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A tarefa da Administração Financeira é tomar decisões financeiras. Tais decisões podem ser
divididas em dois tipos:
• Decisões de captação de recursos - financiamento
• Decisões de aplicação dos valores levantados - investimento
Alguns autores identificam um terceiro tipo de decisão que seriam as decisões operacionais,
ou aquelas relacionadas com as transações (compra e venda, pagamentos e recebimentos) do
dia-a-dia da empresa. Entendemos que tais decisões nada mais são do que formas específicas
de decidir onde aplicar e onde obter os recursos, daí porque optamos por considerar apenas as
duas categorias gerais.
Tais decisões são tomadas a fim de que seja alcançado o objetivo da função Financeira.
Quando da tomada de decisões financeiras, não podem ser ignorados alguns aspectos
subjacentes a essas decisões:
• Retorno gerado pelos ativos e o custo dos recursos obtidos. A diferença define o
resultado da empresa.
Na breve discussão acima foi afirmado que as decisões financeiras são tomadas a fim de que
seja alcançado o objetivo da função Financeira. Mas qual é esse objetivo? Ou, colocado de
outra forma, do ponto de vista do(s) proprietário(s), o que é uma boa decisão de administração
financeira?
Apesar da cara de garoto e do jeito tímido ao falar em público ou dar entrevistas, Edgard Nogueira, 17
anos, é hoje uma das estrelas da nova economia (como são chamados os negócios envolvendo as
empresas de tecnologia da informação). Ele é o "pai" do site de busca Aonde, um dos maiores do País,
com cerca de 170 mil visitações diárias e um banco de dados que abriga aproximadamente 200 mil
home pages, totalmente idealizado e planejado pelo garoto quando tinha apenas 13 anos.
"Geniozinho da Internet"? Nogueira garante que não. "Sou um garoto normal, que gosta de sair com os
amigos, ir à praia e namorar". A diferença, segundo o próprio, é que ele acreditou na sua idéia e hoje
colhe os frutos de um projeto que teve investimento inicial de R$ 150,00 e que hoje vale, segundo
analistas do mercado de Internet, US$ 10 milhões.
Uma das grandes inquietações da maioria dos empresários brasileiros bem-sucedidos diz respeito ao
futuro profissional de seus filhos. A história dos negócios no país e no mundo está repleta de casos de
herdeiros cuja principal ocupação foi aproveitar o que a fortuna familiar poderia comprar. Em meio a
esse cenário, o paulistano Marcos de Moraes surge como um exemplo na contramão. Aos 38 anos, filho
de Olacyr de Moraes, ele não se acomodou à sombra do pai. Em vez disso, transformou-se num
empreendedor dos mais agitados. Com uma ajuda inicial do pai, Moraes construiu a fortuna fazendo o
que todo empresário mais gosta de fazer - enfrentar desafios novos e correr riscos.
O maior e melhor negócio de sua vida é aquele que o tornou famoso nacionalmente, a venda do portal
Zip.Net para a Portugal Telecom, em fevereiro de 2000. Apenas para quem não se recorda dos números
envolvidos na transação, Moraes auferiu com o negócio 365 milhões de dólares e uma alcunha própria.
Em razão da operação, deixou de ser apenas o primogênito do eterno rei da soja e tornou-se ele próprio
o rei da internet no Brasil.
Se supusermos que as pessoas investem suas poupanças em uma sociedade porque buscam
ganhos financeiros, a resposta é óbvia: boas decisões aumentam o valor de mercado da
sociedade e decisões ruins o diminuem. Como o Administrador Financeiro de uma sociedade
toma decisões em nome dos proprietários da empresa, segue-se que tais administradores
estarão agindo de acordo com os melhores interesses dos proprietários ao tomarem decisões
que aumentam o valor da empresa.
Assim, o objetivo apropriado para o administrador financeiro em uma empresa pode ser
enunciado como:
Este objetivo não significa que o administrador financeiro deva agir de maneira ilegal ou
antiética na esperança de aumentar o valor do capital próprio da empresa. O que se quer dizer
é que os administradores financeiros servem melhor aos donos da empresa identificando
produtos e serviços que agregam valor à empresa, porque eles são desejados e valorizados no
mercado.
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2. DETERMINAÇÃO E ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO
As operações de uma empresa podem ser enquadradas em uma das categorias abaixo:
- produção e venda: diretamente relacionada à atividade cíclica da firma, determinando
seu resultado;
- repartição: distribuição e recebimento de rendas independentes do ciclo de produção
e venda (I.R, dividendos, despesas e receitas financeiras);
- investimento e desinvestimento: aquisição e venda dos ativos por meio dos quais a
empresa obtém o seu produto ou presta seu serviço;
- financeiras: obtenção dos meios de financiamento.
Autofinanciamento
Investimento
Operações Financeiras
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Operações financeiras + Autofinanciamento = Investimento líquido + Reembolso de
empréstimos de longo prazo + Variação do Capital de Giro (CDG).
A figura abaixo ilustra os fluxos de caixa de uma empresa. Observe que o caixa pode ser
considerado um “reservatório” de liquidez, que é aumentado pelas entradas de caixa e
diminuído pelas saídas de caixa. Os fluxos de caixa podem ser classificados em fluxos
operacionais (à esquerda da figura), fluxos de investimento (à direita em cima) e fluxos de
financiamento. Os fluxos operacionais são os fluxos diretamente relacionados à produção e
venda dos produtos e serviços da empresa. Os fluxos de investimento são os fluxos associados
com a compra e venda de ativos imobilizados e participações societárias. Os fluxos de
financiamento resultam de operações de empréstimo e capital próprio. O saldo de caixa ao
final de um dado período é o resultado da ação combinada dos três fluxos.
Mão de Salários
Obra a pagar Ativos
Diferidos
Produtos
em Despesas
Processo Indiretas Participações
Societárias
CAIXA
Produtos
Prontos
Despesas
Operacionais
Dívidas de Curto
e
Vendas Longo Prazo
Imposto
de Patrimônio
Renda Líquido
Duplicatas
a Receber
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2.1.3 Instrumentos para acompanhamento das operações da empresa: a
Contabilidade
At = Pt + PLt
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Passivo
Ativo
Patrimônio
Líquido
da qual se deduz:
isto é,
R = PLt+1 - PLt
Esta definição de resultado implica que a sua mensuração depende dos critérios usados para
valorizar os ativos e os passivos em ambos os balanços (t e t + 1), bem como da
homogeneidade da unidade de medida. Dessa maneira, pode-se afirmar que a valorização de
ativos e passivos de um lado, e a determinação do lucro de outro, são simplesmente os dois
lados da mesma moeda. Dependendo do critério de avaliação utilizado, o valor do Patrimônio
Líquido será diferente. Neste caso, estamos utilizando o critério do custo baseado em valor,
mas poderíamos utilizar, por exemplo, o critério do valor de mercado.
- Registro pelo valor original: os ativos são incorporados pelo preço pago para adquiri-los ou
fabricá-los, somados os gastos necessários para colocá-los em condições de gerar benefícios
para a empresa;
- Competência: as receitas e despesas devem ser reconhecidas na apuração do resultado do
período a que pertencerem e de forma simultânea, quando se correlacionarem. As despesas
devem ser reconhecidas independentemente do seu pagamento, e as receitas somente quando
da sua realização, como por exemplo, a venda efetiva de produtos ou serviços.
- Entidade: o patrimônio da entidade não se confunde com o(s) de seu(s) proprietário(s).
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• Controle orçamentário
• Análise de desvios
• Fornecer informações para a tomada de decisões não rotineiras
+ +
Ativo Circulante Passivo Circulante
Capital Circulante
Líquido
Passivo Exigível a LP
Ativo Realizável a LP
Patrimônio Líquido
Ativo Permanente Capital Social
Investimentos Reservas de Capital
Imobilizado Res . de Reavaliação
Diferido Reservas de Lucros
- Lucros Acumulados -
Para fins didáticos, cada parte da análise será apresentada separadamente, conforme segue:
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Em 03/10/05 a CVM emitiu a Deliberação n. 488, a qual aprova e torna obrigatório, para as companhias
abertas, o Pronunciamento NPC 27 “Demonstrações Contábeis – Apresentação e Divulgações” emitido pelo
IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - que estabelece uma apresentação diferente da
prevista pela Resolução CFC 686/99.
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Análise Horizontal: é a comparação entre os valores de uma conta ou grupo de contas, em
diferentes exercícios sociais. É uma análise de evolução temporal desenvolvida por meio de
números índices, apurados de acordo com a seguinte expressão:
V
Indice = d x100
Vb
Onde Vd é o valor da conta (ou grupo) em determinada data e Vb é o seu valor obtido na data-
base
A análise horizontal pode ser feita através do cálculo das variações em relação ao um ano-
base (análise encadeada), ou em relação ao ano anterior (análise anual), embora a análise
encadeada seja a mais recomendada.
Ilustração:
Situações especiais:
Quando for efetuada a análise anual, alguns cuidados devem ser tomados a fim de evitar
possíveis confusões na interpretação das variações. Considere a situação a seguir:
Conforme se percebe, existe uma variação negativa de 25% do primeiro para o segundo ano
em análise; do segundo para o terceiro ano, ocorre uma variação positiva de 25%. Chama-se a
atenção para o fato de que, pela base usada em cada ano ser diferente, as variações de 25%
não se compensam. Isso fica evidente quando se faz a análise encadeada, visto que as vendas
do terceiro ano ainda se encontram em um patamar inferior ao primeiro ano da série.
Outra situação que requer algum cuidado na interpretação ocorre com as contas de resultado
(lucro ou prejuízo). Considere a situação a seguir:
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2.2 Análise Vertical: é também um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se
aplica ao relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável,
identificado na mesma demonstração.
Exemplo:
19x1 19x2
$ AV% $ AV%
Ativo Circulante 185.000 215.000
Realizável a LP 5.000 10.000
Permanente 360.000 435.000
TOTAL 550.000 100,0 660.000 100,0
Passivo Circulante 70.000 120.000
Exigível a LP 120.000 100.000
Patrimônio Líquido 360.000 440.000
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Demonstrações de resultados - exercícios encerrados em 31 de março
1992 AH AV 1993 AH AV 1994 AH AV
Vendas Líquidas 975.000 100 100 1.013.000 1.020.000
Custo do Produto Vendido 794.000 100 815.000 824.000
Lucro Bruto 181.000 100 198.000 197.000
Despesas:
Gerais e de vendas 75.000 100 80.000 83.000
Depreciações 8.000 100 9.000 13.000
Financeiras 8.000 100 8.000 9.000
Outras 15.000 100 20.000 24.000
Lucro antes do IR 75.000 100 81.000 67.000
Imposto de Renda 37.500 100 40.500 33.500
Lucro Líquido 37.500 100 40.500 33.500
Obs.: Esta demonstração não está de acordo com a legislação brasileira, servindo apenas para ilustração dos
procedimentos de análise.
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2.3 OS CICLOS DA EMPRESA
De maneira geral, pode-se representar a atividade produtiva de uma empresa de forma linear.
Essa atividade se inicia pela aquisição de matérias-primas e se conclui na venda do produto ou
serviço feito com aquelas matérias-primas. Este período, na qual a matéria-prima é
transformada em um produto ou serviço e vendido, é chamado de ciclo econômico e pode ser
determinado através do Prazo de Estocagem praticado pela empresa. Ocorre que os
pagamentos e recebimentos relacionados a essa atividade raramente acontecem nos momentos
de compra e venda. Surge, então, um outro ciclo referente à efetiva movimentação de recursos
na empresa, o qual se denomina ciclo financeiro ou ciclo de caixa. Este ciclo mede o período
no qual a empresa necessita obter financiamento para a sua atividade operacional. Pode ser
definido como sendo o Prazo de Estocagem (ciclo econômico) mais o Prazo de Cobrança (ou
Recebimento) concedido aos clientes, deduzido do Prazo de Pagamento recebido dos diversos
fornecedores da empresa. Por fim, o período que engloba os dois ciclos, isto é, do momento
da aquisição da matéria-prima até o recebimento pela venda do produto final é definido como
o ciclo operacional da empresa. A figura abaixo apresenta a relação entre os três ciclos.
Compra de Recebimento
Matéria Prima Venda
CICLO OPERACIONAL
Venda
Prazo Médio de Estoques Prazo Médio de Cobrança
Prazo Médio
de Pagamento
Pagamento de Duplicatas
CICLO FINACEIRO
CICLO ECONÔMICO
O Sr. Sujeito Engenhoso, competente engenheiro, descobriu um novo processo para produzir
parafusetas, produto com mercado em franca expansão. Em vista disso, no final do ano 0, ele
decidiu montar uma empresa - a Cia. Industrial de Parafusetas (CIP) - destinada à fabricação
de parafusetas. Estudos preliminares demonstram ser possível vender em torno de 1.000
unidades por mês. O preço da matéria-prima usada na fabricação de parafusetas (cada unidade
de produto consome uma unidade de matéria-prima) é de $ 50/unidade, sendo que a mão-de-
obra direta necessária para tal volume de produção custa $ 30.000. Além desses custos, a
empresa incorre em $ 10.000 por mês, referentes aos salários administrativos, honorários do
diretor e demais despesas administrativas. O preço de venda é de $ 100/unidade. A fim de
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atingir as vendas previstas a empresa deverá oferecer aos seus clientes um prazo de
pagamento de 60 dias, recebendo de seu fornecedor um prazo de 30 dias para o pagamento
das compras (as compras de matérias-primas são feitas no mês anterior à produção e venda).
As demais despesas são pagas à vista.
Balanço Projetado
Inicial Janeiro Fevereiro Março
Disponível
Clientes
Estoques
Equipamento
Total do Ativo
Fornecedores
P.L.
- Capital Social
- Lucro acumulado
Total do Passivo
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2.4 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO
O objetivo primordial da gestão do capital de giro é a sustentação da atividade operacional da
empresa e a manutenção da liquidez.
O conceito de Capital de Giro, porém, costuma apresentar diferentes interpretações, que são
aplicadas segundo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido. No entanto, qualquer que
seja a definição adotada, o conceito de capital de giro (ou capital circulante) identifica os
recursos que giram (ou circulam) várias vezes em determinado período. Ou seja, corresponde
a uma parcela de capital aplicada pela empresa em seu ciclo operacional, a qual assume
diferentes formas ao longo de seu processo produtivo e de venda.
Uma abordagem tradicional considera o Capital de Giro o valor total dos recursos
demandados pela empresa, para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as
necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o
recebimento dos produtos elaborados. Dessa forma, corresponderia ao valor do ativo
circulante de uma empresa.
Outra abordagem considera o valor líquido das aplicações (isto é, deduzidas as dívidas de
curto prazo) processadas no ativo circulante da empresa, ou seja:
Passivo Exigível a LP
Ativo Realizável a LP
Patrimônio Líquido
Ativo Permanente
Entretanto, conforme pode ser percebido na figura acima, o Capital Circulante Líquido
também representa a parcela do financiamento total de longo prazo que excede as aplicações
de longo prazo. Assim, a fim de se efetuar uma análise mais rigorosa da gestão do capital de
giro de uma empresa, será utilizada uma outra classificação das aplicações e fontes de
recursos da empresa. Para tanto, será adotada uma nova classificação das contas do Balanço
Patrimonial, de acordo com seu comportamento/relação com o ciclo operacional da empresa a
qual é apresentada na Figura que se segue.
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ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO PASSIVO CIRCULANTE FINANCEIRO
(*) Os impostos aqui incluídos são aqueles calculados sobre o faturamento (vendas) da
empresa. O imposto de renda, em princípio, não está incluído pois é calculado sobre o
resultado da empresa.
É importante notar que como esta classificação não é uma classificação legal (isto é, com base
em uma lei), as denominações aqui adotadas não têm caráter universal. Assim, é comum se
encontrar as seguintes denominações:
A partir desta nova distribuição, pode-se definir algumas grandezas importantes para a análise
da gestão financeira da empresa. A primeira grandeza é:
Ativo Passivo
operacional operacional
NCG
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Quando as saídas de caixa ocorrem antes das entradas, a operação da empresa cria uma
necessidade de aplicação permanente de fundos (mobilização de recursos), que se evidencia
por uma diferença positiva entre o valor das contas operacionais ou cíclicas de ativo e de
passivo. Apresenta como características:
- as contas cíclicas são contas ligadas às operações da empresa;
- é sensível a modificações que ocorrem no ambiente em que opera. Depende da
natureza do negócio (que determina o Ciclo Financeiro) e do nível de atividade;
- pode ser negativa, quando as entradas ocorrem antes que as saídas. Neste caso, o
passivo circulante operacional constitui-se em fonte de fundos;
- se a empresa suspender as operações (parcial ou total), a NCG, que se constituía uma
aplicação, torna-se uma fonte de fundos.
Assim, pode-se definir a Necessidade de Capital de Giro como sendo os recursos necessários
a um determinado ciclo financeiro e volume de atividades.
Preencha o quadro a seguir, determinando o efeito esperado sobre a NCG como conseqüência
dos seguintes eventos:
EVENTO EFEITO
Aumento do volume das vendas
Aumento no prazo concedido aos clientes
Aumento no prazo recebido dos fornecedores
Aumento no giro do estoque
CDG
Ativo Passivo
permanente permanente
Pode ser definido como a parcela de recursos de longo prazo aplicada no ciclo operacional,
caracteristicamente de curto prazo, o qual assume diferentes formas ao longo de seu processo
produtivo e de vendas.
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Tendo em vista a definição acima, relacione abaixo os fatores que afetam o Capital de Giro de
uma empresa:
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
ORIGENS:
Lucro líquido do exercício, ajustado pelas despesas e receitas que não afetam o Capital
Circulante Líquido2
Aumento de capital
Contribuições para reservas de capital
Recursos de terceiros provenientes de:
Aumento no exigível a longo prazo
Redução no realizável a longo prazo
Alienação de ativo permanente
APLICAÇÕES
Dividendos/Distribuição de lucros
Aquisição de imobilizado
Aquisição de investimentos e diferido
Aumento no realizável a longo prazo
Redução no exigível a longo prazo
2
Contas que não representam movimentos de caixa e que não afetam o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
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Ativo Circulante inicial Ativo Circulante final Variação Ativo Circulante
Passivo Circulante inicial Passivo Circulante final Variação Passivo Circulante
CCL inicial CCL final Variação no CCL
É a diferença entre CDG e NCG. Sempre que CDG > NCG o saldo de Tesouraria será
positivo (T>0). Por outro lado, T<0, indica que a empresa financia parte da NCG e/ou Ativo
permanente com recursos de curto prazo, aumentando o risco de insolvência. Isto não quer
dizer que um T elevado seja necessariamente condição desejável: pode indicar falta de uma
estratégia de investimentos. Elementos para a análise da situação de Tesouraria podem ser
obtidos da Demonstração do Fluxo de Caixa cujo modelo no Anexo.
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Abaixo são apresentadas algumas possíveis estruturas patrimoniais. Com base nos conceitos
apresentados acima faça um breve comentário sobre a situação financeira representada:
Estrutura 1 Estrutura 2
A. C. F. = 20 P. C. F. = 30 A. C. F. = 30 P. C. F. = 20
P. C. O. = 30 P. C. O. = 30
A. C. O. = 50 A. C. O. = 40
A. P. = 30 P. P. = 40 A. P. = 30 P. P. = 50
Estrutura 3 Estrutura 4
A. C. F. = 30 P. C. F. = 20 A. C. F. = 20 P. C. F. = 30
P. C. O. = 50 A. C. O. = 30
A. C. O. = 30 P. C. O. = 40
P. P. = 30 A. P. = 50 P. P. = 30
A. P. = 40
Estrutura 5 Estrutura 6
A. C. F. = 40 P. C. F. = 20 A. C. F. = 10 P. C. F. = 30
P. C. O. =40 A. C. O. = 50
A. C. O. = 30 P. C. O. = 40
A. P. = 40 P. P. = 30
A. P. = 30 P. P. = 40
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Classifique as estruturas apresentadas em função do risco percebido (ordenar do maior para o
menor risco). Lembre-se de que consideramos risco a probabilidade da empresa se tornar
insolvente:
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ANÁLISE DE CASOS
Avalie a evolução das medidas financeiras nos gráficos a seguir. Considere a evolução das
vendas e seu reflexo na NCG, a evolução do CDG e, por fim, a evolução do Saldo de
Tesouraria. Em uma primeira abordagem, considere que as variações do CDG são causadas
apenas pelo resultado obtido; posteriormente considere outras alternativas:
C ASO 1
3000
2500 Vendas
2000 CDG
1500 T
NCG
1000
500
0
t1 t2 t3 t4
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
CASO 2
3000
2500 Ve ndas
2000 NC G
1500
1000
T
500 CD G
0
t1 t2 t3 t4
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
21
CASO 3
3000
Vendas
2500
2000
1500
1000
NC G
500
T
0
t1 t2 t3 t4 CDG
-500
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
C A SO 4
3000
Vendas
2500
2000
1500
1000
CD G
500
T
0
t1 t2 t3 t4 NC G
-500
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
22
2.5 AVALIAÇÃO DA GESTÃO FINANCEIRA
Os diferentes prazos praticados por uma empresa podem ser estimados através dos índices de
prazo médio ou de rotação.
Onde: EST = estoque; CMV = custo da mercadoria (ou produto vendido); P = período
considerado (nº de dias ou meses).
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Os prazos médios podem ser convertidos em “Giro”, dividindo-se o período considerado (360
dias ou 12 meses) pelo prazo médio.
Ilustração:
Ilustrações:
a. Qual o PMR de uma empresa que tenha vendas anuais de $72.000, apresentando um saldo
de $ 44.000 de duplicatas a receber?
Suponha, então, que a empresa tenha vendido $ 8.000 em novembro e $ 36.000 em dezembro.
b. Qual o PMR de uma empresa com o mesmo volume de vendas ($ 72.000) mas com um
saldo de $ 2.500 de duplicatas a receber?
Suponha, então, que a empresa tenha vendido $ 1.500 em novembro e $ 1.000 em dezembro.
Um dos problemas do dia à dia das empresas industriais consiste na harmonização entre as
vendas e a produção. Estoques excessivos de produtos obsoletos ou de lenta rotação podem
elevar substancialmente o fator risco. A falta de estoques também pode gerar problemas como
o não-cumprimento de prazos de entrega junto aos clientes.
O Ciclo Financeiro, conforme descrito anteriormente (CF = PME + PMR - PMP), não é
rigorosamente correto, tendo em vista que em cada segmento do ciclo a empresa apresenta
valores de necessidades de financiamento (Ciclo Operacional) e de financiamentos (PMP)
diferenciados. Assim, durante o Prazo Médio de Estoques a empresa inicialmente necessita
financiar o valor da matéria-prima adquirida. Durante a fase de produção, os custos incorridos
ao longo do processo produtivo (mão-de-obra e gastos indiretos de fabricação) também
precisam ser financiados, além da própria matéria-prima. Por fim, com o produto pronto,
todos os custos incorridos na produção precisam ser financiados. A partir da venda do produto
até o recebimento (PMR), a empresa necessita financiar o custo do produto, os tributos
incidentes sobre a venda, além do próprio lucro. O financiamento proveniente do passivo
circulante operacional, entretanto, é fixo, não incorporando os acréscimos verificados nas
várias fases operacionais.
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Assim, para uma análise mais rigorosa, é necessário proceder alguns ajustes nos prazos do
ciclo financeiro, relacionando-os mais diretamente com as vendas de forma a se apurar um
valor mais preciso para a necessidade de capital de giro. Acompanhe a demonstração a seguir:
NCG x 360 = Estoques x 360 x CPV + Clientes x 360 - Contas a pagar x 360 x Compras
Vendas CPV Vendas Vendas Compras Vendas
conforme visto
anteriormente: PME PMR PMP
logo:
De onde se conclui que a NCG depende do ciclo financeiro (PME + PMR - PMP) e do nível
de atividade (vendas) da empresa. A relação acima demonstrada pode ser denominada de
Ciclo Financeiro Equivalente a qual não representa uma grandeza definida. Esta relação,
além de permitir uma avaliação mais precisa do Ciclo Financeiro de uma empresa, pode ser
usada para se efetuar o Dimensionamento da Necessidade de Capital de Giro (por
conseqüência, a necessidade de financiamento que a empresa irá apresentar, dadas as vendas
projetadas e os prazos praticados), conforme se verificará mais adiante.
Observação: na demonstração acima foi usado o multiplicador 360, pois partiu-se da premissa que os
prazos estão sendo informados em nº de dias. Ressalta-se que a informação relevante é a relação
NCG/Vendas. Importante notar que o modelo permite que sejam agregados outros elementos do
Passivo circulante operacional, tais como Impostos a Recolher e Salários a Pagar, bastando que sejam
relacionados ao volume de vendas da empresa.
26
Balanços encerrados em 31 de março
1992 1993 1994
Caixa 22.000 14.000 12.000
Clientes 90.000 100.000 130.000
Estoques 105.000 180.000 300.000
Total Circulante 217.000 294.000 442.000
CDG
NCG
T
CFEq
27
2.5.3 Índices de Liquidez:
Liquidez corrente: LC = AC / PC
LS = (AC - Estoques)/PC
Os valores do ativo circulante, estoques e passivo circulante, referentes aos exercícios sociais
de uma empresa, são apresentados a seguir:
x1 x2 x3 x4
Ativo Circulante 22.000 28.000 30.000 34.000
Estoques 13.000 20.000 23.000 27.000
Passivo Circulante 21.000 25.500 26.600 29.300
Pede-se:
a. Determinar o índice de liquidez corrente e seca para cada um dos períodos.
b. Através de uma comparação temporal desses indicadores, avaliar a posição de liquidez a
curto prazo da empresa.
c. Se fossem fornecidos os seguintes índices setoriais, como você completaria a avaliação da
liquidez da empresa?
x1 x2 x3 x4
Liquidez Corrente 1,18 1,14 1,19 1,22
Liquidez Seca 0,84 0,76 0,89 0,90
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Exemplo para discussão: Liquidez x Fluxo de Caixa
A empresa se encontra com sua situação financeira estável (isto é, seu fluxo de caixa se
encontra equilibrado) e mantém o saldo de $ 100 em disponibilidade para fazer frente a
eventuais problemas. O índice de Liquidez Corrente é de 1,5. Sabe-se que os prazos da
empresa são os seguintes:
29
Fornecedores 60.000 90.000 185.000
Empréstimos - 39.000 98.000
Provisões 18.000 22.300 31.600
Total Circulante 78.000 151.300 314.600
Passivo Circulante
- Fornecedores
- Provisões
- Empréstimos
O modelo apresentado a seguir é o proposto por Matarazzo (1998), o qual apresenta algumas
diferenças em relação ao modelo proposto pelo IBRACON e adotado pela CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), que é apresentado no Anexo.
Resultado do exercício
A avaliação da DFC não é tarefa simples visto que um número incontável de situações pode
existir. Matarazzo sugere que sejam apreciadas, sucessivamente, a Geração Bruta de Caixa, a
Geração Operacional, a Geração Corrente e a Geração Líquida. A idéia básica que deve
orientar a análise nesta avaliação é o grau de independência da empresa em relação a
financiamentos externos e a capacidade de autofinanciamento.
Uma seqüência de análise proposta por Matarazzo (2003) para a análise da DFC seria:
Ilustração
- Capacidade de investimento:
33
2.7 AVALIAÇÃO DA GESTÃO ECONÔMICA
Consiste na comparação dos diversos níveis de resultado (bruto, operacional e líquido) com
algum parâmetro, com a finalidade de aferir a eficiência da gestão da empresa. A
demonstração básica é a Demonstração do Resultado do Exercício, cuja estrutura é
apresentada a seguir:
Os índices deste grupo mostram a rentabilidade dos capitais investidos e, portanto, o grau de
êxito econômico da empresa.
Retorno sobre as vendas (margem): indica o quanto a empresa obtém de lucro para cada
$100 vendidos, ou seja, o percentual de lucro sobre as vendas líquidas. A fórmula apresentada
a seguir refere-se à margem líquida:
Um cuidado a ser tomado nesta análise é verificar se o resultado final da empresa não foi
formado por receitas outras que não as vendas da empresa, tais como resultado de
equivalência patrimonial, receitas financeiras e resultado auferido pela venda de ativos
permanentes (resultado não operacional). Nestes casos, o resultado líquido deve ser
expurgado de tais receitas, sob pena de distorção na análise da margem.
34
Podem ser calculadas variações deste índice usando-se o lucro operacional e o lucro bruto.
Retorno sobre o ativo: é uma medida do potencial de geração de lucro por parte da empresa,
isto é, da capacidade da empresa em gerar lucro. Embora boa parte da bibliografia de análise
das demonstrações apresente a fórmula LL/AT, tal relação encerra certa distorção, pois o
lucro líquido, que visa remunerar o capital de risco (normalmente o patrimônio líquido) e não
o ativo total, é influenciado pela estrutura de financiamento adotada pela empresa. Dessa
maneira, considera-se que a relação genuína a ser feita é:
Da mesma forma, o ativo a ser considerado na relação deveria ser o ativo total excluído das
aplicações que não estão contribuindo para a geração do resultado, tais como investimentos
pré-operacionais, incentivos fiscais, entre outros. Uma questão que pode ser levantada diz
respeito às participações em outras empresas e às aplicações financeiras. Visto que o resultado
das participações e as receitas financeiras formalmente integram o resultado operacional,
poderia se aceitar a manutenção de tais ativos na base de cálculo. Entretanto, se o objetivo for
a determinação da rentabilidade das atividades de produção e venda, tais ativos devem ser
desconsiderados, procedendo-se também, a exclusão dos resultados gerados por tais ativos do
resultado operacional.
Também são feitas avaliações usando o conceito de Retorno sobre o Investimento (ROI), o
qual se utiliza o valor do Ativo diminuído do valor do Passivo Circulante Operacional.
Uma precaução adicional a ser tomada no cálculo do retorno diz respeito à data do
investimento a ser considerado. A princípio, fazendo-se uma analogia com a análise de
investimento, o valor a ser considerado é o valor inicial (seja do Ativo, seja do Patrimônio
Líquido no cálculo dos diferentes retornos), isto é, um investimento foi feito para gerar um
certo retorno. O problema ocorre quando são feitos investimentos no decorrer do exercício e
que contribuem na formação do resultado. Nesses casos, o correto é tomar o valor inicial
acrescido das variações ponderadas pela fração do ano que permaneceram à disposição da
35
empresa. Como nem sempre essa informação está disponível, é comum a utilização de médias
simples. Esse procedimento, porém, supõe que as eventuais alterações aconteceram
uniformemente no decorrer do ano. Caso isso não seja verdadeiro, distorções relevantes
poderão ocorrer.
Exemplo: suponha que uma empresa tenha iniciado o ano com um PL de $ 1.000 e que no
meio do ano tenha sido feito um aumento de capital de $ 500. Qual o PL que deverá ser
considerado para fins do cálculo da rentabilidade?
Exercício
Com base nas demonstrações a seguir, determine o Retorno sobre o Ativo e o Retorno sobre o
Patrimônio Líquido para os exercícios de 1993 e 1994 (apenas para simplificar os cálculos
posteriores, utilize os valores iniciais do Ativo e do Patrimônio Líquido):
36
Demonstrações de resultados - exercícios encerrados em 31 de março
1992 1993 1994
Vendas Líquidas 975.000 1.013.000 1.020.000
Custo do Produto Vendido 794.000 815.000 824.000
Lucro Bruto 181.000 198.000 197.000
Despesas:
Gerais e de vendas 75.000 80.000 83.000
Depreciações 8.000 9.000 13.000
Financeiras 8.000 8.000 9.000
Outras 15.000 20.000 24.000
Lucro antes do IR 75.000 81.000 67.000
Imposto de Renda 37.500 40.500 33.500
Lucro Líquido 37.500 40.500 33.500
1993 1994
Retorno sobre o Ativo
GA= VL/Ativo
ou
Assim, o retorno sobre o ativo é decomposto em margem operacional e giro do ativo. Essa
expressão é denominada sistema Du Pont, tendo sido desenvolvida pela Du Pont Corporation.
ou
37
RSPL = Margem Líquida x Giro do Ativo x “Endividamento”
Observação: alguns autores utilizam a formulação “Giro do Capital Próprio” a qual relaciona a Receita
de Vendas com o Patrimônio Líquido. Entretanto, a interpretação desta relação parece não fazer muito
sentido.
A decomposição dos índices de retorno é interessante, pois permite verificar que um dado
retorno pode ser obtido através de um sem número de combinações entre margem e giro,
conforme a estratégia escolhida pela empresa (vender grande quantidade com pequeno ganho
por unidade vendida ou vender pequena quantidade com elevado ganho por unidade vendida).
Além disso, possibilita identificar as causas das variações no retorno da empresa.
Exercício
Decomponha os índices de Retorno sobre o Ativo e Retorno sobre o Patrimônio Líquido dos
anos de 2003 e 2004, calculados anteriormente, explicando as principais causas da variação
dos respectivos retornos:
1993 1994
Retorno sobre o Ativo
- Margem Operacional
- Giro do Ativo
Avaliação:
38
Uma extensão da decomposição pode ser feita seguindo-se o esquema a seguir:
Vendas
Lucro Líquido (-) Custos
(-) Despesas
(-) IR
Vendas
X
Lucro Líquido
Vendas Preço x Quantidade
Retorno s/PL = Disponível
Clientes
PL Ativo Ativo Circulante Estoques
Ativo Permanente
X Imobilizado
Ativo Diferido
Capital Social Investimento
PL Lucros Retidos
Outras Reservas
Exercício
39
93 94
93 94 CPV
93 94 LL Adm.
Margem VL Vendas
Outras 93 94
Financeiras Disponível
93 94 Clientes
RSPL Giro VL A.Circ. Estoques
Ativo
A. Perm. Imóveis
Máquinas
Alavancagem Ativo
PL Capital
Lucro Acum
Avaliação:
Alavancagem financeira:
O Retorno sobre o Ativo (RSA), calculado da maneira proposta anteriormente - usando o lucro
operacional genuíno - mostra qual a rentabilidade do negócio. Quanto maior o índice maior a
eficiência. Por outro lado, a empresa geralmente utiliza recursos de terceiros, os quais têm uma
remuneração (custo da dívida ou CD).
Se o custo da dívida é maior que o retorno sobre o ativo, ou seja, se a empresa paga, para cada $
tomado, mais do que rende o seu investimento no negócio, então o proprietário paga a diferença
com sua parte de lucro (ou até com o próprio capital). Se o custo da dívida é menor que o retorno
sobre o ativo, o proprietário fica com a diferença. Neste caso, a taxa de retorno sobre o
patrimônio líquido será maior que a taxa de retorno sobre o ativo.
Em última análise, o que interessa mesmo para a empresa é o retorno sobre o patrimônio líquido.
Os outros dois índices são informações gerenciais de como a empresa atingiu o RSPL. São,
entretanto, fundamentais para a definição de estratégias empresariais.
Essa fórmula mostra o efeito que a estrutura de capital e os juros pagos produzem no lucro final,
informando se essa estrutura está beneficiando ou não o proprietário. Ela demonstra, também,
quando o endividamento pode ser benéfico para a empresa (RSA>CD), o que não ficava evidente
na decomposição apresentada anteriormente (margem líquida x giro do ativo x endividamento).
O efeito de tomar, numa ponta, recursos de terceiros a um determinado custo e aplicá-los (nos
ativos) a uma outra taxa é denominado de Alavancagem Financeira. A diferença é absorvida
pelos proprietários, seja através de um aumento de seu retorno sobre o PL, seja através de uma
redução deste indicador.
A razão entre as taxas de retorno sobre o patrimônio líquido e de retorno sobre o ativo chama-se
grau de alavancagem financeira, indicando o número de vezes que o retorno sobre o ativo foi
multiplicado:
GAF = RSPL/RSA
Esta exposição visa apenas encaminhar o assunto. A correta análise da alavancagem demanda
alguns cuidados adicionais (tais como o tratamento do imposto de renda) e por isso foge ao
escopo do presente material.
41
2.8 FATORES DETERMINANTES BÁSICOS DO FINANCIAMENTO DE
UMA EMPRESA.
Uma empresa pode ser vista como possuidora de necessidades de ativos circulantes e ativos
permanentes necessários para que as operações sejam conduzidas eficientemente. A necessidade
de ativos pode variar ao longo do tempo por diversas razões, incluindo: tendência geral de
crescimento, variações sazonais em torno da tendência, e flutuações diárias e mensais
imprevisíveis. Tal situação é ilustrada na figura a seguir (na ilustração foi considerado que não
há crescimento):
$
NCG
NCG
Sazonal
NCG Permanente
Ativo Permanente
tempo
Há duas estratégias a serem consideradas por uma empresa para atender suas necessidades de
recursos. A primeira estratégia consistiria na obtenção de financiamento de longo prazo que
cobrisse a necessidade total de ativos, mesmo nos picos sazonais. A empresa terá saldos
excedentes de caixa disponíveis para aplicações financeiras quando a necessidade total for
inferior aos picos. Como esse enfoque envolve superávits crônicos de caixa e um investimento
elevado em NCG, é visto como uma estratégia flexível (ou de risco mínimo). Esta estratégia está
representada a seguir:
Excedentes (aplicações)
$
NCG
Sazonal
Recursos
NCG Permanente de
Longo
Prazo
Ativo Permanente
tempo
42
Quando o financiamento de longo prazo não cobre a necessidade total de ativos, a empresa é
obrigada a tomar emprestado a curto prazo para compensar o déficit. Esta estratégia restritiva (ou
agressiva) é representada a seguir:
Recursos
de
NCG Curto Prazo
Sazonal
Qual a melhor política de financiamento? Não existe uma resposta definitiva. Vários aspectos
devem ser considerados para que a análise seja apropriada. Dentre outros, destacam-se:
43
da empresa, de acordo com o grau de aversão ao risco de seus proprietários e
administradores.
Suponha que uma empresa, para cumprir com os seus objetivos, necessite de ativos no montante
de $ 100.000, sendo 50% relativos a ativos circulantes e 50% ativos permanentes. Os ativos
permanentes são financiados por recursos próprios. Quais os efeitos sobre o RSPL e a liquidez
corrente caso a empresa adote cada uma das alternativas de financiamento a seguir: estratégia
flexível (100% de financiamento de longo prazo), restritiva (ativo circulante financiado
totalmente com empréstimos de curto prazo) e conciliadora (50% do ativo circulante financiado
com empréstimos de curto prazo e 50% com recursos terceiros de longo prazo). Suponha ainda
que:
A avaliação do reflexo das decisões de financiamento tomadas por uma empresa pode ser feita a
partir dos chamados índices de estrutura de capitais.
São aqueles que relacionam a composição de capitais (próprios e de terceiros), que medem os
níveis de imobilizações de recursos e que buscam diversas relações na estrutura da dívida da
empresa.
Com base nas demonstrações a seguir, analise a estrutura de financiamento da empresa para os
exercícios de 1993 e 1994. Relacione sua análise com a análise da liquidez feita anteriormente:
Composição do endividamento
Imobilização do PL
45
3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Exemplo para ilustração e reflexão (continuação do exercício iniciado no item 2.3 Os Ciclos
da Empresa)
No mês de abril, graças a um esforço mercadológico, o Sr. Engenhoso previa um aumento nas
encomendas (venda de maio) na ordem de 500 unidades, sendo necessário aumentar as compras
no mesmo montante - o preço unitário da matéria-prima não se alterou. Em decorrência, a mão-
de-obra do mês de maio também irá crescer proporcionalmente, sendo que os salários e as
despesas administrativas permanecerão estáveis.
As encomendas crescerão em mais 500 unidades em maio e 500 unidades em junho (totalizando
2.500 em vendas para julho) com reflexos nas compras de cada mês e na mão-de-obra dos meses
subseqüentes.
Diante deste quadro extremamente positivo, previsto para o mês de julho o sr. Engenhoso -
proprietário da empresa - programou umas férias no Nordeste. As previsões de venda se
confirmaram porém, no final de julho, suas férias foram subitamente interrompidas por um
telefonema de seu auxiliar administrativo, o qual, em pânico, avisava que o dinheiro tinha
terminado e ele não sabia o que fazer. Perplexo, ele já ia começar a preparar as malas para voltar,
quando encontrou você no corredor da pousada. Sabendo de sua experiência profissional, ele lhe
apresentou os dados acima e pediu que você lhe explicasse a situação e, principalmente, o que
aconteceu com o dinheiro.
20.000
16.000 Vendas
12.000
NCG
8.000
T
4.000 CDG
0
t1 t2 t3 t4 t5
46
O Efeito Tesoura é o crescimento descontrolado da dependência de empréstimos de curto prazo,
quando T é negativo.
3.2. PLANEJAMENTO
Planejar é uma das funções administrativas - as demais são Organizar, Comandar, Coordenar e
Controlar. Planejar significa definir antecipadamente:
Pode-se perceber que geralmente existirá mais de uma alternativa para cada uma das definições
enunciadas. Assim, planejar consiste na escolha da alternativa mais adequada em face da
realidade presente e das expectativas do comportamento de inúmeras variáveis endógenas e
exógenas. O planejamento empresarial constitui um processo sistemático e contínuo de tomada
de decisões no presente com vistas à consecução de objetivos específicos no futuro.
Existem três níveis de decisões empresariais e a cada nível pode ser associado um tipo de
planejamento, a saber: estratégico, tático e operacional.
47
No planejamento operacional são definidas as metas a serem cumpridas pelas unidades
operacionais e pelos órgãos da administração. Essas metas específicas devem estar alinhadas
para que os objetivos globais de longo prazo sejam alcançados.
O planejamento financeiro a curto prazo (operacional) são ações planejadas para um período
curto acompanhadas da previsão de seus reflexos financeiros. Os principais insumos incluem a
previsão de vendas e várias formas de dados operacionais e financeiros; os resultados mais
importantes incluem inúmeros orçamentos operacionais, o orçamento de caixa e as
demonstrações financeiras projetadas.
48
Previsão de Vendas
Plano de Produção
Estimativa
de Compra
Custo dos
Produtos Orçamento de
Vendidos Capital
Estimativas
Despesas
Operacionais
Resultado Orçamento
Projetado de Caixa
Plano de Financiamento
Receitas/Despesas
Financeiras
Demonstração do Caixa
Resultado Projetado Duplicatas a Receber
Duplicatas a Pagar
49
Exercício (adaptado do livro "Custos: um enfoque administrativo" de George S. G. Leone)
A seguir é apresentado o Balanço Patrimonial da Cia. Bâmbola, que é uma empresa comercial:
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Disponível 20.000 Contas a pagar 33.600
Contas a rec. 32.000 Salários a pagar 8.250
Estoques 70.000
Desp.ex.seg. 3.600
Permanente P. L.
Imobilizado 74.000 Capital Social 110.000
Dep. acum. (25.600) Lucros acum. 22.150
Total 174.000 Total 174.000
50
Dimensionamento da Necessidade de Capital de Giro
2003 → Ano recessivo para empresa, as Vendas caem para um patamar de R$ 540M,
gerando um prejuízo de R$ 10 M
52
Crescer em equilíbrio (modelos de previsão de crescimento)
Como financiar?
Suposição: como as vendas integram o ciclo operacional, uma alteração de vendas refletir-se-
á em todo o ciclo. Assim, as condições de crescimento equilibrado supõem que sejam
originadas no próprio ciclo; isto é, o autofinanciamento da empresa deverá ser suficiente para
financiar ao menos o aumento da sua NCG.
Por que?
a) Como o aumento de vendas causa o aumento da NCG - e este deve ser permanente -, este
aumento deve ser financiado com recursos de longo prazo ou CDG. Aumentos do CDG via
empréstimos ou aumentos de capital causariam acréscimos em Despesas Financeiras e em
Dividendos, reduzindo o lucro passível de retenção e diminuindo o efeito desejado. Resta,
portanto, o crescimento do CDG através do Autofinanciamento;
b) Deve ser evitada a situação Var. NCG > Var. CDG, pois se refletiria na necessidade de
captar empréstimos de curto prazo, reduzindo o saldo de Tesouraria (T);
Considerando:
Para que o aumento da NCG, causado pelo aumento das vendas entre dois períodos seja,
autofinanciado os valores deverão seguir a seguinte indicação:
(t-c) x V2 + c x V1 >= 0
a. sempre que a taxa de autofinanciamento for superior ao ciclo financeiro (t > c), haverá
crescimento autofinanciado;
b. caso inverso (t < c), o autofinanciamento será possível desde que o crescimento das vendas
não seja superior à relação t/(c-t), pois para que:
53
V2 + c x V1 >0 tem-se V2 < c , subtraindo-se 1 em cada lado,
t-c V1 c-t
Exemplo
Suponha uma empresa vendendo $ 1.000 por ano e que tenha um ciclo financeiro (c) de 0,25,
uma taxa de Autofinanciamento (t) de 0,10, e um Capital de Giro (CDG) inicial de $ 250,
sendo que o CDG cresce exclusivamente através do Autofinanciamento. O que ocorreria com
essa empresa caso suas vendas crescessem a razão de 100% ao ano? Qual é o limite de
crescimento auto-sustentado?
t1 t2 t3 t4 t5
Vendas 1.000 2.000 4.000 8.000 16.000
NCG 250
Autofinanciamento 100
CDG 250
Tesouraria -
t1 t2 t3 t4 t5
Vendas 1.000
NCG 250
Autofinanciamento 100
CDG 250
Tesouraria -
O modelo de crescimento discutido acima assume que o crescimento se reflete apenas sobre a
Necessidade de Capital de Giro; em função disso, se considera que é uma ferramenta útil para
a gestão financeira de curto prazo. Entretanto, deve se contemplar a hipótese de que em um
prazo mais longo o crescimento das atividades de uma empresa implicará na necessidade de
investimentos em ativos permanentes.
Em vista disso, pode haver interesse em se definir a taxa de crescimento que uma empresa
pode apresentar sem comprometer seu equilíbrio financeiro. Implícita no modelo a seguir,
está a hipótese de que existe uma relação entre o volume de vendas e o total de ativos que
uma empresa necessita para atingir tal volume de vendas.
Taxa de crescimento interno: denota a taxa máxima de crescimento que pode ser alcançada
sem financiamento externo de qualquer espécie, ou seja, o crescimento que pode ser
alcançado usando apenas o autofinanciamento.
54
Taxa de crescimento interno (TCI) = RSA x b / 1-RSA x b
Onde: RSA = Retorno sobre o Ativo na definição LL/AT; b = índice de retenção, ou parcela
do lucro líquido não distribuída
Dividendos 22
Assumindo a hipótese de que os ativos guardam relação com o volume de vendas, qual a taxa
de crescimento interno que a empresa poderá apresentar. Projete as demonstrações caso esta
taxa de crescimento ocorra.
Taxa de crescimento sustentável: representa a taxa máxima de crescimento que uma empresa
pode conseguir mantendo constante o quociente entre capital de terceiros e capital próprio,
porém sem precisar promover aumentos de capital. Dito de outra forma é a taxa de
crescimento máxima que pode ser mantida sem alterar a alavancagem financeira.
Utilizando os mesmos dados do exemplo anterior, qual a taxa de crescimento sustentável que
a empresa poderá apresentar. Projete as demonstrações caso esta taxa de crescimento ocorra.
.
55
Fatores determinantes do crescimento
O exame da expressão da taxa de crescimento sustentável revela que qualquer coisa que
aumentar o RSPL também aumentará a taxa de crescimento sustentável, pois o numerador
cresce e o denominador diminui. Alterações do índice de retenção terão o mesmo efeito.
de onde se verifica que a capacidade de uma empresa sustentar seu crescimento depende
explicitamente de:
a. Margem de lucro;
b. Giro do ativo total;
c. Política de financiamento; e
d. Política de dividendos (ou distribuição dos lucros);
ilustrando a relação entre as quatro principais áreas de preocupação da empresa: sua eficiência
operacional (medida pela margem de lucro), sua eficiência na gestão de ativos (medida pelo
giro do ativo), sua política de financiamento (representada pelo quociente capital de terceiros
e capital próprio), e sua política de dividendos (medida pelo índice de retenção). É, por isso,
um útil instrumento de planejamento financeiro.
A política que uma empresa adota nas suas finanças de curto prazo tende a ser composta de
dois elementos:
56
estimuladas pelo uso de uma política de crédito mais liberal e a disponibilidade de estoques
proporciona atendimento rápido aos clientes, além de outros eventuais efeitos positivos sobre
o preço e a produção.
A gestão de ativos circulantes envolve uma conciliação entre custos que se elevam com o
nível do investimento e custos que caem com o nível do investimento. Os custos que crescem
com o nível de investimento em ativos circulantes são chamados de custos de carregamento,
em contrapartida, os custos que diminuem com acréscimos do ativo circulante são conhecidos
como custos de falta.
Os custos de carregamento são geralmente de dois tipos. Em primeiro lugar, como a taxa de
retorno dos ativos circulantes é baixa - em comparação com outros ativos -, há um custo de
oportunidade. Em segundo lugar, há o custo de manutenção do valor do item em que se faz o
investimento (por exemplo, o custo de armazenamento de itens em estoque).
Custo
Custo Total
Custo de
Carregamento
Custo
Mínimo
Custo de Falta
57
4.2 Gestão de valores a receber (ou Clientes)
Quando uma empresa vende produtos e serviços, pode exigir pagamento a vista no mesmo dia
ou antes da data de entrega, ou pode conceder crédito aos clientes e aceitar certa demora no
pagamento.
Por que as empresas concedem crédito? O motivo óbvio é o de que a concessão de crédito é
uma forma de estimular as vendas. Os custos associados à concessão de crédito são
significativos, dentre os quais se destacam o risco de inadimplência e o custo de carregamento
de contas a receber.
Do ponto de vista contábil, quanto um crédito é concedido, cria-se uma conta a receber. Estes
créditos constituem-se no principal investimento de muitos ramos de atividade, além de serem
uma fonte muito importante de financiamento para as empresas clientes. Assim, as contas a
receber e sua gestão constituem aspectos muito importantes da política financeira a curto
prazo de uma empresa.
Esses três tipos de custo crescem na razão direta da liberalização da política de crédito. Se
uma empresa adotar uma política de crédito restritiva, então os três tipos de custo serão
reduzidos. Neste caso, a empresa terá uma “escassez” de crédito, e por isso incorrerá no custo
de oportunidade. O custo de oportunidade consiste no lucro adicional possível com as vendas
perdidas devido à recusa do crédito. Esse benefício sacrificado é oriundo de duas fontes: o
aumento da quantidade vendida e o preço potencialmente mais elevado. Esses custos
diminuem à medida que a política de crédito se torna menos rígida.
A soma dos custos de carregamento e dos custos de oportunidade de uma política de crédito
gera a curva de custo total de crédito. Esta curva está ilustrada a seguir.
58
Custo
Custo Total
Custo de
Custo Carregamento
Mínimo
Custo de
Oportunidade
C* Volume de crédito concedido
A fim de estabelecer os parâmetros de risco que está disposta a assumir, a empresa deve
definir uma política de crédito. Integram a política de crédito:
Volume de vendas: deve aumentar com padrões de crédito mais frouxos e diminuir com
padrões de crédito mais rígidos.
Despesas com devedores duvidosos: refere-se a probabilidade definida pela empresa em não
receber determinado volume de crédito. A definição de uma política geral de crédito leva
59
muitas vezes, uma empresa a fixar um limite percentual a estas despesas, sendo definido,
assim, como o risco máximo que a administração estaria disposta a correr dentro das
condições gerais estabelecidas. Alterações na política de crédito determinam variações nestas
despesas, elevando-as ou diminuindo-as, conforme seus elementos adotem comportamentos
mais rigorosos (restritivos) ou liberais (frouxos).
Exemplo: Uma empresa está considerando efetuar mudanças em seus padrões de crédito. A
situação atual da empresa é a seguinte:
60
4.3 Gestão de contas a pagar
O passivo circulante representa o financiamento obtido pela empresa cujo vencimento ocorre
no prazo de até um ano. Apesar de terem esta característica em comum, os componentes do
passivo circulante podem apresentar aspectos bastante distintos. Uma grande distinção está
ligada ao fato de tais financiamentos estarem ou não vinculados à atividade operacional da
empresa.
Seguindo essa linha de raciocínio, é possível separar o passivo circulante em dois grandes
subgrupos. O primeiro subgrupo refere-se ao financiamento que surge de maneira
praticamente espontânea como decorrência das próprias operações da empresa e que
apresenta um caráter cíclico, isto é, é renovado de forma automática em cada ciclo
operacional da empresa. Neste subgrupo enquadra-se o denominado crédito comercial (ou o
prazo recebido dos fornecedores para o pagamento de compras) e aqueles valores decorrentes
da aplicação do regime de competência, tais como salários a pagar, impostos a recolher,
contribuições sociais, entre outros.
O segundo subgrupo corresponde a transações feitas pela empresa que não guardam relação
com a sua atividade operacional. O seu surgimento decorre de ações específicas da
administração da empresa. Neste subgrupo enquadram-se, entre outros, os empréstimos
bancários e os dividendos a pagar.
Suponha que a empresa tenha uma conta a pagar de $ 1.000 a um fornecedor no prazo de 30
dias. Entretanto, o fornecedor oferece um desconto de 3% caso o pagamento seja feito dentro
do prazo de 10 dias da data da fatura. Qual a análise a ser feita para se decidir pela
antecipação ou não do pagamento?
61
Quanto à segunda hipótese, deve ser levado em conta, além do custo financeiro, o dano
causado à imagem da empresa e que pode redundar na perda do crédito.
No que diz respeito às demais fontes de financiamento espontâneas, deve ser observado que
seus prazos de pagamento estão, de maneira geral, regulados por lei. Isto significa que, além
de não existir qualquer vantagem financeira em antecipar seu pagamento, os atrasos de
pagamento são passíveis de sanções legais, sem contar as sanções pecuniárias. Também
devem ser considerados os aspectos ético e moral de se atrasar o pagamento de salários e
impostos.
Os empréstimos bancários, por sua vez, representam fontes de recursos não espontâneas; à
medida que as necessidades de financiamento da empresa crescem, ela solicita fundos
adicionais. Se essa solicitação é negada, a alternativa é diminuir a taxa de crescimento ou
eliminar algumas operações.
- Conta Garantida: tem o objetivo de cobrir emergências; consiste num contrato pelo qual o
banco assegura um limite de crédito disponível. Até o limite dessa linha e dentro do prazo do
contrato a empresa pode cobrir deficiências de caixa;
- Factoring: produto utilizado por pequenas e médias empresas com dificuldade de acesso a
capital de giro. Praticado por empresas de fomento mercantil que em tese deveriam
especializar-se num ramo de negócios e comprar a carteira de cobrança de outras empresas.
Estas estariam assim terceirizando sua cobrança, enquanto que a empresa de fomento
mercantil estaria assumindo o risco. Na prática, é mantido o direito de regresso;
62
- Resolução 63: é uma forma de empréstimo para capital de giro que pode ser utilizada para
cobrir necessidades permanentes de capital de giro dado o prazo que pode ser contratada. Por
se constituir de recursos com funding externo, tem, para o devedor, o risco da variação
cambial;
- Export Notes: trata-se de uma operação com direitos creditórios de exportação, onde são
comprados e vendidos direitos a recebimentos em moeda estrangeira provenientes de futuras
exportações a realizar ou mesmo de exportações já realizadas e cujo pagamento ainda não foi
recebido.
Considerações adicionais
ENTRANTES POTENCIAIS
Ameaça de
novos entrantes
Poder de negociação
dos fornecedores CONCORRENTES NA INDUSTRIA
FORNECEDORES COMPRADORES
Rivalidade entre as empresas existentes Poder de negociação
dos compradores
Ameaça de produtos
ou serviços substitutos
SUBSTITUTOS
O poder dos clientes deve ser avaliado em relação aos seguintes aspectos:
O poder dos fornecedores, por sua vez, segue um processo de análise semelhante:
Dois aspectos devem ser levados em conta em relação aos tipos de estoques. O primeiro
aspecto refere-se à liquidez de cada tipo de estoque: matérias-primas são bens homogêneos ou
relativamente padronizados, que podem ser facilmente convertidos em dinheiro. A produção
em andamento, por outro lado, pode ser de liquidez muito reduzida, de valor pouco superior
ao que seria conseguido se fosse vendida como sucata. Por fim, a liquidez dos produtos
acabados depende da natureza do produto.
Conforme já discutido anteriormente, existem dois tipos básicos de custos associados aos
ativos circulantes em geral e a estoques em particular. O primeiro deles é o custo de
carregamento, o qual representa todas as despesas diretas e os custos de oportunidade de
manter estoque. Isso inclui: custo de capital, custo das instalações, custo dos serviços e riscos
de estocagem.
Os outros tipos de custos associados aos estoques são os custos de falta, os quais decorrem de
estoque insuficiente. Os dois componentes do custo de falta são: o custo de reabastecimento
(custo de colocação de pedidos, custo de preparação de lote de produção) e os custos
64
relacionados a reservas de segurança (vendas perdidas, perdas de clientes resultantes da
existência e estoques inadequados).
Há uma relação básica de benefício versus custo na gestão de estoques, porque os custos de
carregamento aumentam com o nível do estoque ao passo que os custos de falta ou
reabastecimento caem com o nível do estoque. O objetivo fundamental do processo de gestão
de estoques passa a ser, portanto, a minimização da soma desses dois custos.
A tabela a seguir apresenta alguns dos fatores que influenciam os níveis dos diversos tipos de
estoques:
A seguir são feitos alguns comentários sobre algumas técnicas usadas para atingir esse
objetivo:
Grupo A - inclui aqueles itens que requerem maior investimento. Contém mais
ou menos 20% dos itens que, no entanto, representam cerca de 80% do valor do investimento
total em estoques.
Grupo B - consiste de cerca dos 30% dos itens que representam uma parcela
de mais ou menos 10% do valor investido nos estoques, logo depois dos itens classificados no
grupo A.
Grupo C - consiste, em geral, nos outros 50% dos itens cujo valor de
investimento representam mais ou menos 10% do valor total investido em estoques.
65
1,2
% cumulativo do valor do
1
0,8
estoque
0
0 5 10 15 20 25
nº de itens
Como podemos observar os itens em estoque foram classificados quanto ao valor cumulativo
em relação ao percentual que ocupam do estoque total.
Custo
Custo Total
Custo de
reabastecimento
LEC Quantidade de pedidos
Um ponto importante a ser destacado é o de que o custo efetivo do próprio estoque não está
incluído no calculo matemático do modelo. O motivo é que o volume total de estoque que a
empresa necessita, em determinado ano, é ditado pelas vendas. O que se está analisando é a
quantidade que a empresa deveria ter disponível em qualquer momento, ou dito de outra
forma, o lote que a empresa deveria encomendar quando fosse reabastecer seu estoque. Este
modelo apresenta três suposições básicas:
Sem considerar o custo da mercadoria, os custos que se relacionam aos estoques podem ser
divididos em três categorias: custos do pedido, custos de manutenção do estoque e custos
totais.
V
Custo do pedido = Cp ×
Q
Custos de manter o estoque: São os custos variáveis por unidade para manter um produto em
estoque durante um certo período. Incluem custos de armazenagem, custos de seguro, o custo
de deterioração e obsolescência e o custo de oportunidade (custo dos retornos que deixaram
de ser obtidos, por ter se efetuado o investimento em estoque). É definido como o estoque
médio multiplicado pelo custo de manter uma unidade por período.
Q
Custo de manter o estoque = Cc ×
2
Q
onde Cc é o custo de manter o estoque por unidade e por período é o estoque médio
2
(quantidade do pedido / 2)
Custos totais: O custo total do estoque é dado pela soma dos dois custos anteriores, ou seja, a
soma dos custos de pedir e dos custos de manter o estoque.
Q V
Custo total = Cc × + Cp ×
2 Q
Ilustrações:
1. Considere uma empresa que vende, anualmente, dez mil unidades de um produto qualquer.
Os custos de pedido são de $ 25 e o custo de estocagem é de $ 1 por unidade. O preço de
compra normal do produto é de $ 10.
a. Verifique quais seriam os custos da política de estocagem da empresa, caso a ela fizesse 25,
20, 15, 10 e 5 pedidos por ano. Qual a forma mais econômica?
b. Determine o Lote Econômico de Compra. Qual o número de pedidos a ser feito durante o
ano? Qual o tempo decorrido entre cada pedido?
c. Suponha que o prazo para entrega do produto seja de 5 dias. Qual é o ponto de recompra?
67
d. Suponha que o fornecedor conceda um desconto de 0,5% se a quantidade de cada pedido
for maior ou igual a 1.000 unidades e de 0,7% se a quantidade for maior ou igual a 2.000
unidades. Qual é, agora, a melhor opção de compra?
O LEC (Lote econômico de compra) pode ser determinado pela seguinte fórmula:
2 xVxCp
LEC =
Cc
Conseqüência: a demanda dos primeiros deve ser feita com base na demanda do segundo e
não de acordo com o lote econômico.
68
Política Just-in-Time: A empresa deve produzir somente o que tiver demanda. A produção
só inicia quando existir um produto demandado pelo cliente. Conseqüência: eliminação dos
estoques.
Pressupostos:
- relacionamento adequado com os fornecedores;
- existência de demanda estável ao longo do tempo;
- número reduzido de produtos;
- tempo de espera por parte do cliente não implica em perda da venda.
1. Admita-se que uma empresa esteja avaliando uma decisão de compra de mercadorias,
devendo optar entre adquirir a vista ou a prazo. O preço de compra da mercadoria a vista é de
$ 40 por unidade, sendo que para pagamento em 60 dias o preço atinge $ 43 e $ 45 para 90
dias. O prazo de estocagem da mercadoria é estimado em 60 dias. O prazo de recebimento das
vendas normalmente praticado pela empresa é de 90 dias, sendo o preço de venda, nessas
condições, de $ 60. Admitindo-se um custo de captação de 4% a.m., pede-se definir a melhor
opção de compra da mercadoria para a empresa.
2. Uma empresa está estudando as condições de pagamento oferecidas pelo seu fornecedor.
Sabe-se que o preço da mercadoria, para pagamento em 90 dias atinge $ 50, sendo concedido
um desconto de 20% para pagamento a vista. A empresa prevê um prazo de estocagem de 2,5
meses para a mercadoria em consideração. Sabe-se que o custo corrente de mercado de
captação e aplicação atinge, respectivamente, 4% e 1,6% a.m. Admitindo-se que a empresa
venda a vista a mercadoria por $ 55, pede-se determinar a melhor opção de compra para a
empresa. Determine, também o preço máximo para que a compra a vista seja vantajosa para a
empresa.
69
4.5 Gestão de caixa
Segundo Keynes, existem três motivos pelas quais as pessoas procuram manter um certo nível
de liquidez. Primeiramente, necessita-se de caixa para atender ao motivo transação, ou seja,
caixa disponível para pagar as contas. Tal necessidade é oriunda das atividades normais de
pagamento e recebimento da empresa. Tendo em vista que as entradas e as saídas de caixa não
são perfeitamente sincronizadas, é preciso manter certo nível de caixa como reserva.
Também são mantidas reservas de caixa para atender o motivo precaução, que se refere à
necessidade de uma reserva de segurança a fim de atender certas despesas imprevistas e
extraordinárias. O nível de caixa exigido por tal motivo é função, naturalmente, da
flexibilidade que uma empresa apresenta em captar recursos nos exatos momentos de suas
necessidades extraordinárias, assim como do grau de aversão ao risco em relação a uma
eventual falta de recursos disponíveis.
Por fim, o terceiro motivo citado refere-se à especulação, que diz respeito à necessidade de
manter caixa para ser capaz de aproveitar, por exemplo, oportunidades vantajosas de compra
de mercadorias, taxas de juros atraentes e flutuações favoráveis de taxas de câmbio.
Quando uma empresa mantém um saldo de caixa acima do nível mínimo necessário, ela
incorre num custo de oportunidade. Tal custo é a receita de juros que poderia ser auferida em
seu melhor uso. Por outro lado, a manutenção de saldos de caixa muito baixos, ela poderá
ficar sem caixa necessitando levantar recursos o que significa incorrer em custos. O
comportamento desses custos pode ser visualizado no gráfico a seguir:
Custo
Custo
Total
Custo de
Oportunidade
Custo
Mínimo
Custo de Falta
C* Volume de
disponibilidade
70
• Float de desembolso: ocasiona uma redução do saldo contábil, não alterando o
saldo disponível. Ex.: emissão de cheque
As medidas de controle que podem ser acionadas para uma eficiente administração de caixa
podem ser classificadas em dois grupos: aquelas de responsabilidade e competência exclusiva
do caixa e aquelas determinadas por uma política mais ampla da empresa.
As medidas de responsabilidade e competência exclusiva do caixa são aquelas que podem ser
implantadas sem que com isso haja interferências nos outros elementos do capital de giro.
Neste elenco de estratégias podem-se incluir maior dinamização nos recebimentos de clientes
(p.ex. negociar com o banco a liberação dos cheques recebidos); emissão e entrega mais
rápida dos títulos representativos de vendas a prazo; melhor adequação e controle das datas de
recebimentos e pagamentos; maior controle no registro dos valores a receber (evitar
problemas que possam dificultar sua liquidação).
As medidas provenientes de uma política mais ampla da empresa envolvem alterações diretas
(e às vezes relevantes) nos outros ativos circulantes. O controle do nível de caixa, nesses
casos, pode ser efetuado mediante interferências nas atividades de produção e estocagem e
nos critérios de vendas estabelecidos pela empresa.
Ilustração:
71
b. Determine o montante da Necessidade de Capital de Giro desta empresa, assim
como o valor das Contas a Receber de Clientes, dos Estoques e do Contas a Pagar a
Fornecedores.
c. A área de logística informa que estão sendo procedidos estudos visando reduzir o
prazo de permanência dos estoques em 10 dias; além disso, foi determinado ao
departamento de compras que procure negociar um aumento no prazo médio de
pagamento de, pelo menos, 5 dias. Caso sejam implementadas as duas mudanças
descritas, qual o impacto sobre a Necessidade de Capital de Giro?
Por fim, é necessário ressaltar que uma administração eficiente de caixa prevê, também,
decisões de aplicações financeiras de recursos temporariamente ociosos. Neste caso, devem
ser observadas as seguintes características antes de serem concretizadas as aplicações:
- prazo da aplicação: observar que alguns tipos de aplicação exigem a permanência dos
recursos por determinado período a fim de creditar os rendimentos;
- risco: refere-se à probabilidade de que o principal e os rendimentos não sejam pagos
nos valores e datas preestabelecidos (ou sequer sejam pagos);
- liquidez: refere-se à facilidade de resgate da aplicação;
- custos e tributação: considerar que no momento da aplicação é cobrada a CPMF.
Além disso, existe a incidência de IOF (regressivo) sobre os rendimentos, de acordo
com o prazo da aplicação. Por fim, sobre os rendimentos é descontado Imposto de
Renda.
A gestão do saldo de caixa deve se apoiar em previsões de fluxo de caixa que antecipem a
necessidade de captações ou aplicações de excedentes.
72
Bibliografia
ROSS, S. A., WESTERFIELD, R.W. & JORDAN, B.D. Princípios de administração
financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 523p.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas,
1998. 416p.
MATARAZZO, Dante. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6 ed.
São Paulo: Atlas, 2003.
ASSAF NETO, A. & SILVA, C.A.T. Administração do capital de giro. 3 ed. São Paulo:
Atlas, 2002. 216p.
73
ANEXOS
MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
BALANÇO PATRIMONIAL
Disponibilidades Fornecedores
Caixa Provisões
Depósitos bancários a vista Imposto de renda
Aplicações de liquidez imediata Férias
Clientes 13º salário
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Impostos a Recolher
Estoques Empréstimos e Financiamentos
Mercadorias e Produtos acabados Outras Obrigações a Pagar
Produtos em elaboração
Matérias-primas e embalagens
Materiais de consumo e almoxarifado PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Despesas do Exercício Seguinte
Empréstimos e Financiamentos
Estrangeiros
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Nacionais
Empréstimos Compulsórios
Depósitos para Incentivos Fiscais Debêntures
ATIVO PERMANENTE
Investimentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em coligadas e controladas
Outras participações Capital Social Integralizado
Outros investimentos
(-) Provisão para Perdas Reservas de Capital
Reserva de ágio
Imobilizado
Terrenos e Edificações Reservas de Reavaliação
Máquinas e Equipamentos
Veículos, Móveis e Utensílios Reservas de Lucros
Marcas e Patentes Reserva legal
(-) Depreciação, amortização e exaustão Reservas estatutárias
Imobilizado em Construção Reservas para contingências
Reservas para expansão
Diferido
Despesas Pré-Operacionais Lucros ou Prejuízos Acumulados
(-) Amortizações Acumuladas
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DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Aumentos de capital
- Com lucros e reservas
- Por subscrição realizada
Reversões de reservas
75
NOTAS EXPLICATIVAS
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Inclui informações de caráter geral sobre a empresa, tais como: dados estatísticos diversos,
política de recursos humanos, programas de exportação, projeções financeiras, projetos de
expansão e modernização, perspectivas do mercado e da empresa, etc.
Obrigatório para certos tipos de empresas, basicamente relata as demonstrações contábeis que
foram auditadas e a adequada interpretação dos princípios contábeis em vigor.
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DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA
Legislação societária
20X1 20X0
Receitas
Venda de produtos e serviços
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Resultado não operacional
(-) Retenções
Depreciação, amortização e exaustão
Pessoal
Remunerações
Encargos sociais (exceto INSS)
Entidade de previdência privada
Auxílio alimentação
Incentivo à aposentadoria e demissão voluntária
Provisão para gratificação
Convênio assistencial e outros benefícios
Participação nos resultados
Custos imobilizados
Governo
INSS (sobre folha de pagamento)
ICMS
Imposto de renda e contribuição social
Outros
Financiadores
Juros e variações cambiais
Aluguéis
Acionistas
Remuneração do capital próprio
Lucros retidos
77
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Legislação societária
20X1 20X0
Atividades operacionais
Lucro líquido (prejuízo) do exercício
Despesas (receitas) que não afetam o caixa:
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Depreciação e amortização
Variações monetárias de longo prazo – líquidas
Equivalência patrimonial
Baixas de investimentos
Baixas do imobilizado em serviço
Imposto de renda e contribuições social diferidos
Provisões no exigível a longo prazo - outras
Atividades de investimento
Participações societárias – Companhia X
Aplicações no imobilizado - instalações gerais
Contribuições do consumidor
Total das atividades de investimentos
Atividades de financiamento
Empréstimos e financiamentos
Juros sobre o capital próprio
Total das atividades de financiamento
78
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
79