Sunteți pe pagina 1din 16
Os seres humanos agem conscientemente, ¢ cada um de nés é senhor de sua propria vida. Mas como resolvemos 0 que fazer ?Vocé em algum lugar jé pensou em como voce toma as decisdes sobre o que fazer em determinada situagdo? Vocé age impulsivamente, fazendo “o que der na telha “ ou analisa cuidadosamente as possibilidades € as conseqiiéncias, para depois resolver o que fazer? A filosofia pode nos ajudar a pensar sobre a nossa vida. Chama-se ética a parte da filosofia que se dedica a pensar as ages humanas e os seus fundamentos. Um dos primeiros filésofos a pensar a ética foi Aristételes, que viveu na Grécia no século IV aC . Esse filésofo ensinava numa escola & qual deu 0 nome de Liceu, ¢ muitas de suas obras so resultado das anotagdes que os alunos faziam de suas aulas. As explicagdes sobre a ética foram anotadas pelo filho de Aristételes chamado Nicémaco, e por isso esse livro é conhecido por nés com o titulo de Etica a Nicémaco. Em suas aulas, Aristételes fez uma andlise do agir humano que marcou decisivamente o modo de pensar ocidental. 0 filésofo ensinava que todo 0 conhecimento e todo trabalho visa a algum bem. O bem ¢ a finalidade de toda ago. A busca do bem é 0 diferente é 0 que difere a ago humana da de todos os outros animais. Ele perguntou: Qual & 0 mais alto de todos os bens que se podem aleangar pela ago? E como resposta encontrou: a felicidade. Essa resposta formulada pelo filésofo encontra eco até nossos dias. Tanto o homem do cotidiano como todos os grandes pensadores esto de acordo que a finalidade da vida € ser feliz. Identifica-se o bem viver € 0 bem agir com o ser feliz, No entanto, disse Aristételes, a pergunta sobre o que & felicidade ndo € respondida igualmente por todos. Cada um de nds responde de uma forma singular. Essa singularidade na resposta € partilhada por outros individuos com os quais convivemos. Portanto, no processo de nossa educagio familiar, religiosa e escolar aprendemos a identificar 0 ser feliz com os valores que sustentam nossas ages. Toda a produgio humana consiste em criar condigdes para que o homem seja feliz. Todas as religides, as filosofias de todos os tempos, as conquistas tecnolégicas, as teorias cientificas e toda a arte so criagdes humanas que procuram apresentar condigdes para a conquista da felicidade. O processo civilizatério iniciou-se com a promessa da felicidade. 2, Racionalidade e Liberdade © mesmo Aristételes caracterizou os humanos como seres racionais que falam. A dimensdo anfmica ou psiquica ( psique=alma) dos seres humanos foi concebida pelo filisofo como um conjunto de duas partes: uma racional ¢ a outra privada de razio. A primeira expressa-se pela atividade filoséfica e matematica, A Segunda, por seus elementos vegetativos e apetitivos. Isso permitiu a hierarquizagao dos seres humanos. Pela Segunda parte da alma, somos iguais a todos os outros animais. Movidos pelos instintos primérios (fore, sede, sono, reprodugdo ), somos guiados pela necessidade de sobrevivéneia, Todos os seres humanos tem em comum um problema tinico a resolver: como sobreviver. Necessitamos de alimentos para aplacar nossa fome; de gua para saciar a sede: dormir para perpetuar a espécie. Mas 0 que nos diferencia dos outros animais? Segundo Aristételes, é a racionalidade. Nés somos capazes de planejar nossas ages, de realizar escolhas ¢ julgé-las, determinando seu valor. Agimos acreditando que estamos fazendo o bem e, mesmo quando julgamos mal nossas agdes, & sempre 0 bem que estabelece o critério de tal julgamento. Assim, os seres humanos identificam-se como tais pelas distinges que so capazes de estabelecer com os outros animais e, por conseguinte, com todo o reino da natureza. Os seres humanos definem-se pela capacidade de pensar, falar, trabalhar e amar. Ainda com Aristételes, podemos identificar trés coisas que controlam a ago: sensagdo, razdo e desejo. A primeira ndo & prineipio para julgar agdo, pois também os outros animais possuem io, mas no participam da a A acdo é um movimento deliberativo, isto & a origem da ago ¢ a escolha. Os homens diferem dos demais animais porque sio capazes de realizar escolhas. © desejo est na raiz dessas escolhas: a razdo & o seu guia. Para Aristoteles, 0 desejo é a forga motriz, 0 impulso gerador de todas as nossas agdes. Mas esta forga motriz deve seguir 0 curso tragado pela razao. A razio guia, conduz o desejo ao encontro de seu objetivo. Realizar escolhas é eleger objetos para o desejo. O critério das escolhas é sempre racional. O motivo & sempre emocional, ou seja, impulsionados pelo desejo movemo-nos em diregdo aos objetos. Nesse sentido, a capacidade racional de realizar escolhas permite~ nos afirmar nossa condig%o de liberdade. O exercicio da liberdade ¢ a capacidade de escolher. Nisso os seres humanos podem se desviar do determinismo pelo padrio genético de suas espécies. Quando olhamos um filhote de cachorro, por exemplo, somos capazes de dizer seu comportamento futuro, Ao olhar para um bebé € impossivel prever seu comportamento, suas agGes e suas intengdes. E a escolha que define o carter de um ser humano, Suas virtudes se manifestam nas escolhas que realiza no curso de sua condigdo mortal. Aqui se apresentam algumas questdes éticas de grande relevancia. Quais os critérios que norteiam as escolhas que um homem faz em sua vida ? Quais so os valores que pautam suas agdes ? Quais objetivos pretende atingir com quais meios efetivara sua realizago ? Afirma-se que toda ado deve ser justa e 7.0 que é ser bom? boa. Mas, 0 que determina a justiga e a bondade? O que ¢ ser justo No exercicio da liberdade, cada um de nos se relaciona com outros individuos e dessas relagGes emerge a realidade social. Chamamos sociais nossas relagdes com os outros no mundo. A sociedade & uma construedo histérica pautada numa lei fundamental: & proibido matar o semelhante, No entanto, numa répida olhada em qualquer jornal, por exemplo, descobrimos que o assassinato ¢ praticado das mais diferentes formas: guerras, fome, assaltos, atentados, terroristas...Vez ou outra, ouvimos dizer que essas agSes so desumanas. Mas como, se foram praticadas por seres da mesma espécie, animais racionais? Civilizagio e valores A civilizagdo parece nao respeitar a lei fundamental que criou para que pudesse existir. E proibido matar! Se existem priticas homicidas, os critérios de bondade e justiga no sto cumpridos. Os assassinatos revelam o conflito irremedidvel entre a liberdade ¢ a lei. A lei foi constituida para garantir o exercicio da liberdade. No entanto, acaso deveriamos julgar livres os individuos que praticam crimes? Seriam eles livres em suas agdes ou ndo ? O critério de justiga determina a prisdo ( perda da liberdade ) para quem cometer homicidio. Mas por que os pobres sio condenados & prisio ? Por que os chamados “crimes de colarinho-branco “ nao sio punidos com a prisdo? Observe que essas questdes remetem ao chamado da reflexdo ética. Em 1930, um médico vienense chamado Sigmund Freud - o eriador da psicandlise ~ publicou um livro com o sugestivo titulo O mal estar na civilizagio, Nessa obra, Freud fez um diagnéstico do processo civilizatério © constatou que os seres humanos esto condenados a viver nesse conflito irremediavel entre as exigéncias pulsionais (a liberdade) eas restrigdes (as leis). Freud Retoma a classica questo aristotélica que atravessa toda a histéria ocidental: © que os homens pedem da vida e o que desejam nela realizar? A resposta & categérica : a felicidade. Os homens querem ser felizes ¢ assim permanecer. Toda ago tem em vista a conquista da felicidade. Par analisar por que nos afastamos desse propésito, Freud apresenta uma reflexdo decisiva para pensarmos a Etica civilizatéria como processa de felicidade: “Grande parte das Jutas humanas centraliza-se em tomo da tarefa tinica de encontrar uma acomodagio conveniente — isto é, uma acomodagao que traga felicidade — entre essa reinvindicagao do individuo (liberdade) e as reivindicagdes culturais do grupo (leis), e um dos problemas que incide sobre o destino da humanidade o saber se tal acomodagdo pode ser alcangada por meio de alguma especifica de civilizagdo (religido, ciéncia, filosofia, arte) ou se esse conflito ¢ itteconciliavel"(p.116). A posigdo de Freud ¢ clara: 0 conflito é irremediavel. ‘A tarefa da civilizagdo & humanizar esse animal racional chamado homem. Acompanhando os argumentos de Freud na obra citada, podemos encontrar elementos para caracterizar 0 processo civilizatério construido pelos seres humanos. A civilizagio & concebida como tudo aquilo por meio do que a vida humana se elevou acima de sua condigo animal. Os humanos so seres da cultura. A cultura & a morada do homem. © acesso aos bens culturais produzidos em toda a histéria é © que define nossa condigdo humana. O homem é um animal cujo maior desejo & tomnar-se humano. ‘A elevagio apontada por Freud & 0 que diferencia dos outros animais. A vida humana difere da vida dos animais em dois aspectos: os conhecimentos ¢ as capacidades adquiridas para controlar as forgas da natureza; e os regulamentos (leis, normas, regras) para ajustar as relagdes dos homens uns com os outros. Na luta pela sobrevivéncia em um mundo sombrio e assustador, 0 animal racional teve de enfrentar trés grandes desafios : © poder superior da natureza, que nos ameaga com forgas de destruigdo , a fragilidade de seu proprio corpo, condenado a dissolugao; e as leis que regulam sua agdes sociais. Os conhecimentos cientificos e tecnolégicos procuram responder a esses desafios. As priticas religiosas, os sistemas de crengas também . As teorias filoséficas e as produgdes artisticas inserem-se nessa tarefa de encontrar caminhos para esses desafios humanos. A conclusdo derradeira de Freud & que a civilizagdo tem que ser defendida contra 0 individuo e que seus regulamentos, suas instituigdes e suas ordens dirigem-se a essa tarefa (..)fica-se com a impresso de que a civilizaso & algo que foi imposto a uma maioria resistente por uma minoria que compreendeu como obter a posse dos meios de poder ¢ coersio”9P.1170, até a morte, somos submetidos ao processo civilizatério. Desde o nascimento até a morte, somos atravessados pelos critérios que sustentam a civilizagao: 0 bem e a justiga, Finalmente, como relacionar a ética ( instncia individual ) e civilizago ( instancia coletiva )? A ética, pensada no campo da lei, leva-nos mesmas conclusio que Freud. Ao obter a posse dos meios de poder e coersdo , uma minoria impdes seus valores & grande maioria que resiste. Mas a conclusdo de Freud nos permite pensar o poder também como resisténcia por parte da maioria. Nesse caso, o Estado aparece como o grande gerenciador desse conflito, por meio de seu sistema de leis e praticas de coersio (prisio, por exemplo). Hi outra forma também de pensarmos a ética: como exercicio estético. Em meio a esse conflito irreconcilidvel entre as exigéncias individuais por liberdade e as restrigGes impostas pelo regulamento social, podemos criat condigdes para instaurar uma ética da beleza: fazer da vida uma obra de arte, criar condigdes para que cada um produza sua propria vida como quem esculpe o mérmore ou pinta uma tela. © mérmore ou a tela seriam as imposigdes/restrigdes impostas pela civilizagdo e das quais podemos escapar, mas, como sujeitos de nossa vida, podemos esculpir/pintar com o formao e o pincel de nossa liberdade. 4, OBJETO E OBJETIVO DA ETICA Convivéncia em Sociedade t Relacionamentos: t Objetivos “ey Natureza Individual Coletiva (particular) (Toda a sociedade ou parte da mesma) ‘Comportamento Humano t Influéncia Ambiente “oy Crengas Valores t Conflitos Exemplo: Tome-se, por exemplo, 0 caso de uma pessoa que entra em uma loja com 0 objetivo de adquirir um aparelho de eletrodoméstico. Certamente, na loja encontrar alguém com 0 objetivo de vender eletrodomésticos. O relacionamento envolverd pessoas com objetivos opostos, uma objetiva comprar, enquanto a outra deseja vender. “relacionamento comercial”. Questdes que podem surgir : marca e prego do produto, condigées de pagamento, prazo de entrega... DESAFIO : Ponto de Entendimento. 4, 0 HOMEM EM SOCIEDADE, SOCIEDADE : Integrago verificada entre duas ou mais pessoas, que somam para que determinado objetivo seja alcangado, Integragao entre pessoas / Viver em sociedade - Manutengio de relacionamentos entre os membros que a compdem. Formam relacionamento primérios : Pais e filhos outros relacionamentos : na escola, no trabalho, na religio, satide, lazer... “ Busca de Objetivos Especificos “ Tipos de sociedades : sociedade matrimonial; sociedade profissional; sociedade religiosa; sociedade de lazer; sociedade militar. Sociedade por escotha prépria : torcedor de um time Sociedade relacionado & natureza : familia Sociedade caréter legal : Forgas Armadas LISBOA, Lazaro Plicido.(coordenador) Etica Geral ¢ Profissional: Atlas, 1997, 2*ed. 5. ETICA E VALORES Ser Humano > Influenciado pelo ambiente (a familia 4 qual pertence; a classe econémica da qual faz parte aquela familia; a raga da qual faz parte; a religido; o pais onde nasceu ... ). Conjunto de informagdes a respeito da vida — entre tantas informagdes questies ligadas a “Justiga Social”, Ocorréncia : Valores diferenciados para fatos e coisas, Exemplo: Na escala de valores de uma familia de baixa renda, o valor atribuido as necessidades bisieas, certamente, encontra-se em patamar superior ao do valor atribuido as necessidades menos imediatas , como o lazer. Esse quadro é diferente quando a escala de valores & de uma familia de alta renda, cujas necessidades basicas j esto , a priori, totalmente atendidas. Portanto, quanto maior 0 distanciamento verificado entre as condigdes de vida das pessoas, certamente maior seré a diferenga no que se refere ao conjunto de informagdes recebido de forma individual, da mesma forma que diferentes serdo as necessidades a que cada um a busca atender de maneira mais imediata, vale dizer, maior seré o distanciamento entre seus valores. Objetivos diferentes > Conflitos Escala de valores 6. ETICA E LEI O conceito ou preceito ético é uma regra aplicdvel A conduta humana. © preceito possui duas caracteristicas essenciais: ~ Destina-se a adequar a ago humana ao conceito do bem e da moral - Pode ser aplicado pela simples determinagio do ser humano, independentemente de qualquer coagao externa. Como os preceitos éticos so regras, muitos estudiosos aplicam-lhes principio — tipico das normas juridicas — da possibilidade de nao atendimento sem violago dos principios. Essa corrente de pensamento aceita a idéia de que um comportamento pode nao ser exatamente de conformidade com a regra ética, mas mesmo assim pode nfo contrariar esse preceito, Para qualificar esse comportamento, tais pensadores utilizam a palavra aético, que é um comportamento que nao é ético, mas que também nao contraria a regra ética. Nao concordamos com tal corrente de pensamento . Por essa razio , para nds os comportamentos valorados a luz das regras ética s6 podem ser éticos ou antiéticos. A lei & uma norma aprovada pelo povo de um pais, que possui as. seguintes acteristicas fundamentais. ~ Resulta de um processo formal de elaboragio, do qual a sociedade participa diretamente ou através de seus representantes. - _E dotada de sangao, ou seja, a sua desobediéncia gera uma penalidade. - B sempre atribuida, 0 que significa que cada direito outorgado a alguém impée um dever, para a mesma ou para outra pessoa. Relagio entre as regras éticas ¢ as legais LET opoZe> 7. PROBLEMAS MORAIS E ETICOS A perseguicdo de objetivos diferentes por parte de pessoas que se comportam de maneira desigual, isto , a busca de interesses distintos, intra e intersociedades, conduz ao surgimento de conflitos de interesses, algumas vezes entre individuos, outras entre 0 individuo e a sociedade, o que significa que em determinado momento as pessoas precisam decidir qual interesse atender em primeiro plano, qual comportamento adotar, ou de outro modo, decidir sobre 0 que é justo, 0 que é certo, o que é errado, © que & bom, ¢ o que é ruim. Exemplo: Um aluno que procura “colar” de seu colega ao lado, durante um exame. De tal situagdo podemos destacar dois comportamentos distintos do aluno: o primeiro, que diz respeito ao fato de que o mesmo nfo se ter preparado adequadamente para o exame; 0 segundo, que se refere ao ato de solicitar “cola” ao colega. © primeiro comportamento, ainda que contrariando 0 objetivo do professor (preparar o aluno), traz prejuizo tio somente para o aluno que nao busca uma preparagio adequada. J4 0 segundo comportamento, que contraria, da mesma forma, 0 objetivo do professor ( avaliar o grau de preparacdo do aluno), pode trazer prejuizo tanto para o aluno que solicita a “cola”, como para o aluno que passa a mesma, desde que assim o faga. - © comportamento do aluno que “cola” finda por prejudicar o objetivo da propria escola, naquilo que diz respeito a preparagdo de pessoas para a sociedade, prejudicando a propria sociedade. Outras situagdes do cotidiano. - carro que avanga um farol vermelho; - funcionario que aceita um suborno; ~ marginal que realiza um assalto; ~ _ proibigdo de pessoas de determinada raga ou cor de freqientar um local ‘A questo que se coloca & ; 0 que é direito quando o interesse de determinada pessoa contraria o de outra, isto é o que é certo ou errado, bom ou ruim; justo ou injusto, para todas as pessoas? Estes problemas sio ligados a ETICA. 8. SOCIEDADE E ETICA As pessoas so obrigadas a conviver em sociedade, isso a despeito das diferengas de crengas e valores que cada uma atribui as coisas e aos fatos da vida e, da mesma forma, independentemente dos conflitos de interesses que tais diferengas venham a causar. Considerando-se que cada pessoa nao pode viver sem as demais, tornando-se necessario que seus conflitos de interesses sejam ultrapassados que seja estabelecido um estilo de comportamento que, mesmo no servindo a cada uma em particular, sirva a todos enquanto sociedade. 10 * E 0 objetivo da ética — entender os conflitos existentes entre as pessoas, buscando suas razbes, como resultado direto de suas crengas e valores, e com base nisto estabelecer tipos de comportamentos que permitam a convivéncia em sociedade. 8.1 CONCEITO DA ETICA Pode-se, de forma simplificada, definir 0 termo ética como sendo um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. * Uso popular do termo ética : Btica diz respeito aos principios de conduta que norteiam um individuo ou grupo de individuos. + A expresso ética pessoal ¢ normalmente aplicada em referéncia aos principios de conduta das pessoas em geral. * A expressio ética profissional serve como indicativo de conjunto de normas que baliza a conduta dos integrantes de determinada profissio. Os filésofos referem-se 4 ética para denotar 0 estudo teérico dos padrées de julgamentos morais, inerentes as decisdes de cunho moral. * A reflexio ética no pode pretender converter os agentes sociais em “individuos “éticos, mas pode instrumentalizé-los para que decidam consequentemente, de acordo com o que a coletividade espera deles. * A ética representa, pois, uma tomada de posigio ideoligica-filoséfica que remete aos interesses sociais envolvidos. (exemplo : O caso da bomba atémica ). Usadas alternadamente com 0 mesmo significado, as palavras ética e moral tem a ‘mesma base etimolégica ( origem da palavra ). * apalavra grega ethos ¢ a palavra latina mores, ambas significando habitos e costumes. A moral, como sinénimo de ética, pode ser conceituada como o conjunto de normas que, em determinado meio, granjeiam a aprovagdo para o comportamento dos homens, A ética, como expressio jinica do pensamento correto, conduz & idéia da universalidade moral, ou ainda, 4 forma ideal universal do comportamento humano, expressa em principios validos para todo o pensamento normal e sadio. (exemplo : Na Idade Média, a igreja catélica .. ) 8.2 DEFINICOES: u * Etica nos negécios — é 0 estudo da forma pela qual normas morais pessoais se aplicam as atividades ¢ aos objetivos da empresa comercial.(NASH, Laura. Etica nas empresas. Sio Paulo : Makron Books do Brasil, 1993, p.6) * Etica nos negécios - “é ético tudo o que esté em conformidade com os principios de conduta humana; de acordo com o uso comum, os seguintes termos so mais ou mesmos sinénimos de ético: moral, bom, certo, justo, honesto”. (BAUMHART Raymond,S.J.Etica em negécios.Rio de Janeiro : Expresso e Cultura, 1971). As agdes dos homens so, habitualmente, mas ndo sempre, um reflexo de suas cetengas; suas agdes podem diferir de suas erengas, ¢ , ambas, diferirem do que cles devem fazer ou crer. (exemplo : auditor contabil ). O problema central para a ética tem sido o duplo trabalho de : * Analisar o significado ¢ a natureza do elemento normative moral do comportamento humano, do pensamento e da linguagem;e + Avaliar o significado e a natureza do comportamento humano, apresentando os critérios para justificago das regras e dos julgamentos do que é moralmente correto ou errado, bom ou mau ( ética normativa ). Julgamentos normativos ou prescritivos: + um auditor ndo deve integrar a equipe de trabalho que verifica as contas de um cliente do qual seja amigo pessoal; # nao se deve sonegar na declaragio de Imposto de Renda; * toda indéstria poluente deve adotar as necessdrias medidas de seguranga quando da instalagdo de uma unidade. Os julgamentos normativos, expressam valores concementes ao tipo de conduta que os homens devem ter em resposta a dada situagdo. Quando se afirma que determinado livro & bom, por exemplo, esté-se afirmando que as pessoas devem compré-los e/ou Ié-lo. Os julgamentos normativos sio, ainda, um “guia de agdo “. Eles influenciam o comportamento humano no presente e no futuro. Os julgamentos nao normativos, por sua vez, sdo neutros, Bles descrevem, nominam, definem, reportam e fazem predigdes a respeito de certo estado de coisas. Julgamentos nao normativos e/ou descritivos 2 # sonegar ou nao na declaragao de Imposto de Renda é atitude individual; * estas informagdes no conferem com as do auditor; * 0 relatério final apontou que a empresa deveria ter adotado as necessarias medidas de seguranga quando da instalagdo de uma filial. As normas morais sio padrdes de comportamentos que profbem ou sancionam certas atitudes individuais. Os principios morais sio padrdes gerais de comportamento que so usados para se avaliar a adequago das politicas das instituigdes sociais e do comportamento individual. Os padrées morais diferem dos outros padrées em cinco aspectos basicos: 1. Os padres morais lidam com assuntos que trazem sérias conseqiiéneias para o bem estar da coletividade. Lidam com formas de comportamentos que causam danos aos seres humanos. 2. Os padrdes morais ndo podem ser estabelecidos ou mudados por decisio de autoridades, Os padrdes morais no dependem das decisées das pessoas. Eles dependem da adequagdo das razdes que os justificam, 3. Os padres morais superam os interesses pessoais. Se uma pessoa tem a obrigagdo moral de fazer alguma coisa, entdo esta pessoa deve -Ia a despeito de seus préprios interesses. 4. Os padrdes morais sdo baseados em consideragdes imparciais. Os padres morais sio baseados no “ponto de vista morale extrapolam os interesses pessoais ou de grupos. 5. Os padrdes morais estio associados com emogdes especiais e um vocabulério especial. Um homem moralmente bom é aquele que faz 0 que & correto, com a firme disposigao de praticar essas ages porque elas so corretas, do ponto de vista moral. que se observa, entdo, é que a referéncia ao termo ética no compreende apenas 0 comportamento aceito, habitual e repetido, mas, também, aquele que se julga que seria 0 mais adequado. u A dificuldade chave dos problemas éticos da atualidade consiste em equacionar leresses pessoais com responsabilidade social 9, RELACAO COM A FILOSOFIA Como um ramo da Filosofia, a Etica a influenciou ¢ foi por ela influenciada. Na ética normativa, distinguem-se dois grupos principais de fildsofos: 1. 0 deontologistas ( do grego déontos, de “de obtigagao” ), € 2. os teleologistas ( do grego feléios : “no fim”, “final” (causa). Os deontologistas tem como conceitos basicos 0 direito © o dever, e assumem que as definigdes de moral derivam desses conceitos fundamentais, Os teleologistas tem na bondade e valor os conceitos axiolégicos basicos que detectam de onde vem a preponderincia da bondade intrinseca, Enfatizam o célculo das conseqiiéncias de cada a Os axiologistas ( do grego axios, “digno”, “‘util”) acham que certas agdes so corretas por causa do valor da bondade que eles inerentemente contém, como a alegria ou prazer. * A Btica constitui uma relagdo social que pode ser visualizada como uma relagdo de poder. E a razdo pela qual ndo se pode falar unicamente em “etica em geral”, mas de morais especificas, pertencentes a sociedades histéricas determinadas. 10, ESTUDO DE CASO : Os Miseraveis Poderia ter acontecido em Paris, no século XVIII, No romance . Os miseréveis , Jean Valjean rouba pio e ¢ condenado a 19 anos de prisio. Mas aconteceu em Bernardo do Campo, no final de 1995. O operdrio J., 44 anos de idade, foi detido pelos guardas de seguranga da Forjaria io Bernardo, do grupo Sifeo. Levava dois pezinhos, que, segundo a empresa, eram “trés ‘ou quatro “, furtados na lanchonete. J. foi chamado no dia seguinte a0 departamento de pessoal, para ser demitido. Fazia tempo que se suspeitava de J., que, uma vez apanhado, confessara que sempre levava os paes, para comer durante 0 hordrio de trabalho, porque sofria de gastrite e a comida do refeitério Ihe fazia mal. O fato, havia muito tempo, era de conhecimento de seus colegas e de seu chef, J. era agora um ladrdo desempregado. Seus 20 anos de servigos sem repreensio na Sifco transformaram-se em nada. Foi para casa, dois quartos ¢ sala, ao encontro da familia, mulher e dois filhos, 4 Para a administragdo de recursos humanos da Sito, o caso estava encerrado, No dia seguinte, porém, “os encrenqueiros do sindicato” comegaram a fazer barulho na porta da fabrica, Num comunicado ao piblico, a Sifco informou que o metalirgico J. cometera falta grave havia sido demitido por justa causa. © caso chamou a atencdo da imprensa ¢ saiu nos jomais. A diretoria da Sifeo, sediada em Jundiai, Sio Paulo, viu o tamanho do problema e percebeu que castigar quem rouba pies & mé idéia desde Victor Hugo contou a histéria de Valjean. Numa reunido, os diretores decidiram retroceder em sua decisio, por causa da publicidade negativa. Alguns dias depois, novo comunicado nos jornais informava que a Sifeo considerava a demissio do senhor J. “um fato isolado, lamentvel e equivocado”. Ele estava sendo reabilitado e chamado de volta ao emprego. Ao voltar, disse o senhor J, fu gosto da empresa. Tudo que tenho foi dela que recebi. Nao quero que ela seja prejudicada”’ Questdes 1) Comente a decisio de demitir o senho J. Ei certa ou errada? Por qué? 2) Comente a decisio da empresa, de reconhecer o erro e reverter a decisdo. 3) Se vocé fosse diretor da empresa, diria algo ao gerente de recursos humanos, que demitiu o senhor J.? 4) Se vocé fosse o gerente de recursos humanos da fébrica, como teria agido? O que ele deveria fazer agora que a diretoria modificou sua decisio? 5) Comente os aspectos éticos e comportamentais deste caso. Maximiniano, Antonio Cesar Amaru, Teoria Geral da Administragdo, Sio Paulo: Atlas 1997. pg.317-318 11, 0 CAMPO DA ETICA Os dilemas morais surgem como conseqiiéncia do comportamento ( refletido nas agdes ) dos individuos. ((exemplo : Homem nu na rua e os indigenas nas tribo ). 0% No seio de uma mesma sociedade , & comum pessoas diferentes enxergarem determinado fato através de dticas diferenciadas, muitas vezes conflitantes. ‘A existéncia de um dilema moral implica que a agdo de determinado individuo, ou mesmo de um grupo de individuos, contrariou aquilo que genericamente a maioria da sociedade acredita ser 0 comportamento adequado para aquela situagao. (exemplo : Hobin Hood ). 11.1 FUNGAO DA ETICA A histéria da humanidade nada mais & que o retrato das ages das pessoas através do tempo. De outra forma, pode-se afirmar que as pessoas mudam de comportamento 20 longo de suas vidas. Essas alteragGes sio 0 resultado de varios fatores, entre ele, uma nova descoberta tecnolégica, uma epidemia de largas proporgdes, ou a ascenso ao poder de um nova vertente de pensamento. (exemplo : pg. 33) A capacidade de imprimir alteragdes no curso da prépria vida esta relacionada com a capacidade de raciocinar, a qual permite ao ser humano escolher, com base em sua propria experigneia de vida, qual o caminho a seguir ¢ em qual momento a rota deve ser alterada, O ser humano, ao mesmo tempo em que se mostra racional, a ponto de refletir sobre sua vida, modificando 0 rumo até entio dado 4 mesma, ele carrega uma carga muito grande de sentimentos, que podem conduzi-lo a irracionalidade. Ambos os fatores, racionalidade ¢ sentimento, provocam alteragdes nas crengas e, por conseguinte, nos valores que cada pessoas traz consigo. Cexemplo : guerra) —O envolvimento de um pais em uma guerra pode ocorrer em virtude de varias razdes, tais como a) defesa propria, ) agressio fundamentada em um motivo qualquer ©) defesa de terceiros. 16 Quanto a guerra, é certo que cabera sempre uma discussdo a respeito da validade dos valores que sustentam esses motivos. De outra maneira, cabera sempre a pergunta: por que © pais segui este rumo, por que as pessoas assumiram esse comportamento ? (exemplo : Color) Uma investigagdo detalhada de qualquer caso rumoroso, certamente, encontrar uma “moral “defendida por parte dos envolvidos . Deve ser ressaltado que os problemas relativos ao comportamento humano acham-se sempre atrelados a uma “moral “especifica, esta vinculada aos valores de cada pessoa. Quando nos referimos aos problemas de comportamento humano, estamos falando de moral, de valores morais e, obrigatoriamente, adentrando o campo da ética, ou seja, estamos discutindo problemas éticos. 11.2 EXPLICAGAO VERSUS PRESCRICAO DE FORMAS DE CONDUTA A convivéncia em sociedade faz surgir um grande nimero de conflitos de interesses centre as pessoas, que tem sempre por base os valores que cada uma carrega, Cexemplo : Imposto de renda ). 11.3 CONFLITOS DE INTERESSES. As pessoas so obrigadas a decidir sobre aquilo que Ihes é moralmente mais aceitivel ou condenivel. Essa decisio deveri levar em conta, sempre, os valores individuais de cada um, valores que traduzem a verdade individual de cada pessoa. ‘Quando uma decisto precisa ser tomada em face de um conflito de interesses, algum interesse estard sempre sendo contrariado, fato este que pode trazer como conseqiiéncia prejuizos morais e financeiros,, de natureza individual e coletiva. (exemplo : bancos v sociedade), A moral necessita de existir e ser aceita pela maior parte da sociedade A Gtica no tem, necessariamente, 0 mesmo significado para cada pessoa. Isto ocorre em virtude dos valores individuais de cada pessoa. Portanto, as preocupagies éticas recaem sobre 0 genérico e no sobre o particular, ou seja, ainda que cada participante da sociedade carregue sua propria verdade, deve existir uma verdade que, embora nio seja exclusiva de nenhum participante da sociedade em particular, satisfaa igualmente a todos eles. ‘Tendo-se sempre em conta que o interesse individual geralmente prevalece sobre 0 coletive, para que se alcance um estagio moral que seja aceito pela maior parte da sociedade, & necessirio o estabelecimento de regras. De outra forma, é preciso que se estabeleca um padrdo de comportamento que, embora nao satisfaga a uma pessoa em particular, atenda & sociedade como um todo. " Regras Formais : a imposigao de regras com o objetivo de viabilizar a convivéncia em sociedade pode emanar poder legalmente constituido, Regras Informais : Surgem de maneira espontinea, da cultura da sociedade. A imposig&o de regras de comportamento no objetiva tomar as pessoas “moralmente perfvitas ““, mas propiciar uma convivéncia pacifica entre elas, reduzindo a um nivel minimo possivel os conflitos de interesses.

S-ar putea să vă placă și