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Além do Senso Comum e das

Evidências Anedóticas: uma


Análise Econômica do
Judiciário Brasileiro

Luciana Yeung
Insper Ibmec São Paulo

Partes da Apresentação

1. Judiciário e Economia: os impactos medidos por


alguns trabalhos

2. Diagnóstico atual do Judiciário brasileiro

3. Medindo a eficiência das cortes brasileiras

4. Medindo o viés e a variabilidade das cortes


brasileiras

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1. Impactos do Judiciário sobre a
Economia (alguns estudos)
 Weder (1995): na AL 23% da variação do
crescimento per capita pode ser explicada pela
qualidade do funcionamento judicial (apesar da
causalidade não ser explícita).
 Santiso (2004): em sete países – inclusive Brasil
– entre 1996 e 2002, o mau funcionamento do
Judiciário foi responsável pela falta de
crescimento da ordem de 20% e redução de
crédito de 10%. Estes países poderiam ter
aumento no investimento de 14%, no emprego
de 12% e nas vendas em mais de 18%.
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2. Diagnóstico atual
 Alguns dados:
 Duraç
Duração mé
média do processo: estimativas variam entre
4 a 7 anos.
 Cada juiz tem, em mé
média, 10 mil processos para
julgar em qualquer momento do tempo.
 Banco Mundial: entre 1993 e 2003, a proporç
proporção de
julgamentos nos tribunais de 2o grau sobre os de 1o
grau esteve entre 0,5 a 1,0.
 Grande concentraç
concentração nas Justiç
Justiças Estaduais (73%).

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2. Diagnóstico atual

Explicações tradicionais para a ineficiência judicial:


 Falta de recursos materiais e humanos

 Juízes, Pessoal, Tecnologia da Informação (TI)


 Recente crença nos “super poderes” da TI

2. Diagnóstico atual

 B&U: Brasil foi um dos países onde se observou um dos


maiores aumentos nos gastos com o Judiciário entre 1990
e 1993, o que não foi seguido por uma redução no tempo
de resolução de processos comerciais e civis.
 WB: em comparação com países semelhantes, Brasil
tem orçamento acima da média para seu Judiciário.
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2. Diagnóstico atual

 Má qualidade do direito processual


 Herança burocrática
 Múltiplas possibilidades de recursos apelativos
Outras possíveis explicações:
 Estado é o “vilão” da estória (60% a 85% dos
processos na Justiça envolvem o Estado).
 Efeito “crowding-out”.
 Magistrados “cavalheiros”

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Uma nova explicação (hipótese)

 Má gestão administrativa dos tribunais


 Juízes não são treinados em gestão, mas passam
65% do tempo cumprindo tarefas administrativas
(Dakolias, 1999): “o sistema judicial no Brasil é gerido
por amadores” (Sherwood, 2007).
 Interpretação alternativa para a “falta de recursos”
(Dakolias 1999, Mendes 2008, Gracie 2009).
 Falta de incentivos adequados: MJ (2007) mostra que
a ineficiência nos cartórios judiciais é maior onde o
pessoal estava menos motivado e menos empático ao
gestor líder.

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3. Medindo a Eficiência dos
Tribunais Brasileiros - Metodologia
 Data Envelopment Analysis (DEA)
 Método de programaç
programação linear de cá cálculo de
fronteiras de produç
produção.
 Seleciona no grupo das unidades observadas os
elementos mais eficientes e cria a barreira com base
neles (eficiência relativa).
 As unidades ineficientes são comparadas com as
eficientes: a distância até
até a fronteira mede o grau de
ineficiência.
 Unidades eficientes empregam a mesma quantidade
de recursos, mas produzem x% a mais de produto.
 (Orientaç
(Orientação a recursos també
também possí
possível).
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3. Data Envelopment Analysis (DEA)

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3. Medindo a Eficiência dos
Tribunais Brasileiros
Dados:
 Relató
Relatório “Justiç
Justiça em Nú
Números”
meros” 2006 a 2008
pelo Conselho Nacional de Justiç
Justiça (CNJ) para as
27 Justiç
Justiças Estaduais.
 Outputs: Processos julgados no 1º e no 2º
graus.
 Inputs: Números de magistrados e pessoal.

 Outputs e inputs ponderados por: “novos casos


no ano t” + “casos pendentes do ano t-1”

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3. Eficiência dos Tribunais Brasileiros:
DEA vs. Outros Resultados
 Índice de Confianç
Confiança do Judiciá
Judiciário pela GVLaw
São Paulo.

 Evidências:
 Relató
Relatório Banco Mundial 2004/5.
 TJ-
TJ-RJ ISO 9001-
9001-2000.

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3. Eficiência dos Tribunais Brasileiros:


DEA vs. Outros Resultados
 Índice de “desempenho da gestão/organizaç
gestão/organização
interna”
interna” para captar aspectos da gestão:
n Treinamento e formaç
formação dos recursos humanos (pessoal
e magistrados).
n Plano estraté
estratégico plurianual para o Tribunal, com
estabelecimento de prazos e metas.
n Métodos alternativos de resoluç
resolução de conflitos.
n Transparência nos resultados de produtividade dos
juí
juízes.
n Transparência nos resultados de produtividade e
eficiência do Tribunal, com a publicaç
publicação das estatí
estatísticas.
 Resultado: 56% de correlaç
correlação do índice com os
resultados do DEA. 19
4. Medindo o Viés e a Variabilidade
do Judiciário Brasileiro
 Motivação:
“The quality of enforcement of guarantees is poor because
both the law and the jurisprudence are biased towards the
debtor … jurisdictional uncertainty precludes the possibility of
multilateral impersonal transactions that involve credit over
long time periods. The consequence is the almost complete
collapse of a long-term financial market” (Arida, Bacha e Lara-
Rezende, 2005, p. 274-5).

 O Judiciário produz decisões enviesadas?


 O Judiciário produz decisões variantes que
acarretam insegurança jurídica?

4. Medindo o Viés e a Variabilidade


do Judiciário Brasileiro
Hipóteses:
 H1: Os magistrados favorecem mais o devedor.

 H2: Os magistrados favorecem mais a parte


hipossuficiente.
 H3: Magistrados nomeados por governos cuja
base tem viés distributivista tendem a favorecer
mais os devedores e os hipossuficientes.
 H4: Há alta variabilidade nas decisões judiciais
versando sobre assuntos similares.

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4. Medindo o Viés e a Variabilidade
do Judiciário Brasileiros
 Análise de decisões do STJ na íntegra, retirados
do site:
 Recursos Especiais
 Dívidas contratuais, privadas (pessoas físicas,
jurídicas, instituições financeiras), não envolvendo
União, Estados, Municípios, autarquias, etc., mas
envolvendo empresas estatais.
 Decisões proferidas entre 06 Outubro 1998 e 05 de
Outubro de 2008.
 Resultado: População de 1.687 decisões.

4. Medindo o Viés e a Variabilidade


do Judiciário Brasileiros
 Variáveis dependentes (y):
 Decisão a favor do devedor ou do credor?
 Decisão a favor do hipossuficiente ou da parte forte?
 Decisão do STJ reverteu a decisão do acórdão estadual?
 Variáveis explicativas (x):
 Tipo das partes envolvidas no processo
 Tipo de dívida envolvida
 Indicação polítca do Ministro
 UF de origem do recurso especial
 Valor da dívida envolvida*
4. Medindo o Viés e a Variabilidade
do Judiciário Brasileiros:
Resultados Descritivos

 44,2% (746) decisões foram a favor do devedor,


e 53,6% (905) decisões foram a favor do credor.
 54,3% das decisões do STJ reformaram
parcialmente ou integralmente as decisões dos
acórdãos estaduais; 45,7% das decisões do STJ
mantiveram as decisões dos acórdãos na
íntegra.

5. Medindo o Viés e a Variabilidade


do Judiciário Brasileiro

Resultados Econométricos:
 Tabela 5.6 (p. 182)

 Tabelas 5.8(A) (p. 191)

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5. Medindo o Viés e a Variabilidade


do Judiciário Brasileiro

Resultados Econométricos:
 Tabela 5.6 (p. 182)

 Tabelas 5.8(A) (p. 191)

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Conclusões Finais

 Gestão das cortes deve ter impactos sobre a eficiência


judicial.
 O problema do viés dos juízes é mais complexo do que
discutido na literatura e não apresenta sinais certos ou
evidentes.
 A reversão das decisões pelo Judiciário brasileiro é muito
alta.
 Viés judicial está relacionado com “base política” da
indicação do Ministro do STJ, bem como da UF.

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Fim da apresentação!

Obrigada!

LucianaY@insper.edu.br

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