Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Para muitos o racismo surgiu com o próprio homem, fato que passou
a ser mais consumado com os descobrimentos, porem ha aqueles que
discordam dessa idéia, visto que defendem a preposição de que o racismo
surgiu quando o branco criou o capitalismo e os negros tiveram dificuldades
de se adaptar a este sistema. O racismo no Brasil surgiu com a “descoberta”
se realmente devemos assim chamar, e colonização, houve necessidade de
mão-de-obra. Para suprir esta necessidade visto que os índios que aqui se
encontravam, tinham dificuldades para se adaptar a escravidão, parece
ironia mais os senhores assim definirão “dificuldade”, como se a escravidão
fosse algo natural algo que alguns “homo sapiens” tinham o dom, daí surgiu
à necessidade dos portugueses trazerem negros da África homens da
senzala.
Desta forma surgiu à linha divisória entre a percentagem de melanina
que cada corpo tem em sua pele, sendo seguidos por outros povos e não tão
somente pelos portugueses. Passando na época a escravatura a ser
“descrita” como um comportamento social, aí perguntamos a nós mesmos o
que seria na época um comportamento anti-social, qual seria a tamanha
injustiça cometida. A abolição da escravatura ocorrida em 1988, foi tida
como um grande passo no momento para uma nova sociedade no Brasil,
porem isto não ocorreu na pratica, esta abolição que ocorreu em 1863 nos
Estados Unidos, porem a discriminação racial foi tida como algo ilegal em
1890 no Brasil, tendo um diferencial positivo em relação aos Estados Unidos
que somente em 1960 passaria a reconhecer o erro cometido.
Em 1859, o conde Francês Josefh Arthur de Gobineau chegou ao Rio
de Janeiro criando um forte laço de amizade com Dom Pedro II , em 1963
aquele publica um artigo na qual exalta a beleza natural do Brasil, porem era
menos otimista em relação aos seres que aqui habitavam. Autores como
Rodrigues chegou a ponto de propor verdadeiras coisas como código penais
diferentes destinados cada qual para seu grupo racial, e nem precisamos
descrever aqui qual seria novamente o grupo mais prejudicado. Já em 1933
Gilberto Freyre defendia a mistura das raças com o livro Casa Grande e
senzala, passando desta forma a abrir novos paradigmas para outros
autores. Em 1940 o Brasil era visto como exemplo pelos negros norte
americanos que aqui chegavam, defendendo a emigração como refúgio à
opressão que estes enfrentavam nos Estados Unidos. Apesar de não existir
tamanha opressão como nos Estados Unidos, a miscigenação ainda não
ocorria existia entre os grupos uma espécie de barreira à diferença da “cor
da pele”.
Em 1979 Carlos Hasenbalg pode argumentar em números o que hoje
para nós é algo reconhecido de forma natural, que a discriminação voltava-
se mais contra os pobres, porem a raça se relacionava diretamente com a
pobreza, na qual os negros quase que na sua totalidade ganhavam salários
inferior aos dos brancos.
“Atualidades”
Gráfico 17
ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER SEGUNDO A RAÇA E SEXO
BRASIL - 1985, 1990 e 1995
90
80
70
60
50 Homens Brancos
Homens Não Brancos
Mulheres Brancas
40 Mulheres Não Brancas
30
20
10
0
1985 1990 1995
Fonte dos dados brutos: IBGE - PNAD 1997
Estimativas dos autores