À procura de quadros para

O primeiro Fórum
de Recrutamento para Angola,
da Elite Angolan Careers,
vai realizar-se de seis a oito
de Março, em Lisboa.
Adebayo Vunge

A
iniciativa combina a participação
de cerca de 30 empresas presentes
em Angola e seus representantes,
com cerca de 400 candidatos previamente
seleccionados e convidados.
Segundo a equipa de Recrutamento
da Elite International Careers, o Fórum
inclui entrevistas pré-agendadas, apre-
sentações corporativas e de convidados
ilustres do mercado angolano (como
Francisco da Cruz, actual director e
CEO da empresa Ancose e ex-director da
BP Angola), bem como a troca de im-
pressões (networking) entre candidatos,
representantes das empresas e entre am-
bos. É um evento único e exclusivo de
muita interactividade. Natacha Gomes,
recrutadora da Elite International Care-
ers, salienta: «na segunda metade do ano
contaremos ainda com alguns projectos
para o mercado angolano, que serão des-
vendados na devida altura».
Num momento em que a economia
angolana apresenta resultados bastante po-
sitivos, fruto de sinergias entre o empresa-
riado privado e o sector público, esta em-
presa tem recebido diariamente dezenas de
candidaturas para diferentes profissões.
Apesar de estar formalmente sediada em
Londres, a Elite International Careers tem
já uma grande penetração no mercado an-
golano, actuando com empresas do sector
petrolífero, da construção, agentes maríti-
mos, empresas de telecomunicações, ban-
cos e seguradoras. A Chevron e a Odebre-
cht destacam-se como patrocinadoras do
Fórum. As restantes, por ordem alfabética,
são: Acergy, Besa, BP, Cameron, Cuca
BGI, DNV, Elecnor, Emsa, FMC, Glo-
bal Alliance, Halliburton, Honeywell,
ITM Mining, Mota-Engil, Nalco, Nile
Dutch (NDS), Oceaneering, Ofek, OPS,
Panalpina, PRIDE, Queiroz Galvão, Sai-
pem, Sonils, Subsea7, Technip, Zagope e
mais cerca de dez empresas por confirmar
até meados de Fevereiro, conforme se
pode ler no website do Fórum.
Natacha Gomes referiu-se à solução
encontrada para a bicuda questão da exi-
gência de anos de experiência, até mesmo
para postos juniores: «A melhor solução é a

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Angola
criação de postos de carácter experimental
e/ou como estágios curriculares ou profis-
sionais». Realçou igualmente a necessidade
de mudança de mentalidades: «As empre-
sas têm de passar a encarar os jovens como
profissionais e não como universitários,
atribuindo-lhes reponsabilidades. É igual-
mente necessário que os jovens ganhem
consciência que o actual mercado de traba-
lho é competitivo e que portanto uma li-
cenciatura não garante um emprego».
Os indicadores de crescimento econó-
mico de Angola têm suscitado grande in-
teresse no exterior. «Para a maioria das
pessoas, este interesse prende-se com a
“ Natacha Gomes
sublinha que as empresas
têm de encarar os jovens
como profissionais e não
”
como universitários
promessa de emprego e com a estabilidade
económico-financeira vivida actualmente
no país. Com a recessão económica reflec-
tida na crescente taxa de desemprego,
muitos se viram para Angola na esperança
de aí encontrarem uma solução», subli-
nhou Natacha Gomes.
Sobre a experiência de actuação no
mercado angolano, está sintetizada
numa só frase inglesa: So far, so good,
isto é, «até agora tem-se revelado um de-
safio bastante gratificante. O Elite An-
golan Careers é o nosso primeiro fórum
de recrutamento 100 por cento dedica-
do a um único país. Realmente, o desen-
volvimento da economia angolana não
pode ser equiparado ao de qualquer ou-
tro nos dias que correm», argumentou
Natacha Gomes, destacando igualmente
o apoio e receptividade do Governo an-
golano por intermédio das diferentes
embaixadas e ministérios.
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