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O objetivo desse curso é familiarizar o candidato com a disciplina de Direito Administrativo que visa a
preparação no concurso da ABIN - Agência Brasileira de Inteligência.
Percebemos que a cada ano o nível das questões vem aumentando, fazendo com que a simples leitura dos
normativos relacionados ao tema já não sejam mais suficientes para responder a todas as questões.
Faremos uma abordagem de todos os pontos de nossa disciplina, chamando a atenção para as questões que
freqüentemente vêm sendo cobradas nas provas das bancas em geral e ao final dos tópicos, colocaremos
algumas questões de grandes concursos para que o candidato já se familiarize com o que lhe será cobrado
nas provas.
O descumprimento dessas vedações implicará na imediata ação por parte de nosso conselho jurídico.
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de sendo vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
Todas as Leis e normas jurídicas existentes no país observaram, ou melhor, observam algumas "premissas" ao
serem criadas, ou seja, todas as Leis tiveram como base ou justificativa, determinado princípio.
A definição dada pelo Prof. Miguel Reale também se mostra bem oportuna:
"...princípios são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem
evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter operacional,
isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da práxis"
É notório que os princípios representam a base fundamental e filosófica de todo ordenamento jurídico.
Tal como um alicerce, os princípios funcionam como que um modelo direcionador, do qual se irradia todas as
normas jurídicas.
Inclusive, o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, já a muito, ressaltava a importância dos princípios.
" Princípio - já averbamos alhures - é, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce
dele, disposição que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para
sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo,
no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. É do conhecimento dos princípios que preside a
intelecção das diferentes partes componentes do todo unitário que há por nome sistema jurídico positivo".
Constituição Federal
L I M P E
Legalidade
É o princípio básico de todo o Direito Público. A doutrina costuma usar a seguinte expressão: na atividade
particular tudo o que não está proibido é permitido, na Administração Pública tudo o que não está permitido é
proibido. O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei.
Impessoalidade
Significa que o administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não devendo fazer distinções
fundamentadas em critérios pessoais. Toda a atividade da Administração Pública deve ser praticada tendo em
vista a finalidade pública. Se não visar o bem público, ficará sujeita à invalidação, por desvio de finalidade. É
em decorrência desse princípio que temos, por exemplo, o concurso público e a licitação.
• Desse princípio decorre a generalidade do serviço público – todos que preencham as exigências têm direito ao
serviço público.
• A responsabilidade objetiva do Estado decorre do princípio da impessoalidade.
Moralidade
O Direito Administrativo elaborou um conceito próprio de moral, diferente da moral comum. A moral
administrativa significa que o dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir
substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. Pressuposto de validade de
todo ato da Administração Pública, tem a ver com a ética, com a justiça, a honestidade, a conveniência e a
oportunidade.
• Toda atuação do administrador é inspirada no interesse público.
• Jamais a moralidade administrativa pode chocar-se com a lei.
• Por esse princípio, o administrador não aplica apenas a lei, mas vai além, aplicando a sua substância.
• A Constituição de 1988 enfatizou a moralidade administrativa, prevendo que “os atos de improbidade
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.
Publicidade
Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos da Administração Pública que
ficam assegurados o seu cumprimento, observância e controle; destina-se, de um lado, à produção dos efeitos
externos dos atos administrativos. Existem atos que não se restringem ao ambiente interno da administração
porque se destinam a produzir efeitos externos – daí ser necessária a publicidade.
Eficiência
Exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades dos administrados
(público). Trata-se de princípio meramente retórico. É possível, no entanto, invocá-lo para limitar a
discricionariedade do Administrador, levando-o a escolher a melhor opção.
Eficiência é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Administração
Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios.
Presunção de Legitimidade
Os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário (presunção relativa ou juris tantum
– ou seja, pode ser destruída por prova contrária.)
Finalidade
Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e garantir a observância das finalidades
institucionais por parte das entidades da Administração Indireta. A finalidade pública objetivada pela lei é a
única que deve ser perseguida pelo administrador.
A Lei, ao atribuir competência ao Administrador, tem uma finalidade pública específica. O administrador,
praticando o ato fora dos fins, expressa ou implicitamente contidos na norma, pratica DESVIO DE
FINALIDADE.
Autotutela
A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e eficiência dos seus próprios atos. É por isso que se
reconhece à Administração o poder e dever de anular ou declarar a nulidade dos seus próprios atos praticados
com infração à Lei.
• A Administração não precisa ser provocada ou recorrer ao Judiciário para reconhecer a nulidade dos seus
próprios atos;
• A Administração pode revogar os atos administrativos que não mais atendam às finalidades públicas – sejam
inoportunos, sejam inconvenientes – embora legais.
• Em suma, a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da legalidade e eficiência dos seus
atos; nada mais é que um autocontrole;
Razoabilidade
Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao atendimento do interesse
coletivo, sem exageros.
O Direito Administrativo consagra a supremacia do interesse público sobre o particular, mas essa supremacia
só é legítima na medida em que os interesses públicos são atendidos.
Exige proporcionalidade entre os meios de que se utilize a Administração e os fins que ela tem que alcançar.
Agir com lógica, razão, ponderação. Atos discricionários.
A respeito dos princípios e normas que regem a administração pública brasileira, assinale a opção correta.
* a) O princípio da irredutibilidade dos vencimentos alcança todos os servidores, inclusive os que não
mantêm vínculo efetivo com a administração pública.
* c) O princípio da publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não
propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos.
* d) Apenas os brasileiros, por preencherem os requisitos estabelecidos em lei, podem assumir cargos,
empregos e funções públicas.
I. O princípio da eficiência, introduzido pela Emenda Constitucional nº 19/1998, é o mais moderno princípio
da função administrativa e exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da comunidade e de seus membros.
II. Todo ato administrativo deve ser publicado, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional,
investigações policiais, ou interesse superior da Administração a ser preservado em processo previamente
declarado sigiloso.
III. Quanto ao princípio da motivação, não se admite a chamada motivação aliunde, consistente em declaração
de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas.
IV. A publicidade é elemento formativo do ato administrativo, ou seja, sua divulgação oficial para
conhecimento público é requisito imprescindível à própria formação do ato e consequente produção de efeitos
jurídicos.
* b) I e II.
* c) I e IV.
* d) II e III.
* a) moralidade.
* b) publicidade.
* c) razoabilidade.
* d) pessoalidade.
* e) legalidade.
A reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influenciando a construção do Direito, sendo também fonte
do Direito Administrativo, diz respeito à
* a) jurisprudência.
* b) doutrina.
* c) prática costumeira.
* d) analogia.
* e) lei.
A administração pública é gerida por diversos princípios que norteiam a conduta ética do servidor. A respeito
dos princípios da administração pública, assinale a opção correta.
* b) O princípio da impessoalidade implica, para a administração pública, o dever de agir segundo uma
racionalidade comunicativa.
* d) A aplicação do princípio da impessoalidade pode redundar em desigualdade e(ou) discriminação por não
considerar as especificidades de cada caso.
I - a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência,
dentre outros
II - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável por uma vez, por igual período
V - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão
I. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade, e pode revogá-los
por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
II. Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe
impugnação à validade do ato.
III. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
IV. Das decisões administrativas não caberá recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
V. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, formalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público
e eficiência.
II. São princípios da Administração Pública: legalidade, eficiência, motivação, supremacia do interesse público.
III. Nos termos estabelecidos na Constituição Federal, classificam-se como crimes de responsabilidade os atos
do Presidente da República que atentem contra a probidade na administração.
IV. Em face do princípio da continuidade do serviço público, empresas que contratam com a Administração
Pública não podem invocar a exceptio non adimpleti contractus nos contratos que tenham como objeto a
execução de serviço público.
Um dos princípios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no
disciplinamento das relações jurídicas, sob sua incidência, é o da
A respeito dos princípios e normas que regem a administração pública brasileira, assinale a opção correta.
* b) O princípio da publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não
propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos.
* c) Apenas os brasileiros, por preencherem os requisitos estabelecidos em lei, podem assumir cargos,
empregos e funções públicas.
* e) O princípio da irredutibilidade dos vencimentos alcança todos os servidores, inclusive os que não
mantêm vínculo efetivo com a administração pública.
GABARITO: