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INTRODUGAO A Lei de Acesso 8 informagao (Lein’ 12.527, de 2011) entrou em vigor 10 dia 16 demaio de 2012, Muitos sero os im- pactos danova lei, entre os quais destacamosa formaciio de um nove instrumento de cidadania, o reconhecimento do direito a verdade histérica, a reordenacao das relacGes internacionais sobre politica de sigilo, a constituigdo de politica de informacao de ampla abrangénciae a imposicdo pedagdgica de nova gestao publica. Um choque de gestao poderé se produzir, pedagogicamente, na medida em que 0 Estado, como um todo, tem obrigacio de efetivar seu dever e 0 cidadio o de realizar seu direito.0 combate & corrupgao, 2 falta de memériae &mé gestdo ganhou um aliado com anova lei, resta saber em que medida ser cumprida e desejada. Essa obrigacéo de informar, contudo, incumbe a todos os poderes e érgaos piiblicos, de todos os niveis, e de quem mantém relacionamento com esses entes envalvendo dinheiro puiblico. Dessa forma, Legislativo, Executivo, Judiciério, Ministério Pablico, Tribunais de Contas, FundacGes e Empresas Publicas, Autarquias, Economias Mistas, enfim, e seus contratos e contas, devem ser de acesso puiblico. Isso no plano da Unitio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios. Estamos preparados para tal tarefa? Esto todos esses drgdios tomando medidas de capacitacao de pesscal, designacao de setorresponsavel, de regu- lamentacZo da lei e de organizacio de arquivo para atendé a? Seguramente estamos longe de concluir esse es- forgo, embora, diga-se, muitos jé fizeram e estdo fazendo sua parte. O problema é que a lei entrou em vigor; a categoria mais comum de sigilo, a “confidencial”, deixou de existir; milhares de documentos serdo desclassificados e tornados piiblicos; e foram fixadas responsabilidades a agentes piblicos e privados pelo descumprimento da lei, bem como, se lembrarmos a lei de responsabilidade fiscal, poderd ser cortada verba publica do érgéo publico que nao expor publicamente informacGes relativas & execucdo orcamentiriae financeira, Diante essa realidade, a fim de facilitar a tarefa de implementar a lei de acesso 3 informacao, sobretudo da parte dos Municipios, e melhor compreendé-la, a Consultoria Legislativa do Senado Federal, por meio de seu Nticleo de Estudos e Pesquisas, e a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, com apoio do interlegis, produziram essa cartilha detalhada, em linguagem facile cheia de alertas. Tal aco parceira entre os consultores legislativos e os professores da Universidade de Minas € mais um fruto de sucesso do Acordo de Cooperacao Téc- nica n’ 3, de 2010, pactuado entre o Senadoe a UFMG. Boa leitura. PAULO FERNANDO MOHN £ SOUZA Consultor-Geral Legislative LEI DE ACESSO A INFORMASAO NO BRASIL A Lei n? 12.527 de 20m, conhecida como Lei de Aces- so a Informacdo (LAI), trata de assuntos de interesse da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e também dos Municipios. Como a prépria Constituigéo Federal de 1988 prevé, todos tém direito a receber dos érgaos piiblicos tanto informagGes de seu interesse particular, quanto de interesse coletive ou geral, lembrando-se sempre que algumas excecées existem para a propria seguranga da sociedade e do Estado. Importante tam- bém lembrar que esta Lel inclui toda a Administracao Direta € Indirets’, considerando aqui também as enti- dades controladas direta ou indiretamente pelos Mu- nicipios. Aquem mais alei atinge? Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realizagao de aées de interesse ptiblico, recursos pubiicos diretamente do orgamento ou por meio de auxilios sociais, contrato de gestéo, termo de parceria, convénios, acordo, ajustes ou por outros meios pareci dos . Nesse caso, tais entidades devem tornar public tudo o que se refere aos recursos ptiblicos recebidos e a sua destinagao. OBJETIVOS E DA LET CO CR aes a tece aceaso informacao. Para isso, consideram-se os principios Se eer net ee PSC ea age sec Ser ere Cae eee sy Peet eae ee} Pecan Coat eo noe atsc) Pevensie paca) Cea gee ees aes ee eee ct} INFORMAGOES: ACESSO E DIVULGAGAO No contexto dessa Cartilha, precisamos lembrar que © poder pliblico deve garantir uma gestao transparente da intormagao, propiciando amplo acesso a ela e sua divulga¢éo; protecao da informacao, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; protecdo da informagio sigilosa ¢ da informagdo pessoal, obser- vada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restricao de acesso. Ua es eee) ae ae A INFORMACAO DA LEI? eee eee ec ae eee re eee ee ee ee eee Além disso, ¢ importante lembrar que @ Lal deve divulgar o registro das competéncias e estrutura orga- nizacional, enderecos e telefones das respectivas uni- dades ¢ hordrios de atendimento ao pubblico; registros de quaisquer repasses ou transferéncias de recursos financeiros e das despesas; informacdes concernentes a procedimentos licitatérios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratosre- alizados; dados gerais para o acompanhamento de pro- gramas, aces, projetos e obras de érgaos e entidades; @ respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. ‘© que mais a LAI nao abrange? O tratamento de informacio sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos internacionais atenderd as normas ¢ recomendagées presentes nesses instrumen- tos. Fique de olho E deverdo ff I 1 Estado gg F ®@ garantiro «=? direito de acesso 8 informacdo, através de mecanismos objetives e dgeis, de forma transparente, clara eem linguagem de facil compreensio. A informacéio deve @ smpre ser ! 1 primaria, UD integra, auténtica e atualizada. Jamais deve ser negado acesso a informagao. necesséria & tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Fique y de ' e@ olho ! ! Quando nao for autorizado acesso integral a informacao por ser ela parcialmente sigilosa, é garantido © acesso a parte nao sigilosa por meio de certidao, extrato ou copia com ocultacéo da parte sob sigilo. © que nunca divulgar? A LAI nao absoluta, ela tem foco na divulgagao de informagées com interesse puiblico ou geral. © que ndo se pode divulgar: hipsteses de sigilo previstas em outras leis (por exemplo, sigilo fiscal, sigilo bancério); segredo de justica; e segredo industrial. © que nao divulgar por determinado tempo? As informagées cujo sigilo seja considerado essen- cial seguranga da sociedade e do Estado, inclusive se forem sobre projetos de pesquisa e desenvolvimento cientificos ou tecnoldgicos. Essas informagées sero classificadas como ultrassecretas, secretas ou reser- vadas. As informagées pessoais tem acesso restrito, sendo necessario respeitar a intimidade, a vida privada, hon- ra e imagem das pessoas, bem como as liberdades e garantias individuais. 0 QUE MAIS DEVE SER DIVULGADO? Por ete eee ee oa toy erate een ot! Pees reree? Cees et re Pacer ue oor cee Poe Petts a do ere nt errce nee ee ean Pie eS é ened been Petar eS ores ort Soa PT eee) Ea rrste administracao d na fundamento da tomada cree. Con aha Pras irae malo eer) contrate: Prints ONDE PROMOVER A LEI DE ACESSO A INFORMASAO E dever dos érgaos e entidades publicas incentivar, independentemente de requerimentes, a divulgacdo em local de facil acesso de informacées de interesse coletivo ou geral produzidas ou manticas por eles. Além das InformagGes de cardter 2ublico e geral, deve ser divulgado € publicado © Relatério Anual na In- ternet. A autoridade maxima de cada érgao deve publi- car anualmente em site* apropriado na Internet (portal de transparéncia), nos termos de’seu 2egulamento, o seguinte: rol das informagGes que tenham sido desclas- sificadas de seu sigilo nos tiltimos 12 (doze) meses; rol de documentos clasificados em cade grau de sigilo, com identificacdo para referéncia futtra; relatério es- tatistico contendo a quantidade de padidos de infor- macdo recebidos, atendidos e indeferkdos, bem como informacées genéricas sobre os solicitantes. Esse relatério deve ser publicado e disponivel nas sedes dos érgéos e entidades para consulta ptiblica que também manterdo extreto® com a lista de informa- 6es classificadas, acompanhadas da cata, do grau de sigilo e dos fundamentos da classificacio. J Fique de olho @ _ Umbom lugar para se divulgara l 1 1 informacao publica de modo claro, © FT Snplese direto pode ser na portaria principal do prédic pubblico, como, por exemplo, na entrada da Camara dos Vereadores. Jamais deve ser negado acesso ainformagdo sobre condutas que levem & violago ce direitos humanos praticada por agente publico ou por ordem deles.

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