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A relao de domnio no percebida como uma relao de fora em que o mais forte
impe a regra e a norma ao mais fraco, e, no se compreendendo que deve ter comeado algures
no espao e no tempo, aceite como um dado, uma inevitabilidade e desse modo naturalizada.
Acontece ainda que as instituies religiosas, polticas, sociais e culturais convergem no sentido
de reforarem esta caracterstica.
Poderia parecer que a violncia simblica se exerce apenas sobre os dominados, mas
no assim. Para que o domnio se perpetue e no seja detectado e denunciado, preciso que
no s as identidades dos dominados, mas tambm as dos dominantes sejam construdas em
conformidade com estes dois modelos de comportamento, no se desculpando a mais leve
transgresso, o mais ligeiro desvio norma. por isso que um homem no chora; que um
menino que gosta de brincadeiras menos agressivas um mariquinhas, que certas profisses
so imprprias para homens, etc. etc. preciso garantir a reproduo das estruturas de
domnio. Cada homem est tambm sob a presso constante de afirmar a sua virilidade e a
sociedade implacvel para aqueles que so frouxos preciso garantir a manuteno dessas
estruturas. Esta presso comea cedo, na escola, os meninos perseguem sempre aquele que
parece no se conformar norma e, pela vida fora, qualquer homem sente que tem de
estar altura da idia que tem do que ser homem.