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Metodologia do Ensino da Física 2 – EDM426

Professor Doutor Maurício Pietrocola

Sequência Didática Experimental

Experimentos de Óptica usando Laser Pointer

Licenciatura em Física Noturno

Newton Soldá N.USP:1432331

Eduardo Parra N.USP:3228100

Renata Mendes Nory N.USP:3298252

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Resumo:

A finalidade dessa sequência didática experimental é mostrar ao

professor do ensino médio alguns experimentos de óptica de baixo

custo utilizando um laser pointer, também chamado apontador

laser ou caneta laser. Esse tipo de fonte de luz possui a

desvantagem de ter que permanecer fixo num suporte com o botão

ligado o tempo todo. A sequência é composta de quatro aulas,

sendo uma de apresentação, duas de reflexão, uma de difração e

uma de franjas de interferência.

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Aula 1:

Experimentos de óptica usando laser pointer.

Objetivo:

Apresentar o laser pointer como instrumento de óptica

experimental.

Módulo do Professor:

O laser pointer que os professores muitas vezes usam em sala de

aula pode ser utilizado também como fonte de luz em experimentos

de óptica, porque a luz gerada é monocromática, coerente,

colimada e polarizada. O professor deve concientizar os alunos a

tomar cuidado com os olhos com esse tipo de raio de luz. O laser

apontador é do tipo LED(light emission diode), de baixo

custo(aproximadamente 20 reais), fácil manuseio, comprimento de

onda entre 630 e 680 nm(faixa espectral vermelho) e potência

média de 1 mW. É possível realizar os seguintes experimentos:

- demonstrar a lei da reflexão,

- medir o índice de refração da água,

- produzir redes de difração,

- demonstrar a interferência de dois feixes coerentes,

- medir o foco de uma lente convergente,

- medir o ângulo crítico numa reflexão interna.

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Nessa aula o professor deverá fazer uma apresentação da caneta

laser e comparar a luz gerada(luz monocromática) com a luz

natural(policromática). Depois dessa aula os alunos estarão

concientes dos cuidados ao manusear o laser e serão capazes de:

diferenciar o que é uma luz monocromática de uma policromática, e

além disso perceber que a luz natural pode ser decomposta num

prisma.

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Aula 2:

Propagação retilínea e reflexão total da luz.

Parte A:

Propagação retilínea da luz.

Objetivos:

Este experimento visa demonstrar o princípio da propagação

retilínea da luz verificando que a luz em meios transparentes e

homogêneos se propaga em linha reta. Também é possível verificar

que a luz, para percorrer uma distância qualquer entre dois pontos

determinados,

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procura um caminho onde ela minimiza o tempo de seu percurso,

esta última observação é o chamado “Princípio do tempo (ou ação)

mínima de Fermat”.

Materiais utilizados:

- um pedaço de véu,

- laser pointer.

Módulo do professor:

Para conseguir um bom efeito na experiência é aconselhável que se

use um pedaço de véu de aproximadamente 1 m2.

Descrição do experimento:

1.)Estenda o véu no chão de uma maneira que fique parcialmente

dobrado.

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Módulo do professor:

Coloque o véu no chão e empurre ambos os lados do véu formando as

dobras de maneira aleatória, de tal forma que o véu fique com uma

altura de aproximadamente 10 cm. O formato lembra uma toalha

empurrada em uma mesa.

2.)Ilumine uma de suas extremidades com a luz laser.

Módulo do professor:

Para se ter um bom efeito no experimento, é aconselhável diminuir

a luz no recinto de forma considerável, não é necessário ficar

totalmente no escuro. Posicione a caneta laser de tal forma que os

alunos percebam um feixe de luz retilínea atravessando o véu.

Os alunos devem ser levados a concluir que a luz tem uma

propagação retilínea. É importante mostrar para os alunos que o

mesmo efeito pode ser conseguido usando outros meios materiais

como pó de giz, fumaça, farinha, vapor de nitrogênio, etc.

Parte B:

Reflexão total da luz.

Objetivos:

Demonstrar o fenômeno da reflexão total da luz e sua relação com

o ângulo limite (L), e verificar que os raios com ângulos de

incidência superiores a L refletem integralmente.

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Materiais utilizados:

- Aquário,

- Água,

- Leite em pó,

- Caneta Laser.

Descrição do Experimento:

1.)Coloque água no aquário, e em seguida acrescente umas pitadas

de leite em pó.

Módulo do professor:

Oriente os alunos para que coloquem a água até uma altura entre 15

e 20 cm aproximadamente (dependendo do tamanho do aquário).

Para melhor visualizar o fenômeno adicionar uma ou duas pitadas de

leite em pó na água, sendo suficiente para deixá-la turva. É

importante que se escureça o ambiente deixando-o com a mínima luz

possível.

2.)Ilumine uma das extremidades do aquário formando um ângulo de

incidência aproximadamente 450 com relação à normal.

Módulo do professor:

Se observarmos o esquema veremos que existe uma refração na

parede lateral do aquário, mostre aos alunos que queremos apenas

analisar o fenômeno da reflexão total,

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é por isso utilizaremos o feixe refratado na água como o feixe de

luz incidente. O ângulo de 45 é apenas uma referência para

determinar o ângulo limite.

3.)Varie o ângulo de incidência da laser pointer (para cima ou para

baixo) até que consiga um raio refletido como está na figura.

Analise o fenômeno.

Módulo do professor:

Faça o feixe de luz penetrar no aquário com um ângulo total que a

incidência na superfície entre a água e o ar seja maior que o ângulo

limite. Explique aos alunos que o efeito da reflexão total é possível,

pois o feixe de luz analisado está se propagando do meio mais

refringente (água) para o meio menos refringente (ar) com um

ângulo de incidência maior que o ângulo limite (L), por isso que o

feixe reflete de volta para a água. O seno de L pode ser obtido

facilmente dividindo o índice de refração menor(nmenor) pelo índice

de refração maior(nmaior). Temos sen L = nmenor/ nmaior. Uma última

observação é que com o ângulo i > L da reflexão total, os raios

refletidos incidem no fundo do aquário refletindo novamente no

dioptro ar/água repetindo o fenômeno, obrigando a luz a sofrer

nova reflexão total, até sair pela outra extremidade do aquário.

Com relação a esta última observação,

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comente com os alunos que as sucessivas reflexões totais são a

base de funcionamento das fibras ópticas que transmitem luz a

grandes distâncias, o aquário é portanto um modelo de fibra óptica.

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Aula 3:

Simulando uma fibra ótica

Objetivos:

Reproduzir o fenômeno da reflexão total da forma simulada ao que

ocorre no interior de uma fibra ótica.

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Materiais utilizados:

- recipiente plástico,

- uma garrafa (Pet) com um pequeno furo (4mm de diâmetro) com

tampa de borracha,

- água,

- laser pointer,

Módulo do professor:

Para que o experimento seja bem sucedido e se consiga o efeito

desejado, é necessário que o furo da garrafa esteja alinhado com a

direção do feixe de luz do laser apoiado no suporte. Uma sugestão

é que o furo seja feito com uma altura de 5cm, assim como o

suporte, que pode possuir uma canaleta para fixar o laser.

Descrição do Experimento:

1.)Apoie a garrafa no canto da mesa e posicione o recipiente de

plástico no chão, a seguir encha a garrafa com água e solte a tampa

de borracha,

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para que se forme um filete de água, contínuo e curvo, de tal

forma que o filete se dirija ao receptáculo (recipiente de plástico).

Módulo do professor:

Coloque o recipiente de plástico bem próximo à garrafa antes de

retirar a tampa de borracha para evitar que a água caia fora e

coloque cuidadosamente o recipiente de plástico no chão, para que

o filete caia no receptáculo

2.)Posicione o laser pointer no suporte, alinhe na direção do furo e

faça incidir a luz emitida exatamente saída de água.

Módulo do professor:

O feixe emitido sofre duas refrações ( a primeira do ar para a

parte da garrafa e a segunda da garrafa para a água), o feixe

refratado na água é aquele que deverá incidir na saída da água, o

suporte e o furo devem estar dimensionados levando em conta

esses pequenos desvios. A luz vermelha do laser pointer será

aprisionada pelo filete de água através do fenômeno da reflexão

total. Esse fenômeno será observável num ambiente escuro. Assim,

simula-se uma fibra ótica utilizada em comunicações, na medicina,

etc.

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Aula 4:

Mostrar o fenômeno da difração.

Objetivo:

Observar figuras de difração formadas por um CD(compact disc) e

uma pena de pássaro com uma caneta laser.

Materiais utilizados:

- laser pointer,

- um CD,

- uma pena de pássaro.

Módulo do professor:

Antes de começar o experimento, o professor deve explicar aos

alunos que a difração é um desvio sofrido pela luz ao passar por um

obstáculo da ordem de grandeza do comprimento de onda da onda

incidente, é um fenômeno eminentemente ondulatório e que pode

ser explicada pelo princípio de Huygens.

Descrição do experimento:

1.)Incidir o raio de luz do laser sobre um CD de filme removido.

2.)Sobre a parede será formada a imagem da difração.

3.)Trocar o CD por uma pena de pássaro.

4.)Será formado também imagens de difração.

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Depois dessa aula os alunos saberão que o fenômeno da difração é

ondulatório e que só pode ser formado com aberturas da ordem de

grandeza do comprimento de onda, daí o porque de se usar um CD e

uma pena.

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Aula 5:

A Interferência e suas franjas: A reprodução da experiência de

Young

Módulo do Professor:

Nesta aula, pretende-se abordar os conceitos de difração de onda

e de interferência. Para isto, o professor deve começar pela

explicação do que é frente de onda e do Princípio de Huygens.

Como sugestão de um pequeno texto para orientação do professor,

que não deve contentar-se apenas com ele, segue o abaixo,

extraído de um site na Internet:


“ No seu Traité de la Lumierè, publicado em 1.690, Huygens discutiu o processo de propagação da luz com o

auxílio de um novo princípio, o qual recebeu o seu próprio nome. Até aquele momento a luz era considerada um distúrbio

em um meio, o espaço. Huygens supôs que, em um determinado instante t=t0, uma fonte de luz gera um distúrbio o qual

é propagado como uma onda esférica a qual expande-se em uma velocidade constante, velocidade da luz. Este distúrbio

inicial expande-se para um distúrbio em um instante subsequente t=t1 através de uma sucessão de estados em

instantes intermediários. Huygens imaginou cada ponto da frente de onda como centro de uma perturbação, emitindo

ondas secundárias. Deste modo, se for considerado cada elemento da onda isoladamente em um instante t=t' como o

centro de um novo distúrbio, o atual efeito no instante t=t1 é o resultado de todos estes efeitos secundários, a onda

atual é o envoltório de todas as ondas secundárias. Embora este princípio produza resultados corretos, ele traz

consigo implicações que devem ser consideradas. Huygens postulou que a ação das ondas secundárias está confinada

nas partes onde elas tocam seus envoltórios, e ele considerou somente estas partes do envoltório as quais se

posicionam na direção frontal à da propagação. Não houve porém, nenhuma justificativa física ou matemática para esta

decisão arbitrária de ignorar as outras partes das ondas secundárias. Em um dado momento, qualquer ponto da frente

de onda primária é considerado um emissor contínuo de ondas esféricas secundárias”.

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Módulo do professor:

Em seguida, pode iniciar os estudos da difração e da interferência,

inicialmente da maneira teórica e, depois, utilizando-se do

experimento, que será descrito mais adiante. O professor poderá

fazer uma breve apresentação das teorias conflitantes sobre a luz

(do conflito entre as visões de luz de Newton e de Huygens –

partícula ou onda). Em seguida, apresentar o seguinte trecho de um

texto, também extraído da Internet, e pedir para que os alunos o

leiam:
“No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu

experimento diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é

formada por corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal

Society of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton

dissera, em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser

formada por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se

fosse uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos

colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e

seus resultados, Young concluiu: "nem os mais preconceituosos poderão

negar que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas

porções de luz". Com o experimento, Young, de certa forma, vingava

Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da

luz”.

Como diz a frase final do texto, Huygens levou a melhor, tendo sua

teoria confirmada pela experiência de Young.

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Módulo do Professor:

O próximo passo seria perguntar para os alunos como eles acham

que foi esta experiência, que decidiu a discussão. Certamente eles

não terão a menor idéia, a não ser que tenham lido em algum livro

didático. Desta maneira, cria-se um clima de curiosidade – se a aula

for bem conduzida, é claro – e mais propício para a apresentação

da experiência. Reproduziremos a experiência original de Young,

que não foi a de fenda dupla, como sempre é descrito.

O seguinte texto pode ser dado aos alunos de modo que eles

mesmos, através de um relato que não é uma “receita de bolo” da

experiência, possam construi-la e verificarem por si mesmos os

conceitos tratados na aula: a difração e a interferência.


“O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda dupla, embora na forma original

não usasse fendas. Young fez um

raio de sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura

com auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno

diâmetro. Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso de

maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de

interferência podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o experimento tomou a forma

conhecida hoje, com a fenda dupla”.

Material utilizado:

- um laser pointer,

- um fio de cabelo,

- uma folha de papel canson.

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Descrição experimental:

Os alunos, reunidos em grupos (de modo que um segure o cabelo, o

outro o laser etc), devem, sob orientação do professor em casos de

maior dificuldade, chegar à montagem experimental desejada, com

o feixe laser apontando na direção da “espessura” do baralho, ou, no

caso do fio de cabelo, que é esfericamente simétrico, chegar à

conclusão de que o feixe deve incidir sobre ele. Para que isto seja

alcançado, os alunos devem fazer um exercício de percepção de

quais elementos reais, que eles têm disponíveis para a realização do

experimento, correspondem aos do texto e que papel eles devem

desempenhar. Devem identificar que o anteparo é a folha de

canson, que o cabelo é o baralho e que o laser pointer é a fonte de

luz. Isto foi imaginado com o intuito de propor um desafio aos

alunos, de modo que eles se sintam motivados a realizarem a

proposta.

Módulo do professor:

Após a realização do experimento, cujas dúvidas a respeito já

foram solucionadas pelo professor, e com o objetivo da visualização

do padrão de interferência atingido, o professor poderá fazer uma

avaliação do aprendizado atingido pelos alunos, pedindo que eles

escrevam um relatório, como se fossem o experimentador

personagem da aula Young, relatando seu método de

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experimentação, seus resultados e a explicação para o fenômeno

observado. Este tipo de avaliação serve tanto para avaliar os

alunos, como também o professor, ou sua aula e metodologia.

Assim, possíveis falhas podem ser corrigidas para uma melhora

futura da aula.

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