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Ante-Projecto de uma

Habitação inserida no Agro-


Turismo

CESE- Agricultura Sustentada; disciplina de Actividades Alternativas do Meio Rural


Janeiro 1998
Elaborado Por: Daniela Sousa
A - INTRODUÇÃO
B - CONDIÇÕES PARA ENQUADRAMENTO NO AGRO-TURISMO

1 - O VALE DE VILA POUCA DE AGUIAR

1.1 - Localização
1.2 - Clima
1.3 - Solos
1.4 - População
1.5 - Testemunhos arqueológicos
1.6 - Artesanato
1.7 - Festas, feiras e romarias
1.8 - Gastronomia

2 - O CASAL DOS SOUSAS

2.1 - Descrição da exploração


2.2 - A criação da actividade turística na exploração
2.3 - O envolvimento participativo do turista
2.4 - Acolhimento ao turista
2.5 - As refeições
2.6 - Estrutura de custos
2.7 - Investimentos
2.8 - Prazo de entrada em funcionamento
2.9 - Condições de financiamento

3 - ANEXOS
A - INTRODUÇÃO

Tradicionalmente os Portugueses são tidos como um povo de descobridores : A descoberta de novas


rotas marítimas que expandiram o conhecimento e o comercio Europeus, a colonização de 3
Continentes, são o exemplo da nossa contribuição para a História do Mundo tal como hoje o
conhecemos.
Com efeito repousante, mais Limpa, porque menos explorada, enfim, mais Viva, a região de Trás-
os-montes, tem potencial para constituir o escape do citadino cansado e saturado, proporcionado-lhe
o refrescante e revigorante reencontro com os valores naturais de que o seu quotidiano o priva.
O Turismo deve assim contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população mediante, entre
outras medidas o fomento do Turismo no Espaço Rural.
É com este objectivo que o «Casal dos Sousas», possuindo uma casa rural no Lugar do Souto,
Freguesia de Telões, Concelho de Vila Pouca de Aguiar, Distrito de Vila Real, se uniu para
recuperar a tradição da região fomentando o verdadeiro Turismo no Espaço Rural.

B - CONDIÇÕES PARA ENQUADRAMENTO DO PROJECTO NO AGRO-TURISMO 1

B1 - Enquadramento legal:

O Turismo no espaço Rural ou vulgo Agro-Turismo enquadra-se legalmente no Decreto-lei 256/86


art. 4º

“ Exercício da actividade Turística em casas de habitação ou seus complementos, integrados numa


exploração agrícola. Caracteriza-se pela participação dos turistas nos trabalhos da própria
exploração e em formas de animação complementares, desde que a unidade obedeça às condições
legalmente exigidas.”

Para ter acesso a esta qualificação é necessário que se proceda a uma inscrição feita
num boletim que é fornecido gratuitamente pela Direcção Geral do Turismo. Na inscrição devem
ser mencionados as várias características da casa em questão para que se possa ter uma ideia o mais
concreta possível das condições existentes.
Deve-se enviar também as plantas de localização da propriedade na escala de
1:25000 ou 1:1000 , fotografias da casa com memória descritiva; se houver necessidade, de recorrer
a obras de financiamento deve-se também incluir com a respectiva escala, neste caso de 1:1000 ,
orçamento das obras em projecto, do mobiliario e possivel equipamento a adquirir .

1 - Publicação da Direcção-geral do Turismo


B2 - Factores a ter em conta pela Direcção-Geral do Turismo aos pedidos de
inscrição:

São apreciados segundo:


- a qualidade e localização da propriedade;
- os meios de alojamento e restauração existentes no local em que estão inseridos;
- apoio de alojamento e restauração existentes no local em que estão inseridos;
- apoio turístico de caracter histórico, cultural, artesanato e outros valores regionais
existentes no local em que a casa está inserida;
- as condições de higiene e conforto;
- existência próxima de serviços médicos ou de socorro.

B3 - Apreciação do processo pela Direcção-Geral do Turismo

Todo o processo depois de devidamente preenchido e entregue irá ser apreciado pelo
Director-Geral do Turismo que o pode ou não indeferir no prazo de 30 dias, caso não sejam
preenchidas todas as condições julgadas essenciais para a sua aprovação.
Em seguida irão ser feitas as vistorias e inspecções no local, ficando depois a
Direcção-Geral do Turismo encarregue de aceitar, rejeitar ou se necessário comunicar a realização
de obras ou melhoramentos para que a inscrição seja aceite, isto no prazo de 60 dias.
Se o processo for indeferido há sempre a possibilidade de recorrer, recurso esse que é enviado para
o Director-Geral do Turismo no prazo de 30 dias que são contados a partir da data em que foi feita a
comunicação.

B4 - Cancelamento da inscrição

Pode ser feita pelo proprietário que a solicita através de um pedido escrito enviado à
Direcção-Geral do Turismo com uma antecedência mínima de 90 dias à data em que pretende
desistir. Também pode ser feita pelo Director-Geral do Turismo por sua própria iniciativa ou ainda
sob proposta do orgão ou regional de turismo da área, isto quando se dão as seguintes situações
a - incumprimento de requisitos essenciais à inscrição;
b - violação dos deveres de requerente;
c - falta de cumprimento das disposições vigentes quanto ao exercício da actividade.

Assim o cancelamento da inscrição leva à cessação dos apoios bem como à


restituição dos incentivos dados através de Fundo de Turismo. Logo o requerente no prazo de 90
dias a contar a partir da data de recebimento da notificação tem que repor a importância recebida,
acrescida de juros calculados segundo a taxa máxima aplicada ás operações activas de prazo pelas
instituições de crédito.

B5 - Preços praticados

Os preços praticados são livres, mas devem ser comunicados à Direcção-Geral do


Turismo no inicio da exploração. Também se devem comunicar os valores mais elevados que se
pretendam praticar a partir de 1 de Janeiro do ano seguinte.

B6 - Deveres e direitos do dono da casa

Deve-se comunicar à Direcção-Geral do Turismo todos os dados relacionados com a actividade


turística.
É o responsável pela higiene dos serviços a prestar, oferecendo assim conforto necessário a uma
estadia agradável.
Livro de registo dos hóspedes actualizado, apresentar o livro de reclamações aos clientes ou á
inspecção turística sempre que este seja solicitado.
As reclamações feitas devem ser devidamente ponderadas pelo dono da casa e comunicadas no
prazo de 48H à D.G.T. sempre que seja necessário ou quando solicitado.
Responsável pelos objectos de valor entregues ou transmitir a responsabilidade a uma companhia de
seguros através de contrato.
Possuir em cada quarto a tabela de serviços a prestar
Roupas de cama e de casa de banho devem ser mudadas sempre que o cliente saia em em qualquer
dos casos pelo menos duas vezes por semana.
Todo o pessoal que colabore e membros as família que aí habitem devem cumprir as regras de
cortesia e urbanidade da tradicional hospitalidade Portuguesa.
Os serviços extras são facturados descriminadamente.
Pode exigir o pagamento antecipado.
Tem direito a recusar o aluguer dos quartos ou a prestação de serviços, isto sem prejuízo da
exploração.
O cliente pode ser aconselhado a abandonar o quarto sempre que o seu comportamento não seja
correcto, isto sem reembolso por parte do dono da casa pelos dias pagos antecipadamente e se
necessário pode recorrer à autoridade policial adequada.
Como forma de garantia pode o dono da casa reter em seu poder os bens do cliente sempre que este
não pague as facturas dos serviços prestados.
Caso seja possível, podem-se afixar informações de interesse turístico e cultural da região,
informações estas escritas em Português, Francês, Inglês e Alemão.

B7 - Normas a respeitar pelos clientes

Adoptar um comportamento que siga as regras gerais de cortesia e pagar pontualmente os serviços
prestados.
Não possuir animais, excepto os autorizados.
Não penetrar nas zonas de acesso vedado.
Não perturbar o ambiente familiar do dono da casa.
Não fazer lume ou cozinhar nos quartos.
Não exceder a lotação dos quartos, nem alojar terceiros sem autorização.
Responsáveis por todos os danos causados.

B8 - Apoios financeiros ao investimento turístico em espaço rural

Para obras, melhoramentos e recuperação das unidades de turismo no Espaço Rural,


existem no Fundo de Turismo os seguintes apoios financeiros:
B.8.1 - S.I.F.I.T. III
B.8.2 - SIR
B.8.3 - Financiamento directo
B.8.1 - S.I.F.I.T ( Sistema de incentivos financeiros ao investimento turístico) 1

Este novo sistema de incentivos tem por objectivo contribuir para a correcção dos
desequilíbrios estruturais que ainda continuam a caracterizar o sector do Turismo. Assim pretende
fomentar o aumento da qualidade da oferta e a diversificação de produtos estimulando o
investimento na modernização e reequipamento da oferta existente, na adaptação à actividade
turística de imóveis de relevante valor arquitectónico, histórico ou cultural e ainda em
empreendimentos e meios de animação.
O Sistema de Incentivos Financeiros ao Investimento ao Turismo (SIFIT), na sua terceira versão,
tem como principal inovação prever para a generalidade dos projectos de investimento subvenções
financeiras reembolsáveis para a entidade promotora.
Para os projectos de investimento de recuperação ou adaptação de imóveis de relevante valor
arquitectónico, histórico ou cultural em ordem à instalação de estabelecimentos hoteleiros de
empreendimentos e meios de animação turística ou de restaurantes típicos ou turísticos será mantida
a subvenção financeira não reembolsável, que caracterizou as anteriores versões do SIFIT.
Todos os outros projectos de investimento beneficiarão de uma comparticipação financeira
reembolsável.

B.8.1.1 - O S.I.F.I.T. III (âmbito) :

Poderão usufruir de apoio no âmbito do SIFIT III os projectos de investimento de construção,


instalação, reconversão, ampliação e remodelação dos seguintes empreendimentos turísticos:
• Estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos;
• Unidades de turismo em espaço rural;
• Empreendimentos e equipamentos de animação turística, nomeadamente campos de golfe,
campos de ténis e piscinas
• Instalações naúticas, bem como os respectivos equipamentos, quando inseridos em
marinas, portos de recreio ou docas de recreio;
• Instalações termais;
• Zonas de caça turística;
• Adaptação de património arquitectónico, cultural e histórico.

1 - Publicação da Direcção-geral do Turismo


B.8.1.2 - O montante do incentivo:
O montante do subsidio é determinado pela aplicação de uma percentagem sobre o
valor total das despesas do investimento comparticipáveis, que variará de 15% e os 50% de acordo
com a natureza, localização e a relevância arquitectónica, histórica ou cultural do projecto a
comparticipar.

PROJECTOS DE TURISMO EM ESPAÇO RURAL

Remodelação/Ampliação Novos
Tipo de projecto Com Sem Com Sem
animação animação animação animação

Unidades de Turismo de Habitação 35% 30% 30% 25%

Unidades de Turismo Rural ou Agro-Turismo 35% 30% 30% 25%

Nota: As percentagens acima referidas serão acrescidas de 10% para projectos de investimento que visem recuperação de edifícios de relevante valor
arquitectónico, histórico ou cultural

B.8.1.3 - Despesas de investimento comparticipáveis:

Para o cálculo do subsídio apenas serão consideradas as despesas efectuadas com:

• aquisição de terrenos até um valor que não serão consideradas despesas do montante
comparticipável;
• infra-estruturas e edifícios destinados ao exercício da actividade turística;
• aquisição de equipamento;
• acompanhamento técnico do projecto e estudos directamente associados à realização do
mesmo, com excepção daqueles que tenham sido concluídos há mais de um ano à data de
apresentação da candidatura

Não são susceptíveis de comparticipação as despesas realizadas com a aquisição de bens


usados. Tratando-se de projectos de investimento relativos à construção de campos de golfe, o
valor e aquisição do terreno poderá ascender os 30% do montante de investimento
comparticipável.
B.8.1.4 - Pagamento do incentivo:

O pagamento dos incentivos fica a cargo do Fundo de Turismo, podendo os


promotores optar por uma das três modalidades:
• após a comprovação da actualização dos capitais próprios pelo Fundo do Turismo dos
documentos justificativos de despesas e vistorias ao local dos empreendimentos;
• à medida da evolução das obras de acordo com a aprovação do subsídio a conceder no
custo total do investimento, e em função dos documentos justificativos das despesas
apresentadas;
• quatro adiantamentos não podendo o valor de cada um exceder 25% do montante do
subsídio, sem prejuízo de ulterior apresentação dos documentos justificativos de despesas e
desde que o Fundo de Turismo acorde um plano de obras e de pagamentos a apresentar pelo
promotor.

As modalidades de libertação do subsidio previstas no 2º e 3º ponto ficam condicionadas à


apresentação de garantias bancárias pelo valor da libertação a efectuar, constituídas a favor do
Fundo de Turismo e válidas até ao termo final da execução do projecto de investimento
comparticipado.

B.8.1.5 - Condições de comparticipação financeira reembolsável:

No caso do projecto de investimento ser susceptível de beneficiar de uma comparticipação


financeira reembolsável, esta terá um período de carência de 3 anos, contados da data de celebração
do contrato e o prazo de reembolso será de 10 anos. Será também constituída uma garantia bancária
autónoma ou hipotecária do empreendimento comparticipado em casos excepcionais, poderá ser
aceite qualquer outra garantia especial admitida em direito
As prestações do reembolso do montante mutuado não oneroso serão constantes.
As garantias serão constituídas pelo valor total do incentivo e eventuais juros devidos em caso de
incumprimento e válidas até ao termo final do reembolso do incentivo.

COMPARTICIPAÇÃO FINACEIRA REEMBOLSÁVEL

Período de carências 5 anos


Prazo de reembolso 10 anos
Garantia especial garantia bancária ou hipoteca do
empreendimento comparticipado
B.8.1.6 - Exclusão:

Não poderão beneficiar de apoio no âmbito do SIFIT III os projectos.


• Quando localizados nos concelhos de Lisboa e Porto, à excepção dos projectos de
remodelação e ampliação de estabelecimentos hoteleiros e projectos de recuperação ou
adaptação de imóveis de relevante valor arquitectónico ou cultural;
• quando se destinem à construção de novos empreendimentos já existentes, localizados em
zonas consideradas sectorialmente saturadas definidas pela Direcção Geral do Turismo.
• Quando se enquadrem em sistemas específicos de incentivos da mesma natureza criados
no âmbito de programas de intervenção de política regional;
• quando tenham por objecto empreendimentos cuja exploração, no todo ou em parte, seja
feita em regime de direito legal de habitação periódica;
• quando tenham por objecto empreendimentos turísticos que tenham beneficiado há menos
de 5 anos, contados da respectiva concessão dos incentivos atribuídos ao abrigo do decreto-
lei 420/87 de 31 de Dezembro ou do decreto-Lei 215/92 de 13 de Outubro salvo se o valor
global dos incentivos recebidos ao abrigo destes diplomas e do SIFI III não ultrapasse o
montante máximo de incentivos previsto
B.8.2 - SIR (Sistema de Incentivos Regionais)

Este novo sistema de incentivos tem por objectivo contribuir para o desenvolvimento das regiões,
incentivando o potencial de desenvolvimento endógeno das mais desfavorecidas, através de
medidas que contribuam para o aumento da competitividade das empresas regionais, para a criação
de emprego e para a diversificação da produção de bens e serviços.

Concretamente o SIR tem como objectivo fomentar projectos de investimento que visem a criação e
modernização de pequenas e médias empresas, em qualquer sector de actividade, e contribuam para
o reforço da base económica das regiões. Assim, este sistema de incentivos abrange projectos de
investimento em actividades como a indústria e artesanato, comércio, turismo, serviços prestados às
empresas e transferência de industrias de zonas congestionadas.

B.8.2.1 - Âmbito:

Relativamente à actividade turística poderão beneficiar de apoio no âmbito do SIR os seguintes


tipos de projectos:

• remodelação, modernização e ampliação de estabelecimentos hoteleiros, não podendo


estas últimas ultrapassar 1/3 do investimento total em capital fixo;
• projectos de animação, culturais ou desportivos de interesse para o turista;
• remodelação e reequipamento de parques de campismo ou reinstalação dos mesmos noutro
local;
• criação de novos estabelecimentos hoteleiros através da adaptação de edifícios de relevante
valor arquitectónico, histórico ou cultural;
• projectos de modernização e redimensionamento de estabelecimentos hoteleiros de
pequena dimensão, não podendo a respectiva capacidade exceder os 35 quartos;
• projectos de criação de estabelecimentos hoteleiros de pequena dimensão, em zonas
particularmente carenciadas;
• turismo rural, agro-turismo e turismo de habitação,
• remodelação de restaurantes típicos ou turísticos, desde que sejam especialmente
relevantes para o desenvolvimento turístico do local onde se implantam
B.8.2.2 - Montante do investimento:

O montante de investimento não pode ser inferior a 20.000 contos nem superior a 100.000 contos.
Exceptuando-se projectos autónomos de natureza incorpórea, em que o limite mínimo de
investimento é de 10.000 contos.

B.8.2.3 - O montante do subsídio:

O incentivo a conceder pelo SIR assumirá a forma de subsidio a fundo perdido para os projectos de
investimento, em activo fixo corpóreo de valor inferior a 80.000 contos e a forma mista de subsídio
a fundo perdido e reembolsável para os investimentos, em activo fixo corpóreo, superior àquele
montante. Estes últimos serão apoiados até ao limite de 80.000 contos por subsídio a fundo perdido
e no restante montante, por um subsídio reembolsável.
Será acordado um período de reembolso do subsídio de 4 a 8 anos e um período de carência de 1 a 5
anos (em função da dimensão do investimento e do prazo necessário para a sua plena entrada em
funcionamento).

O montante do incentivo resulta da aplicação de uma taxa de comparticipação sobre o valor total do
investimento. A taxa de comparticipação dos subsídios a fundo perdido poderá variar entre 30% e
70% em função do interesse do projecto, medido pelo seu impacto na economia regional, na
proporção de 60% e pela sua valia sectorial, na proporção de 40%.
Os subsídios reembolsável corresponderão a 70% do montante do investimento que ultrapasse os
80.000 contos.
As despesas de investimento de natureza incorpórea elegíveis serão apoiadas através de subsídios a
fundo perdido, no montante máximo de 20.000 contos, sendo a sua taxa de comparticipação
variável entre 50% e 70%.

B.8.2.4 - Despesas de investimento comparticipáveis:

Para o cálculo do subsídio apenas serão consideradas as despesas efectuadas com:

• infra-estruturas e edifícios destinados ao exercício da actividade turística;


• aquisição de equipamentos, com excepção de veículos automóveis, reboques e semi-
reboques;
• acompanhamento técnico do projecto e estudos directamente associados à realização deste,
com excepção dos concluídos há mais de um ano à data da apresentação da candidatura.

Não são susceptíveis de comparticipação as despesas efectuadas com terrenos e aquisição de bens
em estado de uso.

B.8.2.5 - Pagamento do incentivo:

O pagamento do incentivo fica a cargo do Fundo de turismo, mediante a apresentação dos recibos
relativos ás despesas do projecto efectuadas e pagas e de vistorias ao local do empreendimento.

B.8.3 - Financiamentos directos

Estas modalidades de alojamento podem beneficiar de apoio financeiro directo do Fundo do


Turismo que o nº 15 do Despacho Normativo nº 118/91 refere:
- Turismo rural e Agro-turismo:
* prazo máximo de 10 anos;
* prazo máximo de diferimento de 3 anos;
* taxa de juro anual de 6,5% ou 11%, também podem ser alterado
consoante o valor do empréstimo que pode ir até 6 000 contos ou
mais.

Os projectos aprovados segundo esta modalidade, cujo financiamento não poderá exceder os 60% -
70% do custo do investimento em capital fixo, devem demonstrar possuir viabilidade económico-
financeira, não devendo assim o seu promotor encontrar-se em situação de incumprimento para com
o Fundo de Turismo.
Se o mesmo empreendimento tiver dois ou mais financiamentos do Fundo de Turismo, cujo valor
seja superior a 6 000 contos, ficam sujeitos às taxas de juro mais elevadas previstas.
1 - O VALE DE VILA POUCA DE AGUIAR

Reza uma lenda bem antiga que o actual Vale de Vila Pouca de Aguiar fora outrora
um lago atravessável de barco de Montenegrelo ao Castelo 1, e que, por obra humana, se conseguiu
escoar e transformar num bonito vale. Apesar dos seus fundos argiloso, cujo barro foi durante
muitos anos o ganha pão dos produtores de telha e dos oleiros existentes em algumas aldeias, e da
grande quantidade de seixos rolados existentes nos seus solos, não serem suficientes para
sustentarem a lenda, nela porém, existe uma grande verdade: foi o esforço humano quem criou o
que é hoje o Vale de Vila Pouca de Aguiar.
Uma paisagem única em trás-os-montes, com a superficie cortada e recortada em
parcelas de dimensões reduzidas, fruto de uma sociedade com um modo de ser, pensar e agir muito
próprio e de uma série de condicionalismos essencialmente geográficos e edafo-climáticos. Nela se
faz notar um sistema cultural, baseado numa policultura acentuada com o cereal de Inverno
(centeio) e o milho e a batata como culturas e Verão, misturando-se neles lameiros, plantações
arbóreas, a vinha em bordadura e algumas hortícolas (Moreira, 1986).
Outrora fortemente marcado por um isolamento geográfico, hoje em dia servido por
uma boa rede de estradas de acesso a Espanha (EN2) ou a Vila Real (EN2), pela fronteira de
Bragança (IP4) e ao Porto, também servido por esta rodovia.

1.1 - Localização

O vale de Vila Pouca de Aguiar fica situado na Zona Agrária Alvão-Padrela, na terra
Fria Transmontana-Alto Corgo, localizado entre as serras de Alvão e da Falperra, no sentido Norte-
Sul, a uma altitude média de 620 m. Este vale, talhado em U, estende-se desde Vila Pouca, a Norte,
até Vila Chã, a sul, numa extensão de cerca 10 Km de comprimento por 3 a 4 Km de largura.
O rio Corgo nasce no início deste Vale, em Vila Pouca de Aguiar e atravessa-o em
todo o seu comprimento, no sentido Norte-Sul, com contornos pouco sinuosos. Mais ao menos
paralela a este e dividindo o Vale ao meio, passa a Estrada Nacional Nº2. Ao longo do vale
encontram-se outros pequenos ribeiros a afluirem no rio Corgo e estradas travessais que unem as
diversas aldeias à estrada nacional (como se poderá constatar no mapa anexo).
As aldeias são pequenos povoamentos, do tipo Concentrado, bem individualizadas.
Na encosta Este da Serra do Alvão, e no sentido Sul-Norte, ficam situadas as aldeias de Soutelinho
do mesio, Outeiro, Souto, Telões, Pontido, Castelo, Soutelo e Fontes; na encosta Oeste da Serra da
Falperra, e no mesmo sentido, ficam as aldeias de Tourencinho, Gralheira, Zimão, Parada de Aguiar,
Freiria e Montenegrelo. Mais ao menos ao centro do vale, e também no mesmo sentido, ficam as
aldeias de Vila Chã, Carrica e Ferreirinho. Vila Pouca e Vila Chã, no início e no fim do vale,
respectivamente.

1 - Duas aldeias muitas antigas situadas no topo da serra da Falperra e do Alvão


1.2 - Clima

O clima desta região poder-se-à caracterizar por Invernos longos e frios, onde
durante 5 meses as temperaturas médias mensais não ultrapassam os 10ºC, e se fazem sentir geadas
em 9 meses do ano; sendo de extrema importância as geadas ocorridas em Abril e Maio, assim
como em Setembro e Outubro. Verifica-se, também que a média das temperaturas máximas é
inferior a 10ºC nos meses de Dezembro e Janeiro.
Um outro facto a salientar reside no valor das temperaturas mínimas absolutas, -7ºC em Fevereiro, -
6ºC em Janeiro e -5,1ºC em dezembro.
O Verão não é demasiado quente, com temperaturas médias mensais nos meses de Junho, Julho,
Agosto e Setembro de 18,2; 20,4; 20,2 e 18,0 ºC, respectivamente. A média das temperaturas
máximas não ultrapassa 27,2ºC. Deve, contudo referir-se a linha das temperaturas máximas
absolutas onde se encontram valores de 38,8ºC em Julho, 37,5ºC em Agosto e 35,8ºC em Junho.

1.3 - Solos

Agrologicamente, esta zona é relativamente heterogénea, ocorrendo bons solos de aluvião nos vales
e solos litossólicos delgados nas encostas.
São fundamentalmente do tipo Cambissolos úmbricos e fluvissolos de origem aluvial ou coluvial
(Fernandes, 1990). Nas partes mais elevadas do vale e mais afastadas do rio podem observar-se
terraços fluviais. Os sedimentos que formam estes terraços são constituidos por materiais muito
grosseiros, provenientes, sobretudo, de granitos. Nas partes mais baixas e mais próximas do curso
de água podem observar-se aluviões modernos de textura média.
Devido à proximidade do rio a toalha freática está próxima da superfície durante parte do ano,
apresentando alguns destes solos drenagem deficiente (Portela, 1989).

1.4 - População

A análise da estrutura da população foi baseada nos Sensos 1991 (resultados provisórios e pré-
definitivos) do INE.
1.5 - Testemunhos arqueológicos

Esta região de grande interesse turístico possui vestígios ancestrais das civilizações Celta e Romana
que aqui grande influencia fizeram sentir (Chaves). Aqui se cruzam os caminhos da História, os
solos ricos e férteis atraiam todos os povos que vindos da Europa aqui se estabeleciam.
De grande valor patrimonial podemos citar o Castelo de Vila Pouca de Aguiar que remonta ao Sec.
XII, estando classificado como Monumento Nacional.

1.6 - Artesanato

Como testemunhos do artesanato da região temos a cestaria (vime, e giesta), tecelagem de linho e
lã, carpintaria, ferros forjados, instrumentos musicais e olaria (de tradição ancestral).

1.7 - Festas, Feiras e Romarias

Para além das inúmeras feiras que ao longo da semana decorrem e ao longo dos meses de verão se
fazem dedicadas aos emigrantes, salientam-se as seguintes:
13, 28 e 29 de Junho em Vila Real (festas de Santo António e Sº Pedro)
25 de Setembro em Vila Pouca de Aguiar a tradicional Feira das Cebolas.

1.8 - Gastronomia

Região conhecidas pelos seus opíparos petiscos, dentre muitos destaca-se :


- Truta grelhada com molho de escabeche;
- Cabrito assado;
- Feijoada à transmontana;
- Enchidos;
2 - O CASAL DOS SOUSAS

2.1 - Descrição da exploração

Situa-se a 10 Km de Vila Pouca de Aguiar e a 17 de Vila Real, numa aldeia


denominada de Souto.
Trata-se de uma exploração familiar, na qual trabalha o casal (Oscar de 50 anos e Mª Emilia de 48
anos) um filho (Miguel de 30 anos e sua esposa de 27 anos) e uma filha (Daniela de 27 anos). Tanto
a esposa do Miguel com a Daniela dedicam-se à actividade a tempo parcial uma vez que são
professoras na escola Secundária de Vila Pouca de Aguiar e dão também formação nas aldeias da
região.
O “Casal” pretende admitir a curto prazo uma senhora que ajude a cuidar da casa aquando a sua
adesão ao turismo rural.

A exploração dispõe de uma área aproximada de 2,7 ha agregados ao “Casal” e ainda 3 ha que
distam aproximadamente 2 Km da casa.
Para além das actividades vegetal e animal (que já possuem) o “Casal” pretende iniciar uma
actividade de fabrico de compotas e de vinificação para vender aos turistas que pernoitem e
permaneçam no “Casal”.

2.2 - A Criação da Actividade Turística na Exploração

A ideia de criar o “Casal dos Sousas” surgiu com a preocupação de assegurar a perpetuidade da
exploração e melhoramento dos rendimentos do Casal.
Deseja-se também com este projecto, aproveitar uma casa tipicamente rural com estábulos,
palheiros, espigueiros, lagar, tanques de rega, e com uma vasta área de terreno agricultável, com
floresta, arvores de fruto e vinha.
Fomentar um conjunto de actividades onde o turista terá possibilidade de contactar o mundo rural
tomando conhecimento de toda a cultura tradicional transmontana e participar activamente tendo ao
seu alcance um numero variado de entretenimentos.
2.2.1 - Infra-estruturas

Esta quinta antiga tem um certo encanto, principalmente pela paisagem e porque o estilo tradicional
se manteve, além da casa de habitação, encontra-se ainda a eira, palheiros, estábulos (denominados
de cortes), adega e outras instalações que reflectem a verdadeira tradição da região.

- A habitação possui:
• Capela;
• 3 Quartos com WC
• 3 Quartos sem WC
• 4 Salas de estar independentes
• 1 Sala de refeições
• Cozinha
• 1 WC independente

- Terrenos envolventes:
• “Cortinha dos Ferreiros com 1,5 ha
• “Hortinha” com 0,25 ha
• “Soalheira” com 0,45 ha
• “Lameiro da Horta” com 0,5 ha (em regime de aluguer)

- Terrenos não envolventes


• “Troia” com 1,5 ha de Pasto Permanente e Floresta
• “ Pousado” com 1,5 ha de Pasto permanente e Floresta

- Infra-estruturas para animais


• 1 Galinheiro (galinhas e patos)
• 1 corte para gado bovino da Raça Maronesa
• 1 corte para 2 burros
• 1 corte para 2 cavalos
• 1 corte para 1 casal de ovelhas
• 1 coelheira
- Outras infra-estruturas:
• 2 espigueiros
• Instrumentos aratórios tradicionais (charrua, fresa, grade de bicos,
gadanhas, etc)
• tear tradicional para Linho e Lã
• no rés-do-chão da casa existe um lagar de vinho, alambique (para destilar a
aguardente) e adega
• garagem para estacionamento no máximo de 3 carros
• a casa é abastecida com água da serra, propriedade também pertencente ao
“Casal” (a última análise efectuada em 1995 teve como resultado
“puríssima”)
2.3 - O envolvimento participativo do turista

O casal dos sousas pretende adoptar como filosofia a participação do turista (o amigo) nas
actividades diárias do campo, de forma a que este sinta o verdadeiro espírito rural e se envolva na
tradição transmontana.
Sendo assim o casal pretende revitalizar as seguintes áreas:

- O Ciclo do queijo:
O turista poderá participar logo pela manhã na ordenha manual do gado bovino e ovino.
Poderá saborear ao pequeno almoço o leite que ordenhou e o queijo que ajudou a fazer.
Colaborará na elaboração do queijo de ovelha e de vaca
Poderá acompanhar o gado até ás pastagens mais distantes de casa, aproveitando para se deleitar
com a maravilhosa paisagem rural que o cerca.

- O Ciclo do Vinho:
O turista será convidado a participar na poda da vinha
Poderá participar activamente na vindima, transporte para o lagar e pisagem das uvas
A feitura do vinho pretende ser um acontecimento realmente encantador com o auxilio de populares
e cantadores, que ensinarão ao turista os cantares típicos desta lida
Participar na elaboração da aguardente

O Vinho irá ser engarrafado e etiquetado com o rótulo da casa “Casal dos Sousas” e será para
consumo às refeições e para venda como recordação ao turista.
Tratando-se de um vinho verde de excelente qualidade será sem duvida um óptimo meio de
promover esta região.
- O Ciclo da Compota:
Como a casa possui fruta de várias espécies (maçã, pêra, marmelo, cereja), frutos silvestres (amora
e framboesa) e legumes (abóbora e chila) supõe-se de grande interesse o acompanhamento do
turista para:
Podar as árvores de fruto
Participar na sementeira, repicagem e manutenção da Horta
Apanha dos frutos e legumes
Elaboração das compotas
As compotas são colocadas à disposição dos turistas na altura das refeições e serão embaladas em
pequenos frascos de vidro (200 gr) e rotuladas com o rótulo da casa.

- O Ciclo do Pão de Centeio:


Participação na sementeira do Centeio feita numa parcela da exploração.
Acompanhamento dos amanhos culturais tradicionais (lavoura com a tradicional charrua puxada por
bois, sementeira, ceifa)
Participação dos turistas nas sempre fascinantes malhadas que serão auxiliadas por populares e
cantadores, que ensinarão ao turista os cantares típicos desta lida
Moagem do centeio
Elaboração do pão em forno de lenha tradicional
O pão feito com o auxilio do turista é para ser servido às refeições. No ciclo do pão de centeio
também se poderá complementar com o Milho.

- O Ciclo do Linho:
Participação dos turistas na arte ancestral e quase esquecida que é a elaboração de peças de
vestuário e peças ornamentais (lençois, toalhas) a partir do Linho.
O linho será cultivado numa parcela da exploração com o auxilio dos turistas e será trabalhado
somente com os instrumentos aratórios típicos da região. Para tal a casa está apetrechada, incluindo
o tear.
Esta peças de linho serão colocadas à venda sob a forma de exposição permanente.

- O Ciclo da lã:
Tal como no ciclo do Linho pretende-se que os turistas tomem os primeiros contactos com a tosquia
e elaboração de peças de vestuários a partir da lã.
- Participação na Actividade Pecuária :
Pretende-se que os turistas aprendam a manusear com os instrumentos de corte tipicos da região,
com é a gadanha, a foice e o ancinho) e que com eles cortem as ervas e fenos que irão servir para
alimentar os animais.
Participarem no acto de “pensar” os animais (galinhas, patos, perus, coelhos, vacas maronesas,
ovelhas, cabras e porcos).
Participarem no pastoreio, ordenha, assistência aos partos e trabalhos de campo com o gado bovino.

Para os Turistas o “Casal dos Sousas” tem também programado a realização de outras actividades
como:

- Recreativas:
Banhos na piscina rústica
Jogos tradicionais, como o malha, malhão, cartas, fito ou o pão de sebo
Festas tradicionais (santos populares e peregrinação à Senhora do Extremo)
Festas do Concelho (feira dos 5 e 25 e tradicional feira das cebolas)
Arraiais e bailes populares

- Culturais:
Vestígios Celtas, Árabes, Romanos na região
Visita aos principais monumentos e curiosidades da região (Vila Real, Chaves, Vila Pouca de
Aguiar, Pedras Salgadas, Vidago, etc.)
Visita a localidades típicas
Viagem ao Parque Natural do Alvão
Serões Populares (Cancioneiro, Lendas e factos da cultura transmontana)
Visita às Pedras Salgadas, Vidago e Chaves onde se poderão deleitar com as maravilhosas aguas
termais

- Actividade Desportiva:
O Turista pode ainda desfrutar de enormes possibilidades de divertimento através de praticas
desportivas como a caça, pesca, equitação, ciclismo, montanhismo, etc.
2.4 - Acolhimento aos Turistas

Os turistas serão recebidos no hall de entrada, e serão conduzidos á sala onde lhes será servido um
aperitivo, iniciando-se deste modo uma conversa familiar de reconhecimento, só posteriormente é
que são acompanhados aos respectivos quartos e neles acomodados

2.5 - As refeições

O “Casal dos Sousas” pretende servir refeições em regime de meia pensão (pequeno almoço,
almoço ou jantar). Em qualquer uma delas o turista é convidado a partilhar a mesa da família e dos
restantes visitantes, promovendo-se assim o verdadeiro contacto com o calor humano e típico da
Região Transmontana.
As refeições serão servidas com os produtos fabricados em casa (compotas, vinho, pão, carne,
fumeiro, ovos, fruta, legumes, etc.), os restantes serão comprados na região e tentando não fugir ao
Menu tradicional.
2.6- Estrutura de Custos

A propriedade possui um nível de mecanização e técnica muito reduzido relativamente à área em


causa.
A actividade é praticada como de subsistência.
Como representado na planta da propriedade, vamos passar a escrever as produções por parcelas
actualmente definidas.

2.6.1 - Actividade Agrícola e Pecuária:

• VINHA
Despesas:
Poda = 8 geiras x 5 dias x 3.000$00/ dia 120.000$00
Preparação terreno = 1 hora x 5.000$00/ dia 5.000$00
Adubações/ tratamentos fitossanitários - não aplicável
Colheita e pisoteio = 30 geiras x 3.000$00/ pessoa 90.000$00

Total das despesas 215.000$00


Receitas:
Venda
Total das receitas

Margem Bruta (R-D)


• POMAR
Despesas:
Poda = 8 geiras x 5 dias x 3.000$00/ dia 120.000$00
Preparação terreno = 1 hora x 5.000$00/ dia 5.000$00
Adubações/ tratamentos fitossanitários - não aplicável
Colheita e pisoteio = 30 geiras x 3.000$00/ pessoa 90.000$00

Total das despesas 215.000$00


Receitas:
Venda
Total das receitas
Margem Bruta (R-D)

• LAMEIRO DA HORTA
Despesas:
Aluguer/ Ano 25.000$00
Margem Bruta (R-D) - 25.000$00

• CENTEIO
Despesas:
Preparação do terreno = 1 hora x 5.000$00 5.000$00
Sementes = 25 Kg x 62$00 1.550$00
Adubações/ tratamentos fitossanitários - não aplicável
Colheita = 1 hora x 5.000$00 5.000$00

Total das despesas 11.550$00

Receitas:
225Kg x 10$00/ Kg 5.000$00

Total das receitas 5.000$00


Margem bruta (R-D) - 6.550$00
• BATATA
Despesas:
Preparação do terreno = 1 hora x 5.000$00 5.000$00
Sementes = Kg x $00
Adubações/ tratamentos fitossanitários - não aplicável
Colheita = 1 hora x 5.000$00 5.000$00

Total das despesas

Receitas:
Kg x 10$00/ Kg

Total das receitas


Margem bruta (R-D)

RECEITA LÍQUIDA DA EXPLORAÇÃO


2.6.2 - Actividade Turística

• ALUGUER DE QUARTOS
Despesas:

1 Empregada de quarto = 70.000$00 x 14 meses 980.000$00


Energia = 5.000$00 x 12 meses 60.000$00

Total das despesas 1.040.000$00

Receitas:
Esperando-se uma taxa de ocupação anual de 50% ------ 183 dias completo, então:

6 quartos x 10.000$00 (meia pensão/ quarto) x 183 dias 8.784.000$00

Total das receitas 8.784.000$00


Margem bruta (R-D) 7.744.000$00

• REFEIÇÕES
Despesas:
Vários (Energia, custos produtos, mão de obra): 5.000$00 x 365 dias 1.825.000$00

Total das despesas 1.825.000$00


Receitas:
6 quartos x 90 dias (0,25% da taxa de ocupação) x 1 refeição = 540 refeições
540 refeições x 1.200$00/ refeição 648.000$00

Total das receitas 648.000$00


Margem bruta (R-D-) - 1.177.000$00

RECEITA LÍQUIDA 7.744.000$00 - 1.177.00$00 = 6.667.000$00


• VENDA DE COMPOTAS
Despesas:
Vários (Energia, custos produtos, mão de obra): 5.000$00 x 60 dias 300.000$00
Frascos = 7.500 x 20$00/ frasco de 200gr 150.000$00

Total das despesas 450.000$00

Receitas:
1.000 Kg de compota x 1.000$00/ Kg 1.000.000$00

Total das receitas 1.000.000$00


Margem bruta (R-D-) 550.000$00
2.7 - Investimentos

Para que o casal dos sousas possa iniciar a actividade vai ter que realizar alguns investimentos,
estando estes orçamentados, como se descreve nos itens abaixo:

• Elaboração da planta e respectivas alterações 500.000$00


• Reconstrução da habitação e adaptação ao agro-turismo 15.000.000$00
• Aquisição de equipamento hoteleiro 5.000.000$00
• Aquisição de mobiliário 5.000.000$00

TOTAL 25.500.000$00

2.8 - Prazo de entrada em funcionamento

O casal dos sousas, e em função do tempo necessário para dar inicio ao processo, deu como prazo
máximo de realização de obras e entrada em funcionamento do agro-turismo de 1 ano.

2.9 - Condições de financiamento

Pelas suas características, este projecto enquadra-se no sistema de incentivos abrangido pelo SIR.
Espera-se através deste, obter um financiamento de 50% do total do investimento, que corresponde
a um valor aproximado de 12.500 contos. O restante valor será adquirido através de um empréstimo
bancário (financiamento directo), tutelado pela Direcção Regional do Turismo.
ANEXOS
O vale de Vila Pouca de Aguiar, onde se localiza o Casal dos
Sousas é uma das zonas mais belas de Trás-os-Montes e Alto
Douro. É uma vasta e rica veiga verdejante, rodeada de
montanhas altaneiras onde se desfrutam panoramas magníficos.
A casa de construção rústica, situada em Souto no Conselho de
Vila Pouca de Aguiar, possui 6 quartos, salas de estar, biblioteca,
sala de refeições, piscina, capela, e está integrada numa vasta
àrea de exploração agrícola onde poderá participar nos trabalhos
do campo, como lavrar, semear, vindimar, apanhar a fruta,
alimentar os animais (vacas, burros, cavalos, porcos, galinhas,
patos, perus, etc), ou poderá participar em formas de animação
complementares como passeios pedestres, visitas a locais de
interesse cultural, banhos na piscina rústica, enfim, uma
infinidade de actividades multifacetadas que lhe proporcionarão
uns dias inesquecíveis.
O preço em quarto duplo em regime de meia pensão: 10.000$00

Casal dos Sousas

Souto 3 Km

Porto Vila Real Vila Pouca de Chaves


IP4 N2 N2
A4 17 Km Aguiar 10 Km Espanha
Planta da casa - 1
N

E O

Capela
Quarto 1

W.C.

Sala de
Sala de estar
repouso

Quarto 2 Biblioteca

W.C.

Sala de Cozinha
refeições W.C.

Varanda

Planta do 1º andar
Planta da casa - 2
N

E O

Quarto 3

W.C.
Sala de
repouso

Sala de Quarto 6
Sala
estar de
Quarto 4 estar

Quarto 5

Planta do 2º andar
Segunda-feira:
Almoço Jantar
Sopa de espinafres Sopa de cenoura
Feijoada á transmontana Peixe vermelho assado no forno
Fruta ou doce Fruta ou doce

Terça-feira:
Almoço Jantar
Sopa de feijão branco Sopa de abóbora
Febras grelhadas com arroz de feijão Truta grelhada
Fruta ou doce Fruta ou doce

Quarta-feira:
Almoço jantar
Sopa de agriões Sopa de espargos
Favas com chouriço Pescada cozida com legumes
Fruta ou doce Fruta ou doce

Quinta-feira:
Almoço Jantar
Canja de galinha Sopa de tomate
“Capão” assado no forno Bife grelhado na pedra
Fruta ou doce Fruta ou doce

Sexta-feira:
Almoço Jantar
Sopa de favas Sopa à lavrador
Empadão de carnes Açorda de peixe
Fruta ou doce Fruta ou doce

Ementa do dia 24 de janeiro até ao dia 28 de janeiro


Sábado:
Almoço Jantar
Sopa de cogumelos Sopa de cenoura
Coelho assado Salada russa
Fruta ou doce Fruta ou doce

Domingo:
Almoço Jantar
Sopa de feijão branco Sopa de cosido à Portuguesa
Cosido à Portuguesa Arroz de marisco
Fruta ou doce Fruta ou doce

Segunda-feira:
Almoço jantar
Sopa de cenoura Sopa de espinafres
Rojões Pescada cozida com legumes
Fruta ou doce Fruta ou doce

Terça-feira:
Almoço Jantar
Sopa de legumes Sopa de marisco
Rancho Bacalhau assado no forno
Fruta ou doce Fruta ou doce

Ementa do dia 25 Setembro a 28 de Setembro


Sábado:
Na casa: Outras

Alimentar os animais Passeio pedestre à nº Senhora do


Participar na vindima Extremo
Ir levar o gado à Troia Jogo do rapa

Domingo:
Na casa Outras

Alimentar os animais Passeio de Burro ao alto da serra


Participar na vindima Jogo da malha
Ir levar o gado á troia

Segunda-feira:
Na casa Outras

Alimentar os animais Grupo de cantares da Vindima


Pisoteio do vinho Jogo do pião

Terça-feira:
Na casa Outras

Alimentar os animais História do vinho e da vinha


Fabrico do vinho e aguardente Jogos de cartas

Actividades do dia 25 Setembro a 28 de Setembro


Planta da exploração
N

E O

Cortinha dos
Ferreiros

Caminho público
Lameiro da
Casa
Horta

Galinheiro
Espigueiro

Corte p/a
gado equino
Hortinha Eira

Corte p/a
gado ovino e Soalheira
Espigueiro caprino
Coelheira

Corte p/a Corte Garagem


gado bovino lenha

Legenda:

Tanque de rega Arvores de Fruto Vinha


Planeamento da exploração
N

E O

Batata
( 0,5 ha )

Caminho público
Pastagem Pastagem
Casa
permanente permanente
( 1 ha ) ( 0,5 ha )

Galinheiro
Espigueiro

Corte p/a Linho


gado equino
Horta Eira ( 0,15 ha )
( 0,25 ha ) Corte p/a Pousio
gado ovino e
Espigueiro caprino ( 0,15 ha )

Centeio
Coelheira

Corte p/a Corte Garagem


gado bovino lenha
( 0,15 ha )

Legenda:

Tanque de rega 50 Arvores de Fruto 1 ha de Vinha em ramada

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