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Aula 01
Conteúdo programático:
Apresentação da matéria; metodologia da pesquisa jurídica; Direito Financeiro e Direito
Tributário: conceitos; Fazenda Pública.
1. Apresentação da matéria:
Apresentação; objetivos.
Direito: "Direito é a soma das condições de existência social, no seu amplo sentido,
assegurada pelo Estado através da coação". (Rudolf von Ihering – Jurista alemão do século XIX)
O homem como ser jurídico: o Direito como instrumento necessário ao convívio social.
Características:
-sistema “romano-germânico” (codificado) - influência portuguesa no Direito Privado,
contrapondo-se ao sistema da “common law” (sistema anglo-saxão) que privilegia a jurisprudência
e o poder de cautela (decisão) do magistrado;
-Direito Público influenciado pelo sistema francês;
-Constituição Federal como lei máxima que vincula todo o sistema jurídico;
-suas fontes são o direito positivo (leis, decretos, medidas provisórias, portarias, instruções
normativas, etc.), a doutrina, a jurisprudência e o costume;
-a lei é norma geral (salvo expressa previsão), com efeitos permanentes durante sua
vigência, a qual todos estão submetidos, não podendo a pessoa, física ou jurídica, descumpri-la
alegando o desconhecimento;
-respeito ao ato jurídico perfeito (ato plenamente legal e eficaz no momento de sua
efetivação), ao direito adquirido (aquele que passa a integrar o patrimônio jurídico do indivíduo
independentemente de seu gozo) e à coisa julgada (decisão judicial contra a qual não caiba mais
recurso, ou seja, transitada em julgado);
-na prática, vinculação às decisões do Supremo Tribunal Federal (Tribunal excelso, com
competência para o exame de temas constitucionais) e do Superior Tribunal de Justiça (Tribunal
infraconstitucional, com a principal função de uniformizar as decisões do Poder Judiciário).
Princípios jurídicos: regras maiores ao convívio social, nem sempre positivadas, que são
evidentes e, portanto, não podem ser questionadas. Permeiam o “senso-comum” durante um
determinado período histórico. São, por excelência, a baliza de qualquer sistema jurídico.
Alguns exemplos de princípios do sistema jurídico brasileiro:
-direito à vida;
-igualdade de todos perante a lei (considerando que iguais serão tratados de forma igual e
os desiguais, de forma desigual);
-direito à propriedade;
-dignidade da pessoa humana.
Mens legis: intenção do legislador, que representa o povo, do qual emana todo o poder
(artigo 1°, parágrafo único, da Constituição Federa l de 1988).
4.2. Conceitos:
Direito Financeiro:
“Conjunto de normas jurídicas relativas às finanças, ou especificamente sobre finanças públicas”.
(Yoshiaki Ichihara)
Direito Tributário:
“Ramo das Ciências jurídicas que estuda o surgimento, as modificações e a extinção da relação
jurídica do tributo”. (Ezio Vanoni)
5. Fazenda Pública:
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Exemplos de “Fazenda Pública”: Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal; Ministérios
(todos); INSS; Agências Reguladoras (Anvisa, Anatel, Anac, Antaq, ANTT, Aneel, ANS, Ancine,
ANP); Órgãos do Poder Judiciário (Tribunais, Conselhos, etc); Órgãos do Poder Legislativo
(Senado, Câmara de Deputados ou Vereadores, Assembléias Legislativas); Universidades
Federais (UnB, UFG, Ufrgs, UFSC, UFRJ).
Banco do Brasil e Petrobrás: são sociedades de economia mista, ou seja, são sociedades
anônimas, constituídas (criadas) pela Administração Pública (Federal, Estadual, Distrital ou
Municipal) que detém seu controle acionário.
Participação do Capital Privado (ações negociadas na Bolsa).
Se o controle acionário se der pelo Capital Privado, não se trata de sociedade de economia mista
e, sim, sociedade anônima, pura e simples.
Ramo mais abrangente do sistema direcionado Relacionado tão-somente com a ação estatal de
para a administração do dinheiro pelo Estado tributar.
(aplicações, receitas, saídas, despesas, Seu campo de abrangência extingui-se no
entradas, ingressos). pagamento do tributo pelo contribuinte.
Assim sendo, Sistema Tributário Nacional pode ser definido como o conjunto de regras e
princípios constitucionais que tem como objeto (ou objetivo) regular a atividade do Poder Estatal
em relação aos tributos, limitando a capacidade de criação, cobrança e extinção de tributos.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
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Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 1978. p. 124.
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