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Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

Conteúdo
1 Questões propostas para resolução...................................................................................... 1
2 Gabarito............................................................................................................................... 13
3 Questões resolvidas e comentadas ..................................................................................... 14
3.1 Questão 56 – Participações Societárias – controle direto .......................................... 14
3.2 Questão 57 – Consolidação ......................................................................................... 16
3.3 Questão 58 - Consolidação.......................................................................................... 18
3.4 Questão 59 – Equivalência Patrimonial ...................................................................... 19
3.5 Questão 60 – Ativo Intangível .................................................................................... 21
3.6 Questão 61 – Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment............................. 22
3.7 Questão 62 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment ............................. 23
3.8 Questão 63 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment ............................. 24
3.9 Questão 64 – Subvenções ........................................................................................... 25
3.10 Questão 65 - Subvenções ............................................................................................ 27
3.11 Questão 66 – Ajuste a valor presente – cabe recurso ................................................ 28
3.12 Questão 67 – Operações com Partes Relacionadas .................................................... 30
3.13 Questão 68 – Custos – Custo de Produção ................................................................. 32
3.14 Questão 69 – Custos - Ponto de Equilíbrio.................................................................. 35
3.15 Questão 70 – Materiais Direitos - PEPS – UEPS – MÉDIA ........................................... 37
3.16 Questão 71 – Custos – Equivalente de Produção ....................................................... 40
3.17 Questão 72 – Custos – equivalente de produção ....................................................... 41
3.18 Questão 73 – Custos – custeio por absorção x variável .............................................. 42
3.19 Questão 74 – Custos – Sucatas e Perdas ..................................................................... 43
3.20 Questão 75 – Custos – relação material x produto ..................................................... 44
3.21 Questão 76 – Custos – ponto de equilíbrio ................................................................. 46
3.22 Questão 77 – Custos – custeio ABC............................................................................. 47
3.23 Questão 78 – Custos – Custeio Padrão ....................................................................... 48
3.24 Questão 79 – Custos – Custeio Padrão ....................................................................... 49
3.25 Questão 80 – Custos - terminologia ............................................................................ 50

1 Questões propostas para resolução

1.1 Questão 56 – Participações Societárias – controle direto


ENUNCIADO
56. A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade à sua estratégia de expansão, no início
de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, cujo capital social totalmente
subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um total de 2.000.000 de ações,
distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e preferenciais, todas com valor
nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o controle direto de todas as suas
investidas, desembolsando sempre o valor mínimo necessário. Neste caso, de acordo com a

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legislação societária, para manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa
deverá integralizar o capital social da investida no valor de

(A) R$ 66.000.000,00

(B) R$ 60.000.000,00

(C) R$ 30.000.030,00

(D) R$ 20.000.300,00

(E) R$ 15.000.030,00

1.2 Questão 57 – Consolidação


Instruções: Para responder às questões de números 57 a 59, considere:

A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas
as seguintes informações sobre a empresa investida:

Cia. Crepúsculo

Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00


Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00

ENUNCIADO
57. Se ao final de 2007, o controle de estoque da Cia. Solar acusa a existência de um saldo de
10% nos estoques adquiridos da investida, no processo de consolidação de balanço deve ser

(A) registrado um débito de R$ 400.000,00 em estoques.

(B) reconhecido um lucro não realizado nos estoques de R$ 400.000,00.

(C) lançado um crédito de R$ 1.000.000,00 em estoques.

(D) contabilizado um débito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL.

(E) contabilizado um crédito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL.

1.3 Questão 58 - Consolidação


Instruções: Para responder às questões de números 57 a 59, considere:

A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas
as seguintes informações sobre a empresa investida:

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Cia. Crepúsculo

Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00


Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00
ENUNCIADO
58. Se ao final de 2007 a investidora tivesse repassado a terceiros 90% dos estoques pelo valor
de R$ 11.000.000,00, na Demonstração de Resultado consolidada deve ser feito um
lançamento de

(A) débito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e crédito em CMV de R$


9.600.000,00.

(B) crédito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e débito em CMV de R$


9.600.000,00.

(C) crédito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV.

(D) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV.

(E) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 e crédito em CMV de R$


5.600.000,00.

1.4 Questão 59 - Equivalência Patrimonial


Instruções: Para responder às questões de números 57 a 59, considere:

A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas
as seguintes informações sobre a empresa investida:

Cia. Crepúsculo

Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00


Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00
ENUNCIADO
59. No balanço de 2007, o ativo da Cia. Solar evidencia um saldo de R$ 80.000.000,00 na conta
Participação Societária − Cia. Crepúsculo. Com base nos dados informados, a investidora deve
registrar

(A) R$ 480.000,00 a débito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo.

(B) R$ 480.000,00 a débito de conta de Resultado de Equivalência Patrimonial.

(C) R$ 80.000,00 a débito de conta de Resultado Não-Operacional.

(D) R$ 80.000,00 a crédito da conta Resultado de Equivalência Patrimonial.

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(E) R$ 80.000,00 a crédito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo

1.5 Questão 60 – Ativo Intangível


ENUNCIADO
60. São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível

(A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.

(B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu
custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.

(C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.

(D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.

(E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.

1.6 Questão 61 – Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment


Instruções: Para responder às questões de números 61 a 63, considere os dados a seguir.

A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00


Valor em Uso R$ 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00

ENUNCIADO
61. O valor recuperável desse ativo é, em R$,

(A) 5.000.000,00

(B) 5.100.000,00

(C) 5.400.000,00

(D) 5.600.000,00

(E) 6.000.000,00

1.7 Questão 62 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment


Instruções: Para responder às questões de números 61 a 63, considere os dados a seguir.

A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

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Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00


Valor em Uso R$ 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00

ENUNCIADO
62. O valor líquido contábil é, em R$,

(A) 6.000.000,00

(B) 5.600.000,00

(C) 5.400.000,00

(D) 5.100.000,00

(E) 5.000.000,00

1.8 Questão 63 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment


Instruções: Para responder às questões de números 61 a 63, considere os dados a seguir.

A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00


Valor em Uso R$ 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00

ENUNCIADO
63. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,

(A) 3.000.000,00

(B) 2.600.000,00

(C) 1.000.000,00

(D) 600.000,00

(E) 300.000,00

1.9 Questão 64 – Subvenções


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 64 e
65.

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A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00,


assumindo o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de
R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.

ENUNCIADO
64. O registro contábil da subvenção deve ser débito em conta

(A) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de Passivo pela obrigação
assumida em razão da subvenção recebida.

(B) do Ativo Intangível pelo registro do terreno e crédito em conta de Provisão


Contingencial Passiva pelo valor do terreno recebido.

(C) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no


valor do terreno recebido.

(D) de Provisão para Contingência Ativa e crédito em conta de Passivo de Longo Prazo pelo
valor do terreno recebido.

(E) de Diferido pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no valor
do terreno recebido.

1.10 Questão 65 - Subvenções


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 64 e
65.

A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00,


assumindo o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de
R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.

ENUNCIADO
65. No resultado da empresa, esse evento

(A) acarretará apenas o registro da despesa depreciação relativa ao parque fabril.

(B) acarretará a transferência da despesa de depreciação para conta do patrimônio


líquido.

(C) não acarretará impacto porque o registro da subvenção recebida não tramita no
resultado.

(D) acarretará a reversão da depreciação acumulada para a conta de ajuste de resultado.

(E) acarretará o reconhecimento de receita de subvenção no mesmo percentual utilizado


para a despesa de depreciação anual.

1.11 Questão 66 – Ajuste a valor presente


ENUNCIADO
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66. Uma empresa tem inscrito um saldo relevante em seus ativos, na conta valores a receber.
Nesse caso, a empresa deverá

(A) ajustar os recebíveis a valor presente, lançando os ajustes a valor presente em conta
de despesa financeira.

(B) provisionar o ajuste a valor presente, criando uma retificadora da conta que originou a
operação inicial.

(C) ajustar os recebíveis pela taxa Selic, lançando o valor do ajuste em conta de
Patrimônio Líquido.

(D) calcular proporcionalmente o valor do desconto a valor presente mediante aplicação


de taxa média anual praticada pela empresa e creditar direto no saldo de recebíveis.

(E) ajustar os recebíveis, calculando seu valor presente e registrando-o em conta de


receita financeira.

1.12 Questão 67 – Operações com Partes Relacionadas


ENUNCIADO
67. São consideradas operações com partes relacionadas

(A) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos.

(B) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários.

(C) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas.

(D) o adiantamento a empregados e a fornecedores.

(E) os contratos de seguros e benefícios a empregados.

1.13 Questão 68 – Custos – Custo de Produção


ENUNCIADO
68. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da
fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no
período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e
serviços que só agora estão sendo vendidos.

Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período,
é correto afirmar que

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.

(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois
acima mencionados.

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(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a
soma dos custos contidos na produção.

1.14 Questão 69 – Custos - Ponto de Equilíbrio


ENUNCIADO
69. Para um ponto de equilíbrio financeiro de 100 unidades, os custos e despesas variáveis, os
custos e despesas fixas, o preço líquido de venda unitário e a depreciação devem ser os
expressos em:

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
(A) 30,00 14.000,00 200,00 800,00
(B) 40,00 11.900,00 150,00 900,00
(C) 50,00 11.650,00 150,00 650,00
(D) 60,00 15.000,00 200,00 750,00
(E) 70,00 16.000,00 270,00 850,00

1.15 Questão 70 – Materiais Direitos - PEPS – UEPS – MÉDIA


ENUNCIADO
70. Considere as informações apresentadas, no quadro abaixo, referentes à movimentação de
estoques de materiais na empresa Y.

Entradas em Saídas em Valor das compras


unidades unidades R$ /unitário
Saldo Inicial - -
Janeiro X0 100 100,00
Fevereiro X0 50
Março X0 200 50,00
Maio X0 100
Julho X0 100 80,00
Setembro X0 150 60,00
Dezembro X0 150

Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita mensalmente, o critério
de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a
alcançar melhor resultado no período de X0 é

(A) PEPS.

(B) UEPS.

(C) Médio.

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(D) PEPS e UEPS o mesmo resultado.

(E) Médio e PEPS o mesmo resultado.

1.16 Questão 71 – Custos – Equivalente de Produção


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 71 e 72.

No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção
das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês,
foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas
unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas
unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de
produção (Diretos e Indiretos) do período é R$ 487.500,00.

O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A Empresa
produz somente um produto.

ENUNCIADO
71. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo unitário médio do mês é, em
R$,

(A) 50,00

(B) 45,00

(C) 30,00

(D) 25,00

(E) 15,00

1.17 Questão 72 – Custos – equivalente de produção


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 71 e 72.

No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção
das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês,
foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas
unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas
unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de
produção (Diretos e Indiretos) do período é R$ 487.500,00.

O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A Empresa
produz somente um produto.

ENUNCIADO
72. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo total da produção acabada no
mês é, em R$,

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(A) 502.500,00

(B) 487.500,00

(C) 477.500,00

(D) 450.500,00

(E) 435.500,00

1.18 Questão 73 – Custos – custeio por absorção x variável


ENUNCIADO
73. Uma empresa apura os custos da produção vendida utilizando dois métodos: método do
custeio por absorção e método do custeio variável.

No início do período, não havia em estoque unidades acabadas ou semiacabadas. No mês,


foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No
final do período, a empresa apurou resultado líquido de R$ 310.000,00, pelo custeio variável, e
R$ 340.000,00, pelo custeio por absorção.

Levando-se em consideração que os custos variáveis representam 50% do preço de venda, os


valores do preço unitário de venda, custo unitário variável e custo fixo total do mês são,
respectivamente:

(A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00

(B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00

(C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00

(D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00

(E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00

1.19 Questão 74 – Custos – Sucatas e Perdas


ENUNCIADO
74. No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber o tratamento
contábil expresso em:

Perdas Normais Sucatas


Seu custo deve ser lançado como despesas do
(A) mês. Devem ser lançadas como redução dos custos do mês.
Seu custo deve ser agregado ao produto de
(B) sua origem. Não recebem custos.
Devem ser lançadas como outras despesas
(C) não-operacionais. Devem receber custos.
Devem receber custos da mesma forma que um produto
(D) Devem ser custeadas separadamente. normal da empresa.
Devem ser lançadas como despesas não-
(E) operacionais. Devem ser lançadas como redução de custos do mês.

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1.20 Questão 75 – Custos – relação material x produto


ENUNCIADO
75. A empresa Modelo possui os seguintes saldos no período 2:

Saldo inicial em Saldo final em


Itens
unidades unidades
Matéria-prima 20.000 50.000
Produtos em processo 10.000 10.000
Produtos acabados 70.000 40.000

Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matéria-prima. A
empresa planeja produzir 150.000 unidades no período 2.

O número de unidades de matéria-prima que a empresa necessita adquirir é

(A) 350.000

(B) 420.000

(C) 450.000

(D) 480.000

(E) 530.000

1.21 Questão 76 – Custos – ponto de equilíbrio


ENUNCIADO
76. Considere as seguintes informações sobre a estrutura de uma empresa:

- Custos e despesas variáveis: R$ 100,00 por unidade.

- Custos e despesas fixas: R$ 50.000,00 por mês.

- Preço de venda: R$ 150,00 por unidade.

- Aumento da depreciação: 40%

O ponto de equilíbrio contábil, em unidades, considerando-se que a depreciação representa


20% do total dos Custos de Despesas fixas, é

(A) 1.080

(B) 1.100

(C) 1.120

(D) 1.180

(E) 1.200

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1.22 Questão 77 – Custos – custeio ABC


ENUNCIADO
77. A diferença fundamental do Custeio Baseado em Atividades − Activity-Based Costing − em
relação aos sistemas tradicionais − Variável e Absorção está no tratamento dado

(A) aos custos diretos de fabricação.

(B) ao ponto de equilíbrio financeiro.

(C) aos custos indiretos de fabricação.

(D) às despesas variáveis.

(E) às despesas financeiras.

1.23 Questão 78 – Custos – Custeio Padrão


ENUNCIADO
78. A grande finalidade do Custo Padrão é

(A) o planejamento e controle de custos.

(B) a gestão de preços.

(C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras.

(D) a rentabilidade de produtos.

(E) o retorno do investimento.

1.24 Questão 79 – Custos – Custeio Padrão


ENUNCIADO
79. Uma empresa utiliza em sua contabilidade o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês,
apurou uma variação de ociosidade de mão de obra direta, conforme o quadro abaixo:

Itens Custo padrão Custo real


Capacidade instalada 15.000 horas

Consumo de horas p/unidade 3 horas 2,5 horas


Taxa horária R$ 4,00 R$ 5,00
Produção planejada 5.000 unidades
Produção real 4.000 unidades
Total de gastos planejados R$ 60.000,00
Total de gastos reais R$ 50.000,00

Com base nas informações apresentadas, o valor da variação de ociosidade foi

(A) R$ 5.000,00 positiva.

(B) R$ 5.000,00 negativa.

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(C) R$ 10.000,00 negativa.

(D) R$ 15.000,00 negativa.

(E) R$ 20.000,00 negativa.

1.25 Questão 80 – Custos - terminologia


ENUNCIADO
80. Na terminologia de custos, são custos de conversão ou transformação:

(A) Mão de obra direta e Mão de obra indireta.

(B) Mão de obra direta e Materiais diretos.

(C) Custos primários e Custos de fabricação fixos.

(D) Matéria-prima, Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação.

(E) Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação.

2 Gabarito
item descrição Gabarito
1 Questão 56 – Aumento de capital 056 - E
2 Questão 57 – Consolidação 057 - B
3 Questão 58 - Consolidação 058 - A
4 Questão 59 - Consolidação 059 - D
5 Questão 60 – Ativo Intangível 060 - C
6 Questão 61 – Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment 061 - B
7 Questão 62 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment 062 - C
8 Questão 63 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment 063 - E
9 Questão 64 – Subvenções 064 - A
10 Questão 65 - Subvenções 065 - E
11 Questão 66 – Ajuste a valor presente 066 - A
12 Questão 67 – Operações com Partes Relacionadas 067 - C
13 Questão 68 – Custos – Custo de Produção 068 - D
14 Questão 69 – Custos - Ponto de Equilíbrio 069 - B
15 Questão 70 – Materiais Direitos - PEPS – UEPS – MÉDIA 070 - B
16 Questão 71 – Custos – Equivalente de Produção 071 - D
17 Questão 72 – Custos – equivalente de produção 072 - C
18 Questão 73 – Custos – custeio por absorção x variável 073 - A
19 Questão 74 – Custos – Sucatas e Perdas 074 - B
20 Questão 75 – Custos – relação material x produto 075 - D
21 Questão 76 – Custos – ponto de equilíbrio 076 - A
22 Questão 77 – Custos – custeio ABC 077 - C
23 Questão 78 – Custos – Custeio Padrão 078 - A
24 Questão 79 – Custos – Custeio Padrão 079 - E
25 Questão 80 – Custos - terminologia 080 - E

Luiz Eduardo Santos Página 13


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3 Questões resolvidas e comentadas


3.1 Questão 56 – Participações Societárias – controle direto
ENUNCIADO
56. A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade à sua estratégia de expansão, no início
de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, cujo capital social totalmente
subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um total de 2.000.000 de ações,
distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e preferenciais, todas com valor
nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o controle direto de todas as suas
investidas, desembolsando sempre o valor mínimo necessário. Neste caso, de acordo com a
legislação societária, para manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa
deverá integralizar o capital social da investida no valor de

(A) R$ 66.000.000,00

(B) R$ 60.000.000,00

(C) R$ 30.000.030,00

(D) R$ 20.000.300,00

(E) R$ 15.000.030,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
A palavra chave – para o entendimento do conceito de controle – é “mandar”. Assim,
controlar é mandar, o que permite chegar às seguintes conclusões:

- mandar não é o mesmo que possuir e, portanto, é possível que se controle algo que
não se possua por completo (nem na maior porcentagem);
- quem manda pode fazê-lo diretamente ou através de terceiros e, portanto, é
possível haver controle direto ou indireto.
Confirmando a idéia acima, de que controlar é mandar, o artigo 243 da Lei das S/A, em seu
parágrafo 2o estabelece o conceito de controle, conforme abaixo:

§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a


controladora, diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.
No mesmo sentido, a IN CVM 247, em seu art. 3o, define controle nos seguintes termos:

Art. 3º - Considera-se controlada, para os fins desta


Instrução:
I - Sociedade na qual a investidora, diretamente ou
indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe
assegurem, de modo permanente:
a) - preponderância nas deliberações sociais; e

Luiz Eduardo Santos Página 14


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b) - o poder de eleger ou destituir a maioria dos


administradores.
II - Filial, agência, sucursal, dependência ou escritório
de representação no exterior, sempre que os
respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na
contabilidade da investidora, por força de normatização
específica; e
III - Sociedade na qual os direitos permanentes de
sócio, previstos nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste
artigo estejam sob controle comum ou sejam exercidos
mediante a existência de acordo de votos,
independentemente do seu percentual de participação
no capital votante.
Parágrafo Único - Considera-se, ainda, controlada a
subsidiária integral, tendo a investidora como única
acionista.
Repare que ambos os textos acima reproduzidos referem que a investidora deverá ser “titular
de direitos de sócio” que lhes assegurem “preponderância nas deliberações sociais” e “poder
de eleger a maioria dos administradores”. Ora, isso é mandar na empresa investida!

A questão trata da tomada do controle DIRETO da Cia. de Varejo Luna, por parte da Cia. Eclipse
Supermercados.

Controle direto é aquele em que a empresa investidora “manda” na administração da empresa


investida diretamente, através de seu próprio voto, na Assembléia Geral de Acionistas.

Aqui faremos uma breve referência ao Direito Societário, que determina as condições para que
alguém possa mandar na administração de uma companhia. Assim, veremos o conceito de
Assembléia Geral de Acionistas e de ações com e sem direito a voto.

Inicialmente, cabe colocar que o órgão máximo deliberativo de uma companhia é a Assembléia
Geral de Acionistas e que ela funciona num misto de democracia e capitalismo, pois: (1) as
decisões são tomadas pelo voto dos acionistas reunidos, mas (2) os votos dos acionistas não
têm o mesmo valor, sendo esse valor proporcional à quantidade de ações com direito a voto
da titularidade de cada acionista. Assim, resta saber o que é ação com direito a voto.

Com relações às espécies de ações, temos que a Lei das S/A define –basicamente – duas
espécies importantes, são elas: as ações ordinárias e as ações preferenciais1. As ações
ordinárias são as que têm direito a voto e as preferenciais não2. No que se refere à
controlada, vale a referência de que ela também pode ser uma Limitada e que, nesse caso,
tudo o que foi dito com relação a ações com direito a voto pode ser aplicado a cotas de capital.

A preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores


de modo permanente ocorrem, normalmente e com segurança quando a empresa investidora

1
Há também uma terceira espécie, a ação de fruição, conceito já tratado na aula
em que foi estudado o PL e que, por não ter relevância para a matéria aqui
apresentada, não será mais referenciada.
2
Com relação aos conceitos de ação ordinária e de ação preferencial, recomenda-
se a leitura da aula que trata do Patrimônio Líquido, já apresentado neste curso.

Luiz Eduardo Santos Página 15


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possui o controle acionário, representado por mais de 50% do capital votante da outra
sociedade. Ocorre que a Lei das S/A determina a proporção mínima de ações ordinárias
componentes do capital das companhias em relação ao total de ações.

Após o advento da Lei n° 10.303, de 20013, do total de ações, no mínimo metade deve ser
composta por ações ordinárias (com direito a voto), podendo o restante ser composto com
ações preferenciais, conforme art. 15 § 2o, da Lei das S/A:

Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou


vantagens que confiram a seus titulares, são ordinárias,
preferenciais ….
§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a
voto, ou sujeitas a restrição no exercício desse direito,
não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do
total das ações emitidas. (Redação dada pela Lei nº 10.303,
de 31.10.2001)
A tabela a seguir ilustra a situação acima descrita:

Tipo de ação de até


ordinária 50,00% 100%
preferencial 50,00% 0%
total 100,00% 100%

Com a apresentação dos conceitos acima, a resolução da questão fica extremamente fácil:

- capital social  2.000.000 ações

- 1.000.000 de ações ordinárias

- 1.000.000 de ações preferenciais

- metade das ações ordinária mais uma  500.001 ações ordinárias

- valor nominal das ações  R$ 30,00

- montante a ser desembolsado para aquisição do controle

 500.001 (*) 30,00 (=) R$ 15.000.030,00. Conforme alternativa E – gabarito da questão.

GABARITO

1 Questão 56 – Aumento de capital 056 - E

3.2 Questão 57 – Consolidação


Instruções: Para responder às questões de números 57 a 59, considere:

A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas
as seguintes informações sobre a empresa investida:

3
Ou seja, para companhias criadas a partir de 2002.

Luiz Eduardo Santos Página 16


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Cia. Crepúsculo

Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00


Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00

ENUNCIADO
57. Se ao final de 2007, o controle de estoque da Cia. Solar acusa a existência de um saldo de
10% nos estoques adquiridos da investida, no processo de consolidação de balanço deve ser

(A) registrado um débito de R$ 400.000,00 em estoques.

(B) reconhecido um lucro não realizado nos estoques de R$ 400.000,00.

(C) lançado um crédito de R$ 1.000.000,00 em estoques.

(D) contabilizado um débito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL.

(E) contabilizado um crédito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Trata-se de uma questão de ajuste de lucros nos estoques – para fins de consolidação de
balanços. Sua resolução é extremamente rápida, conforme memória de cálculo a seguir:

 Lucro na venda da Cia Crepúsculo para a Cia solar

o Venda 10.000.000,00

o (-) custo (6.000.000,00)

o (=) lucro 4.000.000,00

o (*) percentual 10%  de lucro embutido no estoque remanescente

o (=) lucro nos estoques 400.000,00  não realizado

Deve ser reconhecido um lucro não realizado em estoques no valor de R$ 400.000,00 e


retirado dos estoques da Cia Solar – no patrimônio consolidado – esse valor. Portanto, deve
ser registrado um crédito na conta estoques, no valor de R$ 400.000,00.

A conclusão apresentada no parágrafo acima está de acordo somente com a alternativa B –


gabarito da questão.

GABARITO

2 Questão 57 – Consolidação 057 - B

Luiz Eduardo Santos Página 17


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3.3 Questão 58 - Consolidação


Instruções: Para responder às questões de números 57 a 59, considere:

A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas
as seguintes informações sobre a empresa investida:

Cia. Crepúsculo

Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00


Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00
ENUNCIADO
58. Se ao final de 2007 a investidora tivesse repassado a terceiros 90% dos estoques pelo valor
de R$ 11.000.000,00, na Demonstração de Resultado consolidada deve ser feito um
lançamento de

(A) débito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e crédito em CMV de R$


9.600.000,00.

(B) crédito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e débito em CMV de R$


9.600.000,00.

(C) crédito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV.

(D) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV.

(E) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 e crédito em CMV de R$


5.600.000,00.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
A venda interna ao grupo (que deve ser eliminada) é a venda da controlada para a
controladora. Os lançamento dessa venda (sem considerar a consolidação) são:

D = clientes

C = a RBV 10.000.000,00

D = CMV

C = estoques 6.000.000,00

Os lançamentos de venda da controladora para terceiros (sem considerar a consolidação) são


os seguintes:

D = caixa

C = a RBV 11.000.000,00

Luiz Eduardo Santos Página 18


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D = CMV

C = a estoques 9.000.000,00

Pelos lançamentos acima, temos totais de contas de resultado nos seguintes valores:

RBV 10.000.000,00 (+) 11.000.000,00 (=) 21.000.000,00

CMV 6.000.000,00 (+) 9.000.000,00 (=) 15.000.000,00

Repare, entretanto, que a receita de venda do grupo para terceiros é de apenas:

 R$ 11.000.000,00.

Repare, ainda, que o custo dessa venda é de:

 R$ 6.000.000,00 (*) 90% (=) 5.400.000,00

Ora, dos valores somados para os valores esperados, temos as seguintes diferenças a serem
expurgadas :

RBV  21.000.000,00 (-) 11.000.000,00 (=) 10.000.000,00

CMV  15.000.000,00 (-) 5.400.000,00 (=) 9.600.000,00

Para expurgo de R$ 10.000.000,00 da RBV e de R$ 9.600.000,00 do CMV, é necessário o


registro, na DRE, de débito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e crédito em CMV de
R$ 9.600.000,00 – conforme alternativa A, gabarito da questão.

GABARITO

3 Questão 58 - Consolidação 058 - A

3.4 Questão 59 – Equivalência Patrimonial


Instruções: Para responder às questões de números 57 a 59, considere:

A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas
as seguintes informações sobre a empresa investida:

Cia. Crepúsculo

Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00


Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00
Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00
ENUNCIADO
59. No balanço de 2007, o ativo da Cia. Solar evidencia um saldo de R$ 80.000.000,00 na
conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. Com base nos dados informados, a investidora
deve registrar

Luiz Eduardo Santos Página 19


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(A) R$ 480.000,00 a débito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo.

(B) R$ 480.000,00 a débito de conta de Resultado de Equivalência Patrimonial.

(C) R$ 80.000,00 a débito de conta de Resultado Não-Operacional.

(D) R$ 80.000,00 a crédito da conta Resultado de Equivalência Patrimonial.

(E) R$ 80.000,00 a crédito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
A resolução da presente questão demanda a superação de duas dificuldades. A primeira
dificuldade é o entendimento do enunciado, a segunda é saber que há duas regras para
equivalência patrimonial – no que pertine a resultados não realizados (as regras da Lei das S/A
e da CVM).

Para entender o enunciado, vamos a ele, em partes:

- “No balanço de 2007, o ativo da Cia. Solar evidencia um saldo de R$ 80.000.000,00 na conta
Participação Societária − Cia. Crepúsculo”

- isso quer dizer que ANTES DO AJUSTE DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL, o saldo é


80.000,00.

- essa conclusão pode ser comprovada a partir do saldo do início do ano de 2007, que
é de 80.000,00, conforme será demonstrado a seguir.

- “Com base nos dados informados, a investidora deve registrar”

- o registro que é pedido é o registro de equivalência patrimonial e não de


consolidação.

- essa conclusão é comprovada pelas cinco alternativas da questão, acima


apresentadas, conforme será verificado ao final desta resolução.

Feita a análise do enunciado, lembramos que há duas regras para o ajuste de resultados não
realizados: (a) Lei das S/A – dedução dos resultados não realizados do PL da investida e (b)
CVM – dedução dos resultados não realizados do valor do investimento esperado (após
multiplicação do percentual de participação pelo PL da investida).

Agora sim, a resolução é possível.

A participação societária na Cia Sol é apurada da seguinte forma:

 2006

o PL da Cia Crepúsculo 100.000.000,00

o (*) percentual de part. 80%

Luiz Eduardo Santos Página 20


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o (=) investimento 80.000.000,00  saldo final de 2006, a ser mantido em


2007 até o momento do registro do ajuste por equivalência patrimonial.

 2007

o De acordo com a regra da Lei das S/A

No vo PL 100.600.000,00
(-) lucro não realizado (400.000,00)
(=) Novo PL - para fins de aplicação do método da equivalência patrimonial 100.200.000,00
(*) % de participação 80,00%
(=) valor atualizado do investimento 80.160.000,00
(- ) valor inicial do investimento (80.000.000,00)
(=) resultado em participações societárias - método da equivalência patrimonial 160.000,00
Pela Lei das S/A, o resultado de equivalência patrimonial calculado seria – crédito de
160.000,00 – mas não há essa opção entre as cinco alternativas da questão. Portanto,
descartaremos essa possibilidade de interpretação do enunciado.

o De acordo com a regra da CVM

No vo PL 100 .600.000,00
(*) % de participação 80,00%
(=) valor proporcional do investimento 80 .480.000,00
(-) lucro não realizado (400.000,00)
(=) valor atualizado do investimento 80 .080.000,00
(-) valor inicial do investimento (80 .000.000,00)
(=) resultado em participações societárias - método da equivalência patrimonial 80.000,00

Pela regra da CVM, o resultado de equivalência patrimonial calculado seria – crédito de


80.000,00 – essa opção existe entre as cinco alternativas da questão. Portanto, devemos
considerar essa possibilidade de interpretação do enunciado, que nos leva à alternativa D –
gabarito da questão.

GABARITO

4 Questão 59 – Consolidação 059 - D

3.5 Questão 60 – Ativo Intangível


ENUNCIADO
60. São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível

(A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.

(B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu
custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.

(C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.

Luiz Eduardo Santos Página 21


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(D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.

(E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Para resolução da presente questão – teórica – iremos analisar em separado cada uma das
assertivas, à luz dos conceitos de identificação de intangíveis, constantes do Pronunciamento
Técnico CPC 04.

(A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.

Errado. A possibilidade de reconhecimento deve ser atual e o ativo deve ser divisível (ou seja,
passível de uso ou alienação em separado do resto do patrimônio).

(B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu
custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.

Errado. A mensuração deve ser possível e a divisibilidade é condição de seu reconhecimento.

(C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.

Correto. Essa é a própria condição de reconhecimento de ativo.

(D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.

Errado. A divisibilidade é condição de reconhecimento e a vida do intangível pode ser definida


ou indefinida.

(E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.

Errado. A divisibilidade é condição de reconhecimento e ele pode resultar de direitos


adquiridos contratualmente de terceiros.

GABARITO

5 Questão 60 – Ativo Intangível 060 - C

3.6 Questão 61 – Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment


Instruções: Para responder às questões de números 61 a 63, considere os dados a seguir.

A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00


Valor em Uso R$ 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00

ENUNCIADO
Luiz Eduardo Santos Página 22
Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

61. O valor recuperável desse ativo é, em R$,

(A) 5.000.000,00

(B) 5.100.000,00

(C) 5.400.000,00

(D) 5.600.000,00

(E) 6.000.000,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Valor recuperável é o MAIOR entre: (a) o valor de venda e (b) o valor de uso.

Considerando que o valor de venda é de 5.100.000,00 e o valor de uso é de 5.000.000,00, o


maior deles (que corresponde ao valor recuperável) é R$ 5.100.000,00 – conforme alternativa
B, gabarito da questão.

GABARITO

6 Questão 61 – Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment 061 - B

3.7 Questão 62 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment


Instruções: Para responder às questões de números 61 a 63, considere os dados a seguir.

A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00


Valor em Uso R$ 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00

ENUNCIADO
62. O valor líquido contábil é, em R$,

(A) 6.000.000,00

(B) 5.600.000,00

(C) 5.400.000,00

(D) 5.100.000,00

(E) 5.000.000,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO

Luiz Eduardo Santos Página 23


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O valor contábil líquido é o valor de aquisição, descontados os encargos (de depreciação) e as


perdas por ajuste ao valor recuperável (impairment).

O valor de aquisição está apresentado no enunciado como “valor contábil bruto” –


8.000.000,00.

Os encargos são:

- depreciação 2.000.000,00

- impairment 600.000,00

Assim, o valor contábil líquido é calculado conforme memória de cálculo abaixo:

( ) Valor contábil bruto 8.000.000,00

(-) Encargos de depreciação acumulada (2.000.000,00)

(-) Impairment (600.000,00)

(=) valor contábil líquido 5.400.000,00

Pelo que foi acima exposto, o valor contábil líquido é de 5.400.000,00 – conforme alternativa
C, gabarito da questão.

GABARITO

7 Questão 62 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment 062 - C

3.8 Questão 63 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment


Instruções: Para responder às questões de números 61 a 63, considere os dados a seguir.

A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:

Valor Líquido de Venda R$ 5.100.000,00


Valor em Uso R$ 5.000.000,00
Valor Contábil Bruto R$ 8.000.000,00
Depreciações Acumuladas R$ 2.000.000,00
Provisões para Perdas Registradas R$ 600.000,00

ENUNCIADO
63. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$,

(A) 3.000.000,00

(B) 2.600.000,00

(C) 1.000.000,00

(D) 600.000,00

Luiz Eduardo Santos Página 24


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(E) 300.000,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
A perda por redução ao valor recuperável ocorre quando o valor contábil líquido é superior ao
valor recuperável.

No caso isso ocorre, nos termos abaixo apresentados.

( ) Valor Contábil líquido 5.400.000,00

(-) Valor recuperável (5.100.000,00)

(=) Perda por ajuste ao valor recuperável 300.000,00

Pelo que foi exposto acima, a perda por redução ao valor recuperável deve ser registrada no
montante de R$ 300.000,00 – conforme alternativa E, gabarito da questão.

GABARITO

8 Questão 63 - Depreciação, Amortização, Exaustão e Impairment 063 - E

3.9 Questão 64 – Subvenções


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 64 e
65.

A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00,


assumindo o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de
R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.

ENUNCIADO
64. O registro contábil da subvenção deve ser débito em conta

(A) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de Passivo pela obrigação
assumida em razão da subvenção recebida.

(B) do Ativo Intangível pelo registro do terreno e crédito em conta de Provisão


Contingencial Passiva pelo valor do terreno recebido.

(C) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no


valor do terreno recebido.

(D) de Provisão para Contingência Ativa e crédito em conta de Passivo de Longo Prazo pelo
valor do terreno recebido.

(E) de Diferido pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no valor
do terreno recebido.

Luiz Eduardo Santos Página 25


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Trata-se de ativo recebido em função de subvenção, com vida útil em 10 anos.

O reconhecimento do ativo é imediato, pelo seu valor justo. Portanto, o débito deve ser
registrado no ativo imobilizado.

A dificuldade da questão está em definir a conta a ser creditada:

- a regra anterior à alteração da Lei das S/A era a de registro em reserva de capital;

- a redação atual da Lei das S/A extinguiu essa reserva e a subvenção passou a ser reconhecida
no resultado de acordo com o regime de competência.

Assim, apressadamente, poderíamos pensar que o crédito deveria ser registrado em conta de
receita. Mas isso não ocorre imediatamente. Com efeito, o crédito é registrado em conta de
passivo não circulante, para ser apropriado ao resultado à medida da utilização do ativo
recebido.

Nesse sentido, cabe referência ao Pronunciamento Técnico CPC 07, que trata do tema em
seus itens 24 e seguintes:

Apresentação da subvenção no balanço


24. O reconhecimento da subvenção de que trata o item 23
não pode ser efetuado diretamente em conta de resultado,
ficando então temporariamente em conta de passivo, uma
vez que os benefícios econômicos pela utilização daqueles
ativos somente são obtidos por seu uso ou sua alienação, a
não ser no caso de ativo não depreciável, amortizável ou
exaurível, e desde que completamente desvinculado de
qualquer obrigação e sem possibilidade objetiva de
vinculação com os benefícios econômicos derivados de sua
utilização.
25. São considerados aceitáveis dois métodos de
apresentação nas demonstrações contábeis de subvenção (ou
parte apropriada de subvenção) não vinculada a obrigações
futuras, relacionada com ativos.
26. Um dos métodos considera a subvenção como receita
diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base
sistemática e racional durante a vida útil do ativo.
27. O outro método deduz a contrapartida do próprio ativo
recebido como subvenção para se chegar ao valor
escriturado líquido do ativo, que pode ser nulo. A subvenção
é reconhecida como receita durante a vida do ativo
depreciável por meio de crédito à depreciação registrada no
resultado.
28. A compra de ativo e o recebimento da subvenção a ele
relacionada pode causar movimentos importantes nos fluxos
de caixa de uma entidade. Por essa razão, e a fim de mostrar
o investimento bruto em ativos, tais movimentos são

Luiz Eduardo Santos Página 26


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

freqüentemente divulgados como itens separados na


demonstração dos fluxos de caixa independentemente de a
subvenção ser, ou não, deduzida do respectivo ativo na
apresentação do balanço patrimonial.
Em vista do que foi acima exposto, o registro será: (1) débito em conta de Imobilizado pelo
registro do terreno e (b) crédito em conta de Passivo pela obrigação assumida em razão da
subvenção recebida – conforme alternativa A, gabarito da questão.

GABARITO

9 Questão 64 – Subvenções 064 - A

3.10 Questão 65 - Subvenções


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 64 e
65.

A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00,


assumindo o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de
R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos.

ENUNCIADO
65. No resultado da empresa, esse evento

(A) acarretará apenas o registro da despesa depreciação relativa ao parque fabril.

(B) acarretará a transferência da despesa de depreciação para conta do patrimônio


líquido.

(C) não acarretará impacto porque o registro da subvenção recebida não tramita no
resultado.

(D) acarretará a reversão da depreciação acumulada para a conta de ajuste de resultado.

(E) acarretará o reconhecimento de receita de subvenção no mesmo percentual utilizado


para a despesa de depreciação anual.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Partindo-se do pressuposto de que a receita de subvenção deve ser apropriada na medida em
que os benefícios da utilização do ativo recebido forem reconhecidos. Temos que o
reconhecimento da receita de subvenção deve ser realizado no mesmo percentual utilizado
para reconhecimento da despesa de depreciação do ativo recebido.

Nesse sentido, cabe referência ao Pronunciamento Técnico CPC 07, que trata do tema em
seus itens 29 e seguintes:

Apresentação na demonstração do resultado

Luiz Eduardo Santos Página 27


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29. A subvenção é algumas vezes apresentada como crédito


na demonstração do resultado, quer separadamente sob um
título geral tal como ”Outras Receitas“, quer,
alternativamente, como dedução da despesa, relacionada. A
subvenção, seja por acréscimo de rendimento proporcionado
ao empreendimento ou por meio de redução de tributos ou
outras despesas, deve ser registrada na demonstração do
resultado no grupo de contas de acordo com a sua natureza.
30. Como justificativa da primeira opção, há o argumento de
que não é apropriado compensar os elementos de receita e
de despesa e que a separação da subvenção das despesas
relacionadas facilita a comparação com outras despesas não
afetadas pelo benefício de uma subvenção. Pelo segundo
método, é argumentado que as despesas poderiam não ter
sido incorridas pela entidade caso não houvesse a
subvenção, sendo por isso enganosa a apresentação da
despesa sem compensação com a subvenção.
Ambos os métodos são aceitos para apresentação das
subvenções relacionadas às receitas. Mas é necessária a
divulgação da subvenção para a devida compreensão das
demonstrações contábeis. Por isso é necessária a divulgação
do efeito da subvenção em qualquer item de receita ou
despesa quando essa receita ou despesa é divulgada
separadamente.
Pelo que foi exposto acima, conclui-se que o reconhecimento de receita de subvenção deverá
se dar no mesmo percentual utilizado para a despesa de depreciação anual, de acordo com o
disposto na alternativa de letra E – gabarito da questão.

GABARITO

10 Questão 65 – Subvenções 065 - E

3.11 Questão 66 – Ajuste a valor presente – cabe recurso


ENUNCIADO
66. Uma empresa tem inscrito um saldo relevante em seus ativos, na conta valores a receber.
Nesse caso, a empresa deverá

(A) ajustar os recebíveis a valor presente, lançando os ajustes a valor presente em conta
de despesa financeira.

(B) provisionar o ajuste a valor presente, criando uma retificadora da conta que originou a
operação inicial.

(C) ajustar os recebíveis pela taxa Selic, lançando o valor do ajuste em conta de
Patrimônio Líquido.

(D) calcular proporcionalmente o valor do desconto a valor presente mediante aplicação


de taxa média anual praticada pela empresa e creditar direto no saldo de recebíveis.

Luiz Eduardo Santos Página 28


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(E) ajustar os recebíveis, calculando seu valor presente e registrando-o em conta de


receita financeira.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Discordamos veementemente da resposta apresentada como gabarito para essa questão.
Com efeito, a técnica de ajuste a valor presente de recebíveis é:

- no momento em que o ativo é reconhecido, ele deve ser reconhecido pelo seu valor
presente, que corresponde a:

( ) valor total a receber em data futura

(-) juros embutidos na operação (ajuste a valor presente)

(=) valor presente do ativo

- à medida que o prazo de pagamento transcorre, os juros embutidos na operação (ajuste a


valor presente) devem ser apropriados ao resultado pro rata tempore.

Nesse sentido, cabe referência ao item 12 do anexo ao pronunciamento técnico CPC 12, que
trata de ajuste a valor presente:

12. Como se contabilizam a compra e venda de bens a


prazo cuja contrapartida requeira o ajuste a valor
presente?
No caso de venda, por exemplo, de imóvel a prazo, por
valor nominal, sem especificação de juros, após os
procedimentos de determinação do ajuste a valor
presente dever esse ajuste retificar o ativo realizável e
a receita de venda, podendo o ajuste ao ativo realizável
ser feito em conta retificadora. Conta essa que deverá
ser apropriada como receita financeira até o
vencimento.
Nem no caso de ajuste inicial de contas (que originalmente não haviam sido avaliadas pelo
valor presente) cabe registro direto em despesa. Com efeito, cabe ajuste em LPA, conforme
pronunciamento técnico CPC nº 13, que trata da adoção inicial dos padrões internacionais de
contabilidade, em seus itens 27 a 29:

Ajustes a valor presente


27. De acordo com as novas práticas contábeis trazidas pela
Lei nº 11.638/07 e Medida
Provisória nº 449/08, os elementos integrantes do ativo e do
passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de
curto prazo, quando houver efeitos relevantes, devem ser
ajustados a valor presente, tomando-se por base a data de
origem da transação.
28. Por se tratar de mudança em prática contábil, a entidade
deve ajustar o balanço de abertura, na data de transição,
mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos
acumulados, líquido dos efeitos fiscais nos termos do item

Luiz Eduardo Santos Página 29


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55, a não ser que, no caso de passivo derivado da aquisição


de ativo não monetário, seja objetivamente identificável a
parcela que teria sido ajustada ao referido ativo, caso esse
ajuste a valor presente tivesse sido feito na data original da
transação. Nesse caso, devem também ser ajustadas as
depreciações, as amortizações ou as exaustões acumuladas
referentes a esse ativo.
29. Admite-se, para fins de apuração do saldo inicial na data
de transição, que o cálculo do ajuste a valor presente seja
efetuado para todos os saldos em aberto, com base em
cálculo global, desde que os itens ou saldos individuais de
cada grupo de contas tenham características razoavelmente
uniformes. E admite-se também que, na impossibilidade de
determinação da taxa de desconto com base nas condições
da data da transação (item 27), utilizem-se taxas com base
nas condições da data da transição.
Pelo que foi acima exposto, entendemos que a questão deva ser anulada, pois as alternativas B
e C estão mais de acordo com a norma do que a alternativa A – apresentada como gabarito.

GABARITO

11 Questão 66 – Ajuste a valor presente – cabe recurso 066 – A

3.12 Questão 67 – Operações com Partes Relacionadas


ENUNCIADO
67. São consideradas operações com partes relacionadas

(A) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos.

(B) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários.

(C) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas.

(D) o adiantamento a empregados e a fornecedores.

(E) os contratos de seguros e benefícios a empregados.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Para resolução da presente questão, faremos a análise de cada uma das assertivas do
enunciado à luz dos itens 1e 20 do pronunciamento técnico CPC 05 – que define parte
relacionada e trata das transações entre partes relacionadas, a seguir reproduzidos:

(1) Definição de parte relacionada

Parte relacionada é a parte que está relacionada com a


entidade:
(a) direta ou indiretamente por meio de um ou mais
intermediários, quando a

Luiz Eduardo Santos Página 30


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parte:
(i) controlar, for controlada por, ou estiver sob o
controle comum da entidade (isso inclui controladoras
ou controladas);
(ii) tiver interesse na entidade que lhe confira influência
significativa sobre a entidade; ou
(iii) tiver controle conjunto sobre a entidade;
(b) se for coligada da entidade;
(c) se for joint venture (empreendimento conjunto) em
que a entidade seja um investidor;
(d) se for membro do pessoal-chave da administração
da entidade ou de sua controladora;
(e) se for membro próximo da família ou de qualquer
pessoa referido nas alíneas
(a) ou (d);
(f) se for entidade controlada, controlada em conjunto
ou significativamente influenciada por, ou em que o
poder de voto significativo nessa entidade reside em,
direta ou indiretamente, qualquer pessoa referida nas
alíneas (d) ou (e); ou
(g) se for plano de benefícios pós-emprego para
benefício dos empregados da entidade, ou de qualquer
entidade que seja parte relacionada dessa entidade.
(2) exemplos de transações entre partes relacionadas

20. Seguem exemplos de transações que devem ser


divulgadas, se feitas com parte relacionada:
(a) compras ou vendas de bens (acabados ou não
acabados);
(b) compras ou vendas de propriedades e outros
ativos;
(c) prestação ou recebimento de serviços;
(d) locações;
(e) transferências de pesquisa e desenvolvimento;
(f) transferências mediante contratos de cessão de uso
de marcas e patentes ou licenças;
(g) transferências de natureza financeira (incluindo
empréstimos e contribuições para capital em dinheiro
ou equivalente);
(h) fornecimento de garantias, avais ou fianças;
(i) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela
entidade em nome de outra parte.
(j) novação, perdão ou outras formas pouco usuais de
cancelamento de dívidas;
(k) prestação de serviços administrativos e/ou qualquer
forma de utilização da estrutura física ou de pessoal da
entidade pela outra ou outras, com ou sem
contraprestação financeira;

Luiz Eduardo Santos Página 31


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(l) aquisição de direitos ou opções de compra ou


qualquer outro tipo de benefício e seu respectivo
exercício do direito;
(m) quaisquer transferências de bens, direitos e
obrigações;
(n) concessão de comodato de bens imóveis ou móveis
de qualquer natureza;
(o) manutenção de quaisquer benefícios para
funcionários de partes relacionadas, tais como: planos
suplementares de previdência social, plano de
assistência médica, refeitório, centros de recreação,
etc;
(p) limitações mercadológicas e tecnológicas.
A participação da controladora ou controlada em plano
de benefícios definidos que compartilha riscos entre
entidades de grupo é considerada uma transação entre
partes relacionadas.
Com base nas definições acima, analisaremos – em separado – cada uma das cinco assertivas
do enunciado.

(A) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos.

Errado. Apenas aquelas realizadas com fornecedores relacionados.

(B) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários.

Errado. Minoritários não são partes relacionadas.

(C) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas.

Correto. Trata-se de transação entre partes relacionadas, que deve ser divulgada.

(D) o adiantamento a empregados e a fornecedores.

Errado. Trata-se de transação normal.

(E) os contratos de seguros e benefícios a empregados.

Errado. Somente quando há compartilhamento de riscos.

Pelo que foi acima apresentado, verifica-se que a assertiva correta é a de letra C – gabarito da
questão.

GABARITO

12 Questão 67 – Operações com Partes Relacionadas 067 - C

3.13 Questão 68 – Custos – Custo de Produção


ENUNCIADO

Luiz Eduardo Santos Página 32


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68. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da
fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no
período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e
serviços que só agora estão sendo vendidos.

Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período,
é correto afirmar que

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.

(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois
acima mencionados.

(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a
soma dos custos contidos na produção.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
A questão trata da contextualização de termos da contabilidade de custos no âmbito do
custeio por absorção.

A figura a seguir ilustra os conceitos atinentes à questão.

1 MD 4
7 8
R$ 2 MOD 5 PEE PAC CPV

3 CIF 6

CPP

1 - aquisição de materiais diretos


2 - utilização de mão de obra direta
3 - utilização de itens que envolvam custos indiretos de fabricação
4 - requisição do materiail direto para o processo produtivo
5 - apropriação da mão de obra direta no processo produtivo
6 - atribuição dos custos indiretos de fabricação ao processo produtivo
7 - término do processo produtivo - produto acabado
8 - venda do produto

Obs.: os fatos 1 a 7 são permutativos, somente o fato 8 envolve contas de resultado

No contexto de um patrimônio, os fatos acima são representados conforme figura abaixo:

Luiz Eduardo Santos Página 33


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Ativo Passivo
Caixa

MD
MOD
CIF

PEE

PAC ----------------- PL

Despesas Receitas
CPV

A partir dos conceitos acima, analisaremos cada uma das assertivas do enunciado.

(A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais.

Errado. Se no período anterior, houver muito estoque de produtos em elaboração ou de


produtos acabados, o custo do produto acabado ou do produto vendido poderá ser maior do
que o custo de produção do período.

(B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais.

Errado. Se vários produtos foram acabados no período, mas não houver venda, o custo da
produção acabada poderá ser maior do que o custo dos produtos vendidos.

(C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois
acima mencionados.

Errado. Dependendo dos estoques iniciais e das quantidades de produtos acabados ou


vendidos no período, poderemos ter qualquer relação entre essas grandezas.

(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados.

Correto.

(E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a
soma dos custos contidos na produção.

Errado. Podemos não ter produção acabada qualquer no período e, no entanto, por termos
efetuado vendas de produtos acabados em períodos anteriores, teremos custo do produto
vendido.

Luiz Eduardo Santos Página 34


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Pelo que foi acima apresentado, verifica-se que a assertiva correta é a de letra D – gabarito da
questão.

GABARITO

13 Questão 68 – Custos – Custo de Produção 068 - D

3.14 Questão 69 – Custos - Ponto de Equilíbrio


ENUNCIADO
69. Para um ponto de equilíbrio financeiro de 100 unidades, os custos e despesas variáveis, os
custos e despesas fixas, o preço líquido de venda unitário e a depreciação devem ser os
expressos em:

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
(A) 30,00 14.000,00 200,00 800,00
(B) 40,00 11.900,00 150,00 900,00
(C) 50,00 11.650,00 150,00 650,00
(D) 60,00 15.000,00 200,00 750,00
(E) 70,00 16.000,00 270,00 850,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Trata-se de uma questão que trata do conceito de ponto de equilíbrio financeiro.

Ponto de equilíbrio é o nível de atividade da indústria no qual os custos e despesas totais se


igualam às receitas totais. Nesse ponto, a empresa não aufere lucro nem incorre em prejuízos.

Para entender o conceito de ponto de equilíbrio financeiro, devemos conhecer –


anteriormente – o conceito de ponto de equilíbrio contábil.

O pondo de equilíbrio contábil é alcançado quando o lucro contábil da empresa é zero, ou seja:

Vendas

(-) Custos e despesas variáveis

(=) Margem de contribuição

(-) Custos e despesas fixas

(=) zero.

O conceito de ponto de equilíbrio financeiro se afasta ligeiramente do estudo da relação entre


volume e lucro, pois ele não é destinado a avaliar o lucro, mas sim a relação entre: (1) o fluxo
de geração / consumo de caixa e (2) o volume de vendas. Cabe referir, entretanto, que essa é

Luiz Eduardo Santos Página 35


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uma variação interessante do tema; pois, sem caixa, no tempo, o lucro tende a ser consumido
por juros de empréstimos.

O ponto de equilíbrio financeiro, portanto, é alcançado no nível de atividade da indústria em


que os valores de entrada em caixa são equivalentes ao das saídas de caixa, por período.

Para isso, às fórmulas apresentadas no item que tratou do ponto de equilíbrio contábil, devem
ser feitos os seguintes ajustes:

- considerar como custos e despesas fixas apenas aquelas que ensejam saídas de caixa
(retirando-se do total os valores referentes a depreciação, provisão, amortização, etc.);

- considerar também como custos e despesas fixas as saídas de caixa que não são registradas
como custos ou despesas (incluindo-se no total os valores referentes a pagamento de
dividendos, pagamentos de empréstimos – deduzidos dos recebimentos);

- equacionar os prazos de pagamentos e recebimentos (geralmente considerados iguais – para


fins de simplificação do modelo).

Com base nos conceitos acima, calcularemos o ponto de equilíbrio financeiro para cada uma
das cinco situações descritas no enunciado.

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
A 30,00 14.000,00 200,00 800,00
Vendas 20.000,00 100 unidades
(-) Custos e despesas variáveis - 3.000,00 100 unidades
(=) Margem de contribuição 17.000,00
(-) Custos e despesas fixas - 13.200,00 desconsiderada a depreciação
(=) zero. 3.800,00

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
(B) 40,00 11.900,00 150,00 900,00
Vendas 15.000,00 100 unidades
(-) Custos e despesas variáveis - 4.000,00 100 unidades
(=) Margem de contribuição 11.000,00
(-) Custos e despesas fixas - 11.000,00 desconsiderada a depreciação
(=) zero. -

Luiz Eduardo Santos Página 36


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Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
(C) 50,00 11.650,00 150,00 650,00
Vendas 15.000,00 100 unidades
(-) Custos e despesas variáveis - 5.000,00 100 unidades
(=) Margem de contribuição 10.000,00
(-) Custos e despesas fixas - 11.000,00 desconsiderada a depreciação
(=) zero. - 1.000,00

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
(D) 60,00 15.000,00 200,00 750,00
Vendas 20.000,00 100 unidades
(-) Custos e despesas variáveis - 6.000,00 100 unidades
(=) Margem de contribuição 14.000,00
(-) Custos e despesas fixas - 14.250,00 desconsiderada a depreciação
(=) zero. - 250,00

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda Depreciação (em
Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) R$)
(E) 70,00 16.000,00 270,00 850,00
Vendas 27.000,00 100 unidades
(-) Custos e despesas variáveis - 7.000,00 100 unidades
(=) Margem de contribuição 20.000,00
(-) Custos e despesas fixas - 15.150,00 desconsiderada a depreciação
(=) zero. 4.850,00

A única opção em que o valor esperado ZERO é alcançado é a opção B – gabarito da questão.

GABARITO

14 Questão 69 – Custos - Ponto de Equilíbrio 069 - B

3.15 Questão 70 – Materiais Direitos - PEPS – UEPS – MÉDIA


ENUNCIADO
70. Considere as informações apresentadas, no quadro abaixo, referentes à movimentação de
estoques de materiais na empresa Y.

Luiz Eduardo Santos Página 37


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Entradas em Saídas em Valor das compras


unidades unidades R$ /unitário
Saldo Inicial - -
Janeiro X0 100 100,00
Fevereiro X0 50
Março X0 200 50,00
Maio X0 100
Julho X0 100 80,00
Setembro X0 150 60,00
Dezembro X0 150

Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita mensalmente, o critério
de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a
alcançar melhor resultado no período de X0 é

(A) PEPS.

(B) UEPS.

(C) Médio.

(D) PEPS e UEPS o mesmo resultado.

(E) Médio e PEPS o mesmo resultado.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Para resolução da questão é necessário calcular o método que leva ao menor CMV e,
consequentemente, ao maior resultado.

Saliente-se que, caso os preços de compra fossem crescentes, não seria necessário realizar
qualquer cálculo, pois o método PEPS resultaria no menor custo e, consequentemente, no
maior resultado. Ao contrário, caso os preços de compra fossem decrescentes, o método
UEPS resultaria no menor custo e, consequentemente, no maior resultado.

Ocorre que os preços dados no enunciado não apresentam uma tendência única e, dessa
forma, resta necessário o cálculo para afirmar qual método gera o maior resultado.

(1) PEPS

Luiz Eduardo Santos Página 38


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Data/even to Entrada saída Saldo
quantidade Valor unitário Valor total Quantidade Valor unitário Valor total quantidade Valor unitário Valor total
Obs
0 - estoque inicial 0 - - - Ei
jan - comp ra 1 00 100,00 10.00 0,00 0 - -
100 100,00 1 0.000,00
fev - venda 50 100,00 5.0 00,00 0 - -
50 100,00 5.000,00
mar - compra 2 00 50,00 10.00 0,00 50 100,00 5.000,00
200 50,00 1 0.000,00
mai - venda 50 100,00 5.0 00,00 0 100,00 -
50 50,00 2.5 00,00 150 50,00 7.500,00
jul - compra 1 00 80,00 8.00 0,00 150 50,00 7.500,00
100 80,00 8.000,00
set - compra 1 50 60,00 9.00 0,00 150 50,00 7.500,00
100 80,00 8.000,00
150 60,00 9.000,00
dez - venda 150 50,00 7.5 00,00 0 50,00 -
100 80,00 8.000,00
150 60,00 9.000,00 17.000 ,00 Ef
Totais 37.00 0,00 20.0 00,00

(2) Média

Data/even to Entrada saída Saldo


quantidade Valor unitário Valor total Quantidade Valor unitário Valor total quantidade Valor unitário Valor total
Obs
0 - estoque inicial 0 - - - Ei
jan - comp ra 1 00 100,00 10.00 0,00 100 100,00 1 0.000,00
fev - venda 50 100,00 5.0 00,00 50 100,00 5.000,00
mar - compra 2 00 50,00 10.00 0,00 250 60,00 1 5.000,00
mai - venda 100 60,00 6.0 00,00 150 60,00 9.000,00
jul - compra 1 00 80,00 8.00 0,00 250 68,00 1 7.000,00
set - compra 1 50 60,00 9.00 0,00 400 65,00 2 6.000,00
dez - venda 150 65,00 9.7 50,00 250 65,00 1 6.250,00 16.250 ,00 Ef
Totais 37.00 0,00 20.7 50,00

(3) UEPS
Data/even to Entrada saída Saldo
quantidade Valor unit ário Valor total Quantidade Valor unitário Valor tot al quantidade Valor unitário Valor total
Obs
0 - estoque inicial 0 - - - Ei
jan - comp ra 1 00 100,00 10.00 0,00 0 - -
100 100,00 1 0.000,00
fev - venda 50 100,00 5.0 00,00 0 - -
50 100,00 5.000,00
mar - compra 2 00 50,00 10.00 0,00 50 100,00 5.000,00
200 50,00 1 0.000,00
mai - venda 50 100,00 5.000,00
100 50,00 5.0 00,00 100 50,00 5.000,00
jul - compra 1 00 80,00 8.00 0,00 50 100,00 5.000,00
100 50,00 5.000,00
100 80,00 8.000,00
set - compra 1 50 60,00 9.00 0,00 50 100,00 5.000,00
100 50,00 5.000,00
100 80,00 8.000,00
150 60,00 9.000,00
dez - venda 150 60,00 9.0 00,00 50 100,00 5.000,00
100 50,00 5.000,00
100 80,00 8.000,00 18.000 ,00 Ef
Totais 37.00 0,00 19.0 00,00

Luiz Eduardo Santos Página 39


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

De acordo com o que está demonstrado acima, o menor custo (e, consequentemente, o maior
resultado) foi apurado com a utilização do método UEPS – conforme alternativa B, gabarito da
questão.

GABARITO

15 Questão 70 – Materiais Direitos - PEPS – UEPS – MÉDIA 070 – B

3.16 Questão 71 – Custos – Equivalente de Produção


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 71 e 72.

No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção
das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês,
foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas
unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas
unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de
produção (Diretos e Indiretos) do período é R$ 487.500,00.

O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A Empresa
produz somente um produto.

ENUNCIADO
71. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo unitário médio do mês é, em
R$,

(A) 50,00

(B) 45,00

(C) 30,00

(D) 25,00

(E) 15,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Para resolver a questão, vamos:

- calcular o equivalente de produção do período;

- considerar o valor do custo de produção do período;

- dividir o segundo pelo primeiro e encontrar o custo unitário.

(1) equivalente de produção

( ) 18.000 unidades (iniciadas e terminadas no mês)

Luiz Eduardo Santos Página 40


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

(+) 2.000 unidades (iniciadas mas não acabadas no mês) (*) 50% (custos aplicados) (=) 1.000

(+) 1.500 unidades (do mês anterior) (*) 1/3 (custos aplicados no mês) (=) 500

(=) 19.500 unidades em equivalente de produção

(2) custo de produção do período

R$ 487.500,00

(3) custo unitário

( ) R$ 487.500,00

(/) 19.500

(=) R$ 25,00

Pelo que se encontra acima exposto, o custo unitário do período é de R$ 25,00 - conforme
alternativa D, gabarito da questão.

GABARITO

16 Questão 71 – Custos – Equivalente de Produção 071 - D

3.17 Questão 72 – Custos – equivalente de produção


Instruções: Considere o enunciado abaixo para responder às questões de números 71 e 72.

No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção
das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês,
foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas
unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas
unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de
produção (Diretos e Indiretos) do período é R$ 487.500,00.

O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A Empresa
produz somente um produto.

ENUNCIADO
72. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo total da produção acabada no
mês é, em R$,

(A) 502.500,00

(B) 487.500,00

(C) 477.500,00

(D) 450.500,00

Luiz Eduardo Santos Página 41


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

(E) 435.500,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Partindo-se do custo unitário e da produção equivalente do mês (calculados na resolução da
questão anterior), verifica-se o custo de produção do mês (referido no enunciado). Somando-
se o custo de produção do mês com o estoque inicial de produtos de elaboração, apura-se o
custo dos produtos acabados em elaboração. Deduzindo-se, desse valor, o custo dos produtos
em elaboração, apura-se a produção acabada no mês.

O problema, agora, se resume à apuração do custo dos produtos em elaboração. Lembrando


que temos 2.000 unidades semi-acabadas (em 50%) calcula-se o equivalente de 1.000
unidades de produtos em elaboração. Aplicando-se o custo unitário a essas unidades,
calculamos o custo dos produtos em elaboração.

A tabela abaixo, ilustra o que se encontra acima descrito.

( ) custo unitário 25,00


(*) produção equivalente 19.500
(=) produção do mês 487.500,00
(+) estoque inicial de produtos em elaboração 15.000,00
(=) produtos acabados e em elaboração 502.500,00
(-) produtos em elaboração - 25.000,00
(=) produção acabada do mês 477.500,00

Obs: produtos em elaboração


( ) equivalente de produção em elaboração 1.000
(*) custo unitário 25,00
(=) produtos em elaboração 25.000,00

Pelo exposto, verifica-se que o custo da produção do mês foi de R$ 477.500,00 – conforme
alternativa C, gabarito da questão.

GABARITO

17 Questão 72 – Custos – equivalente de produção 072 - C

3.18 Questão 73 – Custos – custeio por absorção x variável


ENUNCIADO
73. Uma empresa apura os custos da produção vendida utilizando dois métodos: método do
custeio por absorção e método do custeio variável.

No início do período, não havia em estoque unidades acabadas ou semiacabadas. No mês,


foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No
final do período, a empresa apurou resultado líquido de R$ 310.000,00, pelo custeio variável, e
R$ 340.000,00, pelo custeio por absorção.

Luiz Eduardo Santos Página 42


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

Levando-se em consideração que os custos variáveis representam 50% do preço de venda, os


valores do preço unitário de venda, custo unitário variável e custo fixo total do mês são,
respectivamente:

(A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00

(B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00

(C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00

(D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00

(E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
descrição Absorção Variável
Quantidade produzida 6000 6000
Quantidade vendida 4000 4000
Receita de vendas PUNIT * 4000 PUNIT * 4000
Custos variáveis PUNIT * 2000 PUNIT * 2000
Custos fixos atribuídos CF * (4000 / 6000) CF
Lucro líquido 340000 310000

equação no custeio por absorção ==> 340000 (=) (PUNIT * 4000) - PUNIT 2000 - (CF * (4000 / 6000))

equação no custeio variável ==> 310000 (=) (PUNIT * 4000) - PUNIT 2000 - (CF)

Trata-se de um sistema de duas equações lineares e duas incognitas, resolução por substituição
(1) partindo-se da equação no custeio variável, separa-se o valor de CF
CF (=) PUNIT * 2000 - 310000
(2) substitui-se o valor de CF na equação do custeio por absorção
340000 (=) (PUNIT * 4000) - PUNIT 2000 - ((PUNIT * 2000 - 310000) * (4000 / 6000))
PUNIT (=) 200,00
(3) voltando à equação (1) e substituindo PUNIT, apura-se o CF
CF (=) 90.000,00
(4) o custo unitário variável é a metade do preço de venda unitário
CUNIT (=) PUNIT (/) 2 = 100,00
Com base nos cálculos acima, o preço unitário é R$ 200,00, os custos variáveis unitários
montam R$ 100,00 e os custos fixos são de R$ 90.000,00 – conforme alternativa A, gabarito da
questão.

GABARITO

18 Questão 73 – Custos – custeio por absorção x variável 073 - A

3.19 Questão 74 – Custos – Sucatas e Perdas


ENUNCIADO
74. No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber o tratamento
contábil expresso em:

Luiz Eduardo Santos Página 43


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

Perdas Normais Sucatas


Seu custo deve ser lançado como despesas do
(A) mês. Devem ser lançadas como redução dos custos do mês.
Seu custo deve ser agregado ao produto de
(B) sua origem. Não recebem custos.
Devem ser lançadas como outras despesas
(C) não-operacionais. Devem receber custos.
Devem receber custos da mesma forma que um produto
(D) Devem ser custeadas separadamente. normal da empresa.
Devem ser lançadas como despesas não-
(E) operacionais. Devem ser lançadas como redução de custos do mês.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
A questão versa sobre a mera aplicação dos conceitos de perdas e sucatas, a seguir:

A perda é um gasto não intencional: (1) decorrente de fatores externos/fortuitos ou (2) da


atividade produtiva normal da empresa.

No primeiro caso (fatores externos/fortuitos) a perda é considerada uma despesa, em sentido


estrito, e é lançada diretamente contra o resultado do exercício, caracterizando despesa em
sentido restrito (por não estarem relacionados com a atividade industrial/produtiva).

No segundo caso (perda decorrente da atividade produtiva normal da empresa), as mesmas


integram o custo de produção do período (por estarem relacionados com a atividade
industrial/produtiva).

Sucatas são produtos que se originam de forma normal durante o processo produtivo,
entretanto:

- sua venda é esporádica e realizada por valores não previsíveis (em virtude da inexistência de
um mercado estável para sua absorção);

- o valor de sua venda é ínfimo, comparado com o faturamento da empresa.

Um exemplo de sucata é o cavaco de ferro, em tornearias (resultante do processo de


usinagem). Normalmente, não são atribuídos custos à sucata e sua venda é registrada como
outras receitas (anteriormente denominadas - Receita não operacional).

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que a alternativa correta é a de letra B – gabarito da
questão.

GABARITO

19 Questão 74 – Custos – Sucatas e Perdas 074 - B

3.20 Questão 75 – Custos – relação material x produto


ENUNCIADO
75. A empresa Modelo possui os seguintes saldos no período 2:

Luiz Eduardo Santos Página 44


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009
Saldo inicial em Saldo final em
Itens
unidades unidades
Matéria-prima 20.000 50.000
Produtos em processo 10.000 10.000
Produtos acabados 70.000 40.000

Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matéria-prima. A
empresa planeja produzir 150.000 unidades no período 2.

O número de unidades de matéria-prima que a empresa necessita adquirir é

(A) 350.000

(B) 420.000

(C) 450.000

(D) 480.000

(E) 530.000

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Para resolver a presente questão, é necessário levar em consideração que, no período, não
houve aumento nem no estoque de produtos em elaboração nem no estoque de produtos.
Portanto, não é necessário considerar compra de matéria prima para aumento desses
estoques.

Assim, podemos nos concentrar apenas nos estoques de matéria prima.

(1) como a empresa planeja fabricar 150.000 unidades de produto e cada unidade de produto
fabricado consome três unidades de matéria prima, a empresa teria teoricamente que
adquirir:

150.000 (*) 3 (=) 450.000 unidades de matéria prima.

(2) ocorre que, no estoque inicial, já consta a existência de 20.000 unidades de matéria prima,
portanto, em princípio somente seria necessária a compra de:

450.000 (-) 20.000 (=) 430.000 unidades de matéria prima.

(3) finalmente, cabe referir que, no estoque final consta a existência de 50.000 unidades de
matéria prima (ainda não utilizada para fabricação dos produtos) que também necessitaram
ser adquiridas. Dessa forma, a empresa necessitará comprar:

430.000 (+) 50.000 (=) 480.000 unidades de matéria prima.

Do que está acima exposto, verifica-se que a alternativa correta é a de letra D – gabarito da
questão.

GABARITO

Luiz Eduardo Santos Página 45


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20 Questão 75 – Custos – relação material x produto 075 - D

3.21 Questão 76 – Custos – ponto de equilíbrio


ENUNCIADO
76. Considere as seguintes informações sobre a estrutura de uma empresa:

- Custos e despesas variáveis: R$ 100,00 por unidade.

- Custos e despesas fixas: R$ 50.000,00 por mês.

- Preço de venda: R$ 150,00 por unidade.

- Aumento da depreciação: 40%

O ponto de equilíbrio contábil, em unidades, considerando-se que a depreciação representa


20% do total dos Custos de Despesas fixas, é

(A) 1.080

(B) 1.100

(C) 1.120

(D) 1.180

(E) 1.200

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Ponto de equilíbrio é o nível de atividade da indústria no qual os custos e despesas totais se
igualam às receitas totais. Nesse ponto, a empresa não aufere lucro nem incorre em prejuízos.

Para entender o conceito de ponto de equilíbrio financeiro, devemos conhecer –


anteriormente – o conceito de ponto de equilíbrio contábil.

O pondo de equilíbrio contábil é alcançado quando o lucro contábil da empresa é zero, ou seja:

Vendas

(-) Custos e despesas variáveis

(=) Margem de contribuição

(-) Custos e despesas fixas

(=) zero.

Conhecida a teoria, voltamos aos dados do enunciado, abaixo:

- Custos e despesas variáveis: R$ 100,00 por unidade.

Luiz Eduardo Santos Página 46


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

- Custos e despesas fixas: R$ 50.000,00 por mês.

- Preço de venda: R$ 150,00 por unidade.

- Aumento da depreciação: 40%

Dos dados acima, conclui-se que os custos fixos de 50.000,00 são formados conforme a seguir:

 Depreciação = 10.000,00 (20%)

 Demais custos fixos = 40.000,00

Com um aumento da depreciação em 40%, temos que a depreciação alcançará o valor de:

 10.000,00 (*) 1,4 (=) R$ 14.000,00

Assim, os custos fixos passarão a ser de 40.000,00 (+) 14.000,00 (=) 54.000,00.

Conhecidos os valores (1) da receita de venda unitária, (2) do custo variável unitário e (3) do
custo fixo total, calcula-se o ponto de equilíbrio contábil, conforme memória de cálculo abaixo:

Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Preço Líquido de Venda


Unitários (em R$) (em R$) Unitário (em R$) Depreciação (em R$)
100,00 50.000,00 150,00 20% das despesas e custos fixos
Vendas 150,00 (*) X
(-) Custos e despesas variáveis - (100 (*) X)
(=) Margem de contribuição
(-) Custos e despesas fixas - (40.000 + 10.000 (*) 1,4)
(=) zero. 0
50X – 54.000 = 0

X = 54.000 (/) 50

X = 1.080 unidades.

De acordo com a memória de cálculo acima, calcula-se o ponto de equilíbrio em 1.080


unidades, conforme alternativa A – gabarito da questão.

GABARITO

21 Questão 76 – Custos – ponto de equilíbrio 076 - A

3.22 Questão 77 – Custos – custeio ABC


ENUNCIADO
77. A diferença fundamental do Custeio Baseado em Atividades − Activity-Based Costing − em
relação aos sistemas tradicionais − Variável e Absorção está no tratamento dado

(A) aos custos diretos de fabricação.

Luiz Eduardo Santos Página 47


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

(B) ao ponto de equilíbrio financeiro.

(C) aos custos indiretos de fabricação.

(D) às despesas variáveis.

(E) às despesas financeiras.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
O custeio por atividades, conhecido como ABC (activity-based costing), consiste em direcionar
os custos indiretos aos produtos não por centros de custos ou por departamentos, mas por
atividades.

Para cada atividade relevante, identifica-se o fator pelo qual se passa a mensurar, da forma
mais lógica possível, quanto de seu custo deve ser atribuído a cada produto. Esse fator,
denominado direcionador de custo, por refletir a verdadeira relação entre os produtos e a
ocorrência dos custos, reduz sensivelmente as distorções causadas por rateios arbitrários dos
sistemas tradicionais de custeio.

Por essa razão, a diferença primordial entre o custeio ABC e os custeios tradicionais é centrada
nos custos indiretos de fabricação – conforme alternativa C, gabarito da questão.

GABARITO

22 Questão 77 – Custos – custeio ABC 077 – C

3.23 Questão 78 – Custos – Custeio Padrão


ENUNCIADO
78. A grande finalidade do Custo Padrão é

(A) o planejamento e controle de custos.

(B) a gestão de preços.

(C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras.

(D) a rentabilidade de produtos.

(E) o retorno do investimento.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Algumas empresas optam por não registrar, como custo de seus produtos, aqueles
efetivamente incorridos. Ao contrário, registram – como custo – um valor esperado
(devidamente ajustado – para mais ou para menos, conforme a empresa tenha efetivamente
incorrido em mais ou menos custos do que o planejado). Dessa forma, o valor esperado,
acrescido (ou subtraído) dos ajustes, resta equivalente ao valor efetivamente incorrido.

Luiz Eduardo Santos Página 48


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

Isso denota que o custeio padrão é direcionado ao planejamento e controle de custos,


conforme alternativa A – gabarito da questão.

GABARITO

23 Questão 78 – Custos – Custeio Padrão 078 – A

3.24 Questão 79 – Custos – Custeio Padrão


ENUNCIADO
79. Uma empresa utiliza em sua contabilidade o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês,
apurou uma variação de ociosidade de mão de obra direta, conforme o quadro abaixo:

Itens Custo padrão Custo real


Capacidade instalada 15.000 horas

Consumo de horas p/unidade 3 horas 2,5 horas


Taxa horária R$ 4,00 R$ 5,00
Produção planejada 5.000 unidades
Produção real 4.000 unidades
Total de gastos planejados R$ 60.000,00
Total de gastos reais R$ 50.000,00

Com base nas informações apresentadas, o valor da variação de ociosidade foi

(A) R$ 5.000,00 positiva.

(B) R$ 5.000,00 negativa.

(C) R$ 10.000,00 negativa.

(D) R$ 15.000,00 negativa.

(E) R$ 20.000,00 negativa.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
O custeio padrão se baseia na comparação entre o valor esperado para os gastos da produção
e o valor efetivamente gasto. Mas não é apenas isso, ele se preocupa em determinar os
motivos da diferença.

No caso da questão, fala-se da variação por ociosidade de mão de obra. Isso significa perquirir
a diferença entre o que se prevê gastar com mão de obra e o quanto se gastou, considerando
que NÃO HOUVE QUALQUER ALTERAÇÃO NO CUSTO (HORÁRIO) DA MÃO DE OBRA, mas que
houve alteração entre as horas de MOD previstas a consumir e as horas de MOD efetivamente
gastas.

A tabela abaixo apresenta esse cotejo.

Luiz Eduardo Santos Página 49


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

Previsão - MOD Realizado - MOD


Quantidade a produzir 5000 Quantidade produzida 4000
(*) taxa (horas / produto) 3 (*) taxa (horas / produto) 2,5
(=) horas a consumir 15000 (=) horas consumidas 10000
(*) valor previsto para a hora de MOD 4,00 (*) valor previsto para a hora de MOD 4,00
(=) gasto com MOD 60.000,00 (=) gasto com MOD 40.000,00

A variação é NEGATIVA - no valor de 20.000,00

Pelo que está acima apresentado, verifica-se que a variação foi negativa em R$ 20.000,00 –
conforme alternativa E, gabarito da questão.

GABARITO

24 Questão 79 – Custos – Custeio Padrão 079 - E

3.25 Questão 80 – Custos - terminologia


ENUNCIADO
80. Na terminologia de custos, são custos de conversão ou transformação:

(A) Mão de obra direta e Mão de obra indireta.

(B) Mão de obra direta e Materiais diretos.

(C) Custos primários e Custos de fabricação fixos.

(D) Matéria-prima, Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação.

(E) Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação.

COMENTÁRIOS E RESOLUÇÃO
Trata-se de mera terminologia.

O custo de conversão ou custo de transformação (Ctr) é a parte do custo de produção do


período que não considera o material empregado (apenas o esforço empregado em sua
transformação). Ele é calculado através da soma da mão de obra direta com os custos
indiretos de fabricação.

Ctr (=) MOD (+) DIF

Disso verifica-se que a resposta é letra E – conforme gabarito.

GABARITO

Luiz Eduardo Santos Página 50


Prova de Contabilidade Avançada – Fiscal ICMS/SP-ago/2009

25 Questão 80 – Custos – terminologia 080 - E

Luiz Eduardo Santos Página 51

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