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Capítulo 13

CMOS Setup
Ajuste fino no hardware
Para montar um PC você não precisa conhecer todos os detalhes técnicos
sobre o CMOS Setup. Na maioria das vezes a auto-configuração é
satisfatória. Ele é usado automaticamente quando a placa de CPU é ligada
pela primeira vez. Com ela, todos os ajustes são feitos de uma forma padrão
que oferece os melhores resultados. Depois disso só precisamos ajustar o
relógio e definir os parâmetros do disco rígido.

Um bom técnico de manutenção e um bom produtor de PCs deve estar


preparado para, além de usar a forma fácil de programação do CMOS
Setup, fazer ajustes finos visando:

 Resolver problemas
 Otimizar o desempenho
 Utilizar opções de funcionamento que por padrão são desativadas

Para isto é preciso um conhecimento profundo dos inúmeros comandos do


CMOS Setup.

Diferenças e semelhanças
Cada placa de CPU possui o seu próprio CMOS Setup. Entre os diversos
modelos, encontramos comandos bastante semelhantes, mas também
comandos bastante diferentes. As diferenças dependem do fabricante do
CMOS Setup (os principais são Award e AMI) e principalmente do chipset
da placa de CPU. Cada chipset possui recursos específicos e assim como
eles, comandos próprios para ativa-los. Quem está acostumado com o
CMOS Setup de um computador certamente terá facilidade para utilizar a
13-2 Como montar, configurar e expandir seu PC
maioria dos comandos do CMOS Setup de outros computadores. Vai
entretanto encontrar muitas diferenças. Neste capítulo abordaremos
comandos que foram extraídos do CMOS Setup de dezenas de
computadores.

O método padrão
O método inicial recomendado para a programação do CMOS Setup
consiste no seguinte:

1. Usar a auto-configuração.
2. Acertar a data e a hora
3. Definir o drive de disquetes
4. Auto detectar o disco rígido
5. Sair e salvar

O uso desses comandos é suficiente para que o computador funcione, e


permitirá a realização das etapas seguintes da montagem: formatação do
disco rígido e instalação do sistema operacional.

A maior parte do trabalho é feita com o comando de auto-configuração, que


preenche as respostas das dezenas de itens do Setup com valores default
sugeridos pelo fabricante da placa de CPU. Outra parcela não tanto
trabalhosa mas muito importante é a auto-detecção dos parâmetros do disco
rígido. Não é mais preciso consultar o seu manual para saber o número de
cabeças, setores e cilindros. O CMOS Setup faz isso automaticamente.
Outros parâmetros relacionados ao disco rígido também são
automaticamente preenchidos, sem que o usuário precise saber o que
significa cada um. A parte que o usuário precisa fazer manualmente é muito
fácil: indicar a data e a hora, indicar o tipo dos drive de disquetes instalado,
e finalmente usar o comando “Salvar & Sair”.

O que é exatamente o CMOS Setup


Para que serve exatamente o CMOS Setup? Antes de mais nada, este pro-
grama deveria se chamar BIOS Setup, já que serve para definir opções de
funcionamento do BIOS da placa de CPU. O principal objetivo do BIOS é
realizar o controle do hardware. É responsável pelo acesso ao disco rígido,
ao drive de disquetes, à impressora, e até mesmo aos chips VLSI e à
memória. A placa de vídeo não é controlada por este BIOS, já que ela
possui o seu próprio, chamado BIOS VGA. Fica armazenado em uma
memória ROM localizada na placa SVGA que ocupa normalmente 32 kB.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-3
O BIOS da placa de CPU também é responsável pelo processo de “auto-
teste” realizado quando o computador é ligado, ou quando pressionamos o
botão Reset. Trata-se de um conjunto de testes que visam verificar se os
principais componentes do computador estão funcionando corretamente. É
comum chamar esses testes de POST (Power on Self Test, ou seja, teste
automático que é feito quando o computador é ligado). Também é
responsável por dar início ao processo de boot, ou seja, a carga do sistema
operacional na memória.

Podemos ainda citar uma miscelânea de atividades que o BIOS realiza,


como a proteção do computador contra ataque de alguns tipos de vírus, o
gerenciamento de senhas, e ainda o gerenciamento do uso de energia, muito
importante com computadores operados por bateria. Podemos então
sintetizar as funções do BIOS na seguinte lista:

 Controle do hardware
 POST
 Dar início ao processo de boot
 Segurança contra vírus
 Proteção através de senhas
 Gerenciamento do uso de energia

O BIOS da placa de CPU é capaz de realizar todas essas funções, sendo que
a mais importante é o controle do hardware. O programa conhecido como
CMOS Setup serve para que o usuário defina algumas opções para a
realização dessas funções. Por exemplo, entre as dezenas de opções do
CMOS Setup, existe uma que está relacionada com o processo de boot:

Boot Sequence Options: A: C: / C: A:


Esta opção exemplificada chama-se “Boot Sequence”, ou seja, seqüência de
boot. Neste exemplo, pode ser programada de duas formas diferentes: “A:
C:” ou “C: A:”. Ao ser usada a primeira opção, a primeira tentativa de boot
será feita pelo drive A. Caso não exista um disquete presente no drive A, o
boot será feito pela segunda opção, ou seja, pelo drive C. Se usarmos a
seqüência “C: A:”, será tentado o boot diretamente pelo drive C. A
vantagem é que este processo é mais rápido, já que o BIOS não precisa
perder tempo verificando se existe um disquete presente no drive A. Nesse
caso, o boot pelo drive A só seria realizado como uma segunda opção, ou
seja, se o disco rígido estiver defeituoso. Nos BIOS mais recentes, a
seqüência de boot tem várias outras opções. Podemos escolher a ordem
13-4 Como montar, configurar e expandir seu PC
entre dois discos rígidos, o drive de CD-ROM, o drive de disquetes e um ZIP
Drive.

O CMOS Setup depende de diversos fatores:

Fabricante do BIOS. Podemos encontrar BIOS (e Setups) produzidos pela


AMI (American Megatrends, Inc.), Award e Phoenix.
Chipset. A principal função do BIOS é realizar o controle do hardware, o
que inclui os chips VLSI existentes na placa de CPU. O CMOS Setup em
geral apresenta opções que definem a forma como o BIOS fará o controle
desses chips. Por isso, placas de CPU diferentes possuem diferenças em seus
Setups, mesmo que ambos os Setups sejam produzidos pelo mesmo
fabricante.

Processador. Os processadores usados nos PCs são compatíveis entre si.


Todos são de classe x86, ou seja, compatíveis com a família do 8086,
incluindo seus sucessores. Existem entretanto algumas diferenças que são
refletidas no CMOS Setup. Por exemplo, as primeiras versões do
processador Celeron não tinham cache L2. Desta forma, o CMOS Setup não
apresentava o comando para habilitar e desabilitar a cache L2.

Versão do BIOS. O mesmo fabricante de BIOS pode criar (e normalmente


cria) versões novas de seu BIOS genérico. Este BIOS genérico é adaptado
separadamente para diversas placas de CPU. Existem portanto certas
distinções que não são devidas a diferenças no processador, nos chips VLSI
ou no fabricante, e sim na versão. Por exemplo, BIOS antigos estavam
limitados a utilizar discos IDE com no máximo 504 MB. Nos BIOS atuais,
sempre encontraremos a função LBA (Logical Block Addressing), que dá
acesso a discos IDE com mais de 504 MB. A maioria dos BIOS produzidos
antes de 1998 não suportava discos rígidos com mais de 8 GB. Nas versões
atuais, esta barreira já foi eliminada.
Fabricante da placa de CPU. Os fabricantes de BIOS podem fazer
adaptações e alterações requisitados pelo fabricante da placa de CPU. Por
exemplo, os grandes fabricantes em geral não deixam acesso a opções que
definem a velocidade de acesso à memória. Normalmente determinam quais
são os parâmetros indicados e pedem ao fabricante do BIOS que programe
esses parâmetros de forma fixa, eliminando-os do CMOS Setup.

Portanto, não se impressione quando você encontrar diferenças entre os


Setups de computadores diferentes. Felizmente, apesar de existirem muitas
diferenças, existem muito mais semelhanças. Por isso, podemos apresentar
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-5
aqui explicações genéricas que se aplicarão aos Setups da maioria dos
computadores.

Figura
13.1
Tela de um Setup
com apresentação
gráfica.

Figura
13.2
Tela de um Setup
com apresentação
em texto.

Apenas para ilustrar as semelhanças e diferenças entre Setups de


computadores diferentes, observe atentamente as figuras 1 e 2. São telas de
Setup completamente diferentes. A da figura 1 tem uma apresentação
gráfica, produzido pela AMI, enquanto a da figura 2 possui uma interface
baseada em texto, produzido pela Award. Não estamos afirmando que todos
os Setups AMI têm apresentação gráfica, nem que todos os da Award têm
apresentação de texto.

O Windows e o BIOS
Nos tempos do velho MS-DOS e do Windows 3.x (assim como em todas as
versões anteriores ao Windows 95), a maior parte ou todo o controle do
hardware era feito pelo BIOS. Atualmente muitas das funções de controle do
13-6 Como montar, configurar e expandir seu PC
hardware que antes eram realizadas pelo BIOS são realizadas por drivers do
Windows. O Windows controla o vídeo, o teclado, a impressora, o disco
rígido, o drive de CD-ROM e todo o restante do hardware. Entretanto isto
não reduz a necessidade nem a importância do BIOS. Muitas das funções de
controle realizadas pelo Windows são feitas com a ajuda do BIOS, ou então
a partir de informações do CMOS Setup. Além disso o BIOS precisa
continuar sendo capaz de controlar o hardware por conta própria, para o
caso de ser utilizado um sistema operacional que não controle o hardware
por si mesmo. O BIOS também precisa ser capaz de realizar todo o controle
do hardware antes na ocasião do carregamento do Windows na memória.
Por questões de compatibilidade, o BIOS sempre será capaz de controlar
sozinho a maior parte do hardware, mesmo que o Windows seja capaz de
fazer o mesmo e dispensar os serviços do BIOS.

O funcionamento do CMOS Setup


Quando fazemos o “Setup” de um software, uma das diversas ações exe-
cutadas é a geração de um arquivo (ou de entradas no Registro do
Windows) que contém informações sobre as opções de funcionamento do
software em questão. No caso do CMOS Setup, essas opções de
funcionamento são armazenadas em um chip especial chamado CMOS, daí
vem o nome “CMOS Setup”.

“CMOS” é a abreviatura de “Complementary Metal Oxide Semiconductor”.


O significado deste nome está relacionado com os materiais empregados na
implementação de circuitos integrados (Metal, Óxidos e Silício, que é o
semicondutor usado). O termo “Complementar” é usado pois cada célula
lógica emprega dois transistores “complementares”, ou seja, enquanto um
deles conduz corrente, o outro está cortado (não conduz), e vice-versa. Os
dois estados que esses transistores assumem representam os bits “0” e “1”.
Milhares dessas células são depositadas em uma minúscula pastilha medindo
cerca de 1 até 3 cm de lado (em muitos chips, esta medida é ainda menor).
Uma das principais características dos chips baseados na tecnologia CMOS é
seu baixo consumo de corrente. Muitos circuitos existentes na placa de CPU
utilizam a tecnologia CMOS, entre eles, o chip usado para armazenar os
dados que definem as opções de funcionamento do BIOS. Com o passar do
tempo, este chip passou a ser conhecido como CMOS (mas tenha em mente
que este não é o único chip que usa a tecnologia CMOS), e a operação de
definir as opções de funcionamento do BIOS passou a ser conhecida como
“CMOS Setup”, ou simplesmente “Setup”. Em certas placas de CPU, o
CMOS é um chip independente, em outros casos, o CMOS está incorporado
dentro de um dos chips VLSI da placa de CPU.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-7

Na mesma memória ROM onde está armazenado o BIOS da placa de CPU,


existe o programa usado para preencher os dados do CMOS, ou seja, para
“fazer o Setup”. A execução deste programa normalmente é ativada através
do pressionamento de uma tecla específica (em geral DEL) durante a
contagem de memória que é realizada quando ligamos o PC, ou então
quando pressionamos a tecla Reset. Também podemos ativar o Setup
usando a tecla DEL, logo após que comandamos um boot pelo teclado,
usando a seqüência CONTROL-ALT-DEL.

O programa Setup obtém os dados existentes no CMOS e os coloca na tela


para que façamos as alterações desejadas, usando o teclado ou o mouse.
Depois que terminamos, usamos um comando para armazenar essas
alterações no CMOS. Normalmente este comando chama-se “Save and Exit”
(Salvar a Sair), ou algo similar, como “Write to CMOS and Exit” (Gravar no
CMOS e Sair).

O menu principal do CMOS Setup


Podemos encontrar Setups com telas gráficas ou com telas de texto, como
vimos nas figuras 1 e 2. Não importa qual seja o aspecto do Setup do seu
computador, você sempre encontrará no manual da sua placa de CPU,
informações sobre o seu funcionamento. Mesmo que você tenha perdido o
manual da sua placa de CPU, é possível que você possa, através da Internet,
obter uma cópia do manual do seu Setup. Você precisa fazer o seguinte:

1. Identifique qual é o fabricante do seu BIOS. Você poderá encontrar BIOS


da AMI, Phoenix e Award.

2. Identifique a versão do seu BIOS. Normalmente esta informação é


apresentada na tela que é exibida logo que o computador é ligado.

3. Uma vez sabendo o fabricante do seu BIOS e a sua versão, você pode
tentar acessá-lo pela Internet. Aqui estão alguns endereços que poderão
ajudar:

AMI http://www.ami.com
Award http://www.award.com
Phoenix http://www.ptltd.com

Não espere encontrar explicações muito mais detalhadas que as existentes no


manual da sua placa de CPU. Em geral, será possível encontrar muitas
13-8 Como montar, configurar e expandir seu PC
explicações sobre, por exemplo, o uso de senhas e outros itens mais simples,
mas os itens mais complicados, como “RAS to CAS Delay” terão explicações
quase tão resumidas quanto as que existem no manual da placa de CPU.

Não importa qual seja o fabricante e a versão do seu Setup, normalmente


você encontrará certos comandos ou menus padronizados na sua tela
principal. Vejamos a seguir quais são esses comandos:

Standard CMOS Setup


Aqui existem itens muito simples, como a definição do drive de disquetes, os
parâmetros do disco rígido e o acerto do relógio permanente existente no
CMOS.

Advanced CMOS Setup


Esta parte do Setup possui uma miscelânea de itens um pouco mais com-
plicados, mas em geral fáceis. Por exemplo, temos aqui a seqüência de boot
(A: C: ou C: A:), a definição da taxa de repetição do teclado, a Shadow
RAM e diversos outros.

Advanced Chipset Setup


Nesta seção encontramos controles para diversas funções dos chips VLSI
existentes na placa de CPU. Muitos dos itens encontrados aqui estão rela-
cionado com a temporização do acesso das memórias.

Peripheral Configuration
Através deste menu podemos atuar em várias opções relativas às interfaces
existentes na placa de CPU. Podemos por exemplo habilitar ou desabilitar
qualquer uma delas, alterar seus endereços, e até mesmo definir certas
características de funcionamento.

PnP Configuration
Nesta seção existem alguns comandos que permitem atuar no modo de
funcionamento dos dispositivos Plug and Play. Podemos, por exemplo,
indicar quais interrupções de hardware estão sendo usadas por placas que
não são PnP.

Power Management
Este menu possui comandos relacionados com o gerenciamento de energia.
Todas as placas de CPU modernas possuem suporte para esta função.
Consiste basicamente em monitorar todos os eventos de hardware, e após
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-9
detectar um determinado período sem a ocorrência de nenhum evento, usar
comandos para diminuir o consumo de energia.

Security
Em geral esta parte do Setup é muito simples. Consiste na definição de
senhas que podem bloquear o uso do computador ou do Setup (ou ambos)
por pessoas não autorizadas.
IDE Setup
No IDE Setup existem comandos que permitem detectar automaticamente os
parâmetros dos discos rígidos instalados, bem como ativar certas carac-
terísticas do seu funcionamento.
Anti Virus
Aqui temos a opção para monitorar as gravações no setor de boot do disco,
uma área que é atacada pela maior parte dos vírus. Desta forma, o usuário
pode ser avisado quando algum vírus tentar realizar uma gravação no setor
de boot.

CPU PnP
Na verdade este nome não é muito adequado. Dispositivos Plug and Play
devem ser jumperless (ou seja, não usam jumpers para serem configurados),
mas nem tudo o que é jumperless pode ser chamado de Plug and Play. Este
menu dá acessos a comandos que definem o clock interno e o clock externo
do processador.

Load Defaults
Em geral, o fabricante da placa de CPU apresenta dois conjuntos de valores
para o preenchimento automático de praticamente todos os itens do Setup.
Um desses conjuntos, chamado às vezes de “Default ótimo”, é o que resulta
no maior desempenho possível, sem comprometer a confiabilidade do
computador. O outro conjunto de valores é o “Default à prova de falhas”,
que faz o computador operar em baixa velocidade. Deve ser usado quando
o computador apresenta falhas.

Best defaults
Em alguns setups existe o comando Best Defaults, que faz com que todos os
parâmetros sejam programados com as opções que resultam no maior
desempenho, mas sem se preocupar com a confiabilidade e a estabilidade do
funcionamento do computador. Em geral este recurso funciona apenas
quando são instaladas memórias bastante rápidas. A opção Optimal Defaults
13-10 Como montar, configurar e expandir seu PC
é uma escolha mais sensata, pois resulta em desempenho alto, sem colocar
em risco o bom funcionamento do computador.

Power Up Control
Este menu possui vários comandos relacionados com operações de
ligamento e desligamento do computador. Por exemplo, podemos programá-
lo para ser ligado automaticamente em um determinado horário, ou então
quando ocorrer uma chamada pelo modem, ou quando chegarem dados
através de uma rede local. Podemos escolher o que fazer quando ocorre um
retorno no fornecimento de energia elétrica após uma queda, se o
computador é ligado automaticamente ou se o usuário precisa pressionar o
botão Power On.

Exit
Ao sair do programa Setup, temos sempre as opções de gravar as alterações
no CMOS antes de sair, ou então ignorar as alterações.

Para facilitar nosso estudo, dividimos o assunto em várias partes, como


Standard CMOS Setup, Advanced CMOS Setup, etc. Até neste ponto po-
demos encontrar diferenças entre os Setups de diversos computadores.
Determinados itens podem ser encontrados em um grupo de um computa-
dor, e em outro grupo de outros computadores. Por exemplo, o item Display
Type, explicado adiante, poderá ser encontrado em alguns casos no
Standard CMOS Setup, e em outros casos no Advanced CMOS Setup.

A maioria dos itens do CMOS Setup podem ser programados com duas
opções: Enabled (Habilitado) ou Disabled (Desabilitado). Existem entretanto
itens que possuem opções diferentes, e até mesmo opções numéricas.

Standard CMOS Setup


Esta parte do Setup é praticamente a mesma na maioria dos computadores.
Possui comandos para definir os seguintes itens:

 Data e Hora
 Tipo do drive de disquete
 Parâmetros dos discos rígidos

Em alguns casos, o Standard CMOS Setup possui alguns comandos adici-


onais, como:
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-11

 Tipo de placa de vídeo


 Habilitação do teste do teclado
 Daylight Saving (horário de verão)

A figura 3 mostra um exemplo de Standard CMOS Setup. Podemos


observar que existem comandos para acertar o relógio (Date/Time), para
definir os drives de disquetes A e B, para definir os parâmetros dos discos
rígidos.

Figura
13.3
Exemplo de
Standard CMOS
Setup.

Sempre encontraremos na tela do Setup, a indicação das teclas que devem


ser usadas para alterar os parâmetros. Por exemplo, na tela da figura 3 vemos
que as setas e ENTER são usadas para selecionar itens. As teclas +, -, Page
Up e Page Down são usadas para alterar o item selecionado.

Date / Time
O primeiro comando que normalmente usamos é o acerto do relógio.
Devemos usar as setas para selecionar o item a ser alterado, e a seguir, usar
as teclas Page Up e Page Down para alterá-lo.

Floppy drive A/B ou Legacy Diskette A/B


Através deste comando, definimos o tipo dos drives A e B, ou seja, os drives
de disquetes. Existem as seguintes opções:

None (não instalado)


360 kB (5¼” DD)
720 kB (3½” DD)
1.2 MB (5¼” HD)
1.44 MB (3½” HD)
13-12 Como montar, configurar e expandir seu PC
2.88 MB (3½” ED)

Em geral, as interfaces de drives podem controlar qualquer um desses 5 tipos


de drives, mesmo os raríssimos drives de 2.88 MB. Em um típico
computador com apenas um drive de 1.44 MB instalado, devemos declarar
A=1.44 MB e B=Not Installed.

Setups mais recentes já chamam este item de “Legacy Diskette A/B”. O


termo legacy significa legado, uma coisa antiga. Dispositivos usados nos PCs
antigos e ainda suportados nos PCs modernos são chamados de legacy
devices. É o caso dos drives de disquetes, placas de expansão ISA e todos os
dispositivos que não são Plug and Play.

Floppy 3 mode support


Provavelmente você não irá utilizar este recurso. Faz com que o drive de
disquetes opere de modo compatível ao dos PCs japoneses, com capacidade
de 1.2 MB, ao invés de 1.44 MB.

Hard Disk
Tradicionalmente, este item é usado para o preenchimento dos parâmetros
chamados de “Geometria Lógica” dos discos rígidos. Esses parâmetros são:

Cyln Número de cilindros


Head Número de cabeças
Sect Número de setores
WPcom Cilindro de pré-compensação de gravação
LZone Zona de estacionamento das cabeças

Esses parâmetros podem ser obtidos no manual do disco rígido, ou podemos


encontrá-los impressos na sua parte externa, ou ainda podem ser pre-
enchidos automaticamente, através de um outro comando do Setup que
normalmente é chamado de Auto Detect Hard Disk.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-13
Figura
13.4
Definindo os
parâmetros do
disco rígido.

No Setup da figura 3, selecionamos o disco e teclamos ENTER. Será


apresentada a tela da figura 4. Podemos usar o comando IDE HDD Auto
Detection, que fará com que os parâmetros sejam automaticamente
preenchidos. Podemos deixar o item IDE Primary Master programado como
Auto. Isto fará com que o HD tenha seus parâmetros detectados sempre que
o computador for ligado. Se usarmos a opção USER poderemos preencher
manualmente os parâmetros seguintes: número de cilindros, cabeças, setores,
etc.

O item Hard Disk não aparece necessariamente com este nome. Existem
itens independentes para cada um dos discos rígidos possíveis. Na maioria
das placas de CPU, o CMOS Setup possui itens independentes para 4 discos
rígidos, sendo que dois são conectados na interface IDE primária, e dois na
secundária. É comum encontrar esses itens com os nomes:

 Primary Master
 Primary Slave
 Secondary Master
 Secondary Slave

Para cada um dos discos instalados, temos que definir seus parâmetros. O
disco Master ligado na interface IDE primária será reconhecido como sendo
o drive C. O segundo disco (slave) da interface primária, caso exista, será
reconhecido como sendo o drive D. Discos rígidos IDE podem ser ligados de
diversas formas diferentes, mas certas combinações não são permitidas. Por
exemplo, não podemos instalar um único disco em uma interface,
configurado como Slave. A tabela abaixo mostra as formas válidas de instalar
discos IDE, bem como os nomes que recebem do sistema operacional:
13-14 Como montar, configurar e expandir seu PC

Primary Primary Secondary Secondary


Master Slave Master Slave
C - - -
- - C -
C D - -
C - D -
C D E -
C - D E
C D E F

Há muitos anos atrás (anos 80) a definição dos parâmetros disco rígido era
feita através da especificação de um único número (Hard Disk Type). Cada
número resultava em valores predefinindos para todos os parâmetros do
disco rígido. Isto foi feito desta forma no Setup do IBM PC AT, pois na
época do seu lançamento, eram pouquíssimos os modelos de disco rígido
existentes no mercado. Já que eram poucos, uma tabela foi implantada no
BIOS, e bastava indicar qual o tipo do disco (no início, variava entre o tipo 1
e o tipo 11), e automaticamente estariam definidos os seus parâmetros. Nos
manuais dos discos rígidos da época, existiam instruções como “Defina este
disco no Setup como Tipo 2...”. Com o passar do tempo, novos discos foram
lançados e acrescentados na tabela de discos rígidos do BIOS. Chegou-se a
um ponto em que os fabricantes de BIOS passaram a usar itens
independentes para preencher os parâmetros, ao invés de usar parâmetros
fixos. Em muitos Setups, os tipos de 1 a 46 são fixos, e o tipo 47, também
chamado de “User Type”, é o único que permite o preenchimento individual
dos parâmetros: Cyln, Head, Sect, WPcom e Lzone.

Em todos os Setups mais recentes, não existem os tipos de 1 a 46, já que são
considerados obsoletos. Ao invés disso, possuem as opções User (permitem o
preenchimento manual desses parâmetros pelo usuário) e Auto (faz o
preenchimento automático dos parâmetros).

Discos SCSI
As placas controladoras SCSI possuem o seu próprio BIOS. O BIOS da
placa de CPU, por sua vez, está preparado para controlar apenas discos IDE,
através das suas interfaces. Discos SCSI eventualmente instalados em um PC
não devem ser declarados no CMOS Setup, ou seja, devem ser indicados
como “Not Installed”. Muitos Setups possuem, entre os tipos de discos
rígidos, (1 a 47), um tipo adicional, que é o SCSI. Ao selecionarmos esta
opção, o efeito é o mesmo que indicar a opção “Not Installed”.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-15
CD-ROM
Devemos usar esta opção quando conectamos um drive de CD-ROM em
uma controladora IDE da placa de CPU. Caso esta opção não esteja pre-
sente, devemos usar a opção “Not Installed”. Note que mesmo quando o
drive de CD-ROM é indicado como Not Installed, o sistema operacional
pode usa-lo sem problemas.

Daylight Saving
Alguns Setups possuem esta opção, que nada mais é que o acerto auto-
mático do horário de verão. Este acerto é feito automaticamente pelo BIOS
no início e no final do verão. Como no Brasil o horário de verão não respeita
essas datas, devemos deixar esta opção desabilitada.

Vídeo / Display Type


Alguns Setups possuem um campo para a indicação do tipo de placa de
vídeo. As opções são CGA, MDA e VGA. Obviamente indicaremos aqui a
opção VGA. Algumas vezes a opção VGA aparece com outros nomes,
como SVGA, EGA, MCGA, ou PGA. Todas elas são equivalentes.

Keyboard
Este item possui duas opções: Installed e Not Installed. A princípio pode
parecer um pouco estranho. Usar a opção Not Installed, não significa que o
teclado será ignorado, e sim, que não será testado durante o boot. Em certos
casos, dependendo do teclado e da fonte de alimentação, é possível que o
BIOS realize um teste de presença do teclado muito cedo, antes que o
microprocessador existente dentro do teclado esteja pronto para receber
comandos. O resultado é uma mensagem de erro na tela (Keyboard Error).
Para solucionar este problema, basta marcar este item com a opção Not
Installed. Desta forma, o BIOS não testará o teclado após as operações de
Reset, eliminando assim a mensagem de erro. O uso do teclado será intei-
ramente normal.

Também é comum usar este comando em computadores que operam como


servidores de arquivos. Por questões de segurança, esses computadores ficam
a maior parte do tempo com o seu teclado trancado. Apenas o administrador
da rede destranca o teclado quando é necessário usar o servidor. Quando o
teclado está trancado (ou ausente), é também apresentada a mensagem
“Keyboard Error” nas operações de boot. Para eliminar o problema, basta
usar a opção “Keyboard Not Installed” no CMOS Setup.
13-16 Como montar, configurar e expandir seu PC

Advanced CMOS Setup


Os itens apresentados nesta parte do Setup são mais ou menos comuns em
todos os computadores. Esses itens não dependem necessariamente do
processador ou do chipset utilizado na placa de CPU.

Full screen logo


Nem sempre este comando está localizado no Advanced CMOS Setup. Pode
ficar no Boot menu, encontrado em placas de CPU mais recentes. Ele serve
para habilitar ou desabilitar a exibição de um logotipo de tela cheia que é
apresentado durante o boot. Em muitas placas de CPU este logotipo pode
ser configurado para uso de um arquivo gráfico escolhido pelo usuário ou
pelo fabricante do computador. Neste caso, o CD-ROM que acompanha a
placa de CPU possui o utilitário que faz esta programação.

Typematic Rate Programming


Você pode deixar este item na opção Disabled. Serve para habilitar ou de-
sabilitar a programação inicial que o BIOS faz sobre a taxa de repetição do
teclado. Podemos então programar dois parâmetros: o Typematic Delay e o
Typematic Rate, descritos a seguir. É totalmente desnecessário utilizar este
comando, pois tanto no MS-DOS como no Windows existem comandos para
realizar esta programação.

Typematic Delay
Serve para indicar quanto tempo uma tecla deve ser mantida pressionada
para que sejam iniciadas as repetições. Os valores disponíveis são 0,25
segundo, 0,50 segundo, 0,75 segundo e 1 segundo.

Typematic Rate Characters per Second


Aqui podemos regular a taxa de repetição, desde um valor mais lento (6
caracteres por segundo) até um valor mais rápido (32 caracteres por se-
gundo). Os valores a serem usados aqui e no Typematic Delay dependem
exclusivamente da preferência pessoal do usuário.

Hit Del Message Display


Em geral, durante a contagem de memória, é exibida na tela uma mensagem
indicando qual é a tecla que deve ser pressionada para ativar o CMOS
Setup. Pode aparecer como “Hit DEL to run Setup”, “Press F1 to run Setup”
ou algo similar. Com este item, podemos desabilitar a exibição desta
mensagem, com o objetivo de afastar curiosos. Entretanto, mesmo que a
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-17
mensagem não seja exibida, o computador continuará aceitando o
pressionamento da tecla que ativa o CMOS Setup.

Above 1 MB Memory Test


Durante as operações de boot, o BIOS realiza uma contagem de memória. À
medida que esta contagem é feita, o BIOS faz também um rápido teste na
memória, com o objetivo de detectar chips danificados. Apesar deste teste
não ser capaz de detectar todos os tipos de defeitos, seu uso é muito
recomendável. Para usá-lo, devemos deixar este item na opção Enabled.
Alguns usuários ficam incomodados com a demora deste teste, apesar de
não durar mais de alguns segundos, e colocam este item na opção Disabled.
Desta forma, o teste de memória será feito apenas até o endereço 1024k, e
daí em diante, o BIOS apenas detectará onde é o final da memória. A forma
recomendável de programar este item é usando a opção Enabled, para que a
memória seja integralmente testada.

Turbo Switch Function


Encontrado em Setups de placas de CPU antigas. Com este item, podemos
indicar se a placa de CPU irá ou não obedecer ao botão de Turbo existente
no painel frontal do gabinete. Em uso normal, esta opção fica habilitada, e o
botão de Turbo fica permanentemente pressionado. Lembre-se que a
maioria das placas de CPU modernas não possuem conexão para Turbo,
portanto seus Setups não possuem este item.

Virus Warning
Veja o item “Security”, explicado mais adiante. Na maioria dos computado-
res, este comando ocupa um menu próprio no Setup. Existem entretanto
alguns Setups nos quais este comando fica localizado dentro do Advanced
CMOS Setup.
Password Check
Através deste item, podemos opcionalmente fazer com que seja feito um
pedido de senha para ter acesso ao computador. Em geral, são apresentadas
as opções “Setup” e “Always”. Ao escolher a opção “Setup”, só será
permitido ter acesso ao programa Setup mediante o fornecimento da senha.
Entretanto, para executar o boot e fazer uso normal do computador, não será
preciso fornecer senha alguma. Por outro lado, se este item for programado
com a opção “Always”, será preciso fornecer a senha, tanto para executar o
Setup, como para realizar o boot e fazer uso normal do computador. Antes
de utilizar este item, devemos realizar um cadastramento de senha, o que é
feito através do menu “Security” ou “Password”.
13-18 Como montar, configurar e expandir seu PC

Internal Cache (ou Level 1 cache)


Serve para habilitar e desabilitar o funcionamento da cache de nível 1 do
processador. Normalmente deixamos esta memória cache habilitada, exceto
nos casos em que queremos que o computador diminua drasticamente sua
velocidade, e quando realizamos um check-up na memória DRAM.

External Cache (ou Level 2 cache)


Este item serve para habilitar e desabilitar o funcionamento da cache de
nível 2. Normalmente deixamos este item habilitado, a menos que seja nossa
intenção diminuir drasticamente a velocidade do computador, ou fazer um
check-up na memória DRAM.

Boot Sequence
Em geral, os PCs executam o boot preferencialmente pelo drive A, e caso
não seja possível executar o boot por este drive, será feito pelo drive C. A
maioria dos Setups possui este item, no qual encontramos as opções “A: C:”
e “C: A:”. É vantajoso usar a opção “C: A:”, o que faz com que o boot seja
mais rápido, já que não será perdido tempo checando a existência de um
disquete no drive A. Esta checagem demora alguns segundos, pois para que
seja feita, é preciso ligar o motor do drive. O usuário só não pode esquecer
que, se um dia precisar executar um boot pelo drive A, deverá alterar este
item para “A: C:”. As placas de CPU modernas têm também a possibilidade
de executar um boot através de um CD-ROM. Este CD-ROM precisa estar
conectado em uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, pois o
BIOS não dá suporte direto a interfaces IDE existentes nas placas de som.
Quando o BIOS pode executar o boot por um CD-ROM, este faz parte das
opções de seqüências de boot. É comum nas placas de CPU modernas, a
existência de outras opções de boot, como LS-120, ZIP Drive, um segundo
disco rígido, discos SCSI e outros tipos de discos removíveis.

Try other boot devices


Este item pode ser programado com duas opções: Yes e No. Como vimos, a
seqüência de boot pode ser programada de diversas formas, alternando
drives de disquete, discos rígidos IDE, discos rígidos SCSI e até discos
removíveis. O boot só é tentado com todos os dispositivos da seqüência
quando este item é programado com a opção YES.

S.M.A.R.T. for hard disks


Capítulo 13 – CMOS Setup 13-19
Os discos rígidos modernos possuem um recurso chamado S.M.A.R.T. (Self-
Monitoring Analysis Reliability Technology). Os discos mantêm
internamente, relatórios sobre erros ocorridos em todas as suas operações.
Por exemplo, quando ocorre um erro de leitura, todos os discos tentam ler
novamente, fazendo um certo número de tentativas (retries). Quando em
uma dessas tentativas, a operação é realizada com sucesso, dizemos que
ocorreu um soft error. Isto pode ser um indício de que o disco está com
tendência a apresentar problemas. Quando depois das tentativas o erro
persiste, dizemos que ocorreu um hard error. Todos os tipos de erros são
registrados pelo microprocessador existente no disco rígido, bastando que
para isso, seja ativada a opção S.M.A.R.T. for hard disks no CMOS Setup.
Isto entretanto não é suficiente para usar a tecnologia SMART. É preciso
utilizar um software de gerenciamento (muitas vezes é fornecido junto com a
placa de CPU), capaz de obter do disco rígido, o seu relatório de erros.
Quando o relatório apresenta erros, e quando esses erros aumentam com o
passar do tempo, podemos considerar como um indício de que o disco
rígido tende a apresentar problemas mais sérios em um futuro próximo. A
idéia é providenciar um disco rígido novo, mas uma solução provisória pode
ser aumentar a freqüência dos backups.

PS/2 mouse support


Em um dos chips VLSI existentes nas placas e CPU modernas, existe uma
interface própria para a conexão de um mouse padrão PS/2. Ligar o mouse
nesta interface pode ser vantajoso, já que deixa a COM1 e a COM2 livres
para outros dispositivos seriais. Basta então deixar este item na opção
Enabled. Por outro lado, se o mouse padrão PS/2 não for utilizado, é melhor
deixar este item na opção Disabled. Desta forma, estaremos deixando livre a
interrupção 12 (IRQ12), que poderá ser posteriormente utilizada na
instalação de novas placas de expansão.
BIOS Update
Como vimos no capítulo sobre expansões, é possível fazer a reprogramação
da Flash ROM que armazena o BIOS. Por questões de segurança, algumas
placas de CPU possuem um jumper que habilita as operações de gravação
na Flash ROM. Em outras placas, esta habilitação não é feita por um jumper,
e sim, pelo CMOS Setup. Em operação normal, e por questão de segurança,
devemos deixar este item desabilitado. Apenas se quisermos fazer um
upgrade de BIOS habilitamos este item.
Floppy Disk Access Control
Este item permite habilitar ou desabilitar as operações de gravação em
disquetes. Em um PC normal, os drives de disquetes devem ficar habilitados
13-20 Como montar, configurar e expandir seu PC
tanto para leitura como para gravação. Em certos PCs nos quais as normas
de segurança visam evitar que dados armazenados no disco rígido sejam
copiados através de disquetes, podemos programar o controle de acesso para
que faça apenas leituras.

Primary Master ARMD Emulated as


ARMD significa ATAPI Removable Media Device, ou seja, um dispositivo
de mídia removível, padrão ATAPI, como o LS-120 e o ZIP Drive IDE.
Trata-se de um padrão que permite substituir os velhos drives de disquetes,
por drives de discos removíveis de maior capacidade. Permite inclusive que
o disco seja reconhecido pelo sistema como se fosse um drive A ou B, apesar
de ser de alta capacidade. É possível ler, gravar, formatar, realizar boot, e
outras operações comuns aos disquetes. Por outro lado, discos ARMD
também podem ser reconhecidos pelo sistema como se fossem discos rígidos
removíveis. Este item do CMOS Setup indica como um disco removível
ARMD será visto pelo sistema. As opções são Floppy e Hard Disk. Se você
possui drive de disquete comum, deixe o disco removível ser emulado como
um disco rígido. Se você optar por não instalar drives de disquetes comuns,
deixe este item programado como Floppy, a menos que o fabricante do
disco especifique o contrário.

HDD Sequence SCSI/IDE First


Tipicamente, quando existem presentes em um PC, discos SCSI e discos
IDE, o boot é realizado pelo primeiro disco IDE, ou seja, aquele que está
conectado como Master da interface IDE primária. Não é possível desta
forma realizar um boot pelo disco rígido SCSI. Apenas quando não existem
discos IDE instalados, o boot é feito pelo disco rígido SCSI. Os BIOS mais
recentes permitem alterar esta ordem, fazendo com que o boot possa ser
realizado por um disco SCSI, mesmo que existam discos IDE presentes.

Initial Display Mode


Diz respeito ao que é exibido na tela logo que o computador é ligado. Pode
ser programado com duas opções: BIOS e Silent. Se usarmos BIOS, a tela
será normal, com contagem de memória, mensagens de configuração, etc.
Com a opção Silent, a tela permanecerá inativa até que seja dado início à
carga do sistema operacional.

CPU Microcode Updation


Deixe este item sempre desabilitado. Existe uma tendência à implantação de
um recurso através do qual o microcódigo dos processadores pode ser
alterado. Ao invés de ficar permanentemente gravado dentro do
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-21
processador, o microcódigo pode ser reprogramado. A implantação deste
recurso foi decidida pelos fabricantes, depois dos problemas ocorridos há
alguns anos atrás no Pentium (erro na instrução FDIV), além de um outro
erro menos famoso, que pode fazer o processador travar ao executar certas
instruções inválidas (conhecido como bug F0). Com a atualização do
microcódigo, eventuais erros podem ser corrigidos, mas por outro lado,
programas indesejáveis, como vírus de computador, podem fazer alterações
no microcódigo. Se o seu CMOS Setup possui esta opção, deixe-a
desabilitada.

Quick Power on Self Test


O boot dos PCs atuais é relativamente demorado. Vários testes são feitos nos
componentes da placa de CPU, incluindo uma contagem de memória, testes
no processador, no chipset, nas interfaces, etc. Esse conjunto de testes é
chamado de POST (Power On Self Test). O usuário pode, caso tenha muita
pressa, desabilitar parcialmente esses testes, o que resulta em um boot mais
rápido. Obviamente, eventuais defeitos não serão detectados durante o
POST, mas poderão se manifestar mais tarde, até mesmo durante ou depois
da carga do sistema operacional. Para abreviar os testes, basta programar
este item com a opção Enabled.

Quick Boot
Tem quase a mesma função que o Quick Power On Self Test, explicado
anteriormente. Ao ser habilitado, faz com que não seja feito o teste de
memória, e o boot é executado diretamente pelo drive C, mesmo que exista
um disquete no drive A.

Swap Floppy Drive


Este comando faz com que sejam invertidos os papéis dos drives A e B. O
PC pode ter sido montado com um drive de 1.44 MB na extremidade do
cabo flat (drive A) e um drive de 1.2 MB no conector central do cabo (drive
B). Caso seja necessário executar um boot usando um disquete de 1.2 MB,
basta usar este comando, e os drives terão automaticamente seus nomes
trocados, sem a necessidade de fazer alterações nas suas conexões.
Obviamente este comando tem uso bastante restrito, já que os drives de 1.2
MB não são mais usados, exceto nos PCs antigos.

Floppy drive Seek at boot


Durante o processo de boot, o BIOS comanda a execução de um comando
sobre os drives de disquetes chamado recalibrate ou seek track 0. Consiste
em mover as suas cabeças até a última trilha, e a seguir movê-las novamente
13-22 Como montar, configurar e expandir seu PC
até a trilha zero. Desta forma, a interface de drives poderá “saber” a trilha
sobre a qual as cabeças estão posicionadas. Esta operação é vista como uma
precaução, pois em certos casos, ocorrem erros de acesso aos drives caso esta
providência não seja tomada. Após avisar o usuário e esperar pelo
pressionamento de uma tecla, é feito um recalibrate e uma nova tentativa de
leitura, que desta vez será bem sucedida. Você pode desabilitar este
comando, o que fará com que o boot seja um pouco mais rápido, pois não
será perdido tempo com o recalibrate. Deixe habilitado apenas se tiver erros
quando for executado o primeiro acesso ao drive de disquetes.

Boot Up Numeric Lock Status


Um usuário ficava chateado porque sempre que ia usar as teclas do Keypad
(o bloco numérico existente na parte direita do teclado), era preciso antes
pressionar a tecla Numeric Lock. Uma vez pressionada esta tecla, o Keypad
passa a gerar números, ao invés das suas diversas funções (Home, End, Ins,
etc). Muitos Setups possuem o refinamento de permitir ao usuário escolher se
o Keypad começa operando com os números (Numeric Lock On) ou com as
funções (Numeric Lock Off).
Gate A20
Este item possui opções como Normal e Fast. A opção Normal sempre
funciona. A opção Fast faz com que o acesso à memória HMA (os primeiros
64 kB da memória estendida) seja um pouco mais rápido, mas nem sempre
funciona. Tente usar no modo Fast, mas se ocorrerem problemas como erros
na memória e travamentos no computador, reprograme este item com a
opção Normal.

Boot to OS/2
Deixe este item habilitado caso o seu computador utilize o sistema
operacional OS/2. Para outros sistemas, o que inclui DOS, Windows 3.x,
Windows 9x, Windows ME e Windows 2000, este item deve ficar
desabilitado.

USB Function
Este comando habilita o funcionamento da interface USB (Universal Serial
Bus), existente na maioria das placas de CPU atuais. Se você não utiliza
dispositivos USB, pode deixar este item desabilitado. Desta forma a interface
USB não tomará para si uma linha de IRQ (Interrupt Request). Você terá
então mais uma interrupção livre para ser usada por placas em futuras
expansões.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-23
USB Keyboard/mouse support
Tradicionalmente, o teclado tem sido ligado na interface de teclado existente
na placa de CPU, e o mouse tem sido ligado em uma das portas seriais,
normalmente a COM1. As interfaces USB, presentes nas placas de CPU
modernas, permitem a conexão de diversos tipos de dispositivos USB, tais
como: joystick, scanner, modem, teclado, mouse, etc. A maioria desses
dispositivos usam drivers de software para que possam funcionar no
Windows e em outros sistemas operacionais. Entretanto, o teclado não pode
esperar até que o sistema operacional seja carregado para que possa
funcionar. Precisamos que o teclado esteja operacional, por exemplo, no
CMOS Setup e outras etapas pré-boot. Por isso, é preciso que o “driver” para
o teclado faça parte do BIOS, e não dependa do carregamento de drivers de
software após a carga do sistema operacional. O mesmo podemos dizer a
respeito do mouse, apesar do seu uso não ser tão necessário quanto o do
teclado. Para que um teclado USB e um mouse USB funcionem antes da
carga do sistema operacional, é preciso que no CMOS Setup esteja
habilitado o seu suporte, o que é feito através deste item do CMOS Setup.

Video BIOS Shadow


Este comando faz com que o conteúdo do BIOS da placa SVGA seja copi-
ado para uma área de memória DRAM. O processador desativa o BIOS da
placa SVGA e passa a usar a sua cópia na memória DRAM. Esta cópia é
feita a cada operação de boot. A vantagem em fazer esta cópia é que a
DRAM é muito mais veloz que a ROM. Enquanto a ROM opera com 8 bits
e possui um tempo de acesso em torno de 200 ns, a DRAM opera com 64
bits e tem um tempo de acesso de 60 ou 70 ns, no caso da FPM DRAM e
EDO DRAM, e ainda mais rápido no caso da SDRAM. O resultado é que a
velocidade de operação do BIOS da placa SVGA fica muito maior, em
geral, mais de 10 vezes. Note que este ganho de velocidade é obtido no
modo MS-DOS. No Windows, em todas as suas versões, o acesso à placa de
vídeo é feito através de um driver que é executado na memória RAM.
Habilitar este item faz com que jogos de ação em modo MS-DOS (Quake,
Duke Nukem 3D, DOOM, Wing Commander 3, etc) tenham gráficos mais
rápidos.

System BIOS Shadow


Faz com que o conteúdo do BIOS da placa de CPU seja copiado para uma
área de memória DRAM. Uma vez feita a cópia, o BIOS verdadeiro é de-
sativado, e passa a ser usada a sua cópia em DRAM. A vantagem em usar
este recurso é a maior velocidade no processamento das funções do BIOS.
Nas placas de CPU mais antigas, este comando era visto como um método
13-24 Como montar, configurar e expandir seu PC
de conseguir mais velocidade. Nas placas modernas, este comando é visto
como um meio de manter a alta velocidade do processamento do BIOS, e
caso não seja ativado, ocorrerá uma grande queda no desempenho, princi-
palmente na taxa de transferência externa do disco rígido. Note que este
item é muito importante para o desempenho do disco rígido no modo MS-
DOS e no Windows 3.x. Nas demais versões do Windows, o acesso a disco
não é feito pelo BIOS, e sim, por drivers que ficam na memória RAM.
Mesmo que você não use programas no modo MS-DOS nem o Windows
3.x, deixe a shadow RAM habilitada, pois se não ajuda, também não
atrapalha.

Adapter BIOS Shadow


Este comando é similar ao Video BIOS Shadow e ao System BIOS Shadow,
explicados anteriormente. A diferença é que atua sobre outras áreas de
memória, localizadas entre os endereços 800 k (Segmento de memória C800)
e 960 k (Segmento de memória F000). Deve ser usado apenas quando
instalamos alguma placa de expansão que possui um BIOS próprio, como
por exemplo, uma placa controladora SCSI. Como são raras as placas que
utilizam ROMs, devemos deixar esta opção desabilitada.

Ao instalarmos uma placa que possui uma memória ROM, podemos usar,
por exemplo, o programa MSD (Microsoft Diagnostics) para visualizar o
mapa de memória e saber quais são os endereços ocupados por ROMs. Este
programa faz parte do Windows 3.1 e do MS-DOS 6.x. No Windows 9x, é
encontrado no CD-ROM de instalação. Caso pretenda usá-lo, você pode
copiar os arquivos MSD.* de um computador que possua o Windows 3.1 e o
MS-DOS 6.x, ou então procurá-lo no site da Microsoft
(http://www.microsoft.com). O MSD apresenta um relatório que indica os
endereços de memória onde existem ROMs, e desta forma, podemos
habilitar os itens “Adaptor Shadow” para estes endereços.

A figura 5 mostra o aspecto dos itens que fazem a ativação de Shadow RAM.
Normalmente encontramos itens individuais para ativação da Shadow RAM
para o BIOS da placa SVGA, para o BIOS da placa de CPU e para diversas
áreas da memória superior, na qual residem as ROMs de placas de
expansão. Esta ativação é em geral feita por faixas. Como vemos na figura,
existem diversas faixas de 16 kB, localizadas em endereços a partir do
segmento C800.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-25
Figura
13.5
Ativação da
Shadow RAM.

First / Second / Third / Fourth Boot Device


Certas placas de CPU apresentam as opções de seqüência de boot definidas
de uma outra forma. Ao invés de apresentarem opções como “A: / C: / CD-
ROM”, “C: / A: / CD-ROM” e todas as diversas combinações possíveis,
apresentam 4 itens independentes, através dos quais podemos definir a
primeira, a segunda a terceira e a quarta opção de boot. Por exemplo, para
formar a seqüência “C: / A: / CD-ROM”, programamos a primeira opção
com “C:”, a segunda com “A:” e a terceira com “CD-ROM”.

CPU Speed at Boot


Encontrado em PCs antigos. Este comando define qual é a velocidade do
processador após o boot. As opções apresentadas são High (Alta) e Low
(Baixa). Em geral deixamos selecionada a opção High. Em alguns raros casos
este item possui ainda a opção “Switch”, que faz com que seja obedecida a
indicação da chave Turbo.

Hard Disk Pre-Delay


Alguns discos rígidos podem apresentar problemas quando o BIOS os testa
muito cedo, antes que tenham atingido seu regime normal de
funcionamento. O BIOS tenta identificar o modelo do disco, através de um
comando de interrogação, mas o disco não responde, por estar ainda
ocupado em sua inicialização. O resultado é um falso erro, que pode ser
manifestado pela mensagem “HDD Controller Failure”. Com este comando,
podemos selecionar um tempo (medido em segundos) a ser aguardado antes
que o BIOS interrogue o disco rígido. Em geral, o tempo default funciona,
mas em caso de problemas, podemos tentar usar o tempo máximo. Usuários
“apressados” podem tentar diminuir este tempo, para que o boot seja mais
rápido.
13-26 Como montar, configurar e expandir seu PC

Processor Type
Muitas placas de CPU modernas podem operar com diversos processadores
compatíveis. A maioria delas detecta automaticamente o processador
presente, mas muitas delas, sobretudo as que usam processadores para o
Soquete 7, podem apresentar em seus Setups, um item através do qual
podemos definir o processador empregado. Quando este item está presente,
podemos encontrar opções como Intel, Cyrix, AMD e Auto. O default é
Auto, o que faz com que o BIOS tente detectar o processador em uso. Caso
esta auto detecção não funcione, podemos indicar diretamente qual é o
processador instalado. Quando uma placa antiga não detecta um
processador novo, e por esta razão apresenta problemas de mau funcio-
namento, devemos adquirir uma nova placa de CPU, ou então tentar fazer
um upgrade de BIOS.

Processor Speed (CPU Internal Core Speed)


Algumas placas de CPU possuem um comando no CMOS Setup para
informar o clock do processador. É claro que para que isto funcione o
processador tem que ser do tipo “não travado”, ou seja, não utilizar
multiplicadores fixos. Tome muito cuidado com este item. Se ele existe no
seu CMOS Setup, especifique o valor correto do clock do seu processador.
Se você utilizar um valor mais elevado, poderá danificá-lo, ou tornar o
funcionamento do computador instável.

Parity Check
Através deste item podemos habilitar ou desabilitar a checagem de paridade
realizada nas leituras da memória DRAM. Caso todas as memórias DRAM
existentes na placa de CPU possuam o bit de paridade (por exemplo,
quando todos os módulos SIMM forem de 36 bits, e não de 32, e quando as
memórias DIMM forem de 72, e não de 64 bits) podemos deixar este item
habilitado para que sejam usados esses bits. Quando pelo menos um módulo
de memória não possui bits de paridade, devemos deixar esta opção
desabilitada, caso contrário, serão emitidos falsos erros de paridade.

Memory Test Tick Sound


Esse item serve para habilitar ou desabilitar o barulho “tec tec tec” que é
feito durante a contagem de memória. Muitas placas possuem este barulho
sempre ativo, outras não apresentam este “efeito sonoro”, e outras permitem
que o som seja ou não emitido, de acordo com o gosto do usuário.

Extended BIOS RAM Area


Capítulo 13 – CMOS Setup 13-27
Este comando é encontrado em Setups de PCs antigos. Define uma área de
memória RAM para armazenar os parâmetro do disco rígido “tipo 47”, ou
sejam do disco rígido com parâmetros definidos pelo usuário. Algumas vezes
aparece com o nome “Hard Disk Type 47 RAM Area”. Suas opções são
duas: “0:300” e “DOS 1 kB”. A opção “DOS 1 KB” é mais recomendável,
pois evita possíveis incompatibilidades causadas pela outra opção. Esta
opção fica sem efeito quando usamos o comando System BIOS Shadow, pois
ao ser feita a cópia do conteúdo do ROM BIOS para uma área de memória
RAM, os parâmetros do disco rígido tipo 47 são automaticamente
armazenados, sem a necessidade de usar uma área de RAM adicional.
Portanto, desde que esteja em uso a opção System ROM Shadow, deixe este
item programado como 0:300. Na verdade não será usada a área 0:300, mas
uma área dentro da RAM para a qual foi copiado o BIOS.

DMI Event log capacity


As placas de CPU modernas possuem um recurso chamado DMI (Desktop
Management Interface). Através dele, vários parâmetros críticos relacionados
com o funcionamento do processador podem ser monitorados, como a
temperatura do processador, rotação do ventilador, valores de voltagem, etc.
Essas placas mantêm armazenadas na sua Flash ROM, um relatório desses
eventos. O item DMI Event log capacity indica se há espaço disponível na
Flash ROM para armazenar novos eventos. Quando não existe espaço, o
usuário deve comandar o apagamento desses eventos para que sobre espaço
para armazenar eventos futuros.

View DMI Event log


Este comando faz com que seja exibido na tela, o relatório de eventos DMI
armazenados na Flash ROM.

Clear all DMI event logs


Limpa todos os eventos DMI armazenados na Flash ROM, deixando assim,
espaço livre para armazenar novos eventos.

Event logging
Habilita a gravação de eventos DMI na Flash ROM. Deixe este item com a
opção Enabled. Você poderá então usar um software gerenciador de DMI
para Windows, ou mesmo o CMOS Setup, para checar os eventos
armazenados. Este software em geral é fornecido no CD-ROM que
acompanha a placa de CPU.
13-28 Como montar, configurar e expandir seu PC
ECC Event logging
Ao ser habilitado, faz com que os eventos relativos à detecção e correção de
erros na memória sejam armazenados na Flash ROM. A presença de eventos
ECC armazenados na Flash ROM indica que possivelmente existem
problemas na memória. Devemos então tomar providências, como por
exemplo, não confiar 100% no computador, reduzir a velocidade dos acessos
à memória (Advanced Chipset Setup), e fazer backups com mais freqüência.
Se os problemas persistirem, é recomendada a substituição das memórias.

Advanced Chipset Setup


Perigo !!!
Alguns dos itens localizados no Advanced Chipset Setup devem permanecer
obrigatoriamente com seus valores default, caso contrário, a placa de CPU
pode experimentar problemas de funcionamento. Por exemplo, existem
alguns itens que definem a velocidade de acesso às memórias. Se for
utilizada uma velocidade acima da recomendada, o processador pode
receber dados errados da memória, o que inviabiliza o seu funcionamento.
Altere esses itens apenas se for estritamente necessário, e se você souber
muito bem o que está fazendo.

Nas explicações que se seguem, usaremos muito o termo envenenamento,


talvez por não termos encontrado palavra melhor para descrever a idéia.
Certos ajustes feitos no CMOS Setup resultam em aumento de velocidade,
de forma totalmente segura. Por exemplo, usar o PIO Mode 4 nas
transferências do disco rígido, ou o modo Ultra DMA 33/66/100, no caso de
discos rígidos que possuem este recurso. Isto não é envenenamento. É um
aumento seguro de desempenho. Por outro lado, reduzir ao mínimo o tempo
dos ciclos de memória resulta em aumento de desempenho, mas pode
deixar o computador operando de forma instável. Isto é um envenenamento.
O computador, caso continue funcionando bem, ficará mais veloz, mas
corremos o risco de instabilidades, como travamentos ou os famigerados
GPF’s (falha geral de proteção) no Windows. Quando algum item é
envenenado, o procedimento correto é medir o desempenho do computador
(usando programas medidores de desempenho, como por exemplo, o
Norton Sysinfo). Se o índice de velocidade aumentar, significa que o
envenenamento melhorou o desempenho. Resta agora testar o computador
para verificar se seu funcionamento está normal, sem apresentar anomalias
como GPFs e travamentos. Se esses problemas ocorrerem, devemos
reprogramar com seu valor original, o item que foi envenenado. Por outro
lado, se ao envenenarmos um determinado item, constatarmos que o índice
de velocidade do computador foi inalterado, significa que não traz
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-29
melhoramentos no desempenho, e não vale a pena ser usado. Voltamos
então a usar o seu valor original.

Auto Configuration
Em todos os Setups, este item está ativado por default. Faz com que diversos
itens críticos relacionados com a velocidade de transferência de dados entre
o processador e a memória sejam programados de modo adequado, além de
ficarem inacessíveis para alterações. Se você não quer ter problemas, deixe
esta opção habilitada. Se você quiser alterar a maioria dos itens descritos a
seguir, será preciso desligar a Auto Configuração.

CPU Frequency
Permite escolher o clock externo a ser usado pelo processador. Em geral este
item é programado através de jumpers da placa de CPU, mas muitas delas
podem operar em modo jumperless, com comandos do Setup substituindo
os jumpers. O clock externo deve ser programado de acordo com o
processador, com 66, 100 ou 133 MHz. Não esqueça que processadores
Athlon e Duron operam com DDR (Double Data Rate). Quando um Athlon,
por exemplo, usa o “clock externo de 200 MHz”, está na verdade usando
100 MHz com duas operações por ciclo.

DRAM to CPU Frequency Ratio


Tradicionalmente as placas de CPU têm operado com DRAM que usam o
mesmo clock externo usado pelo processador. Por exemplo, com 100 MHz
externos, usam memórias padrão PC100. Chipsets mais modernos podem
suportar diferentes velocidades para o processador e para a DRAM. Este é o
chamado modo assíncrono. Um Celeron pode operar com clock externo de
66 MHz mas usar memórias de 100 MHz. Um Pentium III pode ser de
versão com clock externo de 100 MHz e operar com memórias de 133 MHz.
Processadores Athlon de 100 MHz (200 MHz com DDR) pode utilizar
memórias de 100 ou 133 MHz, dependendo do chipset. Nas placas de CPU
que apresentam este recurso, encontramos no CMOS Setup este item que
permite escolher a relação entre o clock do processador e o clock da
DRAM. Use a opção 3:3 para que ambos usem o mesmo clock. Use a opção
4:3 para casos em que memórias PC133 são usadas com processadores com
clock externo de 100 MHz. Note que à medida em que são lançados
processadores com outros valores de clock externo, e memórias DRAM com
novas velocidades, este item tende a ser cada vez mais comum, e apresentar
mais opções de configuração.

Spread Spectrum Modulation


13-30 Como montar, configurar e expandir seu PC
As atuais placas de CPU geram sinais digitais de altas freqüências. A elevada
emissão eletromagnética pode causar interferências em outros aparelhos.
Muitos chipsets modernos podem alterar a forma de onda desses sinais
digitais, eliminando componentes de alta freqüência e reduzindo a
intensidade das emissões eletromagnéticas. Deixe habilitado para que as
emissões sejam minimizadas.

SDRAM CAS Latency


SDRAM RAS Precharge Time
SDRAM RAS to CAS Delay
Esses três itens são programados automaticamente quando usamos a
configuração default para a SDRAM. Com ela, o BIOS consulta o chip SPD
(Serial Presence Detection) de cada módulo SDRAM e programa esses três
parâmetros de forma automática. Os três juntos definem os ciclos de leitura e
escrita da SDRAM, como explicamos no capítulo sobre memórias. Quando
escolhemos a configuração manual (sem usar o SPD), podemos atuar
individualmente sobre esses três itens. Reduzir esses parâmetros é uma forma
de “envenenar” os acessos à memória. Isto pode ser feito com relativa
segurança quando as memórias utilizadas são mais rápidas que as exigidas
pela placa de CPU. Por exemplo, se uma placa só suporta memórias PC100,
instalar memórias PC133 não traz aumento de desempenho, a menos que
possamos fazer essas três configurações de forma manual, utilizando valores
mínimos. Os valores que resultam em maior desempenho (se a memória
suportar) são 2-1-1 (CL=2). Na prática não usamos CL=1, pois normalmente
não funciona. Usar valores maiores é uma forma de resolver problemas de
travamentos, que podem ser causados por lentidão das memórias.

Byte Merge
Ao ser habilitado, este comando otimiza o desempenho das operações de
escrita no barramento PCI, agrupando escritas de dados de 8 e 16 bits dentro
de um único grupo de 32 bits. O barramento PCI opera com mais eficiência
nas operações de 32 bits, e as operações de 8 e 16 bits são mais lentas.
Habilitar este item pode melhorar o desempenho de placas de vídeo,
controladoras SCSI e IDE.

DRAM Read Latch Delay


Este parâmetro é um ajuste fino sobre o funcionamento do controlador de
memória existente no chipset. São oferecidas opções como 0 ns, 0.5 ns, 1ns e
2ns. Valores menores podem contribuir de forma indireta para um melhor
desempenho. Com menor valor, pode ser viável reduzir a latência do CAS
(CL), o que resulta em ciclos mais curtos. Valores maiores podem ajudar a
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-31
resolver problemas de compatibilidade com certos chips de memória. Note
que o excesso de ajustes complexos são uma forma de compatibilizar a placa
de CPU com o maior número possível de chips de memória. O fabricante da
placa de CPU utiliza para todos esses itens, valores que foram testados e
indicados como ideais para a maioria dos casos.

Video Memory Cache Mode


As opções são UC (Uncacheable) e USWC (Uncacheable, Speculative Write
Combining). USWC é um novo método usado para “cachear” dados da
memória de vídeo que pode resultar em aumento de desempenho gráfico.
Deixe este item programado em USWC se quiser experimentar este aumento
de desempenho, ou deixe em UC (Uncacheable) se tiver problemas no
funcionamento do vídeo.

High Priority PCI Mode


Permite estabelecer para um dos slots PCI (normalmente o slot 1, localizado
mais à direita) uma maior prioridade sobre os demais. Certas placas de
expansão que operam com elevada taxa de transferência são beneficiadas
com esta configuração: controladoras SCSI e controladores Firewire (IEEE-
1394).

Clk Gen for Empty PCI slot / DIMM


Quando está habilitado, o chipset vai deixar ativados os sinais de clock dos
slots PCI e soquetes de memória vazios. Não é necessária a geração deste
clock para soquetes e slots vazios, portanto ao desabilitarmos este item,
estaremos reduzindo o consumo de energia e a emissão eletromagnética.

Linear Burst
Este item é encontrado em Setups de placas de CPU para Soquete 7. Pode
ser habilitado quando a placa tem um processador Cyrix. Esses
processadores possuem um modo de transferência de dados da cache L2
mais eficiente, chamado Linear Burst. Deixe portanto este item habilitado
para processadroes Cyrix (6x86, 6x86MX, MII) e desativado para
processadores Intel e AMD.

CPU Fast String


Este item é um envenenamento. Ao ser ativado, faz com que todos os
parâmetros de acesso à memória e demais barramentos sejam programados
com as maiores velocidades possíveis. Apesar do aumento de velocidade,
13-32 Como montar, configurar e expandir seu PC
nem sempre o computador funciona bem. Podem ocorrer travamentos e
GPFs no Windows.

ISA Bus Clock


Em geral, podemos programar o clock do barramento ISA, em função do
clock do barramento PCI. Para isto, definimos no Setup um número divisor.
O clock de barramento ISA deve ser ajustado para um valor próximo a 8
MHz. Como o barramento PCI pode operar com 25, 30 e 33 MHz, usamos
os divisores 3 e 4 para obter o clock adequado. Tome como base a tabela
abaixo.

Clock PCI Divisor Clock ISA


25 MHz 3 8,33 MHz
30 MHz 4 7,50 MHz
33 MHz 4 8,33 MHz

Por exemplo, um Celeron/633 opera com um clock externo de 66 MHz.


Logo, seu barramento PCI opera com 33 MHz. Devemos então aplicar o
divisor 4 para chegar ao clock ISA de 8,33 MHz.

EDO Autoconfiguration
Este item é encontrado em PCs antigos, que usavam memória EDO. Os
chips que fazem o controle da memória, seja ela FPM DRAM, EDO DRAM
ou SDRAM, ou até mesmo a SRAM que forma a cache externa, precisam
ter configurados diversos parâmetros: temporização dos ciclos de leitura e de
escrita, tempo decorrido entre os sinais RAS e CAS, tempo decorrido entre
os sinais RAS e MA, e diversos outros. A opção EDO Autoconfiguration faz
a programação automática de todos esses parâmetros, fazendo com que as
memórias EDO DRAM funcionem, talvez não da forma mais rápida, mas de
uma forma segura e com velocidade razoável. Quando desabilitamos este
item, podemos atuar individualmente nos diversos itens que regulam o
acesso à memória EDO DRAM, mas este tipo de regulagem pode causar
mau funcionamento, caso seja feito de forma errada. Normalmente essas
regulagens permitem aumentar um pouco o desempenho do computador,
mas se o acesso ficar muito rápido, a memória pode não suportar e apresen-
tar erros.

SDRAM Autoconfiguration
Assim como ocorre com a EDO DRAM, a SDRAM também precisa ter seus
parâmetros de acesso regulados no chipset. Deixando o item SDRAM
Autoconfiguration programado com a opção Enabled, esses parâmetros
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-33
serão programados com valores seguros, e permitindo um acesso
suficientemente veloz. Para “envenenar” o acesso à SDRAM, este item deve
ficar em Disabled, e cada um dos parâmetros de acesso devem ser ajustados
manualmente. Isto pode resultar em aumento de desempenho, mas também
pode fazer o computador ficar instável, apresentando travamentos e outros
erros.
SDRAM Autosizing Support
As memórias SDRAM possuem um pequeno chip de memória EEPROM,
que executam uma função chamada SPD (Serial Presence Detect) no qual
existem diversas informações sobre as suas características, entre as quais, a
sua capacidade. Este chip também é encontrado em outros tipos de memória
mais modernos, como DDR e RDRAM. O BIOS, através de comandos
apropriados e com a ajuda do chipset que faz o acesso a essas memórias,
pode interrogar esta EEPROM e determinar a capacidade de cada módulo
de memória. Podemos entretanto encontrar alguns modelos antigos de
memórias SDRAM que não possuem SPD. Quando isto ocorre, a
capacidade das memórias deve ser determinada de forma indireta, através
do BIOS. Para isto, deixamos este item programado com a opção Disabled.
Como todas as memórias SDRAM modernas possuem SPD, deixe este item
programado com Enabled. Você pode ainda usar a opção Auto, caso esteja
disponível. O tamanho da SDRAM será determinado inicialmente através da
SPD EEPROM. Caso não tenha sucesso com este método, o BIOS usará
métodos indiretos para descobrir a quantidade de memória instalada.
Type F DMA Buffer Control
Os controladores de DMA usados nos PCs mais antigos operavam com
clocks de 5 MHz. Este é o padrão usado até hoje nas placas de expansão
ISA que requerem DMA. Por outro lado, placas de expansão PCI podem
operar de forma mais rápida. Dispositivos de DMA que seguem o padrão
antigo requerem 8 ciclos para cada transferência, mas os mais modernos
podem operar com apenas 3 ciclos. Existem programações independentes
para cada um dos canais de DMA (0, 1, 2, 3, 4, 6 e 7). Em caso de dúvida
deixe este item desabilitado. Se você tiver tempo e paciência, pode tentar
alterar o funcionamento dos canais de DMA para Type F, e verificar se as
suas placas que usam DMA continuam funcionando bem. Isto resulta em
pequeno aumento de desempenho, por tomar menos tempo do processador
durante as transferências de DMA.
Cache Read Cycle
Este parâmetro define a temporização das operações de leitura da memória
cache externa pelo processador. É encontrado nos Setups de placas de CPU
13-34 Como montar, configurar e expandir seu PC
que possuem cache L2 externa. De todos os itens do Advanced Chipset
Setup, este é o que tem mais impacto sobre o desempenho total do
computador. A habilidade de transferir dados em alta velocidade da cache
externa para o processador, garante que a sua cache interna terá sempre
instruções prontas para serem executadas, e dados prontos para serem
processados. Cada transferência de dados da cache externa para o
processador é feita por um grupo de 4 leituras consecutivas, cada uma delas
fornecendo 64 bits. Em geral, este ciclo de leitura é marcado por 4 números,
como 3-2-2-2, 2-2-2-2, 2-1-1-1, etc. Cada um desses números indica quantas
unidades de tempo são gastas em cada leitura. A unidade de tempo usada
nessas operações é o “período”, notado pelo símbolo “T”. O valor de T é
calculado a partir do clock externo do processador:

Clock Externo T
50 MHz 20 ns
60 MHz 16,6 ns
66 MHz 15 ns
100 MHz 10 ns

Considere por exemplo um K6-2/550, que opera com um clock externo de


100 MHz e T=10 ns. O ciclo 2-1-1-1 indica que são usados 20 ns para a
primeira leitura, e mais 10 ns para cada uma das outras três leituras conse-
cutivas.

De todas as opções apresentadas para este item, a que possui menores


números resulta em maior velocidade. Por exemplo, “3-1-1-1” é mais rápido
que “3-2-2-2”. Entretanto, é preciso verificar se esses números menores
realmente podem ser usados. Se o tempo destinado às leituras da cache for
muito pequeno, o computador pode simplesmente não funcionar, devido a
erros de leitura na memória cache. Quando usamos a auto-configuração no
Advanced Chipset Setup, este item, assim como todos os outros relacionados
com o acesso da memória, são programados com valores default eficientes e
seguros. O uso de valores mais “apertados” é considerado um
“envenenamento”, e pode não funcionar.

Cache Write Wait State


Também é encontrado nos Setups de placas de CPU que possuem cache L2
externa. As opções apresentadas são “0 WS” e “1 WS”. Serve para aplicar
uma prorrogação no tempo para operações de escrita na memória cache ex-
terna. Digamos que as leituras sejam feitas em modo 3-2-2-2, o que significa,
três ciclos para a primeira leitura e dois ciclos para cada uma das outras três
leituras consecutivas (lembre-se que os dados da cache são lidos em 4 grupos
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-35
de 64 bits). As transferências de dados do processador para a cache externa
podem seguir esses mesmos tempos, caso usemos a opção “0 WS”, ou pode
utilizar um estado a mais, caso usemos a opção “1 WS”. No caso, o ciclo de
escrita na cache obedeceria ao padrão 4-3-3-3. Em geral, podemos usar a
opção “0 WS”, fazendo com que as escritas e leituras na cache externa sejam
feitas na mesma velocidade.

DRAM Read Cycle


Assim como ocorre com a memória cache, as memórias DRAM também
operam com ciclos de 4 leituras ou escritas consecutivas. Este item do Setup
define quantos períodos de tempo são usados em cada uma das leituras. Por
exemplo, o esquema 7-3-3-3 indica que são usados 7T para ter acesso ao
primeiro grupo de 64 bits, e 3T para cada uma das outras três leituras
seguintes. Memórias EDO DRAM podem operar com valores menores (por
exemplo, 6-2-2-2) que no caso das memórias DRAM comuns, e memórias
SDRAM podem usar ciclos ainda mais rápidos, como 3-1-1-1. Em geral, o
BIOS detecta automaticamente o tipo de DRAM usada e programa este ciclo
de leitura, levando em conta a segurança e a eficiência. Uma programação
manual pode ser feita pelo usuário, mas deve ser levado em conta que
valores menores resultam em uma pequena melhoria no desempenho, mas
podem tornar o computador instável, podendo apresentar erros na memória
a qualquer momento. Este é um envenenamento que em geral não vale a
pena ser feito, já que o desempenho da cache tem um papel muito mais
significativo que o desempenho da DRAM. Geralmente memórias FPM
DRAM de 60 ns funcionam bem com 7-3-3-3, memórias EDO DRAM de 60
ns funcionam bem com 6-2-2-2, e memórias SDRAM de 100 MHz funcionam
bem com 5-1-1-1, quando o clock externo do processador é 50, 60 ou 66
MHz. Quando o processador opera com clock externo de 100 MHz, em
geral é preciso usar exclusivamente memórias SDRAM velozes, tipicamente
de 125 MHz. A temporização utilizada segue o padrão X-1-1-1. O valor de X
dependerá muito do chipset utilizado. É recomendável usar o valor default.

DRAM Write Wait State


Assim como ocorre nas leituras, as operações de escrita na DRAM também
são feitas em seqüências de 4 grupos de 64 bits (apesar de também poderem
ser feitas escritas individuais). Este item possui duas opções: “0 WS” e “1
WS”. Quando é usado “0 WS”, o ciclo de escrita na DRAM segue a mesma
temporização do ciclo de leitura. Quando usamos “1 WS”, as escritas terão
um tempo adicional de um período. Por exemplo se o ciclo de leitura da
DRAM usa a temporização 7-3-3-3 e usamos 1 WS para as escritas, as
transferências para a DRAM seguirão à temporização 8-4-4-4. Este item é
13-36 Como montar, configurar e expandir seu PC
programado automaticamente de forma segura quando usamos o comando
Auto Configuration do Advanced Chipset Setup.

RAS to CAS Delay


Os endereços de memória são enviados para a DRAM em duas etapas,
chamadas de “linha” e “coluna”. Dois sinais digitais são também enviados
para a DRAM, para indicar que essas duas partes do endereço estão dis-
poníveis. Esses sinais são chamados de RAS (Row Address Strobe) e CAS
(Column Address Strobe). Todas as memórias DRAM requerem que o RAS
seja ativado durante um certo período de tempo, antes do envio do CAS.
Este item do Setup serve para definir o tempo entre o RAS e o CAS. Um
tempo menor pode fazer com que os dados da DRAM sejam lidos mais
rapidamente, mas este envenenamento não vale a pena ser tentado. Lem-
bramos mais uma vez que a cache tem um papel muito mais significativo que
a DRAM no que diz respeito ao desempenho.

DRAM Write CAS Pulse


Depois que o sinal CAS chega à DRAM, este deve permanecer ativo du-
rante um certo intervalo de tempo. Quanto menor for este intervalo, mais
cedo terminará o ciclo de acesso à memória DRAM, mas por outro lado, isto
pode fazer o funcionamento do computador ficar instável. É recomendável
deixar este item programado na opção default, que é preenchida na Auto
Configuração.

DRAM CAS Precharge Time


Aqui está mais um item que deve ser preferencialmente deixado com sua
programação default, caso contrário o funcionamento da memória poderá
ficar instável. As memórias DRAM precisam “descansar” após o término de
uma leitura, antes de dar início à próxima leitura. Quando uma célula de
memória é lida, seu conteúdo é apagado, mas é automaticamente re-escrito.
O Precharge Time é o tempo necessário para fazer esta correção. Usando
um tempo menor, o tempo total usado no ciclo de acesso à memória será
menor.

DRAM RAS to MA Delay


Os endereços enviados para a memória DRAM são divididos em duas
partes, chamadas de linha e coluna. A divisão do endereço completo em
duas partes que são enviadas, uma de cada vez, é chamada de multiple-
xação. O Sinal MA (Multiplex Address) serve para substituir o endereço de
linha pelo endereço de coluna. Este item do Setup serve para indicar, quanto
tempo após a ativação do sinal RAS, será feita a multiplexação, ou seja, o
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-37
envio do endereço de coluna. É recomendável deixar este item no modo
default.

SDRAM RAS to CAS Delay


Para uma DRAM funcionar, seja ela FPM DRAM ou EDO DRAM, necessita
da ativação seqüenciada de 3 sinais digitais: RAS (Row Address Strobe), MA
(Multiplex Address) e CAS (Column Address Strobe). A SDRAM utiliza
apenas dois desses sinais: RAS e CAS, já que o seu sinal MA é gerado
internamente. Este parâmetro define o intervalo de tempo entre os sinais
RAS e CAS. Quanto menor é o intervalo, mais rápido será o funcionamento
das memórias, mas também pode ocorrer mau funcionamento. Usar valores
default, ou valores médios, representa a opção mais segura. Por exemplo, se
forem apresentadas as opções 2 e 3, escolha 3 para que o funcionamento seja
seguro. Escolha 2 se você quer aumentar o desempenho, mas isto deve ser
considerado como um teste. Poderá deixar assim se o computador não
apresentar problemas de mau funcionamento.

SDRAM RAS Precharge Time


Este parâmetro é mais um envenenamento. As memórias DRAM, seja qual
for o tipo, necessitam de um período de pré-carga (Precharge Time) antes de
serem acessadas. Se este período não for respeitado, podem ser apagados os
bits armazenados. Usar valores menores é um envenenamento, ou seja, faz o
computador ficar mais rápido, mas pode causar instabilidades no
funcionamento.

MA Wait State
Este parâmetro define o tempo transcorrido entre os sinais RAS e MA. É
encontrado apenas nas memórias EDO DRAM e FPM DRAM. Reduzir este
valor é um envenenamento. A seqüência certa da ativação dos sinais de
controle de uma DRAM é: RAS, depois MA, depois CAS. Quando o delay
entre RAS e CAS é de 3 ciclos, o delay entre RAS e MA deve ser de no
máximo 2 ciclos. Se for usado também 3 ciclos, os sinais MA e CAS seriam
ativados simultaneamente, e a memória não funcionaria. Da mesma forma,
quando o delay entre RAS e CAS é programado como 2 ciclos, o delay
entre RAS e MA deve ser de obrigatoriamente 1 ciclo. Se forem usados 2
ciclos, os sinais MA e CAS seriam ativados ao mesmo tempo, e a memória
não funcionaria. Pior ainda, se o delay entre RAS e MA fosse de 3 ciclos, o
MA seria ativado depois do CAS, e a memória também não funcionaria.
Tenha em mente portanto que a temporização de uma memória FPM
DRAM ou EDO DRAM deve seguir a ordem:
13-38 Como montar, configurar e expandir seu PC
1) Ativação do sinal RAS (Row Address Strobe)
2) Pausa de 1 ou 2 ciclos
3) Ativação do sinal MA (Multiplex Address)
4) Pausa de 1 ou 2 ciclos
5) Ativação do sinal CAS (Column Address Strobe)

Tome cuidado, pois em alguns Setups, é programado não o delay entre RAS
e MA, e sim, o delay entre MA e CAS. Seja qual for o modo, o
funcionamento mais rápido é obtido com a seqüência:

RAS - 1T - MA - 1T - CAS

Nesta seqüência, 1T representa um período de clock (15 ns, no caso de


processadores com clock externo de 66 MHz). Normalmente as memórias
funcionam com esses delays, principalmente as de 60 ns. Em alguns casos, e
principalmente com as memórias de 70 ns, é preciso usar outras
temporizações, como:

RAS - 2T - MA - 1T - CAS
RAS - 1T - MA - 2T - CAS

SDRAM Timing Latency


Pode ser programado com duas opções: Manual e Auto. Ao usarmos a
opção manual, podemos ter acesso aos parâmetros que definem o delay
entre RAS, MA e CAS.

DRAM Speed
Algumas placas de CPU possuem a capacidade de programar automati-
camente todos os itens relacionados com a temporização da DRAM, bas-
tando que para isto seja fornecida a sua velocidade, ou seja, o seu tempo de
acesso. Memórias mais rápidas suportam uma temporização mais “apertada”
que memórias mais lentas. Determinadas temporizações podem ser indicadas
para memórias de 70 ns, e outras, mais “apertadas”, podem funcionar
perfeitamente em memórias DRAM de 60 ns. É muito melhor uma indicação
como esta, que usa a temporização mais rápida suportada pela memória em
uso, do que as temporizações resultantes da auto configuração. Quando não
temos condições de especificar o tempo de acesso das memórias, a auto
configuração pode usar parâmetros adequados a memórias de 70 ns, o que
faria com que o desempenho das memórias de 60 ns não possa ser aprovei-
tado. Ao encontrar este item no Setup, verifique o tempo de acesso das
memórias instaladas e escolha o valor apropriado.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-39

Em PCs que usam memórias SDRAM, este item pode oferecer opções como
PC100/PC133, ou 100 MHz / 125 MHz / 133 MHz / 143 MHz / 166 MHz.
Pode ainda aparecer com indicações de velocidade em ns (10 ns / 8 ns / 7.5
ns / 7 ns / 6 ns).

DRAM Slow Refresh


Este item provoca um pequeno aumento no desempenho da DRAM. A ope-
ração de Refresh consiste em uma seqüência interminável de leituras feitas
na DRAM. Se essas leituras cessarem, os dados da DRAM são apagados,
pois em geral ficam estáveis por apenas alguns milésimos de segundo.
Antigamente, as DRAMs precisavam ser lidas uma vez a cada 2 ms
(milésimos de segundo). As DRAMs atuais podem ser lidas em intervalos de
tempo maiores, como 16 ms. Essas leituras provocam uma pequena perda de
desempenho na DRAM, em geral inferior a 5%. Com o comando Slow
Refresh, este período pode ser mais longo, o que faz com que a perda de
desempenho seja menor. Em geral podemos habilitar este item, pois as
DRAMs modernas o suportam.

L2 Cache Policy
A memória cache externa pode operar de dois modos: Write Through e
Write Back. No primeiro método, a cache externa acelera apenas as ope-
rações de leitura, e no segundo método, acelera também as operações de
escrita. O segundo método oferece melhor desempenho que o primeiro, e
deve ser preferencialmente utilizado.

ISA Linear Frame Buffer Address


Este item é necessário na instalação de algumas placas digitalizadoras de
vídeo padrão ISA. Se o seu PC não possui placas deste tipo, deixe-o
desabilitado. Placas digitalizadoras de vídeo possuem uma área de memória
para onde os dados são continuamente transferidos durante o processo de
digitalização. Esta área é chamada de Frame Buffer. O processador precisa
ler esses dados digitalizados para que sejam transferidos para o disco durante
o processo de digitalização. Muitas dessas placas exigem que este buffer
fique localizado entre os endereços 15M e 16M. Algumas utilizam um buffer
com 1,5 MB, sendo então necessária a sua localização entre os endereços
14M e 16M. Para evitar que esta área de memória, localizada na placa
digitalizadora de vídeo, entre em conflito com a DRAM, muitas placas de
CPU possuem comandos que desabilitam uma área de memória DRAM.
Esses comandos indicam o endereço (ISA Linear Frame Buffer Address) e o
seu tamanho (ISA Linear Frame Buffer Size). Por exemplo, se uma
13-40 Como montar, configurar e expandir seu PC
determinada placa digitalizadora de vídeo possui um Frame Buffer com 1
MB, devemos fazer o seguinte:
a) Programar o endereço do Linear Frame Buffer (LFB) na placa digitali-
zadora para 15 M.
b) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Address para 15M.
c) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Size para 1 MB.

Esta programação cria um “buraco” na memória DRAM, por isso é chamada


em alguns Setups de “Memory Hole”. Em geral, podemos utilizar uma outra
área para realizar as leituras do Frame Buffer. Podemos acessá-lo através de
uma janela de pequeno tamanho, localizada na memória superior. Desta
forma, não estaremos criando uma descontinuidade na memória DRAM.

ISA LFB Size


Este item é o ISA Linear Frame Buffer Size, que opera em conjunto com o
ISA Linear Frame Buffer Address, já explicado acima.

Video Pallete Snoop


Você provavelmente deixará este item desabilitado. Existem algumas placas
SVGA especiais que são instaladas em conjunto com outra placa SVGA.
Podemos ter uma placa SVGA no barramento ISA e outra no barramento
PCI. Uma placa pode estar apresentando a imagem normal, enquanto a
outra apresenta, por exemplo, um filme exibido em uma janela. Em certos
casos, podem ocorrer problemas devido a incompatibilidades geradas por
acessos simultâneos às duas placas. Com esta opção habilitada, o problema
pode ser resolvido.

AGP Aperture Size


Indica qual é o espaço da memória DRAM da placa de CPU que pode ser
usado por uma placa de vídeo AGP para armazenamento de texturas. São
normalmente oferecidas opções como 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB,
128 MB e 256 MB. Usar um valor muito grande significa que os programas
gráficos têm permissão para usar mais memória. Valores mais baixos limitam
o espaço de memória a ser usada para este fim. Uma boa aproximação é
usar aqui, metade do tamanho da memória RAM disponível. Não significa
que todo esse espaço será usado para armazenamento de texturas, ele
apenas especifica um limite máximo, quando estiverem em execução
programas gráficos tridimensionais. Durante o uso desses programas, o
funcionamento deverá ser normal se você escolher para este parâmetro, a
metade do tamanho total da memória. Se ocorrerem problemas de falta de
memória para o programa, você pode diminuir este parâmetro no CMOS
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-41
Setup, deixando assim menos memória livre para as texturas e mais memória
livre para os programas. Se o problema for falta de memória para armazenar
texturas, você terá polígonos em branco na execução dos programas gráficos.
Aumente então este parâmetro no CMOS Setup. Se nenhum dos dois ajustes
funcionar, experimente reduzir a resolução gráfica dos programas
tridimensionais em uso.

Latency Timer (PCI Clocks)


Este é um importante parâmetro do barramento PCI. Em geral deve ser
deixado na sua opção default. Serve para definir um limite de tempo má-
ximo para que uma interface assuma o controle do barramento PCI. Uma
vez que uma interface tenha assumido o controle do barramento, ela terá
direito a um período limitado de tempo para realizar sua transferência de
dados. Ao término deste período, caso a transferência não tenha terminado,
será provisoriamente suspensa para dar chance de outras interfaces reali-
zarem suas transferências. Cada uma dessas transferências será também
limitada pelo Latency Timer. Depois que as outras interfaces terminarem
suas transferências (mesmo que não terminem, serão suspensas para con-
tinuar depois), a interface que teve sua transferência paralisada pelo término
do seu período reservado pelo Latency Timer, poderá prosseguir de onde
parou. Este mecanismo evita que uma interface assuma o controle do
barramento PCI por um período muito longo, prejudicando outras interfaces
que precisam realizar suas transferências.

O Latency Timer é programado em número de clocks PCI. Por exemplo em


um barramento PCI de 33 MHz, cada período dura 30 ns. Ao programar o
Latency Timer com o valor 32, estaremos dando a cada interface, o intervalo
de 960 ns para que realizem suas transferências. Se a transferência não
terminar neste tempo, será suspensa enquanto a interface aguarda a sua vez
para continuar. Você encontrará nos Setups, opções para programar o
Latency Timer com valores como 32, 64, 96, 128, até um máximo de 256.
Em geral podemos optar pelas opções mais baixas, como 32 ou 64, que são
inclusive os valores default usados pelo Setup.

PCI Burst
O barramento PCI pode operar com transferências em modo Burst. Nas
transferências normais, o circuito que requisita a transferência deve fornecer
o endereço a ser acessado, e a seguir fornecer (ou receber) o dado. As
transferências em modo Burst, por sua vez, precisam que seja fornecido
apenas o endereço inicial, e a seguir, uma longa seqüência de dados é
transmitida, sem que os endereços precisem ser novamente fornecidos. Este
13-42 Como montar, configurar e expandir seu PC
sistema é usado, por exemplo, para transferir dados para a memória de
vídeo das placas SVGA, ou para transferir dados para a interface IDE.
Entretanto, certas placas PCI podem não suportar transferências neste modo.
Se forem observados problemas, por exemplo, nas imagens exibidas na tela,
devemos desabilitar o item PCI Burst, o que fará com que as transferências
sejam realizadas no modo convencional.

System BIOS Cacheable


Este item define se a área de memória ocupada pelo BIOS da placa de CPU
deve ser ou não acelerada pela memória cache. Lembre-se que esta ROM é
copiada para a DRAM, um mecanismo chamado Shadow RAM. Isto
provoca um grande aumento de desempenho no processamento do BIOS.
Com o item System BIOS Cacheable, o conteúdo do BIOS da placa de
CPU, além de ser acelerado pela cópia para a DRAM, é ainda acelerado
pela memória cache. Isto provocará uma melhora no desempenho do BIOS,
o que é refletido, por exemplo, na elevada taxa de transferência externa do
disco rígido quando operando em modo MS-DOS (em jogos, por exemplo).

Video BIOS Cacheable


É análogo ao item System BIOS Cacheable, exceto no que diz respeito ao
BIOS da placa SVGA. Deve ser sempre habilitado, o que causará melhoria
na velocidade de operação deste BIOS. Devemos deixar este item desabili-
tado, por exemplo, quando usamos uma placa SVGA antiga, de 16 bits, que
não suporta a alta velocidade dos processadores modernos.

8 bit I/O Recovery Time


Placas de expansão ISA podem não suportar a alta velocidade de operação
dos processadores modernos. Mesmo com os seus ciclos de leitura e escrita
sendo feitos na velocidade correta (a 8 MHz, como requer o barramento
ISA), essas placas podem necessitar de um pequeno intervalo de tempo
antes que estejam prontas para permitir a próxima operação de leitura ou
escrita. Em geral, as operações de leitura e escrita no barramento ISA
demoram 250 ns. Uma determinada placa pode precisar de um tempo de,
digamos, cerca de 250 ns até que esteja pronta para a próxima operação.
Este tempo é chamado de “Recovery Time”. Os processadores modernos
são capazes de realizar transferências de E/S seqüenciais, uma após a outra,
sem descanso. Possuem instruções como “envie todos esses bytes para um
determinado endereço de E/S, em seqüência”. Essa instrução é chamada de
OUTSB (transmite seqüência de bytes para endereço de E/S), mas existem
ainda outras: OUTSW (transmite seqüência de words para E/S), INSB
(recebe seqüência de bytes) e INSW (recebe seqüência de words). A placa
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-43
pode apresentar erros nessas operações, e para que não ocorram, é preciso
fazer com que o processador realize pausas automaticamente quando estiver
executando essas instruções especiais de E/S. Para isto, os Setups possuem a
opção I/O Recovery Time. Muitos Setups possuem um único comando para
este fim, outros possuem dois comandos independentes, um para operações
de E/S de 8 bits, e outro para operações de E/S de 16 bits. As opções são
dadas em número de clocks. Em geral, podemos usar o valor mínimo, já que
resulta em maior velocidade de transferência de dados. Se forem observados
problemas de mau funcionamento em placas ISA, devemos tentar programar
este item com o seu valor máximo. As opções são medidas em número de
períodos de clock. Podemos encontrar, por exemplo, valores desde 1 clk até
8 clk.
16 bit I/O Recovery Time
Este item é análogo ao 8 bit I/O Recovery Time, exceto que diz respeito
apenas às operações de E/S envolvendo 16 bits. Não diz necessariamente
respeito a placas ISA de 16 bits. Mesmo sendo uma placa ISA de 16 bits,
quase sempre possuem endereços de E/S que são acessados em grupos de 8
bits.

Turbo Read Pipelining


O termo “Pipelining” aplica-se a ciclos especiais de aceso à memória, no qual
um grupo de 4 acessos é imediatamente seguido por outro. Parece
complicado. Vejamos então outra forma de explicação. Os ciclos de acesso à
memória DRAM consistem em 4 leituras consecutivas de grupos de 64 bits.
Os tempos para essas leituras são medidos em períodos de clock. Digamos
que a memória esteja operando no esquema 7-2-2-2, ou seja, são 7 períodos
para ler o primeiro grupo de 64 bits mais dois ciclos para ler cada um dos
três grupos seguintes. Logo depois de fazer uma transferência de 4 grupos de
64 bits, inicia-se em geral a transferência de mais 4 grupos de 64 bits. Este
novo ciclo, em condições normais, teria que respeitar a mesma temporização
do ciclo anterior, ou seja, 7-2-2-2. Entretanto, as memórias DRAM são
capazes de transmitir longas seqüências em FPM (Fast Page Mode), desde
que solicitadas. Podem realizar, por exemplo, uma transferência com a tem-
porização 7-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2, e para isto basta que o chip
controlador do seu acesso solicite este tipo de transferência. Este modo de
operação, no qual um ciclo de leitura é “emendado” com o seguinte, é
chamado de Pipelined Read. Caso exista esta opção no seu Setup, habilite-a,
pois é segura e causa melhoria no desempenho da DRAM.
Peer Concurrency
13-44 Como montar, configurar e expandir seu PC
Este item, ao ser habilitado, permite que existam transferências sendo
realizadas no barramento PCI, ao mesmo tempo em que existem transferên-
cias sendo realizadas entre o processador, a DRAM e a cache externa. Ao
ser habilitado, oferece um sensível aumento no desempenho do sistema.
Extended Cacheability
Existe uma limitação nos chipsets para processadores Pentium e similares
(Soquete 7) no que diz respeito à área de memória sobre a qual a cache atua.
Certos chipsets podem fazer com que a cache L2 atue apenas nos primeiros
64 MB. Qualquer área de memória DRAM que ultrapasse este valor não
será acelerada pela cache. Outros chipsets podem manter a cache atuando
sobre uma área maior, desde que seja indicado no Setup, qual é a faixa de
DRAM a ser “cacheada”. Este item deve ser programado com o menor valor
possível que seja superior à quantidade de memória DRAM instalada.
Low CPU Clock
Todas as placas de CPU podem operar em duas velocidades, uma alta e
uma baixa. Nos velhos tempos das placas de CPU que operavam com 16,
20, 25 ou 33 MHz, a velocidade baixa era em geral obtida com um clock de
8 MHz, ou outro valor próximo. Muitas placas de CPU modernas ativam sua
baixa velocidade pela desabilitação total da cache interna e da externa.
Existem ainda placas que desabilitam ambas as caches, e ainda diminuem o
valor do seu clock. Pois bem, várias dessas placas permitem que seja
escolhido o valor do clock de baixa velocidade, em geral através de uma
fração do clock máximo. Por exemplo, em um Pentium-200, programar o
“Low CPU Clock” com um fator 1/20, resultará em um clock de baixa
velocidade em torno de 10 MHz. O processador estará operando em alta
velocidade até que seja depressionado o botão Turbo, passando então a
vigorar este valor baixo de clock programado.

PCI 2.1 Support


Quando as primeiras placas de CPU Pentium foram lançadas, o barramento
PCI ainda estava na sua versão 2.0 (versões anteriores foram vendidas em
baixa escala). Placas mais modernas são compatíveis com a versão 2.1 do
barramento PCI. Deixe portanto este item habilitado no CMOS Setup. Se
ocorrerem problemas de funcionamento, por exemplo, de placas de vídeo
PCI antigas (1995-1996), é possível que sejam resolvidos com a desativação
deste recurso, passando a placa de CPU a operar como na versão 2.0.

DRAM are xx bits wide


Capítulo 13 – CMOS Setup 13-45
Este parâmetro define o número de bits da memória DRAM. As opções são
64 e 72. Para completar 72 bits, é preciso usar memórias com paridade.
Memórias DIMM/168 com paridade fornecem 72 bits, ao invés de 64, e
memórias SIMM/72 com paridade fornecem 36 bits cada, ao invés de 32.
Esses bits adicionais podem ser usado para implementar uma técnica
chamada ECC (Error Correction Code). Desta forma, eventuais erros na
memória podem ser detectados, e em alguns casos, até corrigidos. Para isto
não basta que a memória opere com 72 bits, mas também que o chipset seja
capaz de usar o ECC.

Data integrity Mode


Este item indica como os 8 bits adicionais (dos 72, são 64 para dados e 8
para checagem) serão usados. Com a opção Disabled, esses bits serão
ignorados. Com a opção ECC, será feita a detecção e correção dos erros,
através de técnicas especiais de hardware. Com a opção EC (às vezes
chamada de Parity), será apenas feita uma checagem de erro usando uma
técnica chamada paridade. Esta técnica não permite corrigir erros, apenas
detectar, sendo menos eficiente que o ECC. Se você utiliza memórias de 72
bits, é melhor usar a opção ECC.

XXX Buffer Strength


Existem vários parâmetros Buffer Strength (MAA Buffer Strength, MECC
Buffer Strength, RCSA Buffer Strength, etc) que servem para controlar a
intensidade da corrente que é usada nos sinais digitais que fazem a ligação
entre o chipset e a memória DRAM. Normalmente encontramos a opção
Auto, que configura todos esses parâmetros em função das memórias
presentes. Outras vezes, os valores default programam parâmetros que
funcionam para o maior número possível de configurações de memória.
Quando ocorrem erros na memória, é possível que a causa seja uma
configuração inadequada nesses parâmetros. De um modo geral, quando é
usado um maior número de módulos de memória, e também quando esses
módulos possuem um número maior de chips, é preciso que os sinais
gerados do chipset para a memória DRAM tenham intensidades maiores.
Devemos então, aumentar o valor dos parâmetros Buffer Strength. Este ajuste
deve entretanto ser feito de forma experimental, ou seja, tentamos aumentar
ou diminuir os parâmetros visando eliminar a ocorrência de erros na
memória.

PAC Bus SERR#


Este item serve para habilitar a geração de erros de sistema detectados pelo
chipset, fazendo com que os mesmos cheguem ao processador. Existem
13-46 Como montar, configurar e expandir seu PC
vários erros possíveis: erros na memória, erros no barramento PCI, erros no
barramento AGP. É recomendável deixar este item na opção Enabled.

PIIX4 SERR#
Habilita a checagem de erros pelo chip PIIX4, no qual estão as interfaces
IDE e as interfaces USB. Desta forma, eventuais erros ocorridos nesses
dispositivos serão informados ao processador. Se este item ficar desabilitado,
certos tipos de erro poderão não ser detectados, o que é ruim para a
confiabilidade do computador. Note que este item é específico para chipsets
que usam o chip chamado pela Intel de PIIX4 (i430TX, i440LX, por
exemplo), mas outros chipsets também podem ter controles semelhantes.

Legacy USB Support


Deixe este item desabilitado. É habilitado apenas para permitir o uso de
dispositivos USB antigos. Como você provavelmente vai utilizar dispositivos
USB de fabricação recente (os antigos são bastante raros), não será
necessário ativar o suporte a dispositivos USB antigos.

PCI / PnP Setup


As placas de CPU modernas possuem todos os recursos do padrão Plug and
Play (PnP). Entretanto, nem sempre são utilizadas em sistemas 100% PnP.
Podem ser usados sistemas operacionais que não são PnP (MS-DOS,
Windows 3.x, OS/2), e também podem operar em conjunto com placas de
expansão ISA que não são PnP. Seja qual for o caso, certos ajustes precisam
ser feitos manualmente, e para isto essas placas possuem uma parte do seu
Setup dedicado à definição de itens relacionados com as placas PCI (são
todas elas PnP) e placas ISA, sejam elas PnP ou não.

Boot with PnP OS / PnP Aware OS


O BIOS PnP pode operar de duas formas diferentes: Gerenciar sozinho a
configuração automática de dispositivos PnP, ou dividir esta tarefa com o
Sistema Operacional, desde que este sistema também seja PnP. Este item
(Boot with PnP Operating System) deve ser habilitado caso esteja em uso um
sistema operacional PnP, como o Windows 95 /98/ME ou Windows 2000.

PCI Slot 1 / 2 / 3 / 4 IRQ Priority


As placas de CPU com barramento PCI têm condições de associar de forma
automática, uma interrupção para cada um dos seus 4 slots PCI. Em geral
essas interrupções são chamadas de INTA, INTB, INTC e INTD. O usuário
pode programar este item com a opção Auto, e deixar que o BIOS escolha
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-47
as interrupções a serem utilizadas. Muitos Setups nem mesmo permitem que
o usuário interfira sobre esta escolha. Por outro lado, existem Setups que
permitem que o usuário forneça certas informações, que devem ser
obrigatoriamente utilizadas pelo BIOS. Podemos, por exemplo, interferir
diretamente na escolha e no uso das interrupções. Se nosso computador for
100% PnP, a melhor coisa a fazer é deixar todos os itens relacionados com o
PnP na opção Auto. Caso estejamos instalando algumas placas de expansão
que não sejam PnP, teremos que fazer certas configurações de forma manual,
como por exemplo, o uso das interrupções. Nesse caso, é importante que o
Setup ofereça recursos para o selecionamento manual de diversos dos seus
itens, como é o caso daquele que define o uso das interrupções.

Este item deve ser preferencialmente programado na opção Auto, a menos


que desejemos, em conseqüência da instalação de placas não PnP, direcionar
manualmente uma interrupção específica para um slot PCI.

PCI Slot 1 / 2 / 3 / 4 DMA Priority


Este item tem um significado muito parecido com o explicado acima. Diz
respeito ao uso de canais de DMA pelos slots PCI. Em geral podemos deixá-
lo na opção Auto, e deixar que o BIOS faça a escolha. Entretanto, durante o
processo de compatibilização com placas não PnP, podemos optar por usar
canais de DMA fixos em determinados slots PCI.

IRQ 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 9 / 10 / 11 / 12 / 14 / 15
Esses itens são necessários para possibilitar a instalação de placas ISA que
não sejam PnP. Placas ISA PnP (Ex: Sound Blaster 16 PnP) não necessitam
que o usuário defina linhas de interrupção (IRQ) e canais de DMA. Esta
definição é feita automaticamente pelo BIOS e pelo sistema operacional que
seja PnP. Entretanto, podemos precisar instalar placas ISA não PnP. Neste
caso, precisamos indicar no CMOS Setup quais são as interrupções e canais
de DMA ocupados por essas placas, caso contrário, o BIOS provavelmente
não detectará que esses recursos estão ocupados, e os destinará a outras
placas. O resultado será um conflito de hardware. Esta série de itens servem
para indicar se cada uma dessas interrupções está sendo usada por uma
placa ISA não PnP, ou se está livre para ser usada por algum dispositivo PnP.
Digamos por exemplo que estejamos utilizando uma placa de som ISA, não
PnP, configurada com IRQ5, e uma placa de rede, ISA, não PnP,
configurada com IRQ10. A programação desses itens deve ser portanto feita
da seguinte forma:

IRQ3 PCI / PnP


13-48 Como montar, configurar e expandir seu PC
IRQ4 PCI / PnP
IRQ5 ISA
IRQ6 PCI / PnP
IRQ7 PCI / PnP
IRQ9 PCI / PnP
IRQ10 ISA
IRQ11 PCI / PnP
IRQ12 PCI / PnP
IRQ14 PCI / PnP
IRQ15 PCI / PnP

DMA Channel 0 / 1 / 3 / 5 / 6 / 7
Assim como determinadas interrupções podem estar ocupadas por placas
ISA não PnP, o mesmo pode ocorrer com canais de DMA. Muitos Setups
possuem itens para a indicação de cada um dos canais de DMA, informando
ao BIOS se estão em uso por alguma placa ISA não PnP, ou se estão livres
para serem usados por dispositivos PnP. Digamos por exemplo que
estejamos utilizando uma placa de som não PnP, ocupando os canais DMA1
e DMA5 (o caso típico da Sound Blaster 16 não PnP). Devemos então
programar esses itens da seguinte forma:

DMA0 PCI / PnP


DMA1 ISA
DMA3 PCI / PnP
DMA5 ISA
DMA6 PCI / PnP
DMA7 PCI / PnP

Reserved Memory Size


É utilizado quando o computador possui placas de expansão ISA não PnP,
dotadas de memórias ROM (não incluindo as placas SVGA). Um típico
exemplo é o das placas controladoras SCSI e placas de rede com boot
remoto (ambas em versões não PnP). Para instalar essas placas em um
computador PnP, é preciso indicar no Setup qual é a faixa de endereços
reservada para as suas ROMs. Os endereços das ROMs dessas placas devem
ser selecionados manualmente, através de jumpers. No CMOS Setup,
devemos indicar, tanto o endereço como o tamanho reservado para essas
ROMs. Em geral temos para o tamanho (Reserved Memory Size), as opções
Disabled, 16 kB, 32 kB e 64 kB. Como a grande maioria das placas de
expansão não utilizam ROMs, podemos deixar este item na opção Disabled.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-49
Reserved Memory Address
Aqui é indicado o endereço inicial reservado para as ROMs de placas de
expansão ISA não PnP, como explicado acima. Em geral são apresentadas
opções como C000, C400, C800, CC00, D000, D400, D800 e DC00. Seu
valor default é C800, o endereço da área localizada logo após a ROM da
placa SVGA. Observe que esta área só será reservada se for definido o seu
tamanho, explicado no item acima. Se o seu tamanho for definido como
Disabled, esta área reservada não será criada.

Offboard PCI IDE Card


Este item deve ser usado quando instalamos alguma placa de expansão que
possua uma interface IDE primária ou secundária. As opções apresentadas
são None, Primary, Secondary e Both. Caso seja definida a presença de uma
interface IDE primária ou secundária em uma placa de expansão, a interface
correspondente existente na placa de CPU deve ser desabilitada.
Normalmente, ao definir a presença de interfaces IDE em uma placa de
expansão, o Setup automaticamente faz a desabilitação das interfaces cor-
respondentes na placa de CPU.

Offboard PCI IDE Primary / Secondary IRQ


Quando instalamos uma placa de expansão que possua interfaces IDE,
precisamos indicar quais são as interrupções utilizadas. Em geral, a interface
IDE primária utiliza a IRQ14, enquanto a secundária utiliza a IRQ15.

Assign IRQ to PCI VGA Card


Este item faz com que a placa de vídeo tenha a ela destinada uma IRQ.
Como norma geral, devemos deixá-lo habilitado, ou seja, deixar a placa de
vídeo utilizar uma IRQ. Caso precisemos futuramente realizar a instalação de
uma nova placa de interface e não existirem IRQs livres, podemos tentar
fazer a placa de vídeo operar sem usar IRQ (algumas placas o permitem),
deixando assim uma interrupção livre para a nova instalação.

Peripheral Configuration
Esta parte do Setup define vários parâmetros de funcionamento das inter-
faces existentes na placa de CPU: Seriais, paralela, interfaces IDE e interface
para drives de disquetes. Muitos desses itens podem ser programados com a
opção Auto, deixando por conta do BIOS a programação. Para usuários
mais avançados, a possibilidade de usar valores default diferentes pode ser
uma característica muito oportuna, para possibilitar certos tipos de expansão.
13-50 Como montar, configurar e expandir seu PC
AGP 1x / 2x / 4x Mode
As primeiras placas de CPU equipadas com slots AGP podiam operar
apenas no modo 1x, com taxa de transferência de cerca de 250 MB/s.
Posteriormente surgiram placas capazes de operar em modo 2x (cerca de 500
MB/s) e 4x (cerca de 1 GB/s). Quando uma placa AGP é instalada no seu
slot, é utilizado automaticamente o modo mais veloz permitido
simultaneamente pela placa 3D e pela placa de CPU. Podemos entretanto
usar este item para reduzir a velocidade máxima suportada pelo slot AGP da
placa de CPU. Slots capazes de operar em 4x podem ter a velocidade
reduzida para 2x ou 1x. Este ajuste pode ser necessário para resolver
problemas de compatibilidade com certas placas AGP.

AGP Read/Write WS
Este item, ao ser ativado, faz com que a placa AGP adicione um estado de
espera (Wait State) ao acessar dados da memória DRAM. Pode ser
necessária a sua ativação em casos de problemas no funcionamento de
modos 3D.

Onboard AC97 Modem Controller


Onboard AC97 Audio Controller
Muitas placas de CPU modernas, mesmo as de alto desempenho, possuem
circuitos de áudio embutidos. Algumas possuem também circuitos de
modem. Podemos através do Setup, habilitar essas interfaces para que
possamos usá-las, ou então desabilitá-las para permitir a instalação de placas
de expansão correspondentes.

Game Port Function


Na maioria das placas de CPU com áudio onboard, encontramos também
uma interface para joystick. Este comando permite habilitar e desabilitar esta
interface.

Sound Blaster Emulation


A compatibilidade com placas Sound Blaster é um requisito importante para
sonorizar programas que operam no modo MS-DOS. Várias placas de CPU
com áudio onboard podem operar neste modo de compatibilidade. Neste
caso devemos habilitar a “emulação de Sound Blaster”. Note que este é um
recurso de legado, e tende a ser abandonado em projetos futuros.

Sound Blaster I/O Address, IRQ e DMA


Capítulo 13 – CMOS Setup 13-51
A seção “Sound Blaster” é um dispositivo de legado, ou seja, não opera em
modo Plug and Play. Por isso precisa que seus recursos de hardware sejam
configurados manualmente. A configuração padrão para esses recursos é:

 Endereço 220
 IRQ 5
 DMA 1 (8 bits) e 5 (16 bits)

Alguns programas antigos para MS-DOS só funcionam com a configuração


padrão, portanto ela é a mais recomendável.

MPU 401 / MPU 401 Base Address


A MPU 401 é uma UART (interface serial) existente nas placas Sound
Blaster. Todas as placas de som possuem um circuito semelhante. Nas placas
de CPU com som onboard, compatível com a Sound Blaster, podemos
habilitar ou desabilitar este circuito, bem como escolher o seu endereço. Ele
deve ser desabilitado se quisermos instalar uma placa de som avulsa. Se
usarmos o som onboard, deixamos a MPU 401 habilitada. O seu endereço
padrão é 300.

FM Enable
Este é mais um recurso das placas Sound Blaster. Trata-se do sintetizador
MIDI, usado para gerar os sons dos instrumentos musicais. Para total
compatibilidade com as placas Sound Blaster, este item deve ficar habilitado.
O endereço da interface é 388.

Onboard Video
São bastante comuns atualmente as placas de CPU com vídeo onboard. A
maioria dessas placas de CPU permite a instalação de uma placa de vídeo
avulsa, PCI ou AGP. Podemos então desabilitar totalmente os circuitos de
vídeo onboard. A seqüência de operações a serem feitas é a seguinte:

1) Ainda com o vídeo onboard, desabilitamos este item no CMOS Setup.


2) Usamos o comando Salvar e Sair.
3) Quando iniciar a contagem de memória, desligamos o computador.
4) Instalamos a nova placa de vídeo e nela ligamos o monitor.
5) Ligamos o computador e a nova placa de vídeo estará ativa.

Video Sequence (PCI/AGP)


13-52 Como montar, configurar e expandir seu PC
Muitas placas de CPU com vídeo onboard não permitem que este vídeo seja
desabilitado, apesar de ser possível a instalação de uma placa de vídeo
avulsa. Ambos os circuitos de vídeo ficarão ativos, mas temos que definir
qual deles é o primário, ou seja, o que é usado como padrão. Muitas dessas
placas não possuem slot AGP. O vídeo onboard é internamente ligado ao
barramento AGP através do chipset, e apenas placas PCI podem ser
instalados. Neste caso, AGP é sinônimo de onboard, e PCI é sinônimo de
placa avulsa. Usamos a seqüência PCI/AGP para usar como padrão, a placa
de vídeo avulsa. Note que esta combinação PCI/AGP não é geral. Existem
placas de CPU com vídeo onboard e ainda equipadas com slot AGP. Nesses
casos, este item do Setup aparece com outros nomes, como “Onboard /
AGP”.

On Board IDE Ports


As placas de CPU modernas possuem duas interfaces IDE, sendo uma pri-
mária e outra secundária. Assim como várias outras interfaces existentes
nessas placas de CPU, as interfaces IDE podem ser habilitadas ou desabili-
tadas. Por exemplo, se não estivermos usando a interface secundária, po-
demos desabilitá-la, evitando assim que uma interrupção (em geral a IRQ15)
seja ocupada desnecessariamente. Da mesma forma, podemos utilizar
interfaces IDE existentes em placas de expansão, e neste caso, devemos
desabilitar as interfaces IDE da placa de CPU. Este item em geral possui
opções como:

 None
 Primary Only
 Secondary Only
 Both (ambas ficam ativas)

IDE 0 Master Mode


Como sabemos, os dispositivos IDE podem realizar transferências de dados
em vários modos, desde o PIO Mode 0 (o mais lento) até o PIO Mode 4 ou
Ultra DMA 33/66/100 (os mais rápidos). Certos chipsets permitem que uma
interface opere em um modo, enquanto a outra interface opera em outro
modo. Por exemplo, podemos ter a interface primária operando em Mode 4,
e a secundária operando em Mode 0. Ao ligarmos em uma mesma interface,
dois dispositivos IDE, sendo um capaz de operar em Mode 4, e outro mais
antigo, capaz de operar apenas em Mode 0, podem ocorrer problemas de
mau funcionamento (isto ocorre com o chipset i430FX, mas nos chipsets mais
modernos, a mistura é permitida). O BIOS fará então a redução automática
de velocidade desta interface para o Mode 0, o que prejudica o desempenho
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-53
dos dispositivos mais velozes. Uma solução para este problema é usar os
dispositivos rápidos em uma interface (Ex: discos rígidos) e os dispositivos
mais lentos (Ex: Drives de CD-ROM que são IDE mas não Enhanced IDE)
na interface secundária.

Os chipsets mais modernos são capazes de utilizar, mesmo dentro de uma


mesma interface IDE, dispositivos operando em diferentes velocidades.
Quando o chipset possui esta capacidade, existem itens que definem a ve-
locidade de operação dos dispositivos Master e Slave de cada uma das
interfaces IDE, de forma independente.

IDE 0 Slave Mode


IDE 1 Master Mode
IDE 1 Slave Mode
Estes três itens têm a mesma explicação do item anterior. Servem para
definir individualmente a taxa de transferência de cada um dos possíveis
dispositivos IDE.

Multi-sector transfers / IDE HDD Block Mode


Habilita as transferências de dados em “Block Mode”, ou seja, são transfe-
ridos múltiplos setores, ao invés de apenas um de cada vez. Isto resulta em
aumento no desempenho do disco rígido.

On Board FDC
Habilita ou desabilita a interface para drives de disquetes existente na placa
de CPU. Devemos desabilitar esta interface caso desejemos utilizar uma
interface para drives existente em uma placa de expansão.

On Board Serial Port 1/2


Na verdade são dois itens, um para a primeira e outro para a segunda porta
serial existente na placa de CPU. Esses itens servem para habilitar ou
desabilitar cada uma dessas interfaces. Em certos casos especiais, podemos
querer desabilitar uma delas. Por exemplo, quando um computador possui
muitas placas de expansão e todas as interrupções de hardware já estão
ocupadas, será preciso desabilitiar a segunda porta serial para permitir a
instalação de uma placa fax/modem.

On Board Parallel Port


Este item habilita ou desabilita a interface paralela existente na placa de
CPU. Em geral podemos deixar esta interface habilitada, mas em certos
13-54 Como montar, configurar e expandir seu PC
casos especiais, quando temos muitas placas de expansão instaladas e todas
as interrupções de hardware estão ocupadas, desabilitar a porta paralela
(caso o PC não possua impressora) pode ser a melhor forma de conseguir
uma interrupção livre.

On Board Printer Mode


As interfaces paralelas existentes nas placas de CPU modernas podem operar
em três modos: Normal, EPP e ECP. Através deste item, escolhemos o modo
desejado. O modo ECP é o mais indicado para as impressoras modernas,
desde que elas estejam ligadas ao computador através de um cabo
apropriado. Este cabo possui a indicação “IEEE 1284” no seu conector ou ao
longo do fio. Quando usamos um cabo comum, devemos programar a porta
paralela para o modo Normal ou Compatible, caso contrário poderão
ocorrer problemas no funcionamento da impressora.

Parallel Port Address


As portas paralelas podem ocupar três endereços de E/S diferentes: 378, 278
e 3BC. Graças a este endereçamento, um PC pode ter até três portas
paralelas, chamadas respectivamente de LPT1, LPT2 e LPT3. Desde que a
interface paralela da placa de CPU seja a única existente no computador,
qualquer um dos três endereços pode ser escolhido. Caso façamos a insta-
lação de uma placa de expansão que já possua uma interface paralela,
precisamos descobrir o seu endereço (em geral selecionado através de
jumpers), e configurar a interface paralela da placa de CPU com um ende-
reço diferente. Podemos entretanto fazer o contrário, ou seja, deixar
inalterado o endereço da porta paralela da placa de CPU, e alterar o
endereço da porta paralela na placa de expansão.

Serial Port 1/2 IRQ


Com esses dois itens, selecionamos as interrupções usadas pelas duas
interfaces seriais. O padrão é COM1/IRQ4 e COM2/IRQ3, mas podemos
utilizar outras interrupções.

Parallel Port IRQ


A porta paralela pode utilizar a IRQ7, caso esteja configurada com o ende-
reço 378, ou a IRQ5, caso esteja configurada com o endereço 278. Entre-
tanto, outras interrupções podem ser usadas.
Parallel Port DMA Channel
Quando a porta paralela opera em modo ECP, devemos indicar um canal de
DMA para a realização de suas transferências. É usado um canal de 8 bits.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-55
Como o canal 2 está sempre ocupado pela interface de drives, as opções são
DMA0, DMA1 e DMA3. Em geral, podemos usar qualquer uma delas. Caso
você possua alguma placa de interface que opere com DMA, você deve
evitar o canal correspondente. Por exemplo, as placas de som utilizam em
geral o canal DMA1, e portanto você deve evitar o seu uso, optando pelos
canais 0 ou 3. Em caso de dúvidas, configure sua porta paralela para operar
em modo EPP, pois é quase tão rápido quanto o modo ECP e não requer o
uso de um canal de DMA.

UART 2 use Infrared


Placas de CPU atuais permitem que a COM2 possa ser usada para a
conexão de dispositivos que fazem transmissão por raios infravermelhos.
Uma pequena placa é encaixada em um conector da placa de CPU, relativo
à COM2. Esta placa é ligada a um fio, na extremidade do qual existe um
transmissor e um receptor infravermelhos. Desta forma, um mouse sem fio
pode transmitir dados para o computador. Outros dispositivos podem fazer
transmissão e recepção. Se não quisermos programar a COM2 para operar
com dispositivos infravermelhos, deixamos este item na opção Disabled.

IR Duplex Mode
Quando conectamos um dispositivo infravermelho que suporte a operação
em Full Duplex (transmissão e recepção simultâneas), teremos um
significativo aumento na taxa de transferência de dados. Quando o
dispositivo não suporta Full Duplex, temos que programar este item como
Half Duplex. As transmissões e recepções irão ocorrer em intervalos de
tempo distintos, ou seja, uma transmissão só pode ser feita depois que uma
recepção em andamento terminar. Tente utilizar o modo Full Duplex. Se não
funcionar, deixe em Half Duplex.

Primary Master DMA Mode


Aqui é indicado se o disco rígido IDE irá operar em modo DMA. Os discos
IDE de fabricação mais recente podem trabalhar no modo Ultra DMA
33/66/100, que resultam na taxa de transferência de 33 MB/s, 66 MB/s e 100
MB/s, respectivamente. Esses discos rígidos são anunciados no comércio
como Ultra DMA, Ultra ATA ou Ultra IDE. Modelos um pouco mais
antigos, que tipicamente operam em PIO Mode 4 (16,6 MB/s) podem ser
programados para operar no modo Multiword DMA type 2. É vantajoso usar
os modos DMA, pois deixam o processador mais tempo livre para executar
outras tarefas enquanto são feitas transferências do disco rígido. Para que o
disco rígido opere em modos com DMA, é preciso inicialmente habilitar esta
opção no CMOS Setup. A seguir habilitamos as transferências por DMA
13-56 Como montar, configurar e expandir seu PC
através do Gerenciador de Dispositivos do Windows. Abra a seção Unidades
de Disco e aplique um clique duplo sobre o item correspondente ao disco
rígido, que normalmente aparece como Generic IDE Disk Type XX.
Selecione a guia Configurações (figura 6) e marque a opção DMA. Será
preciso reiniciar o Windows para que a alteração tenha efeito.

Figura 13.6
Habilitando as transferências por DMA no
Gerenciador de Dispositivos do Windows.

Primary Slave DMA Mode


Secondary Master DMA Mode
Secondary Slave DMA Mode
Tem o mesmo significado que o Primary Master DMA Mode, exceto que
aplicam-se aos demais dispositivos IDE presentes.

Security
Em geral, esta parte do Setup possui apenas dois comandos, sendo um para
cadastramento de senha, e outro relacionado com detecção de vírus.

Password
Tome muito cuidado para não cadastrar uma senha e depois esquecê-la.
Você poderá ficar impossibilitado de usar o Setup, ou então de executar um
boot e usar o Setup, dependendo de como está programado o item
Password Checking Option, no Advanced CMOS Setup. Se você pretende
usar uma senha, anote-a em um local seguro. Quando o usuário esquece a
senha, é preciso apagar os dados do chip CMOS. Isto faz com que a senha
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-57
seja desligada, mas será preciso reprogramar todo o Setup novamente. O
manual da placa de CPU sempre traz instruções sobre como realizar esta
operação.

Quando usamos o comando Password, o Setup nos pede que seja digitada
uma senha, apresentando a mensagem Enter New Password. Depois de
digitada, é apresentada a mensagem Re-Enter New Password. É preciso
digitá-la novamente, para confirmação. A senha só será aceita se for digitada
duas vezes de forma idêntica. Os caracteres digitados não aparecem na tela,
para evitar que um colega presencie o que está sendo digitado e memorize a
sua senha. Caso já tenha sido anteriormente cadastrada uma senha, o Setup
pedirá antes que seja digitada a senha atual, apresentando a mensagem
Enter Current Password. Sem saber a senha antiga, não é possível cadastrar
uma senha nova. Se quisermos desabilitar a senha, basta responder ENTER
à pergunta Enter New Password.

Depois que a senha estiver cadastrada, a checagem será feita de acordo com
o item Password Checking Option, definido no Advanced CMOS Setup.
Programe este item da seguinte forma:

Setup, se você quer que seja pedida a senha apenas para uso do CMOS
Setup. Desta forma, qualquer um poderá usar o computador, mas apenas
mediante o fornecimento da senha será possível utilizar o Setup.

Always. A senha será sempre requisitada, tanto para executar um boot,


como para acessar o Setup.

Anti Virus
Quase todos os BIOS são capazes de detectar possíveis contaminações por
vírus de computador, através do monitoramento das operações de escrita no
setor de boot e na tabela de partições do disco rígido. Essas áreas são
monitoradas porque a maioria dos vírus se instalam nelas. Quando deixamos
esta opção habilitada, qualquer operação de gravação em uma dessas áreas é
imediatamente seguida de uma mensagem alertando o usuário sobre uma
possível contaminação, e perguntando se a operação deve ou não ser
realizada. Em geral, o usuário pode escolher três caminhos: Permitir a
gravação, não permitir a gravação ou executar um boot. A gravação deve ser
permitida apenas quando estão em uso programas que realmente gravam
nessas áreas, como por exemplo, o FDISK e o FORMAT, usados no
processo de inicialização do disco rígido. Também durante a instalação de
sistemas operacionais ocorrem essas gravações, que devem ser permitidas.
Por outro lado, se a mensagem alerta sobre vírus ocorre durante o uso de
13-58 Como montar, configurar e expandir seu PC
programas comuns, a melhor coisa a fazer é executar um boot e tomar
providências para detectar e eliminar eventuais vírus existentes no
computador.

IDE Setup
Esta parte do Setup contém itens relacionados com as interfaces IDE e com
os discos rígidos. Alguns desses itens podem ser encontrados em outras
partes do Setup, como no Advanced CMOS Setup e no Peripheral
Configuration Setup.

Auto Detect Hard Disk


Este comando realiza a detecção automática de todos os discos rígidos
instalados, seja na interface IDE primária, seja na secundária. Sempre serão
detectados os parâmetros relacionados com a geometria lógica do disco,
como o número de cilindros, cabeças e setores. Em geral, outros parâmetros
como LBA, Block Mode, PIO Mode e 32 bit transfers poderão ser também
detectados. Entretanto, nada impede que esses itens sejam detectados e
programados por comandos independentes do IDE Setup. Certos Setups
possuem um único comando que faz a detecção de todos os discos IDE
instalados. Outros possuem comandos independentes para a detecção dos 4
dispositivos possíveis: Primary Master, Primary Slave, Secondary Master e
Secondary Slave.

LBA Mode
Em geral este recurso é aplicado de forma independente para cada um dos 4
possíveis discos IDE. Serve para ativar o Logical Block Addressing, a função
que permite o endereçamento de discos com mais de 504 MB. Como os PCs
modernos sempre utilizarão discos com capacidades acima deste valor, o
LBA deve permanecer sempre habilitado. Deixe este item desabilitado
apenas se for instalar discos rígidos muito antigos, com menos de 504 MB.

IDE Block Mode


Este recurso ativa transferências de dados em bloco. Ao invés do disco
transferir um setor de cada vez, transfere uma seqüência de vários setores.
Este recurso contribui para aumentar a taxa de transferência externa do
disco rígido.

IDE PIO Mode


Permite o selecionamento da taxa de transferência do disco. O mais lento é o
PIO Mode 0, usado nos discos rígidos antigos. O mais veloz atualmente é o
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-59
PIO Mode 4, que chega a 16,6 MB/s. Todos os atuais discos IDE, chamados
de EIDE ou Fast ATA-2, podem suportar o PIO Mode 4. No caso do usuário
desejar aproveitar um disco rígido um pouco mais antigo (aqueles velhos
modelos abaixo de 500 MB), provavelmente não poderá usar o PIO Mode 4,
mas poderá tentar usar modos mais velozes que o PIO Mode 0, como os
modos 1, 2 e 3. Note que os discos rígidos mais novos não utilizam mais os
modos PIO. Operam em modos DMA (ATA-33, ATA-66 e ATA-100).

IDE 32 bit Transfers


Este comando faz com que as interfaces IDE passem a receber e transmitir
dados para o processador em grupos de 32 bits, ao invés de apenas 16.
Podemos desta forma conseguir um pequeno aumento na taxa de
transferência externa.

Power Management
Os PCs modernos possuem um recurso que até pouco tempo atrás só estava
disponível em computadores portáteis: o gerenciamento de energia. Consiste
em uma monitoração do uso do computador, e ao detectar inatividade
durante um período preestabelecido, colocar o computador e seus
dispositivos em estados de baixo consumo de energia. É um procedimento
muito similar ao usado nos “Screen Savers” (economizadores de tela). A
diferença é que, ao invés de simplesmente prolongar a vida do monitor, o
objetivo principal é a economia de energia. Existem ainda funções para
ligamento automático do computador, desde que ocorram determinados
eventos.

Nos computadores portáteis, o gerenciamento de energia tem como principal


objetivo, prolongar a autonomia da bateria. Nos PCs comuns (chamados de
“Desktops”), a economia de energia também é importante. O resultado é
imediatamente refletido na conta de energia elétrica. Pode parecer pouco
para quem possui apenas um computador, mas é muito para empresas que
possuem centenas, e até milhares de computadores.

Esta economia também tem um apelo ecológico, e por isso, equipamentos


que fazem gerenciamento recebem o título de “Green”. A idéia geral é que
com a economia de energia elétrica resultante do gerenciamento de energia
em milhões de computadores, diminui a demanda total de energia elétrica, e
como resultado disso, será preciso construir menos usinas, e menores serão
os níveis de poluição ambiental.
13-60 Como montar, configurar e expandir seu PC
O monitoramento das atividades não é feito apenas no teclado do mouse,
como ocorre com os protetores de tela. Os chipsets usados nas placas de
CPU são capazes de monitorar por hardware, linhas de interrupção e canais
de DMA, dando ao usuário maior flexibilidade nos critérios para o
ativamento de modos de baixo consumo.

Um equipamento capaz de fazer gerenciamento de energia pode assumir,


além dos óbvios estados “ligado” e “desligado”, dois outros estados:

Standby
Neste modo, ocorre uma boa redução no consumo de energia. Menos tempo
será preciso para que o equipamento volte ao estado “ligado”. Um monitor,
por exemplo, ao ser colocado em estado “standby”, inibe o amplificador de
vídeo, fazendo com que a tela fique escura, mas mantém em funcionamento
a maioria dos seus circuitos internos. Com o simples toque em uma tecla, ou
o movimento do mouse, ou qualquer atividade monitorada, o monitor volta
ao seu estado normal, em poucos segundos.
Suspend
Este modo resulta em um consumo ainda menor de energia, obtido através
de um desligamento de um número maior de circuitos internos. Um monitor,
por exemplo, ao entrar neste modo, faz o desligamento dos circuitos
geradores de alta tensão, o que diminui ainda mais o consumo de energia.
No retorno das atividades, o monitor volta ao seu estado normal, mas precisa
de um tempo um pouco maior para isto, como se estivesse sendo ligado.

O modo “Suspend” fornece mais economia de energia, mas requer um


tempo maior para a volta à atividade. O modo “Standby” oferece uma
economia de energia menor, mas será mais rápida a volta à operação
normal, ao ser detectada atividade.

Vejamos agora quais são os itens encontrados nesta parte do CMOS Setup.

Power Management
Este é o comando que ativa as funções de gerenciamento de energia. Suas
opções são Enabled e Disabled. Quando desabilitado, o computador não
estará usando os recursos de gerenciamento, e todos os itens seguintes do
Power Management Setup ficarão inativos e inacessíveis. Ao habilitar este
item, teremos acesso aos itens seguintes.

Remote Power On
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-61
O Windows permite que o computador seja ligado, desde que esteja em
modo Standby ou Suspend, caso ocorra uma chamada a partir de um
modem externo. Esta opção serve para permitir que essas chamadas
“acordem” o computador para que faça o atendimento. O computador pode
por exemplo, ser ligado automaticamente para receber um fax, e depois de
algum tempo voltar a “dormir”.

RTC Alarm Resume from Soft OFF


Este item é usado para programar uma data e hora para que o computador
seja ligado automaticamente, uma vez que esteja no modo Suspend.

ACPI Aware OS
Aqui deve ser indicado se o sistema operacional possui suporte para ACPI
(Advanced Configuration and Power Interface). É o caso do Windows 98,
mas não do Windows 95. Este recurso é necessário para que o computador
possa realizar um Instant On, ou seja, voltar ao funcionamento
imediatamente a partir de um estado Suspend ou Standby, sem a
necessidade de realizar um novo boot.

Power Button Funcion


Indica como o botão Power do gabinete irá operar. Pode desligar o
computador, ou então comandar uma função Suspend. O computador
permanece com seus dados inalterados, mas reduz o seu consumo de
corrente, para de processar instruções, desliga o disco rígido e o monitor, e
faz o desligamento de alguns outros circuitos visando economizar energia.

Power Supply Type


Algumas placas de CPU podem funcionar tanto em fontes/gabinetes AT
como no padrão ATX. Possuem inclusive dimensões compatíveis
simultaneamente com ambos os padrões, e possuem dois conectores de
alimentação independentes, um para cada tipo de fonte. Caso seja conectado
a uma fonte padrão AT, várias das funções avançadas de gerenciamento de
energia ficarão indisponíveis, como por exemplo, o modo Suspend. O
computador só poderá ficar totalmente ligado ou totalmente desligado. Este
item do CMOS Setup serve para indicar qual é o tipo de fonte na qual a
placa de CPU está ligada, e a partir daí o BIOS ativará ou não as funções de
economia de energia.

Instant On Support
13-62 Como montar, configurar e expandir seu PC
Ative este item se você quiser usar o recurso Instant On, que permite ligar
rapidamente o computador, sem passar pelo processo de boot. Ao invés do
computador ser desligado, fica em modo suspenso (standby), e volta a
“acordar” com o pressionamento de um botão do gabinete. Em geral, o
próprio botão Power é usado para este fim, mas existem gabinetes que
possuem botões diferentes para ligar e para “acordar” o computador de um
estado de standby.

LAN Wake-Up
Este comando faz com que o computador possa “acordar” do estado
suspended quando ocorrer chegada de dados através de uma rede local.

Fan Monitor xxx RPM


Certas placas de CPU possuem sensores que monitoram a velocidade de
rotação de ventiladores do processador e do gabinete, temperatura do
processador e outros parâmetros críticos. Este item serve para que possamos,
através do CMOS Setup, checar como estão esses parâmetros. Não
precisamos entretanto monitorá-los através do CMOS Setup. As placas de
CPU que possuem funções de monitoramento são acompanhadas de um
software chamado DMI (Desktop Management Interface), que roda sob o
Windows, e avisa o usuário em caso de aquecimento do processador, falha
nos ventiladores, etc. Este item é apenas uma forma adicional de fazer essa
checagem sem precisar carregar o sistema operacional. Quando alguns dos
itens monitorados estão fora da faixa normal no instante do boot, é
apresentada uma mensagem de erro. O usuário deve pressionar F1 e entrar
no Power Management Setup para checar qual é o problema.

A maioria das placas de CPU modernas podem controlar três ventiladores:

CPU Fan – o cooler ligado ao processador


Chassis Fan – ventilador opcional, instalado na parte frontal do gabinete
Power Supply Fan – ventilador opcional, na parte traseira do gabinete

Nesse caso o CMOS Setup permite monitorar as rotações desses três


ventiladores. Através de um software DMI, que é executado em segundo
plano, o usuário pode ser alertado em caso de falha em um desses
ventiladores.

Thermal Monitor xxxC/xxxF ou CPU Current Temperature


Este item serve para checar, através do CMOS Setup, como está a
temperatura interna do processador, sem que para isto seja preciso carregar
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-63
o software DMI no ambiente Windows (veja o item Fan Monitor xxx RPM
acima).

Motherboard temperature monitor


As placas de CPU modernas podem informar não apenas a temperatura do
processador, mas também a temperatura interna do gabinete. Ao manter a
temperatura interna do gabinete baixa, estamos contribuindo para reduzir a
temperatura do processador. O ideal é permitir que esta temperatura esteja
no máximo entre 40 e 45 graus. Se a temperatura aumentar devemos tomar
providências para melhorar a refrigeração. Usar ar condicionado, organizar
os cabos flat no interior do gabinete para não bloquear o fluxo de ar, instalar
um cooler adicional na parte frontal do gabinete são algumas providências
que ajudam bastante.

Voltage Monitor
Este item serve para checar, através do CMOS Setup, os valores que
constam nas saídas dos reguladores de voltagem da placa de CPU. São
mostradas as tensões nominais (ou seja, o que deveria estar marcando) e os
valores medidos pelo Setup. Tolerâncias pequenas são permitidas, como 5%
para mais ou para menos. Valores fora da faixa de tolerância são informados
automaticamente quando o computador é ligado.

CPU Overheat Warning Temperature


Informa a temperatura a partir da qual deve ser considerado excessivo o
aquecimento do processador. O valor poderá ser de 55, 60, 65, 70 graus,
dependendo do processador. Utilize o valor default programado pelo Setup.

CPU Overheat Clock Down


Quando a temperatura do processador é elevada acima do limite
programado no item CPU Overheat Warning Temperature, o seu clock é
automaticamente reduzido, o que provocará uma redução na temperatura,
fazendo com que volte a um limite seguro. Normalmente são oferecidas
opções que são porcentagem do clock máximo, como 25%, 50% e 75%. Se o
seu computador se tornar inexplicavelmente lento depois de alguns minutos
de uso, o problema pode ser aquecimento do processador, seguido de
redução automática do clock.

IDE Drive Power Down


Indica se o disco rígido deve ou não entrar em baixo consumo de energia,
junto com o resto do sistema. Quando ativamos este item, o disco rígido terá
13-64 Como montar, configurar e expandir seu PC
desligado o seu motor principal, ou seja, cessa a sua rotação. Na volta das
atividades, será preciso aguardar alguns segundos até que o motor seja ligado
e atinja sua velocidade normal.

Monitor Power Down


Ao ser habilitado este item, o monitor será colocado em estado de baixo
consumo após detectado um período de inatividade no sistema. A economia
de energia obtida será grande, pois um monitor em geral consome cerca de
100 watts.

Vídeo off Option


Aparecem opções como Always on e Suspend=Off. Indica como o monitor
deve se comportar quando o computador entra em estado Suspend.
Recomendamos usar a opção Suspend=Off, que resultará em maior
economia de energia.

Suspend-to-RAM (STR) Capability


Este estado de economia de energia pode ser usado, desde que todo o
hardware seja totalmente compatível, bem como os seus drivers. Neste
modo, praticamente todo o computador é desligado, exceto a memória
DRAM. Ao movimentarmos o mouse ou usarmos o teclado, o computador
voltará a ficar 100% ligado, depois de cerca de 5 segundos. Pode ser
necessário instalar drivers mais recentes para as placas de computador (CPU,
som, vídeo, etc) para que este recurso funcione.

Inactivity Timer
Neste item, podemos programar o tempo de inatividade necessário para que
o computador entre em estado de baixo consumo de energia. Em alguns
Setups, existe um único contador de tempo. Em outros, existem contadores
independentes para que seja ativado o Standby Mode, e o Suspend Mode.
Por exemplo, podemos programar um computador para que entre em
Standby após, digamos, 10 minutos de inatividade, e para que entre em
Suspend depois de ficar, digamos 20 minutos em Standby.

Monitor IRQ
Não se trata de um item, e sim, vários itens, um para cada interrupção.
Através dele indicamos quais interrupções devem ser monitoradas para, após
inatividade em todas elas, o sistema entrar em estado de baixo consumo de
energia. Também serve para indicar quais dispositivos podem levar o sistema
à atividade normal. Digamos que queremos que o computador volte ao
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-65
normal para, por exemplo, fazer a recepção de um fax. Será preciso saber
qual é a interrupção usada pela placa fax/modem, e habilitar o seu
monitoramento no Setup. Em caso de dúvida, habilitamos o monitoramento
de todas as interrupções.

Monitor DMA
Serve para monitorar atividades nos canais de DMA. São na verdade vários
itens independentes, um para cada canal de DMA. Quando habilitamos
esses itens, esses canais de DMA serão incluídos na lista de dispositivos que
são monitorados para a detecção de um estado de atividade ou de
inatividade. Em caso de dúvida, podemos deixar todos esses itens habilita-
dos.

Monitor LPT / COM / Floppy


Alguns Setups oferecem ao usuário a opção de monitorar seus dispositivos,
sem que seja preciso indicar quais são as interrupções correspondentes.
Nesse caso, apresentam uma lista com os diversos dispositivos, na qual
podemos incluir os desejados.

Power Up Control
Esta parte do CMOS Setup está presente nas placas de CPU mais modernas
que seguem o padrão ATX. Uma fonte de alimentação ATX tem como
característica, poder ser ligada por circuitos da placa de CPU. É possível, por
exemplo, programar a sua ligação automática em um determinado horário.
Computadores que usam o padrão ATX podem ser completamente
desligados, ou serem colocados em modo suspenso. O funcionamento volta
ao normal, do ponto onde foi feita a suspensão, sem a necessidade de
realizar um novo boot. Alguns itens do CMOS Setup fazem a regulagem do
uso desses recursos.

Power Button < 4 Secs


Este item tem duas opções: Soft Off e Suspend. Quando programado com
Soft Off, o botão Power é usado para ligar e desligar o computador. Quando
programado com a opção Suspend, este botão não desliga o computador,
mas o coloca em modo suspend, ou seja, fica paralisado, consumindo pouca
energia, mas pronto para voltar a funcionar no ponto onde parou. Nesse
caso, para ligar e desligar o computador, é preciso pressionar o botão por
mais de 4 segundos.

AC Power Loss Restart


13-66 Como montar, configurar e expandir seu PC
Permite escolher como o computador será ligado novamente depois de uma
queda de energia. As opções apresentadas são Enabled e Disabled.
Programado em Enabled, faz com que o computador seja automaticamente
ligado quando a energia é restabelecida. Com a opção Disabled, o
computador permanecerá desligado depois que a energia voltar. Será preciso
atuar sobre o botão Power para ligá-lo.

Automatic Power Up
Permite programar o computador para que se ligue automaticamente em
determinadas datas e horários, ou então diariamente em um horário
programado.

Load Defaults
Felizmente, todos os Setups modernos possuem comandos para realizar a
programação automática de todos os seus itens, fazendo com que o usuário
não tenha obrigação de conhecer profundamente o seu significado. Depois
de feita esta “auto configuração”, o usuário só precisa acertar o relógio,
definir os tipos de drives e os parâmetros do disco rígido. Vejamos quais são
esses comandos.

Load Optimal Defaults


Este é o comando utilizado na maioria dos casos. Faz com que todos os itens
sejam programados da forma mais eficiente possível, mas sem ativar os itens
que são considerados “envenenamentos”. Em geral, são programados os
seguintes itens, além de diversos outros:

É habilitada a cache interna e a externa


É habilitada a Shadow RAM para o BIOS principal e o da placa SVGA
É ativado o máximo clock do processador

Com essas poucas providências, em geral o processador atinge o seu pleno


desempenho. Entretanto, nem sempre chegamos ao máximo desempenho
total do sistema. O bom conhecedor do Setup pode realizar ajustes visando
obter, por exemplo, uma melhor taxa de transferência do disco rígido,
através da ativação dos modos Ultra DMA e os outros recursos já
apresentados.

Load Fail Safe Defaults


Quando o computador está apresentando problemas de funcionamento,
muitas vezes é preciso reduzir bastante a sua velocidade. Com esta redução,
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-67
em geral o computador passa a funcionar bem, pelo menos o suficiente para
que façamos uma investigação mais profunda sobre o problema. Por
exemplo, alguém inadvertidamente instala memórias DRAM com 70 ns,
quando a placa de CPU exige memórias de 60 ns. Isto faz com que a pro-
gramação obtida com o “Optimal Defaults” resulte em erros de acesso à
memória.

Quando usamos o comando “Load Fail Save Defaults”, todo o Setup é feito
de forma que o computador opere com a menor velocidade possível. As
caches são desabilitadas, o clock do processador é reduzido, e os tempos
para acessar a DRAM serão os mais longos possíveis. O computador acaba
ficando tão lento quanto um PC dos anos 80. Quando o computador fun-
ciona com esta redução de velocidade, devemos experimentar habilitar cada
um dos itens do Setup, até descobrir qual deles é o causador do problema.

Load Original Values


Quando este comando está presente, são descartadas todas as alterações que
o usuário realizou, sendo todos os itens reprogramados com os seus valores
vigentes no instante em que o programa Setup entrou em execução. Seu uso
é equivalente a sair do Setup sem gravar os dados no chips CMOS, e depois
executar o Setup novamente.

Exit
Todos os Setups possuem um comando de finalização. Após esta finalização,
será dado prosseguimento ao processo de boot. Alguns Setups continuam de
onde pararam quando o usuário invocou a sua execução. Outros começarão
tudo desde o início, apresentando uma nova contagem de memória e tudo o
mais que ocorre durante o processo de boot.

Ao sairmos do Setup, temos duas opções, como mostramos a seguir:

Save and Exit


Com este comando, as alterações feitas pelo usuário são armazenadas
definitivamente no chip CMOS, antes do Setup terminar sua execução.

Do not Save and Exit


Usamos este comando para desistir das alterações que fizemos. Os dados do
chip CMOS serão os mesmos vigentes no instante do início da execução do
Setup.

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