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Orientação
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Prof. Dr. Luciano Antonio Digiampietri
Banca Examinadora
________________________________
Profa. Dra. Ariane Machado Lima
________________________________
Prof. Dr. Fernando Auil
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Resumo
iv
Índice
RESUMO ...................................................................................................................IV
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................VII
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................VIII
GLOSSÁRIO ............................................................................................................... IX
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1.1. MOTIVAÇÃO............................................................................................................... 1
1.2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 1
1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................................ 2
5. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 28
5.1. PRINCIPAIS DIFICULDADES ........................................................................................... 28
5.2. TRABALHOS FUTUROS ................................................................................................ 28
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Lista de Figuras
vii
Lista de Tabelas
viii
Glossário
ix
1. Introdução
Música é um importante artefato encontrado em quase todas as culturas e que
está fortemente conectado à mente humana e às emoções. Apesar de a música
estar relacionada a uma série de características subjetivas, relacionadas com o
gosto individual, as regras para composição musical são, na maioria dos casos,
proibições ou restrições. Essas proibições e restrições são funções matemáticas
utilizadas pelos músicos para criar arranjos musicais (KRAMER et al, 2006).
1.1. Motivação
COPE (2002) afirma que a produção de um algoritmo para compor música é
algo que fascina os homens há muito tempo. Essa mesma afirmação pode ser
aplicada à motivação inicial para a idealização e criação deste trabalho.
1.2. Objetivos
O objetivo principal deste trabalho é a elaboração de um programa capaz
elaborar uma melodia, dada uma determinada harmonia. É esperado que além de
correto harmonicamente que o resultado obtido seja agradável.
1
Objetivos Específicos:
2
2. Conceitos Básicos e Revisão Bibliográfica
Esta seção apresenta os conceitos básicos necessários para o entendimento
deste trabalho e a revisão dos trabalhos correlatos.
2.1.1. Música
“A música é a arte do som” (LACERDA, 1961) e possui quatro propriedades
principais: duração, intensidade, altura e timbre.
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Figura 1. Representações gráficas das durações de uma nota
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Notação
Nota
Utilizada
Dó C
Ré D
Mi E
Fá F
Sol G
Lá A
Si B
Tabela 1. Tabela de conversão para notação internacional
1
Acidentes são notas geralmente marcadas com o sinal de ‘sustenido’, a cerquilha(#).
Sustenido indica que a nota escrita está meio tom acima da nota correlata.
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2.1.3. Harmonia Funcional e Tonalidade
Dentre os conceitos ligados à harmonia, o conceito mais subjetivo é
tonalidade, que é um conceito muito mais cultural do que específico. Tonalidade
em uma música não é necessariamente representada por uma nota ou acorde em
específico, é o conjunto de expectativa de quem compõe uma música em relação
aos ouvintes (MEDEIROS & MONTEIRO, 1998).
2.1.4. Forma
SCHOENBERG (2008) em seu livro explana um conceito importante que é a
“forma”, que corresponde à organização de uma peça musical. Sem organização,
uma música seria tão inteligível quanto um diálogo no qual os argumentos
variassem a todo instante sem razão aparente.
Uma medida utilizada para fazer distinção das partes de uma música é a
“frase”, que é a unidade aproximada daquilo que pode ser cantando em um só
fôlego (SCHOENBERG, 2008).
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2.2. Composições Algorítmicas
Esta seção tem como objetivo situar este trabalho quanto a trabalhos que se
referem à automatização do processo de composição musical. Inicialmente, é
apresentada uma contextualização dos tipos de soluções empregadas para a
composição algorítmica. Em seguida, são apresentados cinco trabalhos
correlatos detalhados nas subseções de 2.2.1 a 2.2.5 e comparados na seção
2.2.6.
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Ainda dentro de composição musical baseada em modelos matemáticos, há
sistemas baseados em modelos caóticos e não lineares (PAPADOPOULOS &
WIGGINS, 1999).
Para decidir quais itens serão tocados e a ordem, são utilizados dados. Não
importando a combinação dos elementos da matriz, será produzido um resultado
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diferente, sempre musicalmente correto, embora muitas vezes o material
produzido possua qualidade questionável (COPE 2002).
O estágio final do algoritmo é criar uma peça musical original com base nos
padrões, ou seja, na “língua” de algum compositor (LANGSMAN, 2004)
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2.2.3. AntMusic
GUERÉT et al (2004) desenvolveram um projeto denominado AntMusic, que
relaciona música e ciência. Este projeto utiliza técnicas de inteligência artificial
baseadas na inteligência coletiva de um formigueiro, ou seja, o mesmo tipo de
comportamento que formigas usam para se organizar como uma unidade, para a
criação de músicas utilizando o computador.
Figura 3. Grafo com o percurso das formigas virtuais (GUERÉT et al, 2004).
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Formigas artificiais são agentes que estão localizados nos vértices do grafo e,
ao se moverem por esse grafo, depositam feromônios nas arestas. Então, quanto
mais formigas escolherem uma determinada aresta, mais ela será visitada, uma
vez que existirá mais feromônio nesta aresta, esse sistema foi denominado Ant
System (GUERÉT et al 2004).
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Um modelo de estados ocultos de Markov é um modelo de processo
estocástico, por processos estocásticos entende-se que são modelos
probabilísticos que evoluem no tempo de maneira probabilística. Em particular o
processo estocástico desenvolvido por Markov é muito utilizado em problemas
de reconhecimento de voz e processamento de linguagem natural (PASSOS,
2008).
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Em aplicações para criação musical a utilização de algoritmos genéticos
demonstrou ser um método muito eficiente, devido a sua especial habilidade,
para prover múltiplas soluções, um atributo geralmente necessário em processos
criativos, fazendo com que algoritmos genéticos sejam bons candidatos para a
confecção de um sistema de busca numa aplicação musical (PAPADOPOULOS
& WIGGINS, 1999).
Foram realizados testes em uma cópia do Vox Populi e nesse teste foi
possível verificar o resultado, comparando com a proposta inicial dos
idealizadores. Também foi possível, através da experimentação do programa,
observar na prática as respostas aos controles pelo mouse das variáveis que
modificam a estrutura da música que está sendo composta, inclusive o
comportamento e volume de cada um dos quatro “instrumentos” mostrados na
caixa “Performance Control”.
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Figura 4. Interface gráfica do Vox Populi.
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2.2.6. Resumo dos Trabalhos Correlatos
Esta seção apresenta uma tabela-resumo comparativa entre os diferentes
sistemas estudados e descritos na revisão bibliográfica.
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3. Materiais e Métodos
Nesta seção é descrito o que foi utilizado, em termos de recursos, para a
idealização e desenvolvimento deste trabalho.
Hardware:
Software:
- Java SE 1.6
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3.3. Metodologia
A metodologia deste trabalho consistiu no estudo dos principais trabalhos
relacionados ao tema com o objetivo de servirem como guia para a especificação
e o desenvolvimento do sistema proposto.
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4. Sistema Compositor
Esta seção tem como objetivo explicar o sistema implementado e alguns
conceitos relacionados com as limitações e desafios tanto no âmbito técnico
quanto musical.
Quanto às limitações sobre a duração das notas, será usado um único tipo de
compasso que será 4:4. As notas que preencherão cada compasso serão apenas
colcheias e não serão inseridas pausas. Em outras palavras, as limitações quanto
à duração das notas significam que para a aplicação as notas serão agrupadas em
conjuntos de oito notas, e isto será equivalente a uma frase.
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4.1.2. Desafios Técnicos
Por desafios técnicos tem-se a dificuldade inicial em decidir a representação
das notas com a finalidade de estabelecer um padrão que seja, ao mesmo tempo,
consistente e que minimize as dificuldades de implementação. Em outras
palavras, pretende-se estabelecer um padrão que diminua a complexidade do
sistema para interpretar os dados gravados em disco, que neste caso, consiste no
banco de melodias.
MIDI contém apenas instruções para a execução as notas nele contidas, não o
áudio propriamente dito, como ocorre em arquivos do tipo MP3. Porém, existem
sintetizadores gratuitos de MIDI, que tocam os instrumentos virtuais de acordo
com as instruções contidas no arquivo MIDI.
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representam melodias diferentes, mas todas dentro de determinado campo
harmônico).
21
Figura 5. Visão do teclado comum como um teclado musical
22
4.2.2. Desenvolvimento do Algoritmo Musical
Esta subseção tem como principal motivação explanar o funcionamento do
próprio algoritmo desenvolvido nesse trabalho, assim como descrever todo o
raciocínio por traz do processo criativo que foi a elaboração do algoritmo para a
síntese musical.
Nos testes realizados a decisão sobre qual nota inferir, dentro das quatro
alternativas seguiu as seguintes condições. Inicialmente, o programa irá inferir a
nota de maior probabilidade de ser a próxima a ser tocada, mas para dar fluência
a melodia e evitar que apenas algumas notas se repitam sucessivamente, serão
usadas as seguintes condições: (i) caso a nota posterior a que está sendo
analisada seja a mesma que a anterior é acionado um outro método de inferência
(por exemplo, pegar a nota mais próxima a média), e (ii) caso a nota
anteposterior à nota que está sendo analisada seja a mesma, pode ser acionado
um terceiro método de inferência.
Este tipo de condição evita casos onde a próxima nota é igual à anterior ao
longo do bloco, o que resultaria blocos compostos por apenas uma ou duas notas
distintas se repetindo sucessivamente. Por exemplo, um bloco de notas sendo
apenas C, D, C, D, C, D, C e D ou até mesmo um bloco C, C, C, C, C, C, C e C.
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4.3. Aplicação do Questionário
Para se avaliar os resultados gerados pelo sistema, foi elaborado um
questionário a ser respondido por pessoas que ouvissem o resultado (as
melodias) do sistema.
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Nota
Música
Média
Am I, IV,V 3,4
C I, IV, V 3,3
C II, V, I 2,6
C I, V, VI, IV 4,8
C II, VI, I, III 4,3
C III, V 3,6
Dm em blues I, IV 2,1
Dm melódica I, IV 2,9
Em harmônica V, I, IV 3,6
G I, V, VI, IV 4,7
Tabela 4. Média das notas das músicas
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5. Conclusão
Um dos primeiros conceitos quanto à música apresentados nesse trabalho é a
presença desta em quase todas as culturas nas mais diversas formas, além do
fascínio que a música exerce para aqueles que reproduzem, estudam ou
compõem.
Apesar de compor algo diferente das melodias que lhe serviram de base de
dados, é uma questão deveras filosófica discutir se o sistema, que utiliza uma
“inteligência artificial”, compôs realmente uma melodia e se pode ser atribuído a
esse sistema a qualidade humana de “criativo”. Para evitar tais discussões foi
preferível denominar o sistema de “sintetizador de melodia” ao invés de sistema
compositor.
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Referências Bibliográficas
ALVES, J. O. Estruturas: uma composição interativa a partir dos recursos do Vox
Populi In: X Simpósio Brasileiro de Computação Musical, 2003. Campinas,
Brasil.
29
MORONI, A.; MANZOLLI, J.; VON ZUBEN, F.; GUDWIN, R. VOX POPULI:
Evolutionary Computation for Music Evolution In: Symposium on Creative
Evolutionary Systems, 1999. Edimburg, Holland.
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Apêndice A
I, IV, V em Am:
I, IV, V em C:
II, V, I em C:
31
I, V, VI, IV em C:
32
III, V em C:
I, IV em Dm em blues:
I, IV Dm melódica:
33
V, I, IV em Em harmônica:
I, V, VI, IV em G:
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