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Temos, portanto, um novo sistema que, vale salientar, far com que se
configure como impreciso tcnica considerar-se a pessoa com deficincia
incapaz.
Ela dotada de capacidade legal, ainda que se valha de institutos assistenciais
para a conduo da sua prpria vida.
Em outros pontos, percebemos que esta mudana legislativa operou-se em
diversos nveis, inclusive no mbito do Direito Matrimonial, porque o mesmo
diploma estabelece, revogando o art. 1.548, inciso I, do Cdigo Civil, e
acrescentando o 2 ao art. 1.550, que a pessoa com deficincia mental ou
intelectual, em idade nbil, poder contrair npcias, expressando sua vontade
diretamente ou por meio do seu responsvel ou curador.
Isso s comprova a premissa apresentada no incio do texto.
A pessoa com deficincia passa a ser considerada legalmente capaz.
Por consequncia, dois artigos matriciais do Cdigo Civil foram reconstrudos.
O art. 3 do Cdigo Civil, que dispe sobre os absolutamente incapazes, teve
todos os seus incisos revogados, mantendo-se, como nica hiptese de
incapacidade absoluta, a do menor impbere (menor de 16 anos).
O art. 4, por sua vez, que cuida da incapacidade relativa, tambm sofreu
modificao. No inciso I, permaneceu a previso dos menores pberes (entre
16 anos completos e 18 anos incompletos); o inciso II, por sua vez, suprimiu a
meno deficincia mental, referindo, apenas, os brios habituais e os
viciados em txico; o inciso III, que albergava o excepcional sem
desenvolvimento mental completo, passou a tratar, apenas, das pessoas
que, por causa transitria ou permanente, no possam exprimir a sua
vontade ; por fim, permaneceu a previso da incapacidade do prdigo.
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