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CMOS Setup
Ajuste fino no hardware
Para montar um PC você não precisa conhecer todos os detalhes técnicos
sobre o CMOS Setup. Na maioria das vezes a auto-configuração é
satisfatória. Ele é usado automaticamente quando a placa de CPU é ligada
pela primeira vez. Com ela, todos os ajustes são feitos de uma forma padrão
que oferece os melhores resultados. Depois disso só precisamos ajustar o
relógio e definir os parâmetros do disco rígido.
Resolver problemas
Otimizar o desempenho
Utilizar opções de funcionamento que por padrão são desativadas
Diferenças e semelhanças
Cada placa de CPU possui o seu próprio CMOS Setup. Entre os diversos
modelos, encontramos comandos bastante semelhantes, mas também
comandos bastante diferentes. As diferenças dependem do fabricante do
CMOS Setup (os principais são Award e AMI) e principalmente do chipset
da placa de CPU. Cada chipset possui recursos específicos e assim como
eles, comandos próprios para ativa-los. Quem está acostumado com o
CMOS Setup de um computador certamente terá facilidade para utilizar a
13-2 Como montar, configurar e expandir seu PC
maioria dos comandos do CMOS Setup de outros computadores. Vai
entretanto encontrar muitas diferenças. Neste capítulo abordaremos
comandos que foram extraídos do CMOS Setup de dezenas de
computadores.
O método padrão
O método inicial recomendado para a programação do CMOS Setup
consiste no seguinte:
1. Usar a auto-configuração.
2. Acertar a data e a hora
3. Definir o drive de disquetes
4. Auto detectar o disco rígido
5. Sair e salvar
Controle do hardware
POST
Dar início ao processo de boot
Segurança contra vírus
Proteção através de senhas
Gerenciamento do uso de energia
O BIOS da placa de CPU é capaz de realizar todas essas funções, sendo que
a mais importante é o controle do hardware. O programa conhecido como
CMOS Setup serve para que o usuário defina algumas opções para a
realização dessas funções. Por exemplo, entre as dezenas de opções do
CMOS Setup, existe uma que está relacionada com o processo de boot:
Figura
13.1
Tela de um Setup
com apresentação
gráfica.
Figura
13.2
Tela de um Setup
com apresentação
em texto.
O Windows e o BIOS
Nos tempos do velho MS-DOS e do Windows 3.x (assim como em todas as
versões anteriores ao Windows 95), a maior parte ou todo o controle do
hardware era feito pelo BIOS. Atualmente muitas das funções de controle do
13-6 Como montar, configurar e expandir seu PC
hardware que antes eram realizadas pelo BIOS são realizadas por drivers do
Windows. O Windows controla o vídeo, o teclado, a impressora, o disco
rígido, o drive de CD-ROM e todo o restante do hardware. Entretanto isto
não reduz a necessidade nem a importância do BIOS. Muitas das funções de
controle realizadas pelo Windows são feitas com a ajuda do BIOS, ou então
a partir de informações do CMOS Setup. Além disso o BIOS precisa
continuar sendo capaz de controlar o hardware por conta própria, para o
caso de ser utilizado um sistema operacional que não controle o hardware
por si mesmo. O BIOS também precisa ser capaz de realizar todo o controle
do hardware antes na ocasião do carregamento do Windows na memória.
Por questões de compatibilidade, o BIOS sempre será capaz de controlar
sozinho a maior parte do hardware, mesmo que o Windows seja capaz de
fazer o mesmo e dispensar os serviços do BIOS.
3. Uma vez sabendo o fabricante do seu BIOS e a sua versão, você pode
tentar acessá-lo pela Internet. Aqui estão alguns endereços que poderão
ajudar:
AMI http://www.ami.com
Award http://www.award.com
Phoenix http://www.ptltd.com
Peripheral Configuration
Através deste menu podemos atuar em várias opções relativas às interfaces
existentes na placa de CPU. Podemos por exemplo habilitar ou desabilitar
qualquer uma delas, alterar seus endereços, e até mesmo definir certas
características de funcionamento.
PnP Configuration
Nesta seção existem alguns comandos que permitem atuar no modo de
funcionamento dos dispositivos Plug and Play. Podemos, por exemplo,
indicar quais interrupções de hardware estão sendo usadas por placas que
não são PnP.
Power Management
Este menu possui comandos relacionados com o gerenciamento de energia.
Todas as placas de CPU modernas possuem suporte para esta função.
Consiste basicamente em monitorar todos os eventos de hardware, e após
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-9
detectar um determinado período sem a ocorrência de nenhum evento, usar
comandos para diminuir o consumo de energia.
Security
Em geral esta parte do Setup é muito simples. Consiste na definição de
senhas que podem bloquear o uso do computador ou do Setup (ou ambos)
por pessoas não autorizadas.
IDE Setup
No IDE Setup existem comandos que permitem detectar automaticamente os
parâmetros dos discos rígidos instalados, bem como ativar certas carac-
terísticas do seu funcionamento.
Anti Virus
Aqui temos a opção para monitorar as gravações no setor de boot do disco,
uma área que é atacada pela maior parte dos vírus. Desta forma, o usuário
pode ser avisado quando algum vírus tentar realizar uma gravação no setor
de boot.
CPU PnP
Na verdade este nome não é muito adequado. Dispositivos Plug and Play
devem ser jumperless (ou seja, não usam jumpers para serem configurados),
mas nem tudo o que é jumperless pode ser chamado de Plug and Play. Este
menu dá acessos a comandos que definem o clock interno e o clock externo
do processador.
Load Defaults
Em geral, o fabricante da placa de CPU apresenta dois conjuntos de valores
para o preenchimento automático de praticamente todos os itens do Setup.
Um desses conjuntos, chamado às vezes de “Default ótimo”, é o que resulta
no maior desempenho possível, sem comprometer a confiabilidade do
computador. O outro conjunto de valores é o “Default à prova de falhas”,
que faz o computador operar em baixa velocidade. Deve ser usado quando
o computador apresenta falhas.
Best defaults
Em alguns setups existe o comando Best Defaults, que faz com que todos os
parâmetros sejam programados com as opções que resultam no maior
desempenho, mas sem se preocupar com a confiabilidade e a estabilidade do
funcionamento do computador. Em geral este recurso funciona apenas
quando são instaladas memórias bastante rápidas. A opção Optimal Defaults
13-10 Como montar, configurar e expandir seu PC
é uma escolha mais sensata, pois resulta em desempenho alto, sem colocar
em risco o bom funcionamento do computador.
Power Up Control
Este menu possui vários comandos relacionados com operações de
ligamento e desligamento do computador. Por exemplo, podemos programá-
lo para ser ligado automaticamente em um determinado horário, ou então
quando ocorrer uma chamada pelo modem, ou quando chegarem dados
através de uma rede local. Podemos escolher o que fazer quando ocorre um
retorno no fornecimento de energia elétrica após uma queda, se o
computador é ligado automaticamente ou se o usuário precisa pressionar o
botão Power On.
Exit
Ao sair do programa Setup, temos sempre as opções de gravar as alterações
no CMOS antes de sair, ou então ignorar as alterações.
A maioria dos itens do CMOS Setup podem ser programados com duas
opções: Enabled (Habilitado) ou Disabled (Desabilitado). Existem entretanto
itens que possuem opções diferentes, e até mesmo opções numéricas.
Data e Hora
Tipo do drive de disquete
Parâmetros dos discos rígidos
Figura
13.3
Exemplo de
Standard CMOS
Setup.
Date / Time
O primeiro comando que normalmente usamos é o acerto do relógio.
Devemos usar as setas para selecionar o item a ser alterado, e a seguir, usar
as teclas Page Up e Page Down para alterá-lo.
Hard Disk
Tradicionalmente, este item é usado para o preenchimento dos parâmetros
chamados de “Geometria Lógica” dos discos rígidos. Esses parâmetros são:
O item Hard Disk não aparece necessariamente com este nome. Existem
itens independentes para cada um dos discos rígidos possíveis. Na maioria
das placas de CPU, o CMOS Setup possui itens independentes para 4 discos
rígidos, sendo que dois são conectados na interface IDE primária, e dois na
secundária. É comum encontrar esses itens com os nomes:
Primary Master
Primary Slave
Secondary Master
Secondary Slave
Para cada um dos discos instalados, temos que definir seus parâmetros. O
disco Master ligado na interface IDE primária será reconhecido como sendo
o drive C. O segundo disco (slave) da interface primária, caso exista, será
reconhecido como sendo o drive D. Discos rígidos IDE podem ser ligados de
diversas formas diferentes, mas certas combinações não são permitidas. Por
exemplo, não podemos instalar um único disco em uma interface,
configurado como Slave. A tabela abaixo mostra as formas válidas de instalar
discos IDE, bem como os nomes que recebem do sistema operacional:
13-14 Como montar, configurar e expandir seu PC
Há muitos anos atrás (anos 80) a definição dos parâmetros disco rígido era
feita através da especificação de um único número (Hard Disk Type). Cada
número resultava em valores predefinindos para todos os parâmetros do
disco rígido. Isto foi feito desta forma no Setup do IBM PC AT, pois na
época do seu lançamento, eram pouquíssimos os modelos de disco rígido
existentes no mercado. Já que eram poucos, uma tabela foi implantada no
BIOS, e bastava indicar qual o tipo do disco (no início, variava entre o tipo 1
e o tipo 11), e automaticamente estariam definidos os seus parâmetros. Nos
manuais dos discos rígidos da época, existiam instruções como “Defina este
disco no Setup como Tipo 2...”. Com o passar do tempo, novos discos foram
lançados e acrescentados na tabela de discos rígidos do BIOS. Chegou-se a
um ponto em que os fabricantes de BIOS passaram a usar itens
independentes para preencher os parâmetros, ao invés de usar parâmetros
fixos. Em muitos Setups, os tipos de 1 a 46 são fixos, e o tipo 47, também
chamado de “User Type”, é o único que permite o preenchimento individual
dos parâmetros: Cyln, Head, Sect, WPcom e Lzone.
Em todos os Setups mais recentes, não existem os tipos de 1 a 46, já que são
considerados obsoletos. Ao invés disso, possuem as opções User (permitem o
preenchimento manual desses parâmetros pelo usuário) e Auto (faz o
preenchimento automático dos parâmetros).
Discos SCSI
As placas controladoras SCSI possuem o seu próprio BIOS. O BIOS da
placa de CPU, por sua vez, está preparado para controlar apenas discos IDE,
através das suas interfaces. Discos SCSI eventualmente instalados em um PC
não devem ser declarados no CMOS Setup, ou seja, devem ser indicados
como “Not Installed”. Muitos Setups possuem, entre os tipos de discos
rígidos, (1 a 47), um tipo adicional, que é o SCSI. Ao selecionarmos esta
opção, o efeito é o mesmo que indicar a opção “Not Installed”.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-15
CD-ROM
Devemos usar esta opção quando conectamos um drive de CD-ROM em
uma controladora IDE da placa de CPU. Caso esta opção não esteja pre-
sente, devemos usar a opção “Not Installed”. Note que mesmo quando o
drive de CD-ROM é indicado como Not Installed, o sistema operacional
pode usa-lo sem problemas.
Daylight Saving
Alguns Setups possuem esta opção, que nada mais é que o acerto auto-
mático do horário de verão. Este acerto é feito automaticamente pelo BIOS
no início e no final do verão. Como no Brasil o horário de verão não respeita
essas datas, devemos deixar esta opção desabilitada.
Keyboard
Este item possui duas opções: Installed e Not Installed. A princípio pode
parecer um pouco estranho. Usar a opção Not Installed, não significa que o
teclado será ignorado, e sim, que não será testado durante o boot. Em certos
casos, dependendo do teclado e da fonte de alimentação, é possível que o
BIOS realize um teste de presença do teclado muito cedo, antes que o
microprocessador existente dentro do teclado esteja pronto para receber
comandos. O resultado é uma mensagem de erro na tela (Keyboard Error).
Para solucionar este problema, basta marcar este item com a opção Not
Installed. Desta forma, o BIOS não testará o teclado após as operações de
Reset, eliminando assim a mensagem de erro. O uso do teclado será intei-
ramente normal.
Typematic Delay
Serve para indicar quanto tempo uma tecla deve ser mantida pressionada
para que sejam iniciadas as repetições. Os valores disponíveis são 0,25
segundo, 0,50 segundo, 0,75 segundo e 1 segundo.
Virus Warning
Veja o item “Security”, explicado mais adiante. Na maioria dos computado-
res, este comando ocupa um menu próprio no Setup. Existem entretanto
alguns Setups nos quais este comando fica localizado dentro do Advanced
CMOS Setup.
Password Check
Através deste item, podemos opcionalmente fazer com que seja feito um
pedido de senha para ter acesso ao computador. Em geral, são apresentadas
as opções “Setup” e “Always”. Ao escolher a opção “Setup”, só será
permitido ter acesso ao programa Setup mediante o fornecimento da senha.
Entretanto, para executar o boot e fazer uso normal do computador, não será
preciso fornecer senha alguma. Por outro lado, se este item for programado
com a opção “Always”, será preciso fornecer a senha, tanto para executar o
Setup, como para realizar o boot e fazer uso normal do computador. Antes
de utilizar este item, devemos realizar um cadastramento de senha, o que é
feito através do menu “Security” ou “Password”.
13-18 Como montar, configurar e expandir seu PC
Boot Sequence
Em geral, os PCs executam o boot preferencialmente pelo drive A, e caso
não seja possível executar o boot por este drive, será feito pelo drive C. A
maioria dos Setups possui este item, no qual encontramos as opções “A: C:”
e “C: A:”. É vantajoso usar a opção “C: A:”, o que faz com que o boot seja
mais rápido, já que não será perdido tempo checando a existência de um
disquete no drive A. Esta checagem demora alguns segundos, pois para que
seja feita, é preciso ligar o motor do drive. O usuário só não pode esquecer
que, se um dia precisar executar um boot pelo drive A, deverá alterar este
item para “A: C:”. As placas de CPU modernas têm também a possibilidade
de executar um boot através de um CD-ROM. Este CD-ROM precisa estar
conectado em uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, pois o
BIOS não dá suporte direto a interfaces IDE existentes nas placas de som.
Quando o BIOS pode executar o boot por um CD-ROM, este faz parte das
opções de seqüências de boot. É comum nas placas de CPU modernas, a
existência de outras opções de boot, como LS-120, ZIP Drive, um segundo
disco rígido, discos SCSI e outros tipos de discos removíveis.
Quick Boot
Tem quase a mesma função que o Quick Power On Self Test, explicado
anteriormente. Ao ser habilitado, faz com que não seja feito o teste de
memória, e o boot é executado diretamente pelo drive C, mesmo que exista
um disquete no drive A.
Boot to OS/2
Deixe este item habilitado caso o seu computador utilize o sistema
operacional OS/2. Para outros sistemas, o que inclui DOS, Windows 3.x,
Windows 9x, Windows ME e Windows 2000, este item deve ficar
desabilitado.
USB Function
Este comando habilita o funcionamento da interface USB (Universal Serial
Bus), existente na maioria das placas de CPU atuais. Se você não utiliza
dispositivos USB, pode deixar este item desabilitado. Desta forma a interface
USB não tomará para si uma linha de IRQ (Interrupt Request). Você terá
então mais uma interrupção livre para ser usada por placas em futuras
expansões.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-23
USB Keyboard/mouse support
Tradicionalmente, o teclado tem sido ligado na interface de teclado existente
na placa de CPU, e o mouse tem sido ligado em uma das portas seriais,
normalmente a COM1. As interfaces USB, presentes nas placas de CPU
modernas, permitem a conexão de diversos tipos de dispositivos USB, tais
como: joystick, scanner, modem, teclado, mouse, etc. A maioria desses
dispositivos usam drivers de software para que possam funcionar no
Windows e em outros sistemas operacionais. Entretanto, o teclado não pode
esperar até que o sistema operacional seja carregado para que possa
funcionar. Precisamos que o teclado esteja operacional, por exemplo, no
CMOS Setup e outras etapas pré-boot. Por isso, é preciso que o “driver” para
o teclado faça parte do BIOS, e não dependa do carregamento de drivers de
software após a carga do sistema operacional. O mesmo podemos dizer a
respeito do mouse, apesar do seu uso não ser tão necessário quanto o do
teclado. Para que um teclado USB e um mouse USB funcionem antes da
carga do sistema operacional, é preciso que no CMOS Setup esteja
habilitado o seu suporte, o que é feito através deste item do CMOS Setup.
Ao instalarmos uma placa que possui uma memória ROM, podemos usar,
por exemplo, o programa MSD (Microsoft Diagnostics) para visualizar o
mapa de memória e saber quais são os endereços ocupados por ROMs. Este
programa faz parte do Windows 3.1 e do MS-DOS 6.x. No Windows 9x, é
encontrado no CD-ROM de instalação. Caso pretenda usá-lo, você pode
copiar os arquivos MSD.* de um computador que possua o Windows 3.1 e o
MS-DOS 6.x, ou então procurá-lo no site da Microsoft
(http://www.microsoft.com). O MSD apresenta um relatório que indica os
endereços de memória onde existem ROMs, e desta forma, podemos
habilitar os itens “Adaptor Shadow” para estes endereços.
A figura 5 mostra o aspecto dos itens que fazem a ativação de Shadow RAM.
Normalmente encontramos itens individuais para ativação da Shadow RAM
para o BIOS da placa SVGA, para o BIOS da placa de CPU e para diversas
áreas da memória superior, na qual residem as ROMs de placas de
expansão. Esta ativação é em geral feita por faixas. Como vemos na figura,
existem diversas faixas de 16 kB, localizadas em endereços a partir do
segmento C800.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-25
Figura
13.5
Ativação da
Shadow RAM.
Processor Type
Muitas placas de CPU modernas podem operar com diversos processadores
compatíveis. A maioria delas detecta automaticamente o processador
presente, mas muitas delas, sobretudo as que usam processadores para o
Soquete 7, podem apresentar em seus Setups, um item através do qual
podemos definir o processador empregado. Quando este item está presente,
podemos encontrar opções como Intel, Cyrix, AMD e Auto. O default é
Auto, o que faz com que o BIOS tente detectar o processador em uso. Caso
esta auto detecção não funcione, podemos indicar diretamente qual é o
processador instalado. Quando uma placa antiga não detecta um
processador novo, e por esta razão apresenta problemas de mau funcio-
namento, devemos adquirir uma nova placa de CPU, ou então tentar fazer
um upgrade de BIOS.
Parity Check
Através deste item podemos habilitar ou desabilitar a checagem de paridade
realizada nas leituras da memória DRAM. Caso todas as memórias DRAM
existentes na placa de CPU possuam o bit de paridade (por exemplo,
quando todos os módulos SIMM forem de 36 bits, e não de 32, e quando as
memórias DIMM forem de 72, e não de 64 bits) podemos deixar este item
habilitado para que sejam usados esses bits. Quando pelo menos um módulo
de memória não possui bits de paridade, devemos deixar esta opção
desabilitada, caso contrário, serão emitidos falsos erros de paridade.
Event logging
Habilita a gravação de eventos DMI na Flash ROM. Deixe este item com a
opção Enabled. Você poderá então usar um software gerenciador de DMI
para Windows, ou mesmo o CMOS Setup, para checar os eventos
armazenados. Este software em geral é fornecido no CD-ROM que
acompanha a placa de CPU.
13-28 Como montar, configurar e expandir seu PC
ECC Event logging
Ao ser habilitado, faz com que os eventos relativos à detecção e correção de
erros na memória sejam armazenados na Flash ROM. A presença de eventos
ECC armazenados na Flash ROM indica que possivelmente existem
problemas na memória. Devemos então tomar providências, como por
exemplo, não confiar 100% no computador, reduzir a velocidade dos acessos
à memória (Advanced Chipset Setup), e fazer backups com mais freqüência.
Se os problemas persistirem, é recomendada a substituição das memórias.
Auto Configuration
Em todos os Setups, este item está ativado por default. Faz com que diversos
itens críticos relacionados com a velocidade de transferência de dados entre
o processador e a memória sejam programados de modo adequado, além de
ficarem inacessíveis para alterações. Se você não quer ter problemas, deixe
esta opção habilitada. Se você quiser alterar a maioria dos itens descritos a
seguir, será preciso desligar a Auto Configuração.
CPU Frequency
Permite escolher o clock externo a ser usado pelo processador. Em geral este
item é programado através de jumpers da placa de CPU, mas muitas delas
podem operar em modo jumperless, com comandos do Setup substituindo
os jumpers. O clock externo deve ser programado de acordo com o
processador, com 66, 100 ou 133 MHz. Não esqueça que processadores
Athlon e Duron operam com DDR (Double Data Rate). Quando um Athlon,
por exemplo, usa o “clock externo de 200 MHz”, está na verdade usando
100 MHz com duas operações por ciclo.
Byte Merge
Ao ser habilitado, este comando otimiza o desempenho das operações de
escrita no barramento PCI, agrupando escritas de dados de 8 e 16 bits dentro
de um único grupo de 32 bits. O barramento PCI opera com mais eficiência
nas operações de 32 bits, e as operações de 8 e 16 bits são mais lentas.
Habilitar este item pode melhorar o desempenho de placas de vídeo,
controladoras SCSI e IDE.
Linear Burst
Este item é encontrado em Setups de placas de CPU para Soquete 7. Pode
ser habilitado quando a placa tem um processador Cyrix. Esses
processadores possuem um modo de transferência de dados da cache L2
mais eficiente, chamado Linear Burst. Deixe portanto este item habilitado
para processadroes Cyrix (6x86, 6x86MX, MII) e desativado para
processadores Intel e AMD.
EDO Autoconfiguration
Este item é encontrado em PCs antigos, que usavam memória EDO. Os
chips que fazem o controle da memória, seja ela FPM DRAM, EDO DRAM
ou SDRAM, ou até mesmo a SRAM que forma a cache externa, precisam
ter configurados diversos parâmetros: temporização dos ciclos de leitura e de
escrita, tempo decorrido entre os sinais RAS e CAS, tempo decorrido entre
os sinais RAS e MA, e diversos outros. A opção EDO Autoconfiguration faz
a programação automática de todos esses parâmetros, fazendo com que as
memórias EDO DRAM funcionem, talvez não da forma mais rápida, mas de
uma forma segura e com velocidade razoável. Quando desabilitamos este
item, podemos atuar individualmente nos diversos itens que regulam o
acesso à memória EDO DRAM, mas este tipo de regulagem pode causar
mau funcionamento, caso seja feito de forma errada. Normalmente essas
regulagens permitem aumentar um pouco o desempenho do computador,
mas se o acesso ficar muito rápido, a memória pode não suportar e apresen-
tar erros.
SDRAM Autoconfiguration
Assim como ocorre com a EDO DRAM, a SDRAM também precisa ter seus
parâmetros de acesso regulados no chipset. Deixando o item SDRAM
Autoconfiguration programado com a opção Enabled, esses parâmetros
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-33
serão programados com valores seguros, e permitindo um acesso
suficientemente veloz. Para “envenenar” o acesso à SDRAM, este item deve
ficar em Disabled, e cada um dos parâmetros de acesso devem ser ajustados
manualmente. Isto pode resultar em aumento de desempenho, mas também
pode fazer o computador ficar instável, apresentando travamentos e outros
erros.
SDRAM Autosizing Support
As memórias SDRAM possuem um pequeno chip de memória EEPROM,
que executam uma função chamada SPD (Serial Presence Detect) no qual
existem diversas informações sobre as suas características, entre as quais, a
sua capacidade. Este chip também é encontrado em outros tipos de memória
mais modernos, como DDR e RDRAM. O BIOS, através de comandos
apropriados e com a ajuda do chipset que faz o acesso a essas memórias,
pode interrogar esta EEPROM e determinar a capacidade de cada módulo
de memória. Podemos entretanto encontrar alguns modelos antigos de
memórias SDRAM que não possuem SPD. Quando isto ocorre, a
capacidade das memórias deve ser determinada de forma indireta, através
do BIOS. Para isto, deixamos este item programado com a opção Disabled.
Como todas as memórias SDRAM modernas possuem SPD, deixe este item
programado com Enabled. Você pode ainda usar a opção Auto, caso esteja
disponível. O tamanho da SDRAM será determinado inicialmente através da
SPD EEPROM. Caso não tenha sucesso com este método, o BIOS usará
métodos indiretos para descobrir a quantidade de memória instalada.
Type F DMA Buffer Control
Os controladores de DMA usados nos PCs mais antigos operavam com
clocks de 5 MHz. Este é o padrão usado até hoje nas placas de expansão
ISA que requerem DMA. Por outro lado, placas de expansão PCI podem
operar de forma mais rápida. Dispositivos de DMA que seguem o padrão
antigo requerem 8 ciclos para cada transferência, mas os mais modernos
podem operar com apenas 3 ciclos. Existem programações independentes
para cada um dos canais de DMA (0, 1, 2, 3, 4, 6 e 7). Em caso de dúvida
deixe este item desabilitado. Se você tiver tempo e paciência, pode tentar
alterar o funcionamento dos canais de DMA para Type F, e verificar se as
suas placas que usam DMA continuam funcionando bem. Isto resulta em
pequeno aumento de desempenho, por tomar menos tempo do processador
durante as transferências de DMA.
Cache Read Cycle
Este parâmetro define a temporização das operações de leitura da memória
cache externa pelo processador. É encontrado nos Setups de placas de CPU
13-34 Como montar, configurar e expandir seu PC
que possuem cache L2 externa. De todos os itens do Advanced Chipset
Setup, este é o que tem mais impacto sobre o desempenho total do
computador. A habilidade de transferir dados em alta velocidade da cache
externa para o processador, garante que a sua cache interna terá sempre
instruções prontas para serem executadas, e dados prontos para serem
processados. Cada transferência de dados da cache externa para o
processador é feita por um grupo de 4 leituras consecutivas, cada uma delas
fornecendo 64 bits. Em geral, este ciclo de leitura é marcado por 4 números,
como 3-2-2-2, 2-2-2-2, 2-1-1-1, etc. Cada um desses números indica quantas
unidades de tempo são gastas em cada leitura. A unidade de tempo usada
nessas operações é o “período”, notado pelo símbolo “T”. O valor de T é
calculado a partir do clock externo do processador:
Clock Externo T
50 MHz 20 ns
60 MHz 16,6 ns
66 MHz 15 ns
100 MHz 10 ns
MA Wait State
Este parâmetro define o tempo transcorrido entre os sinais RAS e MA. É
encontrado apenas nas memórias EDO DRAM e FPM DRAM. Reduzir este
valor é um envenenamento. A seqüência certa da ativação dos sinais de
controle de uma DRAM é: RAS, depois MA, depois CAS. Quando o delay
entre RAS e CAS é de 3 ciclos, o delay entre RAS e MA deve ser de no
máximo 2 ciclos. Se for usado também 3 ciclos, os sinais MA e CAS seriam
ativados simultaneamente, e a memória não funcionaria. Da mesma forma,
quando o delay entre RAS e CAS é programado como 2 ciclos, o delay
entre RAS e MA deve ser de obrigatoriamente 1 ciclo. Se forem usados 2
ciclos, os sinais MA e CAS seriam ativados ao mesmo tempo, e a memória
não funcionaria. Pior ainda, se o delay entre RAS e MA fosse de 3 ciclos, o
MA seria ativado depois do CAS, e a memória também não funcionaria.
Tenha em mente portanto que a temporização de uma memória FPM
DRAM ou EDO DRAM deve seguir a ordem:
13-38 Como montar, configurar e expandir seu PC
1) Ativação do sinal RAS (Row Address Strobe)
2) Pausa de 1 ou 2 ciclos
3) Ativação do sinal MA (Multiplex Address)
4) Pausa de 1 ou 2 ciclos
5) Ativação do sinal CAS (Column Address Strobe)
Tome cuidado, pois em alguns Setups, é programado não o delay entre RAS
e MA, e sim, o delay entre MA e CAS. Seja qual for o modo, o
funcionamento mais rápido é obtido com a seqüência:
RAS - 1T - MA - 1T - CAS
RAS - 2T - MA - 1T - CAS
RAS - 1T - MA - 2T - CAS
DRAM Speed
Algumas placas de CPU possuem a capacidade de programar automati-
camente todos os itens relacionados com a temporização da DRAM, bas-
tando que para isto seja fornecida a sua velocidade, ou seja, o seu tempo de
acesso. Memórias mais rápidas suportam uma temporização mais “apertada”
que memórias mais lentas. Determinadas temporizações podem ser indicadas
para memórias de 70 ns, e outras, mais “apertadas”, podem funcionar
perfeitamente em memórias DRAM de 60 ns. É muito melhor uma indicação
como esta, que usa a temporização mais rápida suportada pela memória em
uso, do que as temporizações resultantes da auto configuração. Quando não
temos condições de especificar o tempo de acesso das memórias, a auto
configuração pode usar parâmetros adequados a memórias de 70 ns, o que
faria com que o desempenho das memórias de 60 ns não possa ser aprovei-
tado. Ao encontrar este item no Setup, verifique o tempo de acesso das
memórias instaladas e escolha o valor apropriado.
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-39
Em PCs que usam memórias SDRAM, este item pode oferecer opções como
PC100/PC133, ou 100 MHz / 125 MHz / 133 MHz / 143 MHz / 166 MHz.
Pode ainda aparecer com indicações de velocidade em ns (10 ns / 8 ns / 7.5
ns / 7 ns / 6 ns).
L2 Cache Policy
A memória cache externa pode operar de dois modos: Write Through e
Write Back. No primeiro método, a cache externa acelera apenas as ope-
rações de leitura, e no segundo método, acelera também as operações de
escrita. O segundo método oferece melhor desempenho que o primeiro, e
deve ser preferencialmente utilizado.
PCI Burst
O barramento PCI pode operar com transferências em modo Burst. Nas
transferências normais, o circuito que requisita a transferência deve fornecer
o endereço a ser acessado, e a seguir fornecer (ou receber) o dado. As
transferências em modo Burst, por sua vez, precisam que seja fornecido
apenas o endereço inicial, e a seguir, uma longa seqüência de dados é
transmitida, sem que os endereços precisem ser novamente fornecidos. Este
13-42 Como montar, configurar e expandir seu PC
sistema é usado, por exemplo, para transferir dados para a memória de
vídeo das placas SVGA, ou para transferir dados para a interface IDE.
Entretanto, certas placas PCI podem não suportar transferências neste modo.
Se forem observados problemas, por exemplo, nas imagens exibidas na tela,
devemos desabilitar o item PCI Burst, o que fará com que as transferências
sejam realizadas no modo convencional.
PIIX4 SERR#
Habilita a checagem de erros pelo chip PIIX4, no qual estão as interfaces
IDE e as interfaces USB. Desta forma, eventuais erros ocorridos nesses
dispositivos serão informados ao processador. Se este item ficar desabilitado,
certos tipos de erro poderão não ser detectados, o que é ruim para a
confiabilidade do computador. Note que este item é específico para chipsets
que usam o chip chamado pela Intel de PIIX4 (i430TX, i440LX, por
exemplo), mas outros chipsets também podem ter controles semelhantes.
IRQ 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 9 / 10 / 11 / 12 / 14 / 15
Esses itens são necessários para possibilitar a instalação de placas ISA que
não sejam PnP. Placas ISA PnP (Ex: Sound Blaster 16 PnP) não necessitam
que o usuário defina linhas de interrupção (IRQ) e canais de DMA. Esta
definição é feita automaticamente pelo BIOS e pelo sistema operacional que
seja PnP. Entretanto, podemos precisar instalar placas ISA não PnP. Neste
caso, precisamos indicar no CMOS Setup quais são as interrupções e canais
de DMA ocupados por essas placas, caso contrário, o BIOS provavelmente
não detectará que esses recursos estão ocupados, e os destinará a outras
placas. O resultado será um conflito de hardware. Esta série de itens servem
para indicar se cada uma dessas interrupções está sendo usada por uma
placa ISA não PnP, ou se está livre para ser usada por algum dispositivo PnP.
Digamos por exemplo que estejamos utilizando uma placa de som ISA, não
PnP, configurada com IRQ5, e uma placa de rede, ISA, não PnP,
configurada com IRQ10. A programação desses itens deve ser portanto feita
da seguinte forma:
DMA Channel 0 / 1 / 3 / 5 / 6 / 7
Assim como determinadas interrupções podem estar ocupadas por placas
ISA não PnP, o mesmo pode ocorrer com canais de DMA. Muitos Setups
possuem itens para a indicação de cada um dos canais de DMA, informando
ao BIOS se estão em uso por alguma placa ISA não PnP, ou se estão livres
para serem usados por dispositivos PnP. Digamos por exemplo que
estejamos utilizando uma placa de som não PnP, ocupando os canais DMA1
e DMA5 (o caso típico da Sound Blaster 16 não PnP). Devemos então
programar esses itens da seguinte forma:
Peripheral Configuration
Esta parte do Setup define vários parâmetros de funcionamento das inter-
faces existentes na placa de CPU: Seriais, paralela, interfaces IDE e interface
para drives de disquetes. Muitos desses itens podem ser programados com a
opção Auto, deixando por conta do BIOS a programação. Para usuários
mais avançados, a possibilidade de usar valores default diferentes pode ser
uma característica muito oportuna, para possibilitar certos tipos de expansão.
13-50 Como montar, configurar e expandir seu PC
AGP 1x / 2x / 4x Mode
As primeiras placas de CPU equipadas com slots AGP podiam operar
apenas no modo 1x, com taxa de transferência de cerca de 250 MB/s.
Posteriormente surgiram placas capazes de operar em modo 2x (cerca de 500
MB/s) e 4x (cerca de 1 GB/s). Quando uma placa AGP é instalada no seu
slot, é utilizado automaticamente o modo mais veloz permitido
simultaneamente pela placa 3D e pela placa de CPU. Podemos entretanto
usar este item para reduzir a velocidade máxima suportada pelo slot AGP da
placa de CPU. Slots capazes de operar em 4x podem ter a velocidade
reduzida para 2x ou 1x. Este ajuste pode ser necessário para resolver
problemas de compatibilidade com certas placas AGP.
AGP Read/Write WS
Este item, ao ser ativado, faz com que a placa AGP adicione um estado de
espera (Wait State) ao acessar dados da memória DRAM. Pode ser
necessária a sua ativação em casos de problemas no funcionamento de
modos 3D.
Endereço 220
IRQ 5
DMA 1 (8 bits) e 5 (16 bits)
FM Enable
Este é mais um recurso das placas Sound Blaster. Trata-se do sintetizador
MIDI, usado para gerar os sons dos instrumentos musicais. Para total
compatibilidade com as placas Sound Blaster, este item deve ficar habilitado.
O endereço da interface é 388.
Onboard Video
São bastante comuns atualmente as placas de CPU com vídeo onboard. A
maioria dessas placas de CPU permite a instalação de uma placa de vídeo
avulsa, PCI ou AGP. Podemos então desabilitar totalmente os circuitos de
vídeo onboard. A seqüência de operações a serem feitas é a seguinte:
None
Primary Only
Secondary Only
Both (ambas ficam ativas)
On Board FDC
Habilita ou desabilita a interface para drives de disquetes existente na placa
de CPU. Devemos desabilitar esta interface caso desejemos utilizar uma
interface para drives existente em uma placa de expansão.
IR Duplex Mode
Quando conectamos um dispositivo infravermelho que suporte a operação
em Full Duplex (transmissão e recepção simultâneas), teremos um
significativo aumento na taxa de transferência de dados. Quando o
dispositivo não suporta Full Duplex, temos que programar este item como
Half Duplex. As transmissões e recepções irão ocorrer em intervalos de
tempo distintos, ou seja, uma transmissão só pode ser feita depois que uma
recepção em andamento terminar. Tente utilizar o modo Full Duplex. Se não
funcionar, deixe em Half Duplex.
Figura 13.6
Habilitando as transferências por DMA no
Gerenciador de Dispositivos do Windows.
Security
Em geral, esta parte do Setup possui apenas dois comandos, sendo um para
cadastramento de senha, e outro relacionado com detecção de vírus.
Password
Tome muito cuidado para não cadastrar uma senha e depois esquecê-la.
Você poderá ficar impossibilitado de usar o Setup, ou então de executar um
boot e usar o Setup, dependendo de como está programado o item
Password Checking Option, no Advanced CMOS Setup. Se você pretende
usar uma senha, anote-a em um local seguro. Quando o usuário esquece a
senha, é preciso apagar os dados do chip CMOS. Isto faz com que a senha
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-57
seja desligada, mas será preciso reprogramar todo o Setup novamente. O
manual da placa de CPU sempre traz instruções sobre como realizar esta
operação.
Quando usamos o comando Password, o Setup nos pede que seja digitada
uma senha, apresentando a mensagem Enter New Password. Depois de
digitada, é apresentada a mensagem Re-Enter New Password. É preciso
digitá-la novamente, para confirmação. A senha só será aceita se for digitada
duas vezes de forma idêntica. Os caracteres digitados não aparecem na tela,
para evitar que um colega presencie o que está sendo digitado e memorize a
sua senha. Caso já tenha sido anteriormente cadastrada uma senha, o Setup
pedirá antes que seja digitada a senha atual, apresentando a mensagem
Enter Current Password. Sem saber a senha antiga, não é possível cadastrar
uma senha nova. Se quisermos desabilitar a senha, basta responder ENTER
à pergunta Enter New Password.
Depois que a senha estiver cadastrada, a checagem será feita de acordo com
o item Password Checking Option, definido no Advanced CMOS Setup.
Programe este item da seguinte forma:
Setup, se você quer que seja pedida a senha apenas para uso do CMOS
Setup. Desta forma, qualquer um poderá usar o computador, mas apenas
mediante o fornecimento da senha será possível utilizar o Setup.
Anti Virus
Quase todos os BIOS são capazes de detectar possíveis contaminações por
vírus de computador, através do monitoramento das operações de escrita no
setor de boot e na tabela de partições do disco rígido. Essas áreas são
monitoradas porque a maioria dos vírus se instalam nelas. Quando deixamos
esta opção habilitada, qualquer operação de gravação em uma dessas áreas é
imediatamente seguida de uma mensagem alertando o usuário sobre uma
possível contaminação, e perguntando se a operação deve ou não ser
realizada. Em geral, o usuário pode escolher três caminhos: Permitir a
gravação, não permitir a gravação ou executar um boot. A gravação deve ser
permitida apenas quando estão em uso programas que realmente gravam
nessas áreas, como por exemplo, o FDISK e o FORMAT, usados no
processo de inicialização do disco rígido. Também durante a instalação de
sistemas operacionais ocorrem essas gravações, que devem ser permitidas.
Por outro lado, se a mensagem alerta sobre vírus ocorre durante o uso de
13-58 Como montar, configurar e expandir seu PC
programas comuns, a melhor coisa a fazer é executar um boot e tomar
providências para detectar e eliminar eventuais vírus existentes no
computador.
IDE Setup
Esta parte do Setup contém itens relacionados com as interfaces IDE e com
os discos rígidos. Alguns desses itens podem ser encontrados em outras
partes do Setup, como no Advanced CMOS Setup e no Peripheral
Configuration Setup.
LBA Mode
Em geral este recurso é aplicado de forma independente para cada um dos 4
possíveis discos IDE. Serve para ativar o Logical Block Addressing, a função
que permite o endereçamento de discos com mais de 504 MB. Como os PCs
modernos sempre utilizarão discos com capacidades acima deste valor, o
LBA deve permanecer sempre habilitado. Deixe este item desabilitado
apenas se for instalar discos rígidos muito antigos, com menos de 504 MB.
Power Management
Os PCs modernos possuem um recurso que até pouco tempo atrás só estava
disponível em computadores portáteis: o gerenciamento de energia. Consiste
em uma monitoração do uso do computador, e ao detectar inatividade
durante um período preestabelecido, colocar o computador e seus
dispositivos em estados de baixo consumo de energia. É um procedimento
muito similar ao usado nos “Screen Savers” (economizadores de tela). A
diferença é que, ao invés de simplesmente prolongar a vida do monitor, o
objetivo principal é a economia de energia. Existem ainda funções para
ligamento automático do computador, desde que ocorram determinados
eventos.
Standby
Neste modo, ocorre uma boa redução no consumo de energia. Menos tempo
será preciso para que o equipamento volte ao estado “ligado”. Um monitor,
por exemplo, ao ser colocado em estado “standby”, inibe o amplificador de
vídeo, fazendo com que a tela fique escura, mas mantém em funcionamento
a maioria dos seus circuitos internos. Com o simples toque em uma tecla, ou
o movimento do mouse, ou qualquer atividade monitorada, o monitor volta
ao seu estado normal, em poucos segundos.
Suspend
Este modo resulta em um consumo ainda menor de energia, obtido através
de um desligamento de um número maior de circuitos internos. Um monitor,
por exemplo, ao entrar neste modo, faz o desligamento dos circuitos
geradores de alta tensão, o que diminui ainda mais o consumo de energia.
No retorno das atividades, o monitor volta ao seu estado normal, mas precisa
de um tempo um pouco maior para isto, como se estivesse sendo ligado.
Vejamos agora quais são os itens encontrados nesta parte do CMOS Setup.
Power Management
Este é o comando que ativa as funções de gerenciamento de energia. Suas
opções são Enabled e Disabled. Quando desabilitado, o computador não
estará usando os recursos de gerenciamento, e todos os itens seguintes do
Power Management Setup ficarão inativos e inacessíveis. Ao habilitar este
item, teremos acesso aos itens seguintes.
Remote Power On
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-61
O Windows permite que o computador seja ligado, desde que esteja em
modo Standby ou Suspend, caso ocorra uma chamada a partir de um
modem externo. Esta opção serve para permitir que essas chamadas
“acordem” o computador para que faça o atendimento. O computador pode
por exemplo, ser ligado automaticamente para receber um fax, e depois de
algum tempo voltar a “dormir”.
ACPI Aware OS
Aqui deve ser indicado se o sistema operacional possui suporte para ACPI
(Advanced Configuration and Power Interface). É o caso do Windows 98,
mas não do Windows 95. Este recurso é necessário para que o computador
possa realizar um Instant On, ou seja, voltar ao funcionamento
imediatamente a partir de um estado Suspend ou Standby, sem a
necessidade de realizar um novo boot.
Instant On Support
13-62 Como montar, configurar e expandir seu PC
Ative este item se você quiser usar o recurso Instant On, que permite ligar
rapidamente o computador, sem passar pelo processo de boot. Ao invés do
computador ser desligado, fica em modo suspenso (standby), e volta a
“acordar” com o pressionamento de um botão do gabinete. Em geral, o
próprio botão Power é usado para este fim, mas existem gabinetes que
possuem botões diferentes para ligar e para “acordar” o computador de um
estado de standby.
LAN Wake-Up
Este comando faz com que o computador possa “acordar” do estado
suspended quando ocorrer chegada de dados através de uma rede local.
Voltage Monitor
Este item serve para checar, através do CMOS Setup, os valores que
constam nas saídas dos reguladores de voltagem da placa de CPU. São
mostradas as tensões nominais (ou seja, o que deveria estar marcando) e os
valores medidos pelo Setup. Tolerâncias pequenas são permitidas, como 5%
para mais ou para menos. Valores fora da faixa de tolerância são informados
automaticamente quando o computador é ligado.
Inactivity Timer
Neste item, podemos programar o tempo de inatividade necessário para que
o computador entre em estado de baixo consumo de energia. Em alguns
Setups, existe um único contador de tempo. Em outros, existem contadores
independentes para que seja ativado o Standby Mode, e o Suspend Mode.
Por exemplo, podemos programar um computador para que entre em
Standby após, digamos, 10 minutos de inatividade, e para que entre em
Suspend depois de ficar, digamos 20 minutos em Standby.
Monitor IRQ
Não se trata de um item, e sim, vários itens, um para cada interrupção.
Através dele indicamos quais interrupções devem ser monitoradas para, após
inatividade em todas elas, o sistema entrar em estado de baixo consumo de
energia. Também serve para indicar quais dispositivos podem levar o sistema
à atividade normal. Digamos que queremos que o computador volte ao
Capítulo 13 – CMOS Setup 13-65
normal para, por exemplo, fazer a recepção de um fax. Será preciso saber
qual é a interrupção usada pela placa fax/modem, e habilitar o seu
monitoramento no Setup. Em caso de dúvida, habilitamos o monitoramento
de todas as interrupções.
Monitor DMA
Serve para monitorar atividades nos canais de DMA. São na verdade vários
itens independentes, um para cada canal de DMA. Quando habilitamos
esses itens, esses canais de DMA serão incluídos na lista de dispositivos que
são monitorados para a detecção de um estado de atividade ou de
inatividade. Em caso de dúvida, podemos deixar todos esses itens habilita-
dos.
Power Up Control
Esta parte do CMOS Setup está presente nas placas de CPU mais modernas
que seguem o padrão ATX. Uma fonte de alimentação ATX tem como
característica, poder ser ligada por circuitos da placa de CPU. É possível, por
exemplo, programar a sua ligação automática em um determinado horário.
Computadores que usam o padrão ATX podem ser completamente
desligados, ou serem colocados em modo suspenso. O funcionamento volta
ao normal, do ponto onde foi feita a suspensão, sem a necessidade de
realizar um novo boot. Alguns itens do CMOS Setup fazem a regulagem do
uso desses recursos.
Automatic Power Up
Permite programar o computador para que se ligue automaticamente em
determinadas datas e horários, ou então diariamente em um horário
programado.
Load Defaults
Felizmente, todos os Setups modernos possuem comandos para realizar a
programação automática de todos os seus itens, fazendo com que o usuário
não tenha obrigação de conhecer profundamente o seu significado. Depois
de feita esta “auto configuração”, o usuário só precisa acertar o relógio,
definir os tipos de drives e os parâmetros do disco rígido. Vejamos quais são
esses comandos.
Quando usamos o comando “Load Fail Save Defaults”, todo o Setup é feito
de forma que o computador opere com a menor velocidade possível. As
caches são desabilitadas, o clock do processador é reduzido, e os tempos
para acessar a DRAM serão os mais longos possíveis. O computador acaba
ficando tão lento quanto um PC dos anos 80. Quando o computador fun-
ciona com esta redução de velocidade, devemos experimentar habilitar cada
um dos itens do Setup, até descobrir qual deles é o causador do problema.
Exit
Todos os Setups possuem um comando de finalização. Após esta finalização,
será dado prosseguimento ao processo de boot. Alguns Setups continuam de
onde pararam quando o usuário invocou a sua execução. Outros começarão
tudo desde o início, apresentando uma nova contagem de memória e tudo o
mais que ocorre durante o processo de boot.