Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Relata o Cego Aderaldo : "Em Belm do Par eu conheci muitos cantadores. Mas o mais afamado,
que emendou a camisa comigo, foi o ndio Azuplim. Nossa batida foi a que se segue..."
Eu sa do Cear
Deixei meu triste mocambo,
Com medo do dezenove,
Este pesadelo bambo.
Vinha o coronel Monturo
Junto com doutor Molambo...
No primeiro Caripi
Eu cantei, l fui feliz,
No segundo Caripi
Cantei tudo quanto quis,
E ali tomei o trem,
Fui cantar em So Lus....
O dono do botequim
Veio a mim e perguntou:
Cego de onde tu s?
Me diga se cantador.
Me diga se no tem medo
De azuplim trovador...
Me perguntei: No senhor!
Ser algum rio-grandense
Ou mesmo um paraibano,
Ou um cantador cearense?
Ele disse: No senhor,
um cantor paraense...
A Se num ds um s gemido
Tambm no s cantador,
V cobrar logo o dinheiro.
Do mestre que lhe ensinou, ai, ai!
O cego j apanhou...