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Resumo: Partindo das reflexes sobre as diversas concepes de infncia, este ensaio tem por objetivo
mostrar atravs da histria como esta concepo foi se constituindo ao longo dos tempos. As discusses
apresentadas foram realizadas a partir de uma reviso bibliogrfica sistmica baseada em literaturas
especializadas, onde pode-se observar que as concepes que possumos a cerca da infncia na
contemporaneidade, so peas chaves para compreendermos o processo histrico pelo qual est se
constituiu, alis, temos que levar em considerao o contexto no qual elas foram produzidas. Os estudos
demonstraram que a infncia deve ser compreendida como um modo particular de se pensar a criana, e
no um estado universal, vivida por todos do mesmo modo.
Revisando Conceitos:
Da Antiguidade Modernidade
A criana que o pai no levantar ser exposta diante da casa ou num monturo
publico; quem quiser que a recolha. Igualmente ser enjeitada se o pai estiver
ausente, o tive ordenado mulher grvida [...] Enjeitavam ou afogavam crianas
malformadas (nisso no havia raiva, e sim razo, diz Sneca: preciso separar o
que bom do que no pode servir para nada), ou ainda os filhos de sua filha que
cometeu uma falta. Entretanto, o abandono dos filhos legtimos tinha como causa
principal a misria de uns e a poltica patrimonial de outros. [...] Contudo mesmo
os mais ricos podiam enjeitar um filho indesejado cujo nascimento pudesse
perturbar disposies testamentrias j estabelecidas (VEYNE, 1989 p.24).
o rastro vergonhoso de nossa natureza corrupta e animal, mas sim, muito mais, o
testemunho precioso de uma linguagem dos sentimentos autnticos e verdadeiros,
ainda no corrompidos pela convivncia mundana. Assim se elabora uma
pedagogia do respeito criana, da celebrao de sua naturalidade, de sua
autenticidade, de sua inocncia em oposio ao mundo adulto pervertido [...].
(GAGNEBIN 1997, p. 94).
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Rev. Tcnico Cientfica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).
1 Simpsio de Integrao Cientfica e Tecnolgica do Sul Catarinense SICT-Sul ISSN 2175-5302
AGRADECIMENTOS
REFERNCIAS
RIES, Philippe. Histria social da criana e da famlia. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC,
1981.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Infncia e Pensamento. In: GHIRALDELLI JR., Paulo. (org.).
Infncia, escola e modernidade. So Paulo: Cortez; Curitiba: Editora da UFPR, 1997, p.
83 100.
HEYWOOD, Colin. Uma histria da infncia. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 21-47.
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Rev. Tcnico Cientfica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012).