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PROJETO SEMENTINHA - CURVELO| MG - 2009

Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP

C O N G R E G A Ç Ã O
R E D E N T O R I S T A
IQP - INDICADORES DE QUALIDADE DE PROJETO

A equipe de educadores do CPCD sempre trabalhou seus programas de educação popular e de desenvolvimento
comunitário, assim como seus projetos específicos – “Sementinha”, “Ser Criança”, “Bornal de Jogos”, “Fabriquetas
Comunitárias”, “Agentes Comunitários de Educação”, De UTI Educacional a Cidade Educativa, etc. – como processos de
permanente apreensão, compreensão e devolução.

Uma das maiores dificuldades que enfrentávamos era em relação ao quesito “indicadores de avaliação” dos nossos
projetos.

Esse problema (que não era só nosso, mas ainda aflige e compromete o trabalho das ONGs e da grande maioria dos
projetos sociais e de intervenção comunitária) passou a ser um desafio permanentemente enfrentado pela equipe. Entre as
muitas questões que formulávamos, destacamos algumas:
- Se entre os objetivos específicos de nossos projetos apareciam “desenvolvimento de auto-estima”, “socialização”,
“aprendizagem lúdica”, “alegria”, “prazer”, etc. como podíamos medir (mensurar ou aferir) concretamente o alcance (ou
não) desses objetivos? se houve aumento ou diminuição da auto-estima? o grau e a qualidade de socialização alcançada?
os indicadores de felicidade? etc.

Não havia indicadores elaborados e concretos para medir os chamados “objetivos intangíveis.”

Por outro lado, havia (e ainda há) por parte das agências financiadoras de projetos uma crítica à falta de critérios palpáveis
e tangíveis nos projetos sociais.

E para se defender, a maioria das ONGs se escondia atrás do discurso dos “objetivos intangíveis” dos projetos sociais.
Resolvemos encarar de frente esse desafio. Foi por isso que começamos a construir os nossos próprios indicadores.

Num primeiro momento, e lá se vão alguns anos, buscamos, junto com os educadores, na observação diária e sistemática
de nossas crianças e jovens, os pequenos avanços e respostas (sorriso x choro, envolvimento x desinteresse, limpeza x
sujeira, delicadeza x agressividade, etc.). Essas questões surgiam em nossas memórias de campo e relatórios técnicos e
avaliações. Aos poucos, fomos formando uma massa crítica, constituída de elementos que apontavam (indicavam) se os
objetivos propostos estavam ou não sendo alcançados e como.

Surgiu assim o que denominamos de “micro-indicadores.” À guisa de exemplo, são indicadores de auto-estima, o cuidado
com o corpo (cabelos penteados, constância dos banhos, uso de batom, etc), o cuidado com as roupas e os objetos
pessoais, as pequenas vaidades, a busca de uma melhor estética, a expressão de opinião e de gostos, o protagonismo na
roda, a disponibilidade para ajudar e participar de ações coletivas, a relação sorriso x choro, etc.

Todos esses elementos palpáveis e perceptíveis no dia a dia formavam um indicador mensurável. Assim fizemos com todos
os objetivos específicos: a aprendizagem, a socialização, a cidadania, a participação.

Esse acúmulo de experiências e reflexões nos mostraram que podíamos, dessa base, construir “macro-indicadores” que
pudessem balizar nossos projetos. Depois de muito trabalho, conseguimos, por consenso (e isso é o mais importante)
chegar a 12 (doze) índices. Nós os chamamos de Indicadores de Qualidade de Projeto. Segundo nossa perspectiva, se
pudéssemos medir (e aferir concretamente) esses índices em nossos projetos, poderíamos afirmar se tínhamos ou não um
projeto de “qualidade.”

Dessa forma, o conceito de qualidade, praticado pelo CPCD, passou a ser formado pela somatória e interação de doze
índices, que se completam, mas podem ser observados e mensurados individualmente:

Apropriação: Equilíbrio entre o desejado e o alcançado.


Esse indicador nos convida a dar tempo ao tempo, a não fazer do estresse um instrumento de ensino forçado, a respeitar
o tempo de aprendizagem e o ritmo de metabolização do conhecimento de cada um.

Coerência: Equilíbrio entre teoria e prática.


Esse indicador nos aponta a importância da relação equilibrada entre o conhecimento formal e acadêmico e o conhecimento
não formal e empírico. Mostra-nos que ambos são importantes porque são relativos, nenhum superior ao outro, mas
complementares.
Cooperação: Espírito de equipe e solidariedade.
Esse indicador nos instiga a “operar com” o outro, nosso parceiro e sócio na mesma empreitada, que é o ato educativo,
incluindo a dimensão da solidariedade como base humana dos processos de ensino-aprendizagem, tomando o outro,
crianças ou adolescentes, como fundamental para a Educação ser algo plural.

Criatividade: Inovação, animação, recriação.


Esse indicador nos provoca a criar o novo, a descobrir os caminhos obsoletos, a ousar andar na contramão do academicismo
pedagógico “bolorento”, a buscar soluções criativas e inovadoras, para resolver velhos problemas.

Dinamismo: Capacidade de auto-transformação segundo as nossas necessidades.


Esse indicador propõe que nos vejamos sempre como seres repletos de necessidades e em permanente busca de
complementaridade. Viemos ao mundo para ser completos e não para ser perfeitos, que é atribuição do Divino.

Eficiência: Identidade entre o fim e a necessidade.


Esse indicador nos convida a equilibrar as nossas energias, adequando os meios e recursos aos fins propostos. “Aprender
a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer e aprender a conviver”, são os quatro pilares da aprendizagem.

Estética: Referência de beleza e gosto apurado.


Esse indicador fala-nos do bom gosto e da busca do lado luminoso da vida. Se “a estética é a ética do futuro”, segundo
Domenico di Masi, precisamos reconstruir o conceito de estética, de modo que incorpore a luminosidade de todos os seres
humanos, fontes e geradores de luz e de beleza.

Felicidade: Sentir-se bem com o que temos e somos.


Esse indicador aponta-nos para a intransigente busca do ser feliz (e não do ter feliz), como razão principal do existir do
ser humano.

Harmonia: Respeito mútuo.


Esse indicador nos conclama à compreensão e à aceitação generosa do outro (meu igual, mas diferente) como contraparte
do nosso processo de aprendizagem permanente e a incorporar os tempos passados e futuros ao nosso presente.
Oportunidade: Geração de oportunidade e possibilidade de opção.
Esse indicador nos apresenta o conceito contemporâneo de desenvolvimento (=geração de oportunidades) como meio
e alternativa de construção de capital social. Quanto mais formos capazes de gerar oportunidades para as crianças e
adolescentes como participantes de nossos projetos, mais opções, eles (e elas) terão para realizar suas potencialidades e
suas utopias.

Protagonismo: Participação nas decisões fundamentais.


Esse indicador nos fala de nossa possibilidade sempre presente para assumir os desafios, romper barreiras, ampliar os
limites do possível, disponibilizar nossos saberes-fazeres-e-quereres, estar à frente do nosso tempo e participar integralmente
da construção dos destinos humanos. O que cada um pode fazer? Queremos ser protagonistas de que peça, de que escola,
de que país, de que sociedade?

Transformação: Passagem de um estado para outro melhor.


Esse indicador traduz a nossa missão de passageiros pelo mundo, de inquilinos do “Paraíso”, de propiciadores de mudanças,
cuja responsabilidade é deixar para as gerações presentes e futuras um mundo melhor do que este que encontramos e o
que recebemos de nossos antecessores.

A partir dessa matriz, elaboramos uma série de perguntas. A ideia era (e é) formular tantas perguntas quantas fossem
necessárias para levar o participante (educador, criança, jovem e pais) a perceber nas atividades do projeto a presença
(qualitativa) e o grau da presença (quantitativa) do índice.

Após responder a essa bateria de questões sobre cada índice, o participante dá uma nota (de zero a dez) para esse
quesito.

Foi assim que construímos o IQP. Ele é aplicado em cada um de nossos projetos, tomando uma amostragem equitativa e
representativa dos participantes – educadores, pais, crianças e jovens, considerando inclusive a questão de gênero.

O IQP, já no seu nono ano de aplicação sistemática, transformou-se em eficiente tecnologia educacional, pois nos possibilita,
a partir da leitura e análise dos indicadores de avaliação, contextualizá-los e percebê-los como estão sendo introjetados e
metabolizados no fazer e saber-fazer dos nossos educadores, possibilitando-lhes um novo olhar sobre a própria prática.

Tião Rocha
Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Meninas -
1. Apropriação “O que é combinado nas rodas é feito e respeitado por todos, pelas
Nota: 9,0 educadoras e pelas crianças. Acho que o jeito de ser do projeto tinha que
ser levado para todas as famílias.”
As crianças se sentem donas do projeto. Aqui elas têm liberdade de se Joana Aparecida da Silva, 6 anos
expressar, brincar, cantar e criar. Elas falam muito bem do projeto. Gostam
da roda, das brincadeiras, enfim das coisas boas que fazem aqui. “O que é falado na roda é respeitado pelas pessoas. Eu aprendi muita coisa
e até ensino mamãe.”
“Eu me sinto dona do projeto. O projeto ajuda a resolver os nossos problemas Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
e tenta até resolver os de fora daqui, e tem vezes que resolve mesmo.”
Joana Aparecida da Silva, 6 anos “O que a gente combina na roda, todo mundo cumpre direitinho e quem não
cumpre volta para a roda. Lá em casa eu faço o que combino também, mas
“Me sinto dona do projeto. Acho que o projeto também gosta muito da lá não tem a roda, poderia ter.”
gente. Ele se preocupa em resolver nossos problemas.” Andressy Talita de Souza, 6 anos
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
3. Cooperação
“Acho o projeto meu mesmo. Posso ajudar em tudo aqui e as pessoas me Nota: 10,0
ouvem quando eu falo. Acho que o projeto se preocupa em resolver os
problemas e eu até ajudo a resolver na roda.” Hoje as crianças brincam e sabem perder. Aqui elas se relacionam bem,
Andressy Talita de Souza, 6 anos em casa e na escola também. Aqui se trabalha respeito, cooperação e
solidariedade e isso é muito importante. Os Sementinhas fazem a diferença
2. Coerência quando o assunto é cooperação, tanto no projeto quanto em casa.
Nota: 8,0
“No projeto existe mais cooperação, os meninos ajudam muito. Os
As crianças levam para casa tudo que aprendem aqui, brinquedos, jogos, trabalhos em grupo são bons, eu participo de tudo. Os jogos e brincadeiras
etc. Em casa picam verduras, e aprenderam isso aqui no projeto. Servem- ajudam a gente a entender mais a matéria da escola, isso é bom porque é
se sozinhas na hora da comida sem problema e até ensinam os irmãos brincadeira.”
menores em casa. Joana Aparecida da Silva, 6 anos

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“Aqui é bom de fazer as coisas porque os meninos ajudam muito. Eu participo 5. Dinamismo
mais ou menos, só quando não dou birra.” Nota: 8,7
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos

A participação das crianças no dia a dia do projeto é muito ativa. Elas são
“As atividades do Sementinha são boas. Gosto mais de passear e mexer com
presentes e se envolvem em tudo. Os problemas que acontecem, quando
a terra. Participo mais ou menos, tem dia que estou cansada de caminhar. As
acontecem, são imediatamente resolvidos e há a preocupação em resolvê-
brincadeiras são alegres, gosto de todas e faço lá na rua de casa.”
los, até mesmo por parte das próprias crianças.
Andressy Talita de Souza, 6 anos
4. Criatividade
Nota: 10,0 “Lá perto de minha casa ninguém conhece o Sementinha. Eles e a escola
não participam das coisas daqui, mas eu sempre falo do Sementinha com
O que é feito no projeto, de acordo com as crianças e com os pais, é muito eles. Desde quando entrei no projeto até agora, já não dou mais trabalho.
criativo. Encontram-se sempre novidades: o jeito de conversar as coisas, a Aprendi muita coisa. Gosto daqui porque todo dia tem coisa pra fazer e a
cozinha experimental, aliás, sucos diferentes no lanche são considerados gente não fica só parado igual na escola.”
grandes novidades pelas crianças.
Joana Aparecida da Silva, 6 anos

“O que é feito no projeto é bonito e diferente. Quem participa do projeto


“O Sementinha passeia e isso é muito gostoso. Já conheço um tanto de lugar
gosta de coisa diferente, se preocupa em deixá-lo mais interessante. O lago,
os enfeites e os desenhos mostram que a gente é criativo.” e falo pra minha mãe que aqui é bom e divertido. Desde quando entrei para

Joana Aparecida da Silva, 06 anos o projeto eu fui mudando um pouco porque converso mais, brinco mais
também.”
“O que é feito no projeto é criativo. Eu me preocupo um pouquinho em Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
deixá-lo mais interessante. As brincadeiras mostram que estamos sendo
criativos, tem brincadeira nova todo dia.”
“Todo dia eu acordo e levanto para vir pro projeto. Não tenho preguiça,
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
não. Faço muita coisa legal aqui, todo dia a gente aprende e passeia. A roda
é alegre, todo mundo fala e não precisa ficar escrevendo, mas todo mundo
“O projeto é o lugar mais bonito que existe. Eu queria morar aqui para
sempre.” lembra de tudo.”

Andressy Talita de Souza, 6 anos Andressy Talita de Souza, 6 anos

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6. Eficiência torna o lugar mais interessante, como os enfeites, o espaço para brincar,
Nota: 9,0 correr, jogar bola e até mesmo a alimentação que tem novidades sempre.

O Sementinha é o lugar onde as crianças se sentem valorizadas, onde podem “O projeto é bonito. É bom ficar em um lugar bonito e comer uma comidinha
falar e ouvir os colegas. É o espaço em que as coisas são bem utilizadas e gostosa e bonita. As coisas aqui são bonitas e diferentes. Vale a pena
não há desperdício. As crianças confiam no trabalho e procuram melhorá-lo reaproveitar a sucata para fazer brinquedos e enfeites.”
a cada dia com suas ideias e carinho.
Joana Aparecida da Silva, 6 anos

“Aprendi a resolver os problemas na roda. Gosto de dar ideias para o


“A coisa mais bonita que tem aqui é a pracinha de pneus. O projeto todo é
Sementinha ficar ainda melhor. Aprendi a fazer uma rosa de retalhos de
bonito, até a comida fica bonita na bandeja. Eu gosto de ajudar a enfeitar
pano que é bonita, dei a rosa pra minha mãe e ela gostou.”
a salada.”
Joana Aparecida da Silva, 6 anos
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos

“O que eu aprendo aqui eu ensino pras outras pessoas. Lá na escola eles


acham que eu sei fazer muita coisa bonita, mas aprendi tudo aqui. O projeto “Quando eu faço uma coisa aqui e levo para minha casa, todo mundo

me ensinou a resolver os problemas na roda e eu aprendi direitinho.” acha bonito, eu também acho. O projeto é bonito e as coisas feitas aqui são

Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos bonitas. Um dia eu peguei uma rosa e a dona da casa brigou, eu só queria
deixar o projeto ainda mais bonito.”
“Gosto do Sementinha pois todo mundo também gosta da gente. Os jogos Andressy Talita de Souza, 6 anos
do bornal me ajudam a entender as coisas da escola, brincando, dá certo
aprender com eles.” 8. Felicidade
Andressy Talita de Souza, 6 anos Nota: 10,0

7. Estética As crianças demonstram gosto pelo projeto. Vir para o projeto é muito
Nota: 10,0 prazeroso, pois aqui elas se sentem bem. Às vezes estar no projeto é mais
interessante que alguma outra coisa para fazer em casa. O projeto sempre
Todos gostam e percebem que o projeto é um espaço diferente. As crianças
ganha preferência nas opções que surgem para elas. Às vezes as mães usam
consideram o projeto como um lugar bonito. Para elas, tudo o que é feito
o projeto como forma de chantagem com as crianças.

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“Sou feliz aqui e meus colegas também. O que me causa mais prazer no harmonia. No Sementinha há diferença da escola e da casa, porque lá não
projeto é aprender a fazer mais coisas. Para ser mais feliz, é fazer mais tem roda. Aqui falo o que quero e se estiver errado posso arrumar.”
brinquedos. A escola participa da minha felicidade me ensinando a ler, Joana Aparecida da Silva, 6 anos
porque assim posso ler os livros do projeto.”
Joana Aparecida da Silva, 6 anos “No dia a dia do projeto alguns convivem bem e outros brigam, mas a roda
está aí pra resolver, uai. O projeto contribui para melhorar a convivência
“Sou feliz aqui. O que me causa mais alegria no projeto é caçar joaninhas.
entre as pessoas, através das rodas com as educadoras. Tem diferença
Meus colegas também são felizes aqui. Para mim, ser mais feliz é brincar
da convivência na escola, lá os meninos jogam água na gente e não
mais. A comunidade e a escola participam de minha alegria, me deixando
resolvem.”
brincar.”
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos

“No Sementinha todo mundo é amigo, um gosta do outro e sempre ajuda.


“Eu sou muito feliz aqui, meus colegas também. O que me traz mais alegria
Todo dia que tem problema todo mundo ajuda a resolver.”
no projeto é brincar, o que pode trazer mais alegria é ter projeto todo dia,
até sábado e domingo.” Andressy Talita de Souza, 6 anos

Andressy Talita de Souza, 6 anos


10. Oportunidade
9. Harmonia Nota: 10,0
Nota: 9,5
As crianças têm novas possibilidades porque têm chance de se relacionar
Percebe-se, sim, que de alguma forma há uma mudança na relação das com outras crianças da mesma idade, discutir temas como respeito,
crianças, surgindo assim alguns êxitos, como: mais diálogo em casa, melhor solidariedade e cooperação. Elas passam a valorizar mais o que têm em
comportamento, mais responsabilidade. As crianças ficam mais calmas casa e a ser mais criativas.
no Sementinha e uma compreende muito bem a outra, o que facilita o
relacionamento.
“Aprendi com o Sementinha a fazer meus brinquedos e a falar as coisas
na roda perto de todo mundo sem ter vergonha. No futuro quero ser uma
“O dia a dia do projeto é muito alegre. A roda ajuda a gente a ser mais
educadora.”
amigos. Sinto-me em harmonia com os outros. Agora eu sei o que significa
Joana Aparecida da Silva, 6 anos

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“Aprendi de novo aqui a respeitar os bichinhos. O projeto fez mudar em delas e não deixo ninguém machucá-las. Todo mundo me ouve.”
minha vida o jeito de brincar. Antes era batendo, agora já sei brincar Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
direito. Para o futuro quero ser médica. Queria ainda aprender a fazer mais
brinquedos. Na escola queria aprender a ler e escrever direito. Aqui no “Às vezes ajudo a resolver as coisas no projeto, mas ainda tenho vergonha
projeto tem livros bonitos e quero ler todos.” de falar pra todo mundo. Gosto de desenhar, já desenhei para enfeitar o
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 06 anos
Sementinha. Aqui é a minha outra casa.”
Andressy Talita de Souza, 6 anos
“Aprendi aqui a fazer brinquedos e a cumprir os combinados. Aqui posso falar
o que acho certo e lá na minha casa eu quase não falo ainda. O Sementinha
12. Transformação
me ensinou a andar na rua e a prestar mais atenção nas coisas.”
Nota: 10,0
Andressy Talita de Souza, 6 anos

Para as crianças o Sementinha ajudou a melhorar o comportamento.


11. Protagonismo
Hoje há mais diálogo e as coisas são resolvidas com mais facilidade. Elas
Nota: 9,0
entendem que isso é resultado das rodas diárias.

As crianças participam do Sementinha com muita segurança e valorização.


Entendem a metodologia e o espaço passa a ser a segunda casa, sentem-se “Eu mudei muito lá em casa. Mamãe já até falou que está gostando. Aprendi
livres para utilizar tudo e responsáveis em cuidar de todos e de tudo. a fazer algumas coisas e a roda me ensinou a resolver tudo conversando. Só
mudei para melhor.”
“Posso dar minha opinião no projeto e sou ouvida. Na escola nem sempre. Joana Aparecida da Silva, 6 anos
Às vezes quero falar e os meninos não calam para me ouvir. Gosto de ajudar
a resolver as coisas no projeto. A roda ajuda a participação das pessoas “No Sementinha aprendi um tanto de jogos e brincadeiras, conheci um
porque todo mundo pode falar.” tanto de lugares, e mudei o jeito de conversar com as pessoas e de cuidar
Joana Aparecida da Silva, 6 anos
dos bichinhos.”
Meire Ana Gonçalves dos Santos, 6 anos
“Dou minha opinião no projeto e no grupo e sou ouvida. Sei onde fica tudo
no projeto e posso usar tudo e guardar depois. Meus desenhos sempre são
“Agora eu converso e brinco mais, isso mudou para melhor a minha vida.”
elogiados pelo grupo. Sou responsável por cuidar das joaninhas, gosto muito
Andressy Talita de Souza, 6 anos

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Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Meninos -
1. Apropriação “Tem gente que faz o que é combinado e outras não. Quando fazemos as
Nota: 10,0 atividades, a gente avalia o que aconteceu. O que acontece aqui, eu falo
para minha mãe.”
Segundo as crianças, estar no projeto Sementinha é prazeroso. É como se Luís Gustavo Custódio, 4 anos
fosse a segunda casa deles. É um espaço onde eles podem brincar, divertir,
extrapolar as energias. É um complemento no dia a dia de cada um. Estar “Gosto de vir para o projeto pra almoçar. A comida aqui é muito gostosa.
no projeto é muito legal, porque o brincar está sempre presente. Gosto de comer feijão, arroz e salada.”
Luís Felipe dos Santos, 5 anos
“Gosto de ficar no projeto porque é muito legal e divertido. Nele eu posso
desenhar, brincar de carrinho, cavalinho de pau, subir nas árvores.” 3. Cooperação
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos Nota: 9,6

“Me sinto dono do projeto, porque é muito legal. Quando não venho pra cá, De certa forma as crianças manifestam gosto e interesse em participar das
sinto falta porque gosto de brincar com meus colegas.” atividades propostas. Algumas são mais participativas, demonstrando um
Luís Gustavo Custódio, 4 anos bom comportamento, o que contribui para o desenvolvimento das atividades
com mais envolvimento de todas.
“Me sinto bem aqui, porque eu posso brincar. Aqui é muito legal. A gente se
diverte, passeia, chuta bola, assiste filme, sobe na árvore.” “O trabalho de grupo é bom. A gente desenha, brinca, assiste filme, combina
Luís Felipe dos Santos, 5 anos coisas na roda, passeia, desce pra horta. Enfim, fazemos um tanto de
coisas.”
2. Coerência Wênesis Trindade da Silva, 6 anos
Nota: 9,5
“Gosto de participar das brincadeiras, da rodinha, de tudo que acontece.
Observa-se que a roda é uma ferramenta de uso constante no dia a dia das O que mais gosto de fazer é desenhar e brincar de carrinho e cavalinho de
crianças. É nela que se conversa, combina, avalia, e se resolvem todos os pau.”
problemas, cabendo a cada um respeitar o que nela é falado. Luís Gustavo Custódio, 4 anos

“A gente vem par aprender, brincar, respeitar, fazer amizade. Quando alguma “A minha participação é boa. Ajudo minha coordenadora quando precisa. A
coisa não sai como o combinado a gente faz a rodinha para resolver.” gente faz um monte de coisa, brinca, faz roda, passeia...”
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos Luís Felipe dos Santos, 5 anos

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4. Criatividade “É legal receber visitas, porque a gente conhece pessoas de lugares
Nota: 10,0 diferentes. Eles vêm para conhecer o nosso dia a dia.”
Luís Gustavo Custódio, 4 anos
Segundo as crianças, participar do projeto é interessante. O que é feito é
bonito e agrada a todos. A diversão é fundamental, através das brincadeiras,
“Minha mãe fala que o projeto é muito bom. Aqui eu como melhor que em
passeios ou outra coisa. Assim, a roda e todo o ambiente ficam animados
minha casa, porque lá quase não como.”
e prazerosos.
Luís Felipe dos Santos, 5 anos

“Adoro brincar quando estou no projeto. Aqui é muito legal e divertido


principalmente subir e descer nas árvores.” 6. Eficiência
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos Nota: 9,0

“Minha mãe adora os desenhos que faço. Ela acha muito legal. Aqui eu
Há a percepção de que a roda é uma atividade importante na resolução dos
gosto de desenhar, brincar de carrinho e cavalinho de pau.”
problemas. É nela que se buscam respostas para as dúvidas e se dividem os
Luís Gustavo Custódio, 4 anos
conhecimentos.

“As coisas feitas aqui são muito legais. O laguinho ficou muito interessante.
Tem um sapo que joga água pela boca.” “Os problemas são resolvidos conversando na roda. É importante resolver
Luís Felipe dos Santos, 5 anos pra ver o que é certo ou errado.”
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos
5. Dinamismo
Nota: 8,0 “É legal quando tem um lanche diferente pra gente. Eu adoro quando tem
pão de queijo e arroz temperado. Eu já levei uma receita pra minha mãe
De certa forma as crianças percebem a importância da participação de todos
fazer lá em casa.”
os envolvidos. As visitas que recebe dão mais vida ao cotidiano do projeto,
Luís Gustavo Custódio, 4 anos
contribuindo para a discussão da questão receptividade, socialização, etc.

“Meu comportamento está melhor, porque estou aprendendo a respeitar as “Aqui resolvem os problemas conversando e combinando as coisas na roda.
pessoas.” Na rodinha a gente também combina brincadeira, passeio.”
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos Luís Felipe dos Santos, 5 anos

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7. Estética “Sou feliz aqui porque eu brinco muito. Aqui é muito legal. A gente passeia,
Nota: 10,0 brinca de carrinho, cavalinho de pau.”
Luís Gustavo Custódio, 04 anos
De acordo com as crianças, as coisas feitas aqui são bonitas. O que se
produz chama a atenção e elas reconhecem o reaproveitamento da sucata. “Aqui eu sou feliz porque a gente pode brincar e se divertir muito.”
Luís Felipe dos Santos, 5 anos
“Vale a pena reaproveitar a sucata porque pode fazer brinquedo, fantoche.
As coisas feitas aqui são bonitas e bem feitas.”
9. Harmonia
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos
Nota: 9,6

“O projeto é bonito porque tem enfeite. É divertido porque a gente brinca


Apesar de alguns desentendimentos entre as crianças, a convivência,
muito.”
segundo elas mesmas, é boa. Elas reconhecem um bom relacionamento
Luís Gustavo Custódio, 4 anos
entre os adolescentes, pelos quais há uma preferência.

“O projeto é muito grande e legal. Eu adoro ver as árvores, porque posso


brincar nelas.” “Os meninos grandes são carinhosos, tratam bem a gente. Gosto muito do

Luís Felipe dos Santos, 5 anos Rodrigo (adolescente), porque ele é legal.”
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos

8. Felicidade
Nota: 10,0 “Tem que cuidar do coleguinha direito, sem brigar e sem xingar. Tem que
respeitar todo mundo.”
Aqui no projeto as crianças se sentem bem e são felizes. Brincar, correr, subir, Luís Gustavo Custódio, 4 anos
pular, jogar, são ações praticadas diariamente no projeto, fazendo com que
a felicidade das crianças participantes seja evidente. “A convivência aqui é boa. Algumas pessoas tratam quem é pequeno, bem,
outras não. Quando tem briga, faz roda pra resolver o problema pra gente
“Sou feliz porque as pessoas me tratam bem. Aqui é muito legal porque tem
aprender a respeitar.”
muitas árvores para a gente brincar nelas.”
Luís Felipe dos Santos, 5 anos
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos

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10. Oportunidade na rodinha pra resolver. Aí a gente pode falar do que gostou ou não.”
Nota: 10,0 Wênesis Trindade da Silva, 6 anos

De certa forma as crianças sempre aprendem algo novo. A participação gera “Gosto de dar minha opinião na roda pra poder ajudar resolver algum
uma capacidade de enxergar o que desejam, dando a elas oportunidades problema. Adoro quando combina uma brincadeira que eu gosto.”
para opinar, escolher, aprender, fazer, etc. Luís Gustavo Custódio, 4 anos

“Aqui a gente pode sentar na roda e combinar o que se quer e pode fazer. “Quando alguém briga, a roda é com todo mundo, porque cada um fala do

Na escola é diferente, porque só faz o que a professora quer.” que não gostou pra não brigar de novo.”
Luís Felipe dos Santos, 5 anos
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos

12. Transformação
“Acho interessante ficar aqui, porque tenho a liberdade para brincar com
Nota: 10,0
muita gente.”
Luís Gustavo Custódio, 4 anos
Mudanças surgem. Algumas em curto prazo; outras, demoram mais. Assim
a paciência, a persistência e a tolerância são importantes para acreditarmos
“Aprendi a obedecer mais, porque tem que respeitar o que é combinado.”
que é possível haver uma transformação positiva na vida de cada um.
Luís Felipe dos Santos, 5 anos

“Meu comportamento está melhor, mas preciso melhorar mais para eu ser
11. Protagonismo
mais legal com meus colegas.”
Nota: 10,0
Wênesis Trindade da Silva, 6 anos

A roda é um momento que envolve todos. É nela que se conversa e combina


“Minha mãe fala que eu estou mais esperto. Ela fala que melhorei muito
o que fazer ou também resolver algum problema. Assim sendo, faz com que depois que estou no projeto. Estou falando melhor as palavras.”
as crianças desenvolvam o hábito de expressar os sentimentos, colocando Luís Gustavo Custódio, 4 anos
em questão as opiniões.

“Estou me alimentando melhor, comendo mais salada na hora do almoço.


“Participo das rodas e atividades. O que mais gosto de fazer é brincar e Eu adoro almoçar aqui.”
desenhar. Quando há alguma coisa que não está sendo legal, a gente senta Luís Felipe dos Santos, 5 anos

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Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Comunidade -
1. Apropriação “Leva pouco para casa, apenas que aprendeu que não deve deixar sobras
Nota: 8,0 de comida no prato. Como já disse, ela não é de falar muito. Ela segue a
educação que dou.”
As famílias conhecem o Sementinha e confiam em deixar suas crianças. Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa
Elas sabem que as crianças se sentem bem, que gostam e algumas até já
entendem que o projeto é delas. “As crianças levam para casa desenhos, brincadeiras, o jeito de fazer a
salada...”
“Acho que as crianças têm liberdade de expressão, brincam, fazem atividades
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues
pedagógicas, dever e são felizes no projeto. Meu filho fala que gosta muito
do projeto e não gosta quando chega o sábado e o domingo, porque o
3. Cooperação
projeto não funciona.”
Nota: 9,0
Luciana Cristina Silva

“Minha filha sente bem aqui. Não é de falar muito, é mais reservada, mas O Sementinha ajuda as crianças a serem menos competitivas. As atividades
sei que ela gosta muito.” e as conversas mostram isso. As conversas estão influenciando até a forma
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa de educar de algumas famílias.

“As crianças sentem-se donas do projeto. Falam que o projeto é bom porque “Acho que as crianças não são competitivas. Acho que elas cooperam
participam e aprendem a fazer as coisas.” fazendo as atividades, ajudando na cozinha, na horta. A convivência das
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues crianças aqui no projeto, eu acho que é boa.”
Luciana Cristina Silva
2. Coerência
Nota: 9,0 “As crianças são pouco competitivas. Minha filha convive bem em casa, na
escola e no projeto. Eu a educo para viver bem com todos.”
As crianças levam para casa o que aprendem no Sementinha e ensinam para
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa
a família. O que é vivenciado é valorizado pelas crianças.

“As crianças são competitivas. Em casa convivem bem, às vezes, outras vezes
“As crianças levam para casa o que aprendem no projeto. Cuidar da horta,
brigam muito. Igual na escola e no projeto, mas eu estou aprendendo a não
fazer brinquedo, jogos e até a alimentação mais saudável. As crianças
incorporam a metodologia do projeto.” bater e a conversar melhor.”

Luciana Cristina Silva Nívea Maria Gonçalves Rodrigues

18
4. Criatividade “Quando a comunidade é chamada, ela sempre ajuda. Eu, por exemplo,
Nota: 10,0 já vim ajudar a reformar a horta. O Sementinha é dinâmico, a família que
não é.”
No Sementinha sempre tem novidades, coisas bonitas e diferentes. As Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa
crianças se interessam porque tem coisa que só vêm aqui.
“Em época de reunião, algumas famílias comparecem e ajudam. Esse
“As coisas feitas aqui são muito criativas e muito bonitas. Aqui no projeto a ano quase não teve. No dia a dia, não percebo a participação da
gente sempre encontra novidades.” comunidade.”
Luciana Cristina Silva Nívea Maria Gonçalves Rodrigues

“As coisas feitas aqui são criativas. Novidade para mim é o jeito de contar 6. Eficiência
histórias no quadrinho, isso eu sei que ela gosta muito. Os educadores são Nota: 9,0
muito bons, pacientes, preocupam em agradar as crianças.”
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa A roda ajuda muito, tudo no projeto é bem utilizado, até as sobras de outras
pessoas. O que é aprendido é levado para casa.
“As coisas no projeto são criativas. Tem coisa que só vejo aqui. Acho que deve
ter muita preocupação em ser criativo porque sempre tem coisa nova.” “Acho que as coisas do projeto são bem utilizadas, porque não vejo
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues desperdício. As crianças aprendem aqui a não desperdiçar e levam isso para
casa.”
5. Dinamismo Luciana Cristina Silva
Nota: 9,0
“As coisas no projeto são bem utilizadas. Não vejo desperdício em nada. Ao
A participação da família ainda é pequena. Só vem quando é convidada. contrário, tudo é feito com material reciclável, que é o desperdício de outras
Pouquíssimas pessoas aparecem no dia a dia com os filhos. A família precisa pessoas.”
ser mais dinâmica. Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa

A participação da comunidade e dos pais não é boa. Acho que os pais pouco “Acho que as rodas ajudam muito. A criança aprende a resolver as coisas
aparecem e alguns vêm independentes de reunião. As crianças têm coisas sem violência.”
para fazer o tempo todo, isso é bom porque ficam com a cabeça ocupada. Nívea Maria Gonçalves Rodrigues
Luciana Cristina Silva

19
7. Estética “As crianças gostam do projeto, são felizes aqui. Minha filha fala pouco, mas
Nota: 10,0 fala muito sobre o projeto. Sei que ela gosta bastante.”
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa

O mais bonito é a roda. O verde chama a atenção. Tem-se muita


“As crianças gostam do projeto, são felizes aqui. Contam tudo o que passam
tranquilidade ao cuidar das crianças e isso é bonito.
no projeto, as coisas que fazem com bastante alegria.”
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues
“O projeto é um lugar bonito e o que eu acho mais bonito é a roda, a
ornamentação e o gramado verdinho e limpo.” 9. Harmonia
Luciana Cristina Silva Nota: 9,0

“O projeto é um lugar bonito, é fresco, tem muitas árvores. O que mais me O Sementinha ajuda as crianças a se relacionarem melhor, estão mais
chama a atenção é o verde.” tranquilas para conversar e resolver problemas. As crianças aprendem a se
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa relacionar com outras crianças.

“A convivência entre as crianças em casa e na escola é boa. O que o projeto


“O projeto é um lugar bonito, bem cuidado. O que me mais chama a
contribui para o relacionamento em casa é que as crianças estão mais
atenção e que acho bonito é a tranquilidade com que as pessoas cuidam
tranquilas para conversar e resolver os problemas.”
das crianças.”
Luciana Cristina Silva
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues

“A convivência de minha filha em casa e na escola é boa. O projeto contribui


8. Felicidade para o relacionamento em casa, pois somos grandes amigas. Apenas no
Nota: 10,0 projeto ela tem oportunidade de relacionar com outras crianças, pois é
filha única. Às vezes ela fala o que pensa, acho normal, deve ser sempre
As pessoas se preocupam com a felicidade das crianças que são muito felizes assim.”
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa
aqui e sempre contam o que fazem com bastante alegria.

“A convivência das crianças em casa e na escola é, às vezes, boa, outras


“As crianças gostam muito do projeto e são felizes aqui. Acho que as pessoas
vezes brigam muito. O projeto ensina a conversar mais. As crianças falam o
se preocupam com a felicidade das crianças. Elas falam que o projeto é um
que pensam, às vezes,e isso não é bom porque a gente fica meio sem saber
lugar bom e que elas gostam muito daqui.” como resolver.”
Luciana Cristina Silva Nívea Maria Gonçalves Rodrigues

20
10. Oportunidade “Os pais participam muito pouco do que acontece no projeto. Aqui os
Nota: 8,0 problemas são resolvidos com as próprias crianças.”
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa
O Sementinha ajuda as crianças a crescerem como pessoas, a conviver
socialmente, a ter responsabilidades e a respeitar regras e limites. “Eu não participo de tudo o que tem no projeto. A gente precisa trabalhar e
por isso não tem muito tempo para acompanhar a vida delas no projeto.”
“Aqui os meninos aprendem a conviver socialmente, a respeitar regras e
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues
limites, a ter mais responsabilidade, crescer como pessoa e isso é muito bom
para eles.”
12. Transformação
Luciana Cristina Silva
Nota: 9,0

“A partir da convivência com outras pessoas, muitas coisas mudaram de


O Sementinha influi muito na mudança de comportamento das crianças,
bom e de ruim também. O que muda é que vai levar daqui novos amigos.
A minha expectativa em relação ao projeto é que traga mais conhecimento ajuda a completar a educação de casa e a fazer novos amigos.
para minha filha.”
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa “O que mais o projeto influi na minha opinião, é na mudança de
comportamento das crianças. Elas ajudam mais em casa e a maneira de
“Espero que as coisas que as crianças têm aprendido sirvam para alguma resolver problemas, conflitos que antes era com violência, melhorou, estão
coisa, principalmente para arrumar um emprego quando tiverem idade.” mais calmos.”
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues Luciana Cristina Silva

11. Protagonismo “O projeto ajuda a completar a educação que a gente dá em casa. Eu ensino
Nota: 7,0 a fazer as coisas certas e converso muito com ela. A influência do projeto na
vida dela é de fazer mais amigos.”
A família participa pouco do Sementinha. As crianças resolvem seus próprios
Lucinéia Aparecida da Silva Alves Barbosa
problemas na roda, pois os pais precisam trabalhar e não sobra tempo para
acompanhar a vida dos filhos dentro do Sementinha.
“O projeto ensinou a fazer amizades e eles estão fazendo algumas no
bairro.”
“Acho que os pais participam pouco do projeto. Os pais ajudam a resolver
Nívea Maria Gonçalves Rodrigues
problemas aqui quando são chamados para conversar.”
Luciana Cristina Silva

21
Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Educadoras -
1. Apropriação “Procurando buscar respostas às situações, as nossas ações, de certa forma,
Nota: 9,0 incorporam alguma mudança, seja ela alcançada rapidamente ou não,
levando em consideração a adaptação de cada envolvido nesse processo
As educadoras se apropriaram do trabalho. São responsáveis sem saírem do
de aprendizagem. Assim, a roda, o diálogo e a reflexão fazem parte dessa
seu ritmo e cumprindo com seus compromissos.
caminhada.”

“Os membros do projeto agem como se fossem donos do mesmo, cada um Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora

se sente responsável, cuida e se preocupa em encontrar soluções comuns


para as situações conflitantes.” 3. Cooperação
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora Nota: 8,0

“Acredito que cada membro atua de acordo com o seu ritmo. Cada um
Alguns ainda não têm o espírito de equipe muito claro. Existe competição
desempenha o seu papel direcionando suas ações de acordo com o
interesse despertado pelas crianças. Assim, desperta o prazer em buscar boa, trabalhada com jogos e esportes. Há um trabalho participativo da
respostas para as situações que surgem, de forma que cada um cumpra equipe.
seu compromisso.”
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora “Nesta equipe de educadores existe, às vezes, solidariedade e, outras
vezes individualismo. O espírito de equipe ainda não está muito claro.
2. Coerência
Falta sinceridade e interesse pelo crescimento do colega. Existe competição
Nota: 8,0
boa. A competição é necessária. Podemos trabalhá-la através dos jogos e

O trabalho é realizado com coerência. Na maioria das vezes é levado para esportes praticando e, ao mesmo tempo, ensinando a competir com ética e
a comunidade pelas próprias crianças onde a teoria e prática se incorporam respeito.”
A roda, o diálogo e a reflexão fazem parte desta caminhada. Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora

“O que é trabalhado no projeto pelas coordenadoras que atuam


“Procuro sempre desempenhar a prática com compromisso e responsabili-
diretamente com as crianças e adolescentes tem coerência e força, e é
dade, contribuindo, assim, para os quesitos da equipe. De certa forma há
levado para a comunidade, incorporando teoria e prática. Esse trabalho
tem como fundamento valores tais como auto-estima, higiene, oficina de um trabalho participativo da equipe, e cada membro atua de acordo com as
permacultura, brinquedos e leitura.” ideias surgidas, levando muitas vezes à concretização dos pensamentos.”
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora

23
4. Criatividade “Estamos sempre em busca da experimentação para que possamos melhorar
Nota: 9,5 cada vez mais nossa capacidade de lidar com os problemas surgidos, onde
ação-reflexão esteja sempre presente.”
Existe a busca de práticas criativas, que visem ao bem estar das crianças. Há Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora
preocupação em manter o ambiente inovador e recreativo de acordo com o
interesse das crianças. 6. Eficiência
Nota: 9,0
“Há preocupações por parte dos educadores em buscar práticas criativas,
que resultem em atividades prazerosas e transformadoras.” Nem sempre o Sementinha pode resolver tudo sozinho,mas há esforço para
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora atendimento às necessidades. A prioridade sempre é o desenvolvimento
integral das crianças. Busca-se a melhoria na prática para contribuir com o
“As ações são realizadas visando ao bem estar das crianças, contribuindo bem estar de todos.
assim para o seu interesse em participar e se envolver. De maneira geral há
preocupação em manter o ambiente inovador e recreativo, seja através das “Um dos objetivos a se alcançar em qualquer trabalho deve ser a eficiência.
atividades, brincadeiras, passeios, lanches, rodas, filmes, tinta de terra, etc., Para tanto, é preciso recurso financeiro, humano e capacitação. Há um
ou até do próprio interesse das crianças.” esforço para o atendimento às necessidades, mas nem sempre o projeto
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora
pode resolver tudo sozinho. A prioridade deve ser sempre o desenvolvimento
integral das crianças e adolescentes.”
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora
5. Dinamismo
Nota: 8,0
“De acordo com cada necessidade há uma reflexãopara se ver se está sendo
positivo ou não, buscando assim uma melhoria na prática que possa atender
O dinamismo e a flexibilidade contribuem para a melhoria da qualidade
de forma satisfatória e contribuir para o bem estar de todos os envolvidos.”
do trabalho. Existem experimentações para a melhoria da capacidade de
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora
resolução de problemas onde a ação - reflexão está sempre presente.

7. Estética
“Percebo dinamismo e flexibilidade em alguns membros da equipe. Isso
Nota: 9,0
contribui para a melhoria da qualidade do trabalho, ajudando também na
resolução de problemas. Há uma constante preocupação dos educadores A estética é importante porque interfere na auto-estima. O que se produz é
com sua formação. Ouvimos falar sobre os intercâmbios, mas ainda não muito bonito e interessante. Há preocupação com qualidade e beleza.
aconteceram.”
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora “A estética é importante porque interfere na auto-estima. No projeto há

24
preocupação com a qualidade e beleza dos objetos ali produzidos. Trabalha- 9. Harmonia
se o belo com o material reciclado. Cada espaço comprova a preocupação Nota: 10,0
de todos com a beleza e o cuidado.”
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora O respeito é trabalhado a todo momento e em todas as oportunidades. O
Sementinha é um local de aprendizagem. As relações interpessoais são de
“O que se produz é muito bonito e interessante. A beleza do espaço é
fundamental importância. Houve, em algum momento, um desequilíbrio da
também essencial para que promova a conscientização de um espaço bonito
harmonia entre a equipe, o que contribuiu para reflexão dos atos.
e agradável, fazendo com que desperte a participação, a criatividade e auto-
estima.”
“As relações interpessoais são de fundamental importância. Entre os adultos,
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora
interfere no resultado do trabalho. O respeito é trabalhado a todo momento

8. Felicidade e em todas as oportunidades com as crianças. Eles têm oportunidade de


Nota: 9,0 manifestar seu pensamento e vontade. Sua cultura é respeitada. A eles
é dado o direito de se manifestarem na montagem do cronograma da
No Sementinha se produz, recebe-se e doa-se carinho. A felicidade está semana, na preparação na roda. Quando não se consegue chegar a um
nas coisas mais simples. As pessoas são felizes no Sementinha e existe acordo, prevalece a vontade da maioria, o que leva a criança a aprender a
responsabilidade de manter este quesito sempre em alta. respeitar a opinião do outro. Há conflitos entre eles, mas os adultos ensinam
com seus exemplos. O projeto é um local de aprendizagem.”
“A felicidade deve ser um dos objetivos da vida de qualquer ser humano. Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora
Ela está nas coisas mais simples. No projeto há uma preocupação em
oferecer oportunidades de desenvolvimento para as crianças. Eles aprendem “Houve, em algum momento, um desequilíbrio da harmonia entre a equipe,
a valorizar o que têm, através do cuidado e a produzir coisas bonitas a
gerando certa insatisfação entre os membros. Acredito que isso possa
partir do reciclável. Lá, produzimos, recebemos e damos carinho. Os pais
contribuir para uma reflexão dos atos e assim buscar respostas satisfatórias
reconhecem e valorizam nosso trabalho. Parece simples, mas é motivo de
para que contribuam para o desenvolvimento do trabalho.”
felicidade.”
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora

“Acredito que as pessoas são felizes. A participação efetiva das crianças, a 10. Oportunidade
alegria em chegar ao projeto, o interesse em brincar geram respostas de Nota: 8,0
que o projeto é um espaço que contribui para a felicidade. Assim, cresce a
responsabilidade de mantermos esse quesito sempre em alta.” O Sementinha abre muitas oportunidades. Como as pessoas são diferentes,
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora diferentes também são as respostas às oportunidades surgidas. A mudança

25
de comportamento, diálogo, sorrisos, prazer e brincadeiras são algumas “Procuramos de certa forma envolver as crianças em algumas decisões,
oportunidades do dia a dia. dando a elas liberdade para expressar suas ideias, seus pensamentos,
fazendo com que se envolvam com suas participações e descobertas, nas
“Participar do projeto abre muitas oportunidades. As crianças que chegam rodas de conversas, brincadeiras, passeios ou até mesmo nas rodas de
ao projeto Sementinha vão descobrindo aprendizados como, ética, valores,
problemas.”
compromisso. Aos 16 anos tem sua primeira oportunidade de emprego. Isso
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora
para eles é importante. Alguns adolescentes aproveitam e vão em busca de
mais; outros, se acomodam.”
12. Transformação
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora
Nota: 9,0
“O projeto é um espaço que gera várias oportunidades. Para algumas são
dadas respostas que favorecem o crescimento do trabalho desenvolvido, que O Sementinha influencia positivamente a vida das crianças e é importante ter
é obtida através de uma mudança de comportamento, no diálogo na roda, consciência do papel do Sementinha na vida de cada uma delas. As maiores
no sorriso da criança, no prazer em frequentar o projeto, na brincadeira do mudanças são crianças mais felizes, mais ágeis, interessadas, desinibidas,
dia a dia.” sociáveis, etc.
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora

“O projeto influencia positivamente na vida das crianças e, consequentemente,


11. Protagonismo
na sociedade, na medida em que aprendem e cultivam valores essenciais
Nota: 9,0
como o cuidado, a importância dos estudos, melhoria da auto-estima através
das oficinas de brinquedos, jogos, permacultura e rodas. É importante ter
Há diferentes modos de participação e a equipe tenta desenvolver o
protagonismo nas crianças. As crianças são envolvidas em algumas decisões consciência do papel do projeto na vida dessas crianças.”

com suas ideias e pensamentos nas rodas de conversas, brincadeiras, Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora

passeios.
“O projeto tem uma influência positiva na vida das crianças que o frequentam
“As decisões são tomadas de cima para baixo, apesar de afetar a todos. no seu dia a dia, seja na alimentação, na brincadeira, nas rodas de bate
Poucos participam das tomadas de decisões. Há diferença na participação, papo, na aprendizagem lúdica. Assim podemos observar mudanças positivas
mas a equipe é suficientemente apta para trabalhar a participação e tenta que atingem nossos objetivos, tais como crianças felizes, mais ágeis,
desenvolver o protagonismo nas crianças e adolescentes.” interessadas, desinibidas, sociáveis, etc.”
Lúcia Maria de Castro Ferreira, educadora
Delbora Terezinha Gonçalves Soares, educadora

26
Indicadores de Qualidade de Projeto - IQP
- Resultados -
Crianças - 4 a 6 anos

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

28
Comunidade

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

29
Educadoras

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

30
Média total

Transformação

Protagonismo

Oportunidade

Harmonia

Felicidade

Estética

Eficiência

Dinamismo

Criatividade

Cooperação

Coerência

Apropriação

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O IQP é constituído pela avaliação de 12 índices. Para cada índice específico foram utilizadas, em média, 5 questões. A pontuação está apresentada na escala de 0 a 10

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