos do Congresso de Viena e da Santa Aliança.

Anotações:

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