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CENTRO-OESTE
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO
CENTRO-OESTE
Empresa X S.A.
CNPJ 00.000.000/0000-00
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 31/12/2002
Em R$ mil
Reservas de Lucros
Capital Realizado
Acumulados
Reservas de
Patrimonial
Contingências
Ajustes de
Lucros ou
Avaliação
Prejuízos
Estatutária
Incentivos
Capital
Lucros a
Total
Realizar
Fiscais
Movimentações
Legal
Saldos em 31/12/2001 7.000 50 1.500 100 20 10 950 9.630
Ajustes de Exercícios Anteriores
Efeitos de mudanças de
critérios contábeis
Retificação de erro de
(100) (100)
exercícios anteriores
Aumento de Capital
Reversão de Reservas
De contingências
De lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício 3.000 3.000
Proposta da AGO
Transferência para Reservas
Legal 150 (150)
Estatutária 300 (300)
Contingências 255 (255)
Incentivos fiscais 180 (180)
Lucros a Realizar 95 (95)
Lucros para expansão
Dividendos não distribuídos
Juros sobre o capital próprio
Dividendos (R$ 0,7175 p/ ação) (2.870) (2.870)
Saldos em 31/12/2002 7.000 200 1.800 355 200 105 0 9.660
Observação: Caso a apresentação analítica da DMPL fique muito extensa, para fins de
publicação, poderão ser utilizados recursos alternativos de apresentação, como notas
explicativas e quadros auxiliares, sumariando-se a apresentação da demonstração pelos
totais nos itens: reservas de capital, ajustes de reavaliação patrimonial e reservas de lucros.
De acordo com o §1º do Art. 186, a Lei das Sociedades por Ações deixa claro que os
ajustes de exercícios anteriores não devem afetar o resultado normal do presente exercício,
determinando que seus efeitos sejam registrados diretamente na conta integrante do
Patrimônio Líquido, Lucros (Prejuízos) Acumulados. Também determina que sejam tratados
como ajustes de exercícios anteriores somente os casos de: a) efeitos de mudança de
critério contábil; b) retificação de erro.
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A Lei das Sociedades por Ações (após as alterações da Lei 10.303/2001) indica que
o valor da reversão da Reserva de Lucros a Realizar deverá ser transferido diretamente
para os dividendos obrigatórios do período.
O capital social poderá ter seu saldo acrescido por investimentos em dinheiro, bens e
por meio de reservas e lucros acumulados, conforme a decisão da AGO. Caso a última
opção seja utilizada, a DMPL refletirá o decréscimo na coluna da reserva correspondente e
acréscimo na coluna capital realizado.
3.5.2 Reservas1
1
Adaptado do texto desenvolvido por Marcelo Cavalcanti Almeida (Curso Básico de
Contabilidade, 1998, p. 148-56)
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O capital social é acrescido pela realização do valor nominal das ações ou pela
importância destinada a sua incorporação, no caso de ações sem valor nominal. Qualquer
importância excedente, na colocação de ações da companhia junto aos acionistas, é
destinada à formação de reserva de capital de ágio.
• Reservas Estatutárias
A Lei das Sociedades por Ações permite que o estatuto da companhia estabeleça
reservas estatutárias, desde que estas definam o objetivo e determine o critério de cálculo e
o limite máximo da reserva.
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financeiros futuros, já que os valores destinados a sua formação não serão objeto de
distribuição de dividendos.
A reserva para contingências apresenta três características básicas: não caracteriza
exigibilidade atual, não implica desembolso e origina-se em fatos que implicam a
possibilidade de diminuição futura do lucro.
A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para
a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou
subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de
cálculo do dividendo obrigatório.
O valor destinado para essa reserva é excluído do lucro líquido do exercício para fins
do cálculo do dividendo mínimo obrigatório.
Esta reserva pode ser estabelecida quando o lucro apurado na DRE ainda não foi
realizado. Por exemplo: A DRE é de natureza econômica, ou seja, as receitas e as
despesas são computadas quando ganhas ou incorridas, independente da realização
financeira. Assim, nem todo lucro apurado pela companhia está em condição de ser
distribuído de imediato como dividendo a seus acionistas. Logo, o objetivo dessa reserva é
possibilitar que a sociedade retenha lucros ainda não realizados financeiramente, de forma a
evitar problemas de caixa para a companhia.
Os juros sobre o Capital Próprio foram introduzidos pela Lei 9.250/95 que, no seu art.
9º, faculta às empresas deduzir da base de cálculo do imposto sobre a renda, a título de
remuneração do capital próprio, os juros pagos ou creditados a titular, sócio ou acionista,
limitados à taxa de juros de longo prazo – TJLP.
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3.5.4 Dividendos
Quando o estatuto for omisso e a assembléia geral deliberar alterá-lo para introduzir
norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco
por cento) do lucro líquido ajustado.
Os lucros não destinados ou retidos deverão ser distribuídos como dividendos.
Para se constituir uma empresa é preciso ter, inicialmente, valores a investir. Estes
valores recebem o nome de capital. O capital representa um conjunto de bens e direitos que
o proprietário da empresa possui para iniciar as atividades empresariais.
Segundo Marcelo Cavalcanti Almeida (Curso Básico de Contabilidade, 1998, p. 145),
“o capital social é constituído ou aumentado através de contribuições dos acionistas com
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro”. Isto quer dizer que não é necessariamente
preciso investir apenas recursos em dinheiro, mas também todo ativo que possa exprimir
dinheiro. Por exemplo: móveis, imóveis, máquinas, equipamentos, veículos, ações, etc.
Além dos investimentos dos sócios, o capital social pode ser acrescido através de
incorporação de reservas e lucros acumulados.
O capital social tem várias denominações:
Em algumas situações o estatuto social, baseado no art. 168 da Lei das S.A. (Lei
6404/76), pode conter um valor-limite autorizado do capital, o qual chamamos de Capital
Autorizado, sendo que até esse valor o capital social pode ser aumentado
independentemente de reforma estatutária.
No momento da fundação de uma empresa, os proprietários comprometem-se no
contrato social ou estatuto o investimento de certa quantia. Esta quantia é denominada
Capital Subscrito e constitui uma dívida que cada proprietário tem em relação à empresa.
Entretanto, os sócios, de acordo com o estatuto, não são obrigados a pagar toda dívida
assumida de uma só vez, daí surge a expressão: Capital à realizar ou Capital à
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integralizar, que representa a parte do capital social subscrito ainda não realizada pelos
acionistas.
Quando o proprietário integraliza, ou seja, transfere bens ou direitos para a empresa,
está transformando o Capital Subscrito em Capital Integralizado, ou simplesmente, Capital
Social.
Cabe ressaltar que a Lei das S.A. exige apenas que seja apresentado no balanço
patrimonial o valor do capital social subscrito, deduzido da parcela a realizar. Portanto, a
informação sobre o capital social autorizado poderia ser divulgada em nota explicativa.
3.5.5.2 Ações
3.6 EXERCÍCIOS
57) Com base nos dados abaixo e sabendo-se que o capital social naquela data era
composto de 230.000 ações, preparar a DLPA do exercício findo em 31/12/1999 da
empresa Serviços Ceará S.A.
58) As contas do PL da Cia. +100% em 31/12/X1 eram compostas pelos seguintes saldos
(em R$ mil): reserva legal R$ 250; reserva orçamentária R$ 200; ágio na emissão de
ações R$ 50; capital social realizado R$ 1.000; lucros a realizar R$ 75 e lucros
acumulados R$ 300. Durante o exercício social seguinte ocorreram as seguintes
alterações: lucro do exercício R$ 850; constituição de reserva legal (5% do lucro líquido);
reversão de lucros a realizar R$ 15; constituição de reserva para contingências R$ 96;
ajustes de exercícios anteriores (acréscimo) R$ 20; aumento do capital social com
reserva legal R$ 50. Apresente a DMPL em 31/12/X2.
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60) A Cia. Wiliam Wagner foi constituída em 31/12/1998 com capital social de R$ 20.000,
integralizado no ato. Na mesma data, adquiriu terrenos (onde vai construir de imediato)
por R$ 1.000 e Participações Societárias (ações) por R$ 500, o restante permanecendo
no caixa. Considere que ainda em 31/12/1998 ela encerra seu primeiro exercício social.
No Exercício social seguinte (1999), ela aufere receitas de serviços de R$ 10.000 e
incorre em R$ 8.000 de custo de serviços prestados, incorre em despesas com vendas
de R$ 400 e em despesas administrativas de R$ 600. Elabore a DRE, a DMPL e o
Balanço Patrimonial dos exercícios apresentados.
Reservas de capital
Ágio na emissão de ações 12.000 118.000
Reservas de lucros
Reserva para contingências 10.000 165.000
Reserva legal 10.000 10.000
Reserva estatutária 20.000 0
Reserva de lucros para expansão 30.000 80.000
Reserva de lucros a realizar 8.000 8.000
a) O capital, no final do ano, foi aumentado com as reservas legal e estatutária (saldos de
X0);
b) O lucro do exercício X1 foi de R$ 200.000;
c) Em X1, não houve constituição de reservas estatutária e de lucros a realizar;
d) Houve reversão total de reservas para contingências e uma nova constituição de R$
165.000;
e) Foram constituídos R$ 50.000 de reservas de lucros para expansão;
f) R$ 75.000 de dividendos foram distribuídos;
g) Houve o incremento de R$ 106.000 em ágio para emissão de novas ações.
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