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Por Que Razão ão Damos Frutos?

Alexandre Carvalho
Introdução

Antes de ser preso, Jesus teve uma última conversa com seus discípulos, relatada nos
capítulos 15, 16 e 17 do evangelho de João. Ora, naquela última oportunidade,
quaisquer que fossem os assuntos tratados, deveriam ser de máxima importância.
Podemos separar esta conversa em três partes: Jesus apresenta-se como a videira; as
dificuldades pelas quais os apóstolos passariam e a vinda do Espírito Santo; a oração
final.

A palavra-chave da comparação com a videira (capítulo 15) é permanecer. Permanecer


é realmente um grande desafio pessoal e institucional. Há um grande número de pessoas
que já experimentaram a nova vida em Jesus e hoje estão afastadas ou desviadas. Por
outro lado, há um número cada vez maior de Igrejas e denominações pregando o
evangelho, alcançando pessoas, mas que não crescem. Muitos são alcançados... e muitos
são perdidos. Jesus mostrou ali sua tremenda preocupação com este aspecto, quando nos
nomeou não apenas para dar fruto, mas para que este fruto permaneça (Jo 15:16).

Naquela ocasião, Jesus apresentou princípios fundamentais para darmos frutos que
permaneçam e que veremos em detalhes a seguir.

1. Para dar fruto que permaneça, precisamos ser limpos (verso 3).
Muitas pessoas têm dificuldade em permitir serem limpas pelo agricultor. Isto porque,
para um ramo, a limpeza é um processo doloroso. Jesus afirmou que seus discípulos já
estavam limpos pela palavra que Ele lhes tinha falado. Ser purificado pela palavra de
Deus envolve o confronto direto. O salmista já indicava este confronto como meio de
purificar o caminho do jovem (Sl 119:9).

Vivemos um tempo de mensagens de auto-ajuda, de busca da realização dos próprios


sonhos, das próprias vontades, da corrida pelas bênçãos. Neste contexto, o confronto é
evitado. Durante o tempo que estiveram com Jesus, os discípulos foram dura e
sistematicamente confrontados e não somos diferentes, pois sempre há em nós paixões,
idéias e outras pragas que precisam ser eliminadas.

2. Para dar fruto que permaneça, precisamos estar ligados na videira


(versos 4 e 5).
Nos últimos anos muitos modelos e métodos têm surgido como “fórmulas mágicas”
para o crescimento de igrejas. Alguns, uma vez adotados, até produzem algum
resultado, porém temporário. Há uma pressão enorme para a adoção de novas formas
humanistas de atrair e envolver pessoas na vida da Igreja. Técnicas de marketing,
comunicação de massa, terapias e diversas outras com maior ou menor sofisticação.
Contudo, neste caminho, perdeu-se este princípio fundamental: estar ligado na videira.
Jesus afirma categoricamente que sem Ele, nada podemos fazer. Precisamos parar de
investir para gerar frutos a partir de varas mortas e nos voltar à ligação com o tronco,
com a Videira verdadeira.

Tive um Pastor que constantemente me incentivava a, independentemente da situação,


usar o que ele chamava de “beber direto da fonte”. Beber direto da fonte significava
não crer em autores famosos, métodos ou planos de sucesso ou mesmo idéias minhas
mas, confrontá-los com Jesus. Significava ser alimentado diretamente por Ele. Isto
passou a ser um hábito que não somente cultivo, como transfiro.

Estar ligado na videira implica em ser alimentado única e exclusivamente por ela. Esta
ligação íntima faz com que através de nós, o alimento vindo do tronco chegue ao fruto,
produza nele crescimento e o mantenha saudável.

3. Para dar fruto que permaneça, precisamos permanecer nEle


(verso 7)
Para um galho, o princípio da permanência não somente é simples de entender, como
vital à sua sobrevivência. Sua única opção é virar lenha. Contudo, para nós, galhos
humanos, este destino eterno não parece tão aparente e muitos chegam a, por algum
tempo, esquecer que ele exista. Permanecer é a essência do discipulado e requer muita
disciplina espiritual.

Temos uma enorme facilidade de nos ligarmos e desligarmos do tronco. Um grande


número de pessoas decide seguir a Jesus, iniciam sua caminhada com entusiasmo e
paixão, mas perdem-se facilmente alguns metros depois. Do outro lado, líderes
experimentam tantos altos e baixos em seus ministérios, que se justificam pregando um
crescimento sazonal como algo normal no cristianismo.

Esta inconstância já era prevista por Jesus. Por isso, neste ponto, Ele coloca um bônus
para os vencedores: “pedirão o que quiserem, e lhes será concedido” (NVI).
Permanecer na palavra de Deus é uma questão de vida ou morte espiritual e ministerial.

Outro ponto importante destacado por Jesus é que glorificamos o nome de Deus não
quando simplesmente damos fruto, mas quando damos muito fruto e desta forma somos
discípulos dEle (verso 8). Ele estabelece duas verdades fundamentais àquele que
pretende ser seu seguidor: não há como ser Seu discípulo com cesto vazio e os frutos
são para a glória de Deus, não nossa.

4. Para dar fruto que permaneça, precisamos amar (verso 9)


Como em outras ocasiões, Jesus usa o imperativo para falar do amor a Ele. Muito se
fala hoje na relação custo versus benefício. Muitos erradamente tentam aplicá-la ao
discipulado cristão e se frustram ou param de investir porque, neste caso, a conta não
fecha. Ele estabelece o princípio do amor em dois níveis para entendermos a motivação
correta do discipulado: amar a Deus e ao próximo.

Quando amamos alguém, queremos estar sempre juntos, nos interessamos por aquilo
que ele se interessa e temos prazer em agradá-lo. Amar a Jesus nos leva para perto
dEle, nos torna interessados alcançar pessoas e cuidar de seu crescimento espiritual e
este processo contínuo torna-se um prazer em nossas vidas.

Jesus demonstrou um amor até então desconhecido pelos judeus. Ele amou sem esperar
algo em troca. Ele conviveu com aquele que o havia de trair, foi negado por um de seus
discípulos mais chegados e jamais desistiu de amar e, ainda, foi capaz de se entregar
pelo pecado daqueles que o rejeitaram. É neste tipo de amor que Ele ordena que
permaneçamos, porque foi com este amor que nos amou (verso 9).

5. Para dar fruto que permaneça, precisamos obedecer a Jesus


(verso 10)
Jesus aponta em seguida o caminho para permanecer neste amor: “se vocês obedecerem
aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido
aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço (verso 10, NVI)”.
Obediência é uma das características do discípulo. Com isto, o Senhor nos ensina o
princípio do discipulador-discípulo. Não há como ser um bom discipulador sendo um
mau discípulo. Não há como ensinar obediência sendo desobediente e é impossível
permanecer no amor ilimitado, sem passar pela obediência aos mandamentos do Senhor
Jesus.

Outra condição que só pode ser alcançada com a obediência é a de amigo de Jesus. Ser
amigo dEle libera o conhecimento dos propósitos de Deus, porque tudo que Ele ouve do
Pai, nos torna conhecido (verso 15). Agora, a visão, os planos e estratégias vêm
diretamente de Deus e, por isso, nunca são frustrados. A obediência nos liberta das
técnicas humanas com seus resultados temporários e limitados.

6. Para dar fruto que permaneça, precisamos orar


Há uma grande diferença entre relacionamento e comunhão. Ao recebermos Jesus, nos
tornamos filhos de Deus e iniciamos um relacionamento com Ele. Podemos nos afastar
dEle sem perder este relacionamento de Pai e filho. Entretanto, ao nos afastarmos,
perdemos a comunhão com Ele e, por consequência, deixamos de ouvir a direção que
Ele tem pra nós e para nosso ministério.

Jesus cultivou uma vida de oração. Ele orava diante de suas aflições ou de decisões
importantes. Orar mantinha a comunhão Sua comunhão com o Pai. Sem comunhão,
dependemos de nossos próprios recursos e entendimento. Obviamente, as chances de
sucesso são mínimas.

Jesus conhece nossos pensamentos e intenções do coração. Mas, para escolher seus
discípulos, Ele passou uma noite inteira em oração (Lc 6:12 e 13). Esta era uma decisão
importantíssima e estava diretamente relacionada a seus frutos. Para esta decisão, Ele
procurou a comunhão e direção do Pai. Para escolher as pessoas que discipularemos e
torná-las frutos que permaneçam, precisamos investir tempo em oração. A partir daí,
recebemos de Deus o poder para proclamação do evangelho, o critério para seleção das
pessoas e a garantia de frutos.
7. Para dar fruto que permaneça, precisamos ser exemplo
Durante esta conversa, Jesus se coloca abertamente na posição de exemplo, de modelo a
ser seguido. Ao colocar Deus como agricultor, Ele admite ser confrontado e ser
dependente do Pai. Ele também se mostrou como exemplo de obediência, de amor, de
permanência, de autoridade e de amizade.

Infelizmente, nossas Igrejas estão sofrendo com líderes que não podem ser modelo de
homem espiritual. Isto tem produzido sucessivas gerações de frutos doentes. Ficamos
presos a métodos e esquecemo-nos das pessoas. Este princípio independe da idade.
Paulo, falando a seu jovem discípulo Timóteo, deu-lhe este conselho: “Ninguém
despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no
espírito, na fé, na pureza” (1Tm 4:12). Ser exemplo produz frutos que também
permanecerão sendo exemplo.

Conclusão
A razão destas palavras de Jesus é para que a alegria dEle esteja em nós e a nossa
alegria seja completa ( verso 11, NVI). Discipular com esta visão é, de fato, uma tarefa
prazerosa e de completa alegria. As dificuldades podem surgir, mas não são capazes de
roubar a alegria.

Não damos fruto por não atentarmos para os princípios estabelecidos nesta simples,
porém profunda comparação com a videira. Não damos fruto por abandonar o autor
desta comparação e negligenciarmos a importância que Ele a atribuiu e passar a
depender de outras fontes. Não damos frutos por não entendermos de agricultura e
insistirmos em ser sementes que não querem morrer (Jo 12:24).

O discipulado é o caminho imperativo, apontado por Jesus para dar fruto (Mt 28:19).
Negligenciá-lo significa negligenciar o próprio Senhor e ser condenado a uma vida
infrutífera e fadada ao fracasso.

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