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QUILOMBO ABOLICIONISTA. UM QUILOMBO HISTORICAMENTE NOVO.

As Camélias do Leblon
Eduardo Silva
A PROPOSTA DO AUTOR E A TEMÁTICA:
O autor aborda a questão do surgimento de uma nova forma de quilombo, abordando
especificamente o caso do quilombo do Leblon, dentro da corrente da história cultural, Eduardo
Silva trás uma nova concepção de quilombo que são denominados por ele de quilombos
abolicionistas.
Seus integrantes e simpatizantes além de escravos fugidos, eram provenientes de uma
elite política e intelectual, partindo do pressuposto de que os quilombos eram uma forma de
resistência e subversão contra o escravismo, Silva enfatiza o quilombo do Leblon, pelo seu
simbolismo representado pelas camélias cultivadas pelos ex-escravos, ostentadas no peito dos
abolicionistas do Império.
TEMÁTICA: Quilombos, abolicionismo, resistência.

IDÉIA CENTRAL:
"A crise da escravidão, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de
resistência, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistência
à escravidão, o quilombo-rompimento, à tendência dominante era a política do esconderijo e do
segredo de guerra."

"Já no modelo novo de resistência, o quilombo abolicionista, as lideranças são muito bem
conhecidas, cidadãos prestantes, com documentação civil em dia e principalmente, muito bem
articuladas politicamente."
(pp. 11)
A idéia central do texto nos mostra a mudança ocorrida na formação dos quilombos, pois
no modelo tradicional visava-se a política do esconderijo e o segredo de guerra. Os escravos
fugidos não tinham nenhum tipo de contato com a sociedade. Já no novo modelo de quilombo
se dá prioridade a articulação política como forma de organização, onde os escravos fugidos
recebem ajuda de abolicionistas, os escravos fazem trabalhos manuais. O autor utiliza como
exemplo o quilombo do Leblon onde os escravos cultivavam as camélias, que era símbolo dos
abolicionistas. Pois comparavam a forma de cuidar e adaptação da planta vinda do Japão
sensível ao clima hostil do Brasil, que requeria muitos cuidados e precauções com a liberdade
tão almejada pelos escravos, que também requeria cuidados.

O QUE O AUTOR DESCONSTRÓI:


A historiografia brasileira durante muito tempo identificou como quilombos, espaços de
resistência a escravidão formados unicamente por africanos, sendo um local de resistência tais
quilombos representam uma afronta a ordem pública, por isso eram clandestinos, e os
envolvidos, uma vez identificados sofriam violentas punições, já Eduardo Silva amplia a idéia
de quilombo e resistência com o conceito de Quilombo abolicionista. O quilombo do Leblon,
por ser formado de negros e uma elite intelectual foge aos modelos apresentados pela
historiografia tradicional, o quilombo abolicionista é uma forma de resistência sim, no entanto,
por ter o apoio de pessoas influentes como a própria princesa Isabel não era clandestino, apesar
da reprovação das autoridades do Império, entretanto, o conceito de quilombo abolicionista é
datado do final do império, quando a escravidão já mostrava sinais de falência e o movimento
abolicionista já possuía maior força, portanto não poderíamos falar de quilombo abolicionista
no século XVIII, por exemplo.

AS FONTES UTILIZADAS PELO AUTOR:


Ao tratar do movimento abolicionista no Rio de Janeiro, Eduardo Silva utiliza como
fontes obras literárias de autores como Rui Barbosa, Olavo Bilac e Machado de Assis, além de
documentos dos anais do Senado Federal em 1888 e periódicos produzidos ao final do Império
como Cidade do Rio de Janeiro de 1888, Gazeta da Tarde de 1884 a 1888. O autor utilizou
também de iconografias do século XIX.
OUTRAS FONTES QUE PODERIAM SER UTILIZADAS PELO AUTOR:
O conceito de Quilombo abolicionista foi criado pelo próprio Eduardo Silva, logo seria
pretensioso indicar outras fontes para o estudo da temática, no entanto ao ler alguns trechos da
obra do autor, percebemos que se volta unicamente para uma elite de intelectuais e nobres
abolicionistas, talvez tenha havido uma escassez de fontes que tratassem da condição dos
escravos no quilombo do Leblon, pelo fato de ser protegido pela princesa Isabel e o próprio
imperador D. Pedro II, estes escravos não sofriam punições, poderíamos então concluir que
quase não há documentações sobre processos criminais contra os negros. Em relação a fontes
secundárias, uma das obras que Eduardo Silva poderia ter utilizado seria História dos
Quilombolas de Flávio dos Santos Gomes, o livro oferece uma discussão sobre a resistência
escrava no Estado do Rio de Janeiro.

Ex-escravos decorando uma foto da princesa Isabel com camélias


e uma criança oferecendo camélias a princesa
Quintino de Lacerda:
A experiência dos quilombos
abolicionistas não se restringiu ao Rio de
Janeiro, em Santos uma figura influente
fundou o quilombo da Jabaquara, Quintino de
Lacerda foi o primeiro líder político negro de
Santos, nascido em 8 de junho de 1839. O
quilombo de Jabaquara em Santos gerava
grande tensão, uma vez que seu líder,
defendia os escravos fugidos com a ação de
sentinelas, Quintino Lacerda fora um dos
maiores agitadores do movimento
abolicionista em São Paulo, com o fim da
escravidão em 1888, lança-se a política. Em
1895 é eleito vereador, o que gera uma crise política, devido a manifestações de setores racistas.

O líder recusa-se a tomar posse do cargo o que gera protestos populares, o

presidente da câmara Maria Tourinho renunciou ao mandato, o novo presidente José

André do Sacramento Macuco se viu obrigado a empossar Quintino, também

renunciando em seguida. As atividades da Câmara foram suspensas até 1º de junho,

quando voltou a funcionar, sob a presidência interina do próprio Quintino, os cargos

vagos foram preenchidos e Quintino passou a sofrer críticas ácidas de um jornalista

da Tribuna do Povo, culminando com a revogação da Constituição Municipal

autônoma , que fora em 15 de novembro de 1894 e durou menos de um ano.


BIBLIOGRAFIA:
SILVA, EDUARDO. As Camélias do Leblon: uma investigação de história cultural, São Paulo: Cia das Letras,
2003.
SITE: http://www.afrodescendente.com.br/quintino.htm acessado em 15 de junho de 2010 às 17 horas.

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