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A concepo da forma
neste nvel em que se distinguem os "maestros normais" dos "grandes
maestros". Reger um obra uma coisa; construir uma concepo prpria e
conseguir express-la outra muito distinta. A msica uma arte na qual
os criadores tm sua disposio um sistema de notao muito claro e
preciso, com o qual podem ser grafadas as idias musicais mais sutis. Por
isso, pode parecer para muitos que bastaria respeitar exatamente as
indicaes dos compositores nas partituras, e as obras estariam fielmente
interpretadas. A verdade, no entanto, est muito longe disso.
Imagine que no futuro inventem uma mquina que possa analisar a
estrutura de um ser humano nos mnimos detalhes, at um nvel
subatmico. Uma outra mquina poderia, a partir dos dados dessa anlise,
recriar uma cpia perfeita do ser original. Mas e a alma? Pode ser descrita?
Analisada? Copiada?
Mesmos nas melhores orquestras do mundo, aquelas que poderiam tocar
sozinhas de to precisas que so, necessrio a batuta de uma maestro
para dar o "sopro divino" que cria a alma e origina a vida da msica.
Para conquistar esse poder, o maestro precisa evoluir interiormente como
ser humano e, a partir dessa dimenso humana, mergulhar na obra,
fazendo reacender dentro de si a mesma centelha que, dentro do
compositor, deu origem criao.
Para chegar a tanto, no existe nenhuma tcnica conhecida. O caminho
mergulhar dentro de si prprio, tentando compreender sua condio de
indivduo e ser humano e, a partir da, construir uma ponte entre essa
experincia profunda e a prtica musical.